AULA 9 GESTAÇÃO, FISIOLOGIA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
GESTAÇÃO, FISIOLOGIA
 PRÉ-NATAL.
NAPIER JOÃO RESENDE FILHO
MÉD. VETERINÁRIO.
*
*
PERÍODO DE GESTAÇÃO
É O INTERVALO ENTRE O ACASALAMENTO FÉRTIL ATÉ O PARTO;
DETERMINADO GENÉTICAMENTE, MAS PODE SER MODIFICADO POR FATORES:
	- MATERNAIS: IDADE
	- FETAIS: TAMANHO DA NINHADA; SEXO; GESTAÇÃO GEMELAR.
	- GENÉTICOS: RAÇAS 
	- AMBIENTAIS: ESTAÇÃO DO ANO E NUTRIÇÃO;
*
*
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
*
*
MUDANÇA DAS ESTRUTURAS REPRODUTIVAS
VULVA E VAGINA: EDEMACIADA, VASCULARIZADA E FLEXÍVEL;
CÉRVIX: FORTE CONSTRICÇÃO; TAMPÃO – MUCO DE ALTA VISCOSIDADE;
ÚTERO: AUMENTO GRADATIVO E MIOMÉTRIO QUIESCENTE;
OVÁRIO: PRESENÇA DE CL PERMANENTE E NÃO CÍCLICO
*
*
HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO
PROGESTERONA: 
CL – PERMANECE DURANTE TODA A GESTAÇÃO NOS ANIMAIS DOMÉSTICO, EXCETO NA ÉGUA, NESTE O CL PRIMÁRIO COMO O ACESSÓRIO REGRIDEM PRÓXIMO AO 150º DIA;
NA ÉGUA A PROGESTERONA ATINGE PICOS NOS ÚLTIMO 2 MESES DE GESTAÇÃO
*
*
HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO
ESTRÓGENOS: 
ÉGUA: PICO NO 9º E 11º MÊS;
PORCA: AUMENTA NA SEGUNDA E QUINTA SEMANA; DECLINA ENTRE A QUINTA E OITAVA E PICO NA HORA DO PARTO;
VACA: PICO OCORRE AOS 9 MESES DE GESTAÇÃO.
 
*
*
HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO
eCG: 
Formada entre 40º e 130º D. gest.;
Presente somente na circulação materna e não fetal;
Produzido pelas células trofoblásticas e não pelo endométrio.
 
*
*
HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO
ÉGUA, OVELHA		VACA, PORCA, CABRA	PLACENTA			CORPO LÚTEO
PROGESTERONA
ÚTERO
GESTAÇÃO
*
*
PLACENTA
É A JUSTAPOSIÇÃO OU FUSÃO DAS MEMBRANAS FETAIS COM O ENDOMÉTRIO;
PLACENTA CORIOALANTÓIDE: animais domésticos.
AUMENTO DA UNIÃO FETO-MATERNAL;
VILOSIDADES CORIÔNICAS PENETRAM NAS CRIPTAS UTERINAS – LABIRINTOS CORIÔNICOS;
FUNÇÃO: APROXIMAR VASOS SANGÜINEOS MATERNOS E VASOS FETAIS;
*
*
PLACENTOMAS
COTILÉDONES			CARÚNCULAS
FUSÃO
PLACENTOMAS
*
*
CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA CORIOALANTÓIDE
MACROSCOPICAMENTE: QUANTO A DISTRIBUIÇÃO DAS VILOSIDADES SOBRE A SUPERFÍCIE CORIÔNICA.
 AS CARUNCULAS SÃO:
	NA VACA: CONVEXA; AO REDOR DO FETO E AVANÇAM AO CORNO NÃO-PRENHE
	NAS OVELHAS: CONCAVA; CORNOS PRENHE E NÃO-PRENHE
*
*
CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA CORIOALANTÓIDE
	NA ÉGUA E PORCA: NO INÍCIO SIMPLES SOPREPOSIÇÃO DAS MEMBRANAS FETAIS E MATERNAIS; NA ÉGUA AOS 75 E 110 DIAS DE GESTAÇÃO FORMAM-SE COMPLEXAS DOBRAS E RAMIFICAÇÕES DIFUSA E MICROCOTILÉDONÁRIA;
OS CÁLICES SE ORGANIZAM NA PORÇÃO CAUDAL DE FORMA CIRCULAR DO CORNO PRENHE;
OS CÁLICES FORMAM-SE PELA INVASÃO DO TROFOBLASTO NO ENDOMÉTRIO – CINTURA CORIÔNICA.
*
*
CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA CORIOALANTÓIDE
MICROSCÓPICAMENTE: QUANTO AOS TECIDOS FETAIS E MATERNAIS QUE ENTRAM EM CONTATO.
AS ESTRUTURAS DO LADO MATERNO:
OS VASOS SANGÜINEOS, TEC. CONJUNTIVO E EPITÉLIO DO ENDOMÉTRIO.
AS ESTRUTURAS FETAIS:
EPITÉLIO CORIÔNICO, TEC. CONJUNTIVOS E VASOS SANGÜINEOS.
*
*
1.Endothelium lining endometrial blood vessels
 2.Connective tissue of the endometrium
 3.Endometrial epithelial cells
Endothelium lining allantoic capillaries
Connective tissue in the form of chorioallantoic mesoderm
Chorionic epithelium, the outermost layer of fetal membranes derived from trophoblast
*
*
*
*
CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA CORIOALANTÓIDE
PLACENTA EPITÉLIOCORIAL – ÉGUA E PORCA;
*
*
CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA CORIOALANTÓIDE
PLACENTA SINEPITÉLIOCORIAL – RUMINANTES (TODAS AS CAMADAS PRESENTES); 
PLACENTA ENDOTÉLIOCORIAL – CARNÍVOROS;
PLACENTA HEMOCORIAL – PRIMATAS E 
 E ROEDORES
*
*
*
*
FUNÇÕES PLACENTÁRIA
*
*
TROCA DE GASES
NO PULMÕES: SISTEMA GÁS PARA LÍQUIDO;
NA PLACENTA: SISTEMA LÍQUIDO - LÍQUIDO.
AS ARTÉRIA UMBILICAIS LEVAM SANGUE NÃO OXIGENADO DO FETO PARA A PLACENTA;
AS VEIAS UMBILICAIS LEVAM O SANGUE OXIGENADO.
*
*
CORDÃO UMBILICAL/LIGAMENTOS:
Úraco: ligamento cranial da bexiga; 
Ártérias umbilicais: ligamento redondo da bexiga.
Veia umbilical: ligamento falciforme do fígado e mais cranialmente o ligamento redondo do fígado.
*
*
CORDÃO UMBILICAL
ÚRACO:Conecta a bexiga fetal à cavidade alantóide
Drena urina da bexiga para o saco alantóide.
A persistência do úraco: tratamento: iodo e nitrato de prata 2x dia p/5 dias e antibiótico sistêmico e/ou cirúrgico/transfixação do úraco. Na ausência do tratamento verificará Coto umbilical constantemente úmido + Urina fluindo do úraco durante ou após micção normal. Etiologia: congênita (torção do cordão no útero – dilata o úraco/ nasce com o úraco sem tonicidade) e adquirida (devido a processo infeccioso). 
*
*
CORDÃO UMBILICAL
ARTÉRIAS UMBILICAIS:
-Conectam artérias ilíacas internas à placenta.
-Carreiam sangue venoso do feto até a mãe.
-São duas artérias nos bovinos.
*
*
CORDÃO UMBILICAL
VEIA UMBILICAL:
- Conecta a placenta ao fígado.
- Carreia sangue arterial para o fígado no feto.
- São duas veias umbilicais nos bovinos.
bovinos.
*
*
CORDÃO UMBILICAL
*
*
INFECÇÕES UMBILICAIS
ONFALITE: infecção do lado de fora da cavidade. Comum em animais de 2 a 5 dias de vida. 
BACTÉRIAS: corynobacterium pyogenes, E. Coli, Streptococcus, Stapylococcus e pasteurela. Geram: poliartrites, endocardites, pneumonia, nefrites, diarréia, meningite, uveíte (inflamação da uva/cristalino/corpo auxiliar e córneo, emagrecimento, hérnia umbilical e úraco pérvio (não fecha o úraco).
ONFALOFLEBITE ida ao fígado: inflamação ou infecção da veia umbilical e da porção externa do umbigo. Sintoma: maior volume do umbigo com exsutado ou não/dor abdominal. Consequência: hepatite, peritonite e abscesso hepático.
ONFALOARTRITE nas artérias apenas: infecção nas artérias umbilicais com sinais clínicos iguais da da onfaloflebite.
*
*
INFECÇÕES UMBILICAIS
URAQUITE ida a bexiga: processo infeccioso intraabdominal que acomete o úraco subindo até ao úraco podendo gerar cistite e piúria. Obs: maior percentual de ocorrência de onfalopatias.
ONFALOARTERIOFLEBITE artérias e veias: processo inflamatório e/ou infecção de uma ou duas artérias conjuntamente com a veia umbilical subindo até a região abdominal. 
ONFALOURACOFLEBITE úraco e veias: inflamação ou infecção do úraco e veia(s) umbilical(is) subindo intra-abdominal ao fígado e à bexiga.
ONFALOURACOARTERITE úraco e artérias: inflamação ou infecção do úraco das artérias umbilicais subindo intra-abdominal à bexiga e à artéria hipogástrica.
PANVASCOLITE UMBILICAL: inflamação ou infecção de todo o conjunto umbilical, comprometendo a veia, artérias e úraco.
*
*
PERGUNTA
Bovinos provinientes de FIV ou PIV e TE são mais acometidos por Infecções Umbilicais/Onfalopatias (onfalites, onfaloflebites, uraquites, onfaloarterioflebites, panvascolites umbilicais, onfalouracoflebites, onfalouracoarterites)? Sim ou Não?
*
*
FISIOLOGIA FETAL
DESENVOLVIMENTO SE DIVIDE EM 3 FASES:
1- PERÍODO DE OVO – ANTES DA CIRCULAÇÃO;
2- PERÍODO EMBRIONÁRIO: 15º ATÉ O 45º DIA DE GESTAÇÃO NA VACA; DO 12º AO 34º NA OVELHA E DO 12º AO 60º NA ÉQUA – RÁPIDO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO DOS TECIDOS;
3- PERÍODO FETAL: 45º NAS VACAS, 34º NAS OVELHAS E 60º NAS ÉGUAS ATÉ O NASCIMENTO.
*
*
CIRCULAÇÃO FETAL
1- DUCTO VENOSO:
PLACENTA
VEIA UMBILICAL
FIGADO
VEIA CAVA CAUDAL
DUCTO VENOSO
FUNÇÃO: EVITA O METABOLISMO DOS NUTRIENTES
NÃO EXITE NO PORCO E NO CAVALO, O SANGUE SEGUE PELOS SINUSÓIDES HEPÁTICOS. 
*
*
CIRCULAÇÃO FETAL
2- CRISTA DIVIDENS: 
VEIA CAVA CAUDAL
CRISTA DIVIDENS
ÁTRIO 
ESQUERDO
ÁTRIO DIREITO
FUNÇÃO: DIVIDIR 2 CORRENTES DE IRRIGAÇÃO, PARA POTENCIALIZAR A OXIGENAÇÃO E NUTRIÇÃO.
*
*
CIRCULAÇÃO FETAL
3 – FORAME OVAL: 
VEIA CAVA CAUDAL
 
ÁTRIO ESQUERDO
FUNÇÃO: DESVIAR SANGUE OXIGENADO PARA A CABEÇA E CORAÇÃO.
FORAME 
OVAL
CABEÇA E CORAÇÃO 
*
*
CIRCULAÇÃO FETAL
4 – DUCTO ARTERIOSO: 
 
PULMÕES
FUNÇÃO: EVITA A PASSAGEM PELOS PULMÕES, AINDA NÃO FUNCINANTES.
ÁTRIO DIREITO
DUCTO ARTERIOSO
AORTA
TECIDOS
*
*
ESQUEMA DA CIRCULAÇÃO
FETAL
*
*
DUCTO VENOSO
*
*
FORAME OVAL
*
*
DUCTO ARTERIOSO
*
*
CIRCULAÇÃO NEONATO
As principais modificações por ocasião do nascimento são:
Interrupção da circulação placentária: após o nascimento a musculatura lisa das artérias umbilicais se contrai e em apenas alguns minutos ocorre um fechamento fisiológico, impedindo o fluxo sangüíneo do feto em direção a placenta. Fechando também o Ducto venoso. 
Fechamento do Canal Arterial: ocorre o fechamento fisiológico por contração muscular imediatamente após o nascimento. 
Fechamento do forame oval: este fechamento fisiológico é causado pela combinação do aumento de pressão do átrio esquerdo e diminuição no átrio direito. 
*
*
FLUIDOS FETAIS
LOCAIS DE ARMAZENAMENTO: BOLSA AMINIÓTICA E ALANTOIDE ABSORÇÃO E SECREÇÃO DE LÍQUIDOS:
- SISTEMA RESPIRATÓRIO;
- SISTEMA URINÁRIO;
- SISTEMA DIGESTIVO;
- EPIDERME DO FETO.
*
*
FLUIDOS FETAIS
VOLUME: NO DESENVOLVER DA GESTAÇÃO AUMENTA EM TODAS AS ESPÉCIES MENOS NO SUÍNO TENDE A DIMINUIR COM A PROXIMIDADE DO PARTO;
LÍQUIDO ALANTOIDEANO É COMPOSTO POR URINA HIPOTÔNICA – MANTÉM A PRESSÃO OSMÓTICA E EVITA A PERDA DE LÍQUIDO PARA A CIRCULAÇÃO MATERNA.
*
*