Buscar

DIREITO EMPRESARIAL II PRINCIPIOS ppt

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Princípios dos títulos de crédito
Do conceito de Vivante, extraímos os Princípios dos Títulos de Crédito, a saber:
Cartularidade: O Título deve ser representado por uma cártula, um papel, para que seja válido como título e para que possa ser cobrado. Sem a apresentação do título, não se tem como executar o devedor e pagando o título, a quitação deverá ser realizada na própria cártula. Literalidade: Ou seja, "vale o que está escrito". Todas as pessoas que figurarem no título, serão coobrigados, respeitando-se os valores, datas e locais de pagamento do Título de Crédito. Autonomia: As obrigações que se apresentam no título, são autônomas entre si. Os coobrigados possuem no caso, autônomas as suas obrigações e mesmo sendo inválida a obrigação de um dos co obrigados, não vicia o título e nem as demais. Este Princípio se subdivide em dois sub princípios: Abstração e Inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa fé.
TÍTULOS DE CRÉDITO: CARACTERÍSTICAS
Princípio da Cartularidade Cartularidade	–	o	credor	do	título	de	crédito	deve	provar que	se	encontra		na	posse	do	documento	para	exercer	o direito nele mencionado ( Fábio Ulhoa).
Para o exercício dos direitos contidos no título de crédito é necessária a exibição do original do título. Sem a posse da cártula pelo credor, mesmo que a pessoa seja efetivamente credora, não há o exercício do direito ao recebimento do crédito.
Exemplo, um comerciante (credor) que possui uma nota promissória emitida por certo cliente (devedor). O credor não poderá cobrar, amigável ou judicialmente, o crédito apresentando somente a fotocópia do título, ainda que essa seja autenticada.
Princípio da Cartularidade
Formalismo -	O título de crédito é um documento formal.
Para que se configure como título executivo extrajudicial todos os requisitos devem estarem preenchidos. Art.888, CC/02.
Art. 586-CPC. A execução para cobrança de crédito fundar-
se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
Mas isso vem sendo cada vez mais discutido, principalmente, a partir da vigência do art.889,§ 3º, do Código Civil, ao prever a possibilidade da emissão de título por computador. Dessa forma, emitido eletronicamente, não sendo materializado em papel, seria uma exceção ao princípio da cartularidade.
Princípio da	Literalidade
Princípio da literalidade – Somente o que está no documento será considerado no momento da execução do crédito pelo credor. Pela literalidade do título de crédito só interessa o que está expressamente declarado na cártula, ou seja, nem credor nem devedor podem invocar em seu favor fato ou elemento que não esteja no título.
Ex.1 - Quem paga parcialmente um título de crédito deve pedir a quitação na própria cártula, pois não poderá se exonerar de pagar o valor total, se ela vier a ser transferida a terceiros de boa-fé.
EX.2- um aval dado ao título, aposto em documento
separado, não produzirá efeitos de aval a este título.
Princípio da	literalidade
Em regra, não se pode colocar cláusulas de juros em título de crédito. Pode-se até cobrar, mas não pode estar contida no título.
Art. 890, CC/02. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
Art. 51, D 2.044/08. Na ação cambial, somente é admissível defesa fundada no direito pessoal do réu contra o autor, em defeito de forma do título e na falta de requisito necessário ao exercício da ação.
Princípio da Autonomia
O Princípio da Autonomia – O Credor apenas recebe o título de crédito e vai ao devedor que emitiu o título cobrar a dívida representada pela cártula, independente dos negócios realizados com o título de crédito.
Este princípio determina que cada obrigação representada pelo título de crédito é autônoma e o vício de uma obrigação não gera invalidade do título e nem contamina as demais obrigações.
Assim, o portador do título de crédito poderá cobrar o devedor principal (aquele que emitiu o título) para cumprir o negócio jurídico ajustado que gerou o título.
Princípio da Autonomia
Ex. Rafael promete pagar João no futuro determinada quantia mediante a emissão de uma nota promissória com vencimento em um mês para compra de uma TV. João poderá passar o crédito, decorrente da nota promissória emitida por Rafael, por meio de endosso na nota para comprar outros bens ou serviço no mercado. E João comprou, com o uso da nota promissória emitida por Rafael, drogas de um certo traficante. O traficante, com a nota promissória de Rafael que recebeu de João, comprou um computador.
Há no decorrer da circulação da nota promissória um negócio jurídico nulo (a compra da droga) já que o objeto adquirido é ilícito, descaracterizando assim um dos requisitos de validade de um negócio jurídico (agente capaz, objeto lícito possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei).
Princípio da Autonomia
Mas quando Rafael vier a pagar a nota promissória ao vendedor do computador adquirido pelo traficante ele não poderá alegar o vício do negócio jurídico que ocorreu pela compra de drogas por João. Somente quando Rafael pagar o título é que a obrigação que gerou o crédito será extinta, não podendo o devedor opor eventuais nulidades de negócios que foram realizados pela circulação do título de crédito por ele emitido.
Princípio da Autonomia
O	princípio	da	autonomia	das	obrigações	cambiais	se desdobra em dois outros subprincípios que são:
Subprincípio da Abstração e
Subprincípio	da	Inoponibilidade	das	Exceções
Pessoais ao Terceiro de Boa Fé.
São qualificados como subprincípios, segundo Fábio Ulhoa, por que nada acrescentam ao que já se encontra determinado pelo princípio da autonomia.
Princípios da Autonomia
O Subprincípio	da Abstração
Quando o título de crédito é posto em circulação, diz- se que se opera a abstração, isto é, a desvinculação do ato ou negócio jurídico que deu ensejo à sua criação.
O Princípio da Abstração diz que o direito de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, ou seja, o Título de Crédito emitido por Rafael ao João não prende-se a compra da TV. Se o negócio jurídico que deu origem ao título de crédito vier a estar viciado o título não será afetado dado ao vendedor o direito de exigir o crédito representado pelo título.
Abstração
A abstração ocorre quando não houver relação direta (imediata) entre dois coobrigados.
Abstração
Se o título circular, ocorre sua desvinculação do negócio fundamental (autonomia absoluta). O devedor não poderá se utilizar da relação fundamental como defesa perante terceiro portador de boa-fé. A relação entre devedor e portador é indireta ou mediata.
Subprincípio da Inoponibilidade das Exceções
O subprincípio da Inoponibilidade das Exceções Pessoais ao Terceiro de Boa Fé, significa dizer que aquele que for regularmente demandado por terceiro, pela obrigação resultante de um título, não pode alegar uma situação pessoal com outrem, a fim de furtar-se ao seu cumprimento.
Este princípio, está disciplinado no Art. 17, da lei Uniforme de Genebra. “As pessoas acionadas em virtude de
uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas
sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.”
Princípio da Inoponibilidade das Exceções
Este subprincípio vincula-se ao aspecto processual do princípio da autonomia, pois diz respeito ao processo de execução.
Art. 915 CC. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da
subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação
Art. 916 CC. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.
Subprincípio da Independência
O	subprincípio	da	Independência,	segundo	Gladston Mamede, divide-se em duas perspectivas distintas:
Independência da cártula e
Independência das declarações cambiárias entre si.
a) Independência da cártula – a cártula afirma por si mesma, sua validade e sua eficácia, não carecendo de qualquer outra referência externa para tanto. Todos os seus elementos qualificadores, como valor (principal, acessórios, pagamentos parciais etc), titular (credor), os atores cambiários(devedor, coobrigados, credor e mesmo terceiros, não precisam consultar a qualquer documento ou registro para compreender a extensão da obrigação cambiária, nem para poder executá-la.
Subprincípio da Independência
O	subprincípio	da	Independência,	segundo	Gladston Mamede, divide-se em duas perspectivas distintas:
b) Independência das declarações cambiárias entre si – tem aplicação mais ampla, mesmo nos títulos vinculados, as obrigações cambiárias são independentes entre si, bastando recordar que tanto o endosso, quanto o aval, não podem ser condicionados ou clausulados.
Independência das Assinaturas
O portador poderá cobrar de qualquer dos coobrigados, individual ou coletivamente.
Questão objetiva – Aula - 02
01- com relação à teoria dos títulos de crédito, julgue os itens que se seguem.
a)( ) o título de crédito abstrato dá origem a obrigações desvinculadas da causa que o gerou como forma de garantir-lhe a autonomia, o que permite ao mercado considerar apenas o título que afirma a existência do crédito, representando-o por uma cártula necessária e seu conteúdo;
b)( ) o título de crédito abstrato dá origem a obrigações vinculadas da causa que o gerou como forma de garantir-lhe a autonomia, o que permite ao mercado considerar apenas o título que afirma a existência do crédito, representando-o por uma cártula necessária e seu conteúdo;
c)(	) o credor do título de crédito não precisa provar que se encontra
na posse do documento para exercer o direito nele mencionado; d)(	)todas as	alternativas acima	são corretas
Questão objetiva – Aula - 02
02- (MAGISTRATURA-PB–CESPE/2011) Considerando a aplicabilidade, no direito cambiário, dos princípios da cartularidade, literalidade e autonomia, bem como de outros deles decorrentes,	assinale a opção correta.
a)(	) o p princípio	da	literalidade	é	relativizado
que o	aval tanto	pode
brasileiro,de	sorte assinatura	do
avalista
no	próprio
títuloquanto
pelo direito
ser	prestado mediante em	documento apartado.
b) (	) Consoante o
princípio
da	inoponibilidade, o devedor de dívida
representada	por	títulode
crédito sópode opor ao terceiro de boa- fé as exceções
que tiver contra este e as fundadas nos aspectos formais do título.
c)(	)De acordo com o princípio da literalidade, o título de crédito deve satisfazer
sendo, depois
em	regra,	nulo o a	ser	preenchido
seus requisitos formais	no momento da emissão, título que,emitido em branco ou incompleto, venha ou complementado pelo beneficiário.
d)(	) De acordo com o princípio	da	abstração, o emitente de título cambial não pode opor ao beneficiário as exceções fundadas no negócio jurídico	subjacente, ainda que o
título não tenha entrado em
e) (	) Em razão do princípio
circulação.
da cartularidade, a duplicata mercantil só	pode
ser	protestada se o credor estiver na posse do título
CASO CONCRETO – Aula - 02
CASO CONCRETO: Antônio emitiu uma nota promissória em favor de Bernardo, que circulou através de diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor original. Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré- executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos.
A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa?
Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em
tela.
Questão objetiva – Aula - 02
Assinale a assertiva correta sobre títulos de crédito.
Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título são independentes do negócio que deu lugar ao seu nascimento, a partir do momento em que ele é posto em circulação;
Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título de crédito não se vinculam ao negócio que deu lugar ao seu nascimento, independentemente de sua circulação;
C)	Pelo
obrigação
princípio	da	autonomia,		o	cumprimento		da assumida		por	alguém	no		título	não	está
vinculado	a	outra	obrigação,	a	menos	que	o	título	tenha
circulado.
D) Pelo princípio da autonomia, vale nos títulos somente o que neles está escrito.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando