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WEB AULA Processo penal

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Processo penal
Web aula 1
CASO CONCRETO
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado “Chumbinho”, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente “Chumbinho” como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes.
Resposta: A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons processualistas defendem a aplicação do princípio da proporcionalidade do bem jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de um lado e do outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa corrente, aproveita-se a prova derivada de uma outra contaminada de ilicitude na origem. Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova subsequente, se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do caso concreto, em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos meliantes na delegacia. Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal Federal, inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária quer por derivação.
Exercício Suplementar
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
Resposta: (C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
Web aula 2
CASO CONCRETO
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se:
1) Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP?
Resposta: Não. O segredo sacramental da confissão é inviolável, mesmo que a pessoa revele um crime. A relação entre padre e fiel segue as determinações morais e éticas do sigilo profissional. Segundo a inteligência do art. 207 do Código de Processo Penal, são proibidas de depor as pessoas que em razão de ministério devam guardar segredo.
2) A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida?
Resposta: Somente seria possível se a parte interessada desobrigar o confidente a guardar o segredo, conforme dispõe a parte final do art. 207, CPP, porém,  no tocante à confissão sacerdotal, observa-se o Código de Direito Canônico, aplicável ao ministério católico, também proíbe a revelação de qualquer conhecimento adquirido por meio de confissão.
Exercício Suplementar
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que:
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos os vestígios do crime;
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado no exame das provas em conjunto;
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem;
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal;
Resposta: e) Todas as afirmativas estão incorretas.
Web aula 3
CASO CONCRETO
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso.
Resposta: Não, pois trata-se o caso concreto de Mutatio Libelli, uma vez que a denúncia trouxe determinados fatos, os quais foram objetos de ataque da defesa. No final da instrução probatória se verifica a mudança da narrativa ao qual o defensor não teve oportunidade de se manifestar. Logo, considerando que o réu se defende dos fatos, seria  necessária a formação de novo contraditório, do contrário, fica cerceada a ampla defesa. O mutattio libelli exige a emenda da denúncia e a abertura de prazo de 5 dias para manifestação da defesa, para que, querendo, requeira novas provas e depoimentos pessoais.
Exercício Suplementar
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta:
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva;
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae;
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser considerada decisão interlocutória mista;
Resposta: d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi,sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.
2- A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a vítima e, após desferir-lheum empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso:
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave que a do furto;
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, devendo, antes, proceder ao seu interrogatório;
Resposta: (c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela praticado do roubo;
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem testemunhas.
Web aula 4
CASO CONCRETO
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta.
Resposta: Não. Luizinho, nos termos do artigo 360, CPP, deveria ter sido citado pessoalmente, pois encontra-se preso. Com relação aos outros comparsas, o edital seria o meio eficaz segundo a inteligência do artigo 363, § 1º, CPP.
Exercício Suplementar
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta:
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil;
Resposta: b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação;
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional;
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado;
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel.
Web aula 5
CASO CONCRETO
Marcílio responde a processo crime com o incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta- se: Você, Defensor Público, arguiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio?
Resposta: As disposições do artigo 400 do Código de Processo Penal, prevê que serão inquiridas as testemunhas de acusação, as de defesa, interrogando-se, em seguida, o acusado. Deve-se respeitar a ordem estabelecida pelo procedimento legal, pois o prejuízo causado ao réu pela inversão da ordem da oitiva das testemunhas é presumido uma vez que, sendo uma testemunha de acusação ouvida no final, o acusado não poderia se contrapor a ela.
Exercício Suplementar
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento da prova de acusação.
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência uma causa nulidade absoluta.
Resposta: (C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa.
Web aula 6
CASO CONCRETO
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrapassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo?
Resposta: Segundo o art. 66 da Lei 9099/95, é incabível a citação por hora certa no JeCrim, pois deverá sempre pessoal e sempre que possível no próprio Juizado ou por mandado. Caso o acusado não seja encontrado para ser citado, as peças existentes deverão serem encaminhadas ao Juízo comum que adotará as providências cabíveis.
Exercício Suplementar
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano.
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis.
Quais estão corretas?
a) I;
b) I e II;
c) III;
Resposta: d) I e III;
e) II e III
web aula 7
CASO CONCRETO
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de constatação da substância entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razãoa defesa de Juninho Boca?
Resposta: Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343/06, não assiste razão à defesa, pois o perito que subscrever o laudo prévio não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. Porém, a única ressalva guarda guarida quanto ao laudo definitivo que deverá ser elaborado por dois peritos oficiais, sob pena de nulidade.
Exercício Suplementar
1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção INCORRETA:
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal
C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem.
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto.
E) Todas as alternativas estão incorretas.
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso:
A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de Processo Penal, é o último ato a ser realizado.
Resposta: B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas.
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto.
D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado.
E) o juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem a manifestação do membro do Ministério do Público.
Web aula 8
CASO CONCRETO
8- (OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? ; 
A melhor tese defensiva, seria argumentar que no caso o reu agiu com culpa consciente, por que apesar de ter sido possível a ele, antever a ocorrência de um resultado naturalístico, ele sinceramente e equivocadamente, não aceitava o resultado e ainda acreditava que nada poderia acontecer, tendo em vista que ele era perito em direção.
b) Qual pedido deveria ser realizado? ; 
O pedido a ser realizado seria pela desclassificação própria, com remessa dos autos paro o órgão com competência originaria (aplicação das regras procedimentais da lei 9503/97)
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida?
Neste caso o recurso a ser interposto, seria o recurso em sentido estrito na forma do artigo 581, IV do CPP, e a petição deve ser endereçada ao juiz que prolatou a sentença.
Exercício Suplementar - (OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri.
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Resposta:b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e de indícios suficientes deautoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa;
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: udicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri;
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação.
web aula 9
CASO CONCRETO 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado por 4X3. Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta:
A defesa poderá arguir a nulidade do julgamento, com base no verbete 206 da sumula do STF, porque um dos jurados que havia participado do primeiro julgamento, também participou do segundo, restando violado o artigo 449,I do CPP. 
Exercício Suplementar - (Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA:
Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos
contra a vida, assinale a assertiva CORRETA:
A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso qualificado. Ao proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não foram objeto dos quesitos;
Resposta: B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política;
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a intermediação do Juiz Presidente do Tribunal do Júri;
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de entorpecentes, após terem os jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, serão questionados sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes;
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da testemunha a que está fazendo referência em seu pedido de condenação.Web aula 10
CASO CONCRETO
Ministério Público – PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta.
O prazo para interposição dos recursos é prazo processual desconta o dia do início computando-se o dia do final.
Apesar de haver divergência predomina o entendimento de que o advogado pode interpor recurso contra vontade do réu, no caso concreto o prazo deverá ser computado a partir do dia 9, dia da última intimação o prazo deveria começar no dia 10, por ser sábado o seu início se dará no dia 12 segunda-feira. O recurso de apelação deve ser interposto no prazo de 5 dias conforme art. 593 cpp sendo assim a interposição no dia 16 configura-se tempestiva.
Exercício Suplementar - 
Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras
hipóteses, que
a) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivo de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros;
b) excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus, hipótese em que deverá ser interposto, de ofício, pelo juiz, os recursos serão voluntários;
Resposta: c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro e se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível;
d) a qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto;
e) interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a 60 dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o quinto dia seguinte ao último do prazo.
Web aula 11
CASO CONCRETO
Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121,  caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro:
I. indique o recurso cabível; O recurso cabível é o recurso em sentido estrito art. 581 IV CPP
II. o prazo de interposição; O prazo é de 5 dias conforme art. 586 Cpp
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. Ocorreu quebra no nexo de casualidade porque a causa eficaz da morte consiste em causa pré existente absolutamente independente.
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.
Exercício Suplementar - (Magistratura PR – 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou
sentença:
I. Que pronunciar ou impronunciar o réu;
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
III. Que absolver sumariamente o réu;
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e
seguimento para o juízo ad quem.
Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA:
b)Apenas a assertiva II está correta; art. 581 III
web aula 12
CASO CONCRETO
1- George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no
art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121,§2º, II, CP).
Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o Último dia do prazo.
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura , substituindo a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, mencione:
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público?
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta.
Exercício Suplementar
(Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal:
a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação;
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação;
c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente do Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil;
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil,desde logo condenando Técio por incursão no artigo 121, caput, do Código Penal, homicídio, fixando a pena mínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão.
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CASO CONCRETO
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, pergunta-se:
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da contradição?
Embargos de declaração, Art 382 CPP
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior?
c) Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 de junho
(quinta-feira), qual a data máxima para a interposição do recurso cabível contra a
sentença condenatória?
Exercício Suplementar
(Juiz TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA:
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em habeas corpus.;
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela defesa ou pela acusação, no prazo de 10 dias;
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto quanto em relação à sua fundamentação;
Resposta: d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réu.
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CASO CONCRETO
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
R: A vedação constante no paragrafo único do art. 626 do CPP, diz respeito tanto a refortio in pejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena exasperada tendo em vista que seria incabível revisão criminal pro societate. 
(CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal.
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação
anteriormente interposto pelo condenado;
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em
momento posterior, se sabe não ter cometido o crime objeto da condenação. É parte
ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome lançado como réu na sentença
condenatória proferida com erro na identificação do agente do delito;
c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão
criminal, é possível desconstituir decisão transitada em julgado por meio de habeas
corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade;
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória
transitada em julgado, tendo em vista que o pedido revisional possui efeito suspensivo
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CASO CONCRETO
Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. No curso do aludido procedimento investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o crime de sonegação fiscal, uma vez que deixara de recolher ICMS relativamente às operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao ICMS. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelos crimes previstos nos artigos 168-A do Código Penal e 1º, I, da Lei 8.137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento.
Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? 
Habeas Corpus, uma vez que não há previsão de recurso contra a decisão que não absolvera sumariamente o acusado, sendo cabível a ação mandamental, conforme estabelecem os artigos 647 e seguintes do CPP. No caso, não seria admissível o recurso em sentido estrito, uma vez que o enunciado não traz qualquer informação acerca da fundamentação utilizada pelo magistrado para deixar de absolver sumariamente o réu, não podendo o candidato deduzir que teria sido realizado e indeferido pedido expresso de reconhecimento de extinção da punibilidade.
b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
Ao Tribunal Regional Federal.
c) Quais fundamentos devem ser utilizados? 
 Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito quanto ao delito previsto no artigo 168-A, do CP, e, após, restando apenas acusação pertinente à sonegação de tributo de natureza estadual, incompetência absoluta – em razão da matéria – do juízo federal para processar e julgar a matéria. Quanto à Súmula Vinculante nº 24, o enunciado não traz qualquer informação no sentido de que a via administrativa ainda não teria se esgotado, não podendo o candidato deduzir tal fato.
Exercício Suplementar 
(MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir 
e vir, não se presta à tutela de outros direitos. 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de 
direito de locomoção. 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. 
Assim, fundamentada na inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode 
ser concedida quando a alegada inocência estiver comprovada de plano e cabalmente. 
IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade 
postulatória, ou pelo próprio Ministério Público. 
c) Apenas I, III e IV estão corretas;

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