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Fisiologia e metabolismo microbiano Profa. Dra. Larissa Morais Microbiologia básica Definição Fisiologiaà estudo das funções dos seres orgânicos. Metabolismo à conjunto de transformações da matéria orgânica, visando obtenção de energia. Profa. Dra. Larissa Morais Importância do metabolismo Diversidade e versa2lidade bioquímica Relação com doenças Papel dos m.o na natureza Explorar os m.o. economicamente Cul2vo, crescimento e controle dos m.o Controle da deterioração Profa. Dra. Larissa Morais Composição química da célula procarió2ca -‐ Água; -‐ Macromoléculas; -‐ Compostos orgânicos; -‐ Íons. Nutrição Crescimento Mul2plicação Profa. Dra. Larissa Morais Nutrição dos microrganismos • Todos os organismos vivos necessitam de carbono, nitrogênio e água; • Microrganismos à versáteis e diversificados quanto às exigências nutricionais. • Água à absorção de nutrientes dissolvidos. Profa. Dra. Larissa Morais Elementos químicos como nutrientes • Síntese e funções normais dos componentes celulares; • Presentes na natureza • Basicamente, cada microrganismo uPliza os compostos presentes em seu hábitat natural; • Elementos químicos principais para o crescimento da célula: carbono, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, enxofre e fosfóro. Orgânicos Inorgânicos Profa. Dra. Larissa Morais Carbono • Um dos elementos químicos mais importantes para o crescimento microbiano; • Todos os organismos requerem carbono de alguma forma; • Compostos orgânicos x compostos inorgânicos Contém carbono Não contém carbono Profa. Dra. Larissa Morais • O carbono forma o esqueleto dos carboidratos, lipídeos e proteínas; • Energia para o crescimento da célula e unidade básica do material celular Autotrófricos Heterotróficos UPlizam CO2 como fonte de energia. Podem viver às custas de moléculas inorgânicas simples e íons absorvidos do meio. UPlizam compostos orgânicos como fonte de carbono, obtendo as moléculas do meio. Profa. Dra. Larissa Morais Nitrogênio • Todos os organismos necessitam também de nitrogênio de alguma forma; • É parte essencial dos aa, que juntos formam as proteínas; • Bactérias à versáteis na uPlização de N2; • Fixação de nitrogênio à Algumas bactérias uPlizam nitrogênio gasoso ou atmosférico para a síntese celular ; • Restante das bactérias uPliza N2 de compostos nitrogenados inorgânicos (nitratos, nitritos) ou de compostos orgânicos. Profa. Dra. Larissa Morais Hidrogênio, Oxigênio, Enxofre e Fósforo • Hidrogênio e oxigênio presentes em muitos compostos orgânicos; • Enxofre -‐> necessário para biossíntese de aminoácidos Cisteína Cis2na Me2onina Profa. Dra. Larissa Morais • Fósforo -‐> essencial para a síntese de ácidos nucléicos e ATP; • Onde encontrar esses elementos? Água Nutrientes Atmosfera gasosa do meio Alguns íons inorgânicos: sulfato e fosfato Profa. Dra. Larissa Morais Variações nos requerimentos nutricionais • Algumas bactérias são capazes de crescer em meio simples; • Algumas bactérias são extremamente fasPdiosas (complexo requerimento nutricional) – organismos que crescem nas mucosas ou no interior da célula do hospedeiro; • Algumas bactérias crescem em meio indefinido (sangue, soro, extrato de levedura, etc…) Profa. Dra. Larissa Morais Outros elementos • Hidrogênio e oxigênio presentes em muitos compostos orgânicos; • Enxofre -‐> necessário para biossíntese de aminoácidos Cisteína Cis2na Me2onina Profa. Dra. Larissa Morais • Tipos de energia: química e luminosa • A célula produz energia para: Componentes celulares: parede, membrana, etc. Síntese de enzimas, ácidos nucléicos, polis- sacarídeos, fosfolipídios, etc. Reparos e manutenção da célula Crescimento e multiplicação Acumulação de nutrientes e excreção de produtos indesejáveis Mobilidade Energia Profa. Dra. Larissa Morais • Tipos de energia • Energia conPda em ligações químicas das moléculas Energia Química • Deve ser converPda em energia química Energia Luminosa Profa. Dra. Larissa Morais Sistema de armazenamento e transferência de E Componentes celulares como proteínas (enzimas), DNA, RNA, carboidratos, lipídeos, etc. Produtos da degradação servem como unidades para a produção de compostos celulares Síntese Compostos e estruturas Degradação Quebra de substratos ou nutrientes E liberada E requerida Crescimento celular, reprodução, manutenção e movimento Profa. Dra. Larissa Morais • Classificação dos micro-‐organismos de acordo com a fonte de carbono e de energia Quimiotróficos (utilizam substâncias químicas como fonte de energia) Quimiolitotróficos C= CO2 Quimiorganotróficos C=orgânico Lactococcus lac*s + glicose à ácido lácPco + energia Profa. Dra. Larissa Morais • Classificação dos micro-‐organismos de acordo com a fonte de carbono e de energia Anabaena cylindrica + luz à energia + compostos Profa. Dra. Larissa Morais • Metabolismo: dividido em duas classes de reações químicas: Catabolismo • Exergônicas (liberam energia) • Quebra de compostos orgânicos complexos em compostos mais simples Anabolismo • Endergônicas (requerem energia) • Construção de moléculas orgânicas complexas a parPr de moléculas mais simples Profa. Dra. Larissa Morais • Reação química reguladapor enzimas que liberam energia, quebrando compostos orgânicos complexos em compostos mais simples. • Geralmente são reações de hidrólise (uPlizam água para quebrar ligações químicas) e exergônicas (produzem mais energia do que consomem). – Ex: Células quebram açúcares em dióxido de carbono e água Catabolismo Profa. Dra. Larissa Morais • Reações reguladas por enzimas que requerem energia, construindo moléculas orgânicas complexas a parPr de moléculas mais simples – são chamadas de reações biossinté2cas. • As reações anabólicas envolvem reações de síntese por desidratação (reações que liberam água) e são endergônicas (consomem mais energia do que produzem). – Ex: formação de proteínas a parPr de aminoácidos, ácidos nucléicos a parPr de nucleojdeos e polissacarídeos a parPr de açúcares simples. Anabolismo Profa. Dra. Larissa Morais – É a principal molécula transportadora de energia de todas as células e é indispensável para a vida da célula; – Armazena energia química liberada por algumas reações químicas e fornece energia para reações que requerem energia; – Consiste de uma unidade de adenosina (composta de adenina e ribose) e três grupos fosfato unidos. ATP Profa. Dra. Larissa Morais • Adenosina Trifosfato ou Trifosfato de Adenosina – Molécula de “alta energia” à energia liberada rápida e facilmente quando o terceiro grupo fosfato perde seu grupo fosfato terminal para se tornar difosfato de adenosina (ADP). Produção de energia Profa. Dra. Larissa Morais – Oxidação: remoção de elétrons de um átomo ou molécula, reação que produz energia; – Energia armazenada provisoriamente em força próton moPva – Redução: ganho de elétrons Oxidação: perda de elétrons à ganho de energia Reação de oxidação-redução Redução: ganho de elétrons à requerem energia Profa. Dra. Larissa Morais – A maioria das oxidações biológicas envolvem a perda de átomos de hidrogênio. Molécula orgânica com dois átomos de hidrogênio Coenzima NAD+ (transportador de elétron) Molécula orgânica oxidada NADH + H+ (transportador de elétron reduzido) H+ Mais energética Profa. MSc. Larissa Morais Reação de desidrogenação • Reação de desidrogenação – Exemplo: Oxidação da glicose • Molécula com muitos átomos de hidrogênio • Liberação de energia • Captura de energia pelo ATP Profa. Dra. Larissa Morais FOSFORILAÇÃO Profa. Dra. Larissa Morais • Fosforilação em nível de substrato – O ATP é gerado quando um fosfato de alta energia é diretamente transferido de um composto fosforilado (substrato) a ADP. O grupo fosfato é adicionado a algum intermediário tornando-se de alta energia que pode ser transferido ao ADP. Reações OXI-RED internamente balanceadas: alguns átomos do substrato tornam-se mais reduzidos, enquanto outros mais oxidados – Os elétrons transferidos do composto orgânico a carreadores de elétrons (usualmente NAD+ e FAD) são passados através de uma série de diferentes carreadores a molécula de oxigênio (O2) ou outras moléculas orgânicas – Cadeia de transporte de elétrons Fosforilação oxidativa Profa. Dra. Larissa Morais A Fosforilação oxida2va envolve uma cadeia de transporte de elétrons (CTE -‐ série de reações integradas); -‐ Procariotos à acontece na membrana plasmá2ca; -‐ Eucariotos à acontece na mitocôndria; ► energia liberada aos poucos e mais eficientemente (até 45 %) Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais – Ocorre somente em células fotossintéPcas; – Início: conversão da energia luminosa em energia química de ATP e NADPH, que são uPlizados para a síntese de moléculas orgânicas; – Cianobactérias. Fotofosforilação Profa. Dra. Larissa Morais Organização do complexos protéicos na membrana fotossintéPca de uma bactéria fototrófica. O gradiente de prótons gerado pela luz é uPlizado na síntese de ATP. Profa. Dra. Larissa Morais Vias de produção de energia Profa. Dra. Larissa Morais • Definição – São aquelas que envolvem o catabolismo de glicose • Quais são? – Via de Embden-‐Meyerhof-‐Parnas (EMP) – Via de Entner-‐Doudoroff (ED) – Desvio das Pentoses-‐Fosfato (DPP) • Importância – Produção de energia (ATP) – Produção de moléculas redutoras (NADH) – Produção de compostos intermediários e finais que servem como precursores de biomoléculas mais complexas Vias metabólicas centrais Profa. Dra. Larissa Morais – Conversão da glicose em duas moléculas de piruvato, com formação de duas moléculas de ATP e duas moléculas de NADH; – Dividida em duas fases: de aPvação e de recompensa; – Pode ocorrer em eucariontes e procariontes. Via de Embden-Meyerhof-Parnas Profa. Dra. Larissa Morais – Produção de uma molécula de ATP, uma molécula de NADH e uma molécula de NADPH; – Apenas uma molécula de gliceraldeído-‐3-‐fosfato é converPda a piruvato; – Exclusiva de procarióPcos. Via de Entner-Doudoroff Profa. Dra. Larissa Morais Via de Entner-Doudoroff x Via de Embden-Meyerhof-Parnas Profa. Dra. Larissa Morais – É uma via alternaPva à glicólise; – Nenhum ATP é consumido ou produzido diretamente no ciclo; – Produção de açúcares de cinco carbonos a parPr da glicose; –Produção de NADPH; – Alguns micro-‐organismos não possuem todas as enzimas para as vias EMP e ED, de forma que o “desvio” das pentoses-‐fosfato é a via uPlizada para degradação da glicose. – Etapas • Reações oxidaPvas (irreversíveis) • Reações não-‐oxidaPvas (reversíveis) Via das pentoses-fosfato Profa. Dra. Larissa Morais • Via das pentoses-‐fosfato Enzimas importantes Produtos (intermediári os da glicólise) Profa. Dra. Larissa Morais • Relação entre a via das pentoses-‐fosfato e a glicólise Profa. Dra. Larissa Morais • Respiração aeróbica – Glicólise – Ciclo de Krebs – Cadeia de transporte de elétrons Profa. Dra. Larissa Morais • Respiração aeróbica – Em procariontes, devido à ausência de mitocôndrias, a cadeia de transporte de elétrons ocorre nos mesossomos, enquanto a glicólise e ciclo de Krebs acontecem no citoplasma. Profa. Dra. Larissa Morais – Também chamado de ciclo de Krebs ou ciclo dos ácidos tricarboxílicos; – Formação de compostos que atuam como precursores para a síntese de moléculas mais complexas. Ciclo do ácido cítrico Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais • Respiração anaeróbica – Possui as mesmas etapas da respiração aeróbica; – O aceptor final de elétrons é uma substância inorgânica diferente do O2; – Exemplos: • Pseudomonas e Bacillus: NO3-‐ (íon nitrato) é o aceptor final de elétrons, que é reduzido a íon nitrito (NO2-‐ ), óxido nitroso (N2O) ou gás nitrogênio (N2) • Desulfovibrio: SO42-‐ (sulfato) é o aceptor final de elétrons, que é reduzido a sulfeto de hidrogênio (H2S) Profa. Dra. Larissa Morais • Fermentação – O ácido pirúvico resultante da glicólise é converPdo a um produto orgânico. – CaracterísPcas: • Libera energia de açúcares ou moléculas orgânicas, como aminoácidos, ácidos orgânicos, purinas e pirimidinas; • Não requer oxigênio; • Não requer o ciclo de Krebs ou de uma cadeia de transporte de elétrons; • UPliza uma molécula orgânica como aceptor final de elétrons; • Produz pequenas quanPdades de ATP. Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais Processo de produção de energia Condições de crescimento Aceptor final de hidrogênio (elétron) Tipo de fosforilação u2lizada para gerar ATP Moléculas de ATP produzidas por molécula de glicose Respiração aeróbica Aeróbica Oxigênio molecular (O2) Em nível de substrato e oxidaPva 36 (eucariontes) ou 38 (procariontes) Respiração anaeróbica Anaeróbica Geralmente uma substância inorgânica , mas não o oxigênio molecular Em nível de substrato e oxidaPva Variável (menor que 36 e maior que 2) Fermentação Aeróbica ou anaeróbica Uma molécula orgânica Em nível de substrato 2 Profa. Dra. Larissa Morais Profa. Dra. Larissa Morais Sub-‐unidades básicas para a biossíntese (cerca de 150 moléculas) Profa. Dra. Larissa Morais Nitrogênio gasoso ou inorgânico Biossíntese de compostos nitrogenados Aminoácidos Arranjo de aminoácidos Proteínas Purinas e pirimidinas Ácidos nucléicos • Processo realizado por algumas bactérias Profa. Dra. Larissa Morais Fixação do nitrogênio • Bactérias específicas uPlizam o nitrogênio atmosférico para formar amônia (NH3); • Requer considerável quanPdade de energia; • Após ter sido formada, a bactéria combina a amônia com um composto contendo carbono, para produzir aminoácidos requeridos para o crescimento. Profa. Dra. Larissa Morais • Após a síntese dos aminoácidos, os microrganismos reúnem os aa, formando as proteínas; • Ácido glutâmico à um dos aa mais importantes produzidos; • O molde para a produção de proteínas está conPdo na sequencia de nucleojdeos do DNA da célula. Profa. Dra. Larissa Morais Dióxido de carbono Biossíntese de carboidratos Triose Pentose e hexose Nucleo`deos (contendo ribose e desoxirribose) Polissacarídeos Pep`deoglicano, celulose… • M.o autotróficos Fixação do CO2 • Microrganismos autotróficos uPlizam o CO2 atmosférico convertendo-‐o em um composto orgânico; • UPlizam ATP; • Fotoautotróficos à energia luminosa • Quimioautotróficos à energia liberada na oxidação de compostos orgânicos. Profa. Dra. Larissa Morais Glicose Biossíntese de lipídeos Ácido pirúvico Ace2l-‐co-‐enzima A e malonil-‐co-‐enzima-‐A Ácidos graxos de cadeia longa Fosfolipídeos Oxidação Glicólise Profa. Dra. Larissa Morais Utilização de energia por outros processos • Célula à requer energia para executar outras funções além da produção de consPtuintes químicos; • Transporte de nutrientes para o interior da célula – Através da membrana plasmáPca; – UPliza proteínas carreadoras; – Transporte aPvo à energia! • MoPlidade – Flagelo à motor de prótons Profa. Dra. Larissa Morais Pesquise em casa! • Explique por que, mesmo em condicoes ideais, o Streptococcus cresce lentamente. • De onde vem os aminoacidos requeridos para a sintese de proteinas? Profa. Dra. Larissa Morais Referências -‐ Madigan; MarPnko; Parker. Microbiologia de Brock,São Paulo, 10a Ed, Pearson PrecPce Hall, 2004, 624p. -‐ Tortora; Funke; Case. Microbiologia. 8a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2005. Profa. Dra. Larissa Morais “Cada sonho que você deixa para trás é um pedaço do seu futuro que deixa de exis*r.” Steve Jobs Profa. Dra. Larissa Morais
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