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DIREITOS DO ADVOGADO PARTE II PDF (2)

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DIREITOS DO ADVOGADO PARTE 2 
 
Ter vista de processos judiciais ou administrativos ( XV e XVI Eaoab) 
 
É direito do advogado ter vista de processos judiciais ou administrativos , bem como retirá-los 
pelos prazos legais. 
 
 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na 
repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais 
 
E se o processo já se findou ( encerrou) ? 
 
 Ainda sim poderá retirá-lo pelo prazo de 10 dias, mesmo sem procuração. 
 
 
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; 
 
 
Cuidado 1: Caso o processo esteja sob o regime de segredo de justiça, só terá acesso aos autos 
o advogado que tenha procuração/ substabelecimento. 
 
Cuidado 2: Caso haja documento original de difícil restauração ou ocorra alguma circunstância 
relevante que justifique a permanência dos autos no cartório ou repartição reconhecida pela 
autoridade motivadamente, o advogado não poderá retirar os autos do cartório. 
 
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Cuidado 3: O advogado que retirar os autos do cartório e não entregá-lo no prazo legal, só o 
fazendo APÓS INTIMADO, ficará impedido de retirá-lo novamente até o encerramento do 
processo. 
 
Só não poderá retirar os autos do processo que deu “ BO”. 
 
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 
 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer 
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou 
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante 
representação ou a requerimento da parte interessada; 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os 
respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
 
Imunidade profissional 
 
O advogado possui imunidade profissional não podendo ser punido por suas manifestações 
quando estiver no exercício da profissão, porém, há requisitos: 
 
 Requisitos para ter imunidade profissional: 
 
1) Que seja crime de injúria ou difamação. 
E a calúnia? NÃO. 
E se houver desacato? STF declarou inconstitucional ( ADI 1.127-8) 
 
2) Que seja no exercício profissional ( em juízo ou fora dele) 
Ex: Na delegacia. 
 
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“Brigando” em casa com a mulher não! 
 
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou 
desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em 
juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos 
que cometer. (Vide ADIN 1.127-8) 
 
 
Sala especiais permanentes para advogado nos fóruns... delegacias, presídios com uso 
para os advogados. 
A OAB poderá controlar essas salas? NÃO, STF declarou inconstitucional a expressão 
controle ( ADI 1.127-8) 
 
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, 
tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os 
advogados, com uso e controle assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8) 
 
 
 
Sigilo profissional ( Arts 7º XIX Eaoab e art. 25 a 27 do Código de Ética e Disciplina) 
 
O advogado deve guardar sigilo profissional ( Não pode ser boca larga) 
Exceção: Grave ameaça a vida ou a honra de alguém. 
 
 
Art. 25. O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave 
ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio 
cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao 
interesse da causa. ( Código de Ética e Disciplina) 
 
 
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O advogado pode ser testemunha a respeito de processo pelo qual atuou ou deva 
funcionar? 
 
O advogado deve recusar-se a depor, mesmo que o cliente autorize ou solicite. 
 
Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que 
saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor como testemunha em 
processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de 
quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte( 
Código de Ética e Disciplina) 
 
 
Art. 7º XIX Eaoab 
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva 
funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo 
quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo 
profissional; 
 
 
As comunicações epistolares( carta, bilhete, email, zap...) podem ser reveladas? 
 Em regra não, salvo quando utilizadas nos limites da necessidade da defesa quando 
autorizadas pelo cliente. 
 
Art. 27. As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas 
nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo 
constituinte. 
 
Parágrafo único. Presumem-se confidenciais as comunicações epistolares entre 
advogado e cliente, as quais não podem ser reveladas a terceiros. 
 
 
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