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aula 1 a 10 saude do trabalhador

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Aula 1 - Conceito de saúde
Ao longo dos anos, o conceito de saúde vem modificando de acordo com o perfil da população. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceituou saúde como o bem-estar físico mental e social, e não meramente a ausência de doença.
Porém, ainda nos dias de hoje este conceito vem sendo repensado, devido às novas necessidades da população, principalmente no que se refere ao trabalho. A partir de agora veremos o principais conceitos sobre trabalho e sua relação com a saúde!
você sabe o que consta na Constituição Federal de 1988 sobre saúde?
De acordo com o Art. 196, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A partir disso, alguns fatores são essenciais para a saúde e  constam no Sistema Único de Saúde (SUS). 
Conceito de trabalho
Trabalho: s.m. Atividade física ou intelectual que visa a algum objetivo; labor, ocupação. O produto dessa atividade; obra. Esforço, empenho. Fig. Preocupação, cuidado, aflição.
Emprego: s.m. Ato ou efeito de empregar. Função, cargo, lugar: emprego público. Uso: emprego de uma palavra no sentido próprio. Aplicação: emprego conveniente do capital.Neste caso, o emprego é uma relação estável, podendo ser duradora ou não, onde se vende a força de trabalho aos meios de produção.
Ministério da saúde e a Saúde do Trabalhador
Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde (2001): A Saúde do Trabalhador constitui uma área da saúde pública que tem como objeto de estudo e intervenção as relações entre o trabalho e a saúde.
Tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde do trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações de vigilância dos riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, dos agravos à saúde do trabalhador e a organização e prestação da assistência aos trabalhadores, compreendendo procedimentos de diagnóstico, tratamento e reabilitação de forma integrada, no SUS.
Determinantes da saúde dos trabalhadores
Condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida.
Fatores de risco ocupacionais – físicos, químicos, biológicos, mecânicos.
Riscos decorrentes da organização do trabalho – presentes nos processos de trabalho.
Por isso as ações de saúde dos trabalhadores têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações trabalho-saúde em toda a sua complexidade, através de uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. 
Participação nas ações de saúde
Os trabalhadores, individual e coletivamente nas organizações, são considerados sujeitos e participantes das ações de saúde, que incluem:
Estudo das condições de trabalho.
 Identificação de mecanismos de intervenção técnica para sua melhoria e adequação.
Controle dos serviços de saúde prestados.
De acordo com o Ministério da Saúde (2001), “a Saúde do Trabalhador constitui uma área da saúde pública que tem como objeto de estudo e intervenção as relações entre o trabalho e a saúde”. Neste contexto, cite os objetivos da Saúde do Trabalhador:
tem como objetivo promoção e proteção da saude do trabalhador, visando reduir os agravos á saude como por exemplos acidesntes ede trabalhos e doenças ocupacionais
Aula2- Estudo do ambiente de trabalho
Em 1700, Bernardino Ramazzini, conhecido como “Pai da Medicina do Trabalho”, publica a obra De morbis artificum distriba, onde descreveu doenças de aproximadamente 50 ocupações (Mendes, 1995).
A partir das investigações de Ramazzini, o ambiente de trabalho passou a ser estudado a fim de introduzir modificações, visando proteger a integridade física do trabalhador.
Revolução Industrial e os trabalhadores
A Revolução Industrial foi uma mudança na forma de produção de mercadorias, que teve seu início em meados do século XVIII.
Com origem na Inglaterra, revolucionou o modo de produção com o uso de máquinas a vapor e transformações no sistema de trabalho da época. Essa transformação foi um marco decisivo na história e sentimos suas consequências até os dias atuais (Mendes, 1995).
Principais consequências da Revolução Industrial
1) Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufaturadas em máquinas;
2) Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados;
3) Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;
4) Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias;
5) Avanços nos sistemas de transportes a vapor (principalmente ferroviário e marítimo);
6) Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo;
7) Surgimento de sindicatos de trabalhadores, com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora;
8) Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades), motivado pela criação de empregos nas indústrias;
9) Aumento da poluição do ar, com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas;
10) Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de submoradias;
11) Aumento das doenças e acidentes de trabalhos, em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas;
12) Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas;
13) Carga horária de trabalho que ultrapassavam 15 horas por dia.
As condições de trabalho eram péssimas, as doenças e os acidentes eram numerosos, não havia limites na jornada de trabalho, ultrapassando 16 horas de trabalho por dia. O ambiente era fechado, e as máquinas não tinham qualquer proteção. Além disso, também havia disseminação de doenças infectocontagiosas. (MENDES).
O novo sistema industrial criado a partir da Revolução Industrial também trouxe mudanças nas relações sociais, com a criação de duas novas classes sociais:
• Os empregadores, proprietários das fábricas e dos bens produzidos pelo trabalho;
• Os operários, que vendem aos empregadores sua força de trabalho em troca de salário.
Características do primeiro Serviço Médico Industrial
Os serviços deveriam ser dirigidos por pessoas de inteira confiança do empresário e que se dispusessem a defendê-lo;
Eles deveriam ser centrados na figura do médico;
A prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente médica;
A responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficava transferida para o médico.
Aula 3- A evolução da saúde do trabalhador no Brasil
A saúde do trabalhador passa a ter nova definição e delineamento institucional a partir da Constituição Federal de 1988, com a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Período de 1930-1945 
Também conhecido como Era Vargas, esse período foi marcado por muitas mudanças na política e na economia do país.
No governo Getúlio Vargas, houve a ascensão da industrialização, a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e leis sobre acidentes de trabalho. 
Com a criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, as empresas passam a constituir seus próprios “serviços médicos”.
 É criada ainda a regulamentação da jornada de trabalho, a Lei de Sindicalização e o Ministério do Trabalho.
Período de 1964-1985
O período entre 1969 e 1973 também ficou conhecido como o “Milagre Econômico”, devido ao forte crescimento da economia com, altos investimentos em infraestrutura. Porém, após este período, o Brasil mergulhou em um grande endividamento externo e interno.
Constituição Federal de 1988 até os dias atuais
A Constituição Federal foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Nela, são definidos os direitos dos cidadãos, sejam eles individuais, coletivos, sociais ou políticos; e são estabelecidos limites para o poder dos governantes.
Entre os direitos dos cidadãos, podemos destacar o assegurado no Art. 196:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acessouniversal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Conceito de saúde do trabalhador
Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I - Assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho.
II- Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde - SUS, em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho.
III - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde - SUS, da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentem riscos à saúde do trabalhador.
IV - Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde.
V - Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e a empresas sobre os riscos de acidente de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão,  periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional.
VI - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas.
VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração, a colaboração das entidades sindicais.
VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Essa política que visa à promoção e à proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos, mediante a execução de ações de promoção, vigilância, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação da saúde
RENAST 
Hoje, a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) é uma das estratégias para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores.
Ela tem entre seus componentes os Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), serviços sentinela de média e alta complexidade, capazes de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).
Os CEREST realizam ações de promoção, prevenção, vigilância, assistência e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalho. 
No Brasil, as ações de saúde e segurança voltadas para os trabalhadores são asseguradas não só através de programas do Ministério da Saúde, mas também do Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério para Previdência Social, o que veremos nas próximas aulas.
De acordo com o art. 16 da Lei 8.080/90, cabe à direção nacional do SUS a participação na formulação e na implantação das políticas relativas às condições e aos ambientes de trabalho, além de participar da definição de normas, critérios e padrões para controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador. Nesta perspectiva, foi criada a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (2012). A que visa essa política?
Visa à promoção e à proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos, mediante a execução de ações de promoção, vigilância, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação da saúde.
Aula 4 - Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
No dia 1º de maio de 1943, foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452 a CLT, ou seja, a Consolidação das Leis do Trabalho. 
Sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, a CLT foi um marco para os trabalhadores, uma vez que seu objetivo principal é regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
Empregado/empregador
Empregador. De acordo com a CLT, considera-se empregador “a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”.
Empregado. Ainda de acordo com a CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Principais assuntos abordados na CLT
• Registro do trabalhador/ carteira de trabalho;
• Jornada de trabalho;
• Períodos de descanso;
• Férias;
• Segurança e Medicina do Trabalho;
• Categorias especiais de trabalhadores;
• Proteção do trabalho da mulher;
• Proteção do trabalho do menor;
• Contratos individuais de trabalho;
• Organização sindical;
• Convenções coletivas de trabalho;
• Fiscalização.
Normas regulamentadoras (NR)
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, foram regulamentadas pela Portaria nº 3.214 de junho de 1978 (Lei 6.514 de dezembro de 1977).
São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciários, que possuam empregados pela CLT.
Qual a importância das normas?
Podemos destacar que as Normas Regulamentadoras são fundamentais, uma vez que dá ao empregador condições de suprir às necessidades dos trabalhadores no que tange à saúde e segurança no trabalho, diminuindo assim a exposição aos riscos ocupacionais e, como consequência, os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
As NRs também orientam os trabalhadores acerca da observação e seu cumprimento.
Cite três benefícios que a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) trouxe para os trabalhadores.
Carteira de trabalho; regulamentação da jornada de trabalho; regulamentação de períodos de descanso; férias; proteção do trabalho da mulher; proteção do trabalho do menor.
Aula 5 - NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia e em Medicina do Trabalho (SESMT)
Esta Norma Regulamentadora tem como finalidade promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
Também conhecida como NR 4, ou simplesmente SESMT, esta norma é composta por uma equipe de profissionais especialistas em segurança e saúde do trabalhador.
De acordo com esta NR, as empresas públicas ou privadas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) manterão obrigatoriamente Serviços Especializados em Engenharia e em Medicina do Trabalho (SESMT). 
Profissionais que atuam nos SESMT
Enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Enfermagem.
Engenheiro ou arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação.
Médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação. Ele também pode ser portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do MEC, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina.
Auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem, portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministradopor instituição especializada reconhecida e autorizada pelo MEC.
Técnico portador de comprovação de Registro Profissional, expedido pelo Ministério do Trabalho.
Graus de risco
Grau de risco 1 Empresa cujo grau de risco para executar suas atividades principais não exige esforço demasiado do empregado. Existe o risco, porém, em menor escala. Exemplo: uma atividade associativa, com atividades de organizações políticas ou religiosas.
Grau de risco 2 Empresa cujo grau de risco para executar suas atividades principais exige mais esforços do empregado com relação à empresa com grau de risco 1. O risco é de maior intensidade, porém, não interfere excessivamente na saúde do trabalhador. Atividades recreativas, culturais e desportivas. Exemplo: atividade cinematográfica.
Grau de risco 3  Empresa cujo grau de risco para a execução de suas atividades principais já requer cuidados especiais, diferentemente das empresas de graus de riscos 1 e 2. É o caso da saúde e serviços sociais. Exemplo: atividades de atendimento hospitalar, industrial, entre outros.
Grau de risco 4 Empresas onde a exposição aos riscos é intensa. As atividades laborais são única e exclusivamente de riscos à saúde, ao bem-estar e à vida do trabalhador. Exemplos: indústrias extrativas, siderúrgicas e metalúrgicas.
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Esta Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade de as empresas públicas e privadas manterem em funcionamento uma comissão cujo objetivo é trabalhar, preventivamente, para neutralizar ou eliminar riscos ambientais por meio da recomendação de medidas de segurança que visem melhorar as condições de trabalho.
A CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados. Sendo que os representantes dos empregadores (titular e suplente) serão por eles escolhidos, e os representantes dos empregados (titular e suplente) serão eleitos por voto secreto.
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT)
Trata-se de uma semana com muitas atividades para os trabalhadores, promovidas pela empresa com o objetivo de divulgar, orientar e promover prevenção de acidentes, segurança e saúde do trabalhador, de forma lúdica e descontraída..
Acidentes de trabalho
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho" (Art. 19 da Lei nº 8.213/91).
Fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes
Atos inseguros - São caracterizados por ações voluntárias e até mesmo involuntárias por parte dos trabalhadores e independem das condições que o ambiente ofereça. Para evitar que atos inseguros aconteçam, os trabalhadores devem evitar:
• Usar roupas inadequadas e adornos;
• Fumar ou usar chamas próximo de inflamáveis e explosivos;
• Intervir em máquinas em funcionamento;
• Usar máquinas e equipamentos sem treinamento devido;
• Não utilização do equipamento de proteção individual.
Condições inseguras - Estão diretamente relacionadas com fatores ambientais e compreendem irregularidades ou defeitos materiais, irregularidades técnicas e riscos ambientais existentes nos locais de trabalho. Deve-se evitar também esses fatores:
• Falha ou deficiência de manutenção das máquinas;
• Falta de ordem ou disposição dos materiais;
• Instalações elétricas inadequadas;
• Irregularidades e defeitos no piso;
• Defeitos em escadas e plataformas elevadas;
• Iluminação inadequada.
De que forma os SESMT e a CIPA podem atuar na prevenção de acidentes de trabalho?
Através de atividades educativas e de orientação aos trabalhadores, quanto à utilização correta dos equipamentos de proteção individual e manuseio de máquinas.
Aula 6 – Segurança do Trabalho
NR 6 – Equipamento de proteção individual (EPI) - todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
É importante destacar que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco, e em perfeito estado de conservação.
Responsabilidades da empresa e dos empregados
EMPRESA: 
Adquirir o equipamento adequado ao risco de cada atividade;
 Exigir uso do EPI;
 Orientar e treinar trabalhador sobre EPI;
 Substituir imediatamente EPIs danificados/extraviados;
 Manutenção dos EPIs.
EMPREGADOS:
 Usar o EPI na sua finalidade; 
 Responsabilidade pela guarda e conservação do EPI;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o seu uso adequado.
NR 23 – Proteção contra incêndios
O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) Dispositivos de alarme existentes.
NR 26 – Sinalização de segurança
Um ambiente de trabalho sinalizado evita muitos acidentes. Isso porque o trabalhador fica mais cauteloso quando se depara com um símbolo ou uma cor de alerta. 
Segundo esta NR, os estabelecimentos ou locais de trabalho devem adotar cores para a segurança, a fim de indicar e advertir seus colaboradores acerca dos riscos existentes
NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
é muito importante para os profissionais da área da saúde, pois ela contém as diretrizes básicas para a execução de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde.
Vale destacar que, para esta NR, estabelecimentos de saúde são aqueles que prestam serviços de assistência à saúde da população, além de todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade
Os principais assuntos desta norma estão voltados para a segurança no manuseio dos riscos biológicos, riscos químicos, radiações ionizantes e resíduos.
Riscos biológicos
O PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais - NR09) visa a identificação dos agentes biológicos mais prováveis pela localização geográfica e característica do serviço de saúde. Já o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR07) responde ao acompanhamento periódico do estado de saúde dos trabalhadores.
Riscos químicos
trata dos produtos químicos em geral e destaca os gases medicinais e os medicamentos e drogas de risco. 
Esta NR também traz determinações sobre a manipulação de produtos quimioterápicos antineoplásicos; gases anestésicos e resíduos do serviço de saúde
Aula 7 - Riscos ambientais
agentes existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
NR 9 - PPRA: Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
O PPRA é um documento onde consta um conjunto de ações da empresa para a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores.
• Antecipação e reconhecimentos dos riscos;
• Estabelecimento de prioridades e metas de   avaliação e controle;
• Avaliação dos riscos e da exposição dos   trabalhadores;
• Implantação de medidas de controle e   avaliação de sua eficácia;
• Monitoramento da exposição aos riscos;
• Registro e divulgação dos dados.
Elaboração do PPRA
a elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação do PPRA podem ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver esse Programa.
NR 15 - Atividades e operações insalubres
Concentração ou intensidade, máxima ou mínima, relacionada à natureza e ao tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral.Define adicionais ao salário por graus: 40% (máximo), 20% (médio), 10% (mínimo).
NR 16 - Atividades e operações perigosas
o exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30%, incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
NR 17 – Ergonomia
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos, a fim de melhorar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas, de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas (Associação Internacional de Ergonomia, 2000).
Cite os tipos de riscos ambientais que constam na NR 9 - PPRA.
Riscos físicos, riscos químicos e riscos biológicos.
Aula 8 – Taylorismo 
tinha como objetivo principal dinamizar o trabalho na indústria, sendo este sistema caracterizado pela organização e divisão de tarefas dentro de uma empresa, com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo tempo e atividade.
Fordismo
O fordismo é uma modalidade de produção criada por Henry Ford (empresário norte-americano) em 1914, para sua indústria de automóveis (Ford)
A principal característica deste modelo, que foi baseado em uma linha de montagem, é a produção em massa.
Toyotismo
baseada na tecnologia da informática e da robótica, em que o trabalhador não fica limitado a uma única tarefa já que desenvolve diversas atividades na produção.
Consequências dos modelos produtivos para o trabalhador da Enfermagem
Ritmos elevados de trabalho 
Fragmentação do cuidado
Precarização do processo de trabalho / Sistema de Saúde
Perda de direitos trabalhistas
Terceirização
Cooperativas
Alienação
Aua 9 - Saúde mental dos trabalhadores
Doenças que mais afastam:
1º - Transtornos do humor: depressão
2º - Transtornos neuróticos: transtornos ansiosos e reações ao estresse
3º - Transtorno por uso de álcool e drogas
4º - Transtornos psicóticos: esquizofrenia
5º - Transtornos orgânicos: lesão ou disfunção cerebral
Os profissionais da Saúde do trabalhador devem ficar atentos para intervir em situações que podem promover adoecimento no trabalho:
- Organização do trabalho, o papel exercido dentro da organização e sua relação com os outros papéis, relações interpessoais, estrutura e clima organizacional.
Não podemos esquecer que a maioria das doenças mentais é influenciada por combinações de fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Transtorno mental no trabalho: Podem levar a transtorno mental no trabalho 
Depressão, estresse, burnout, assédio moral, violência, ansiedade, fadiga, fobias, pânico, medos, temores, alcoolismo, dentre outros. 
Qualidade de Vida no Trabalho
Para Limongi-França e Zaima (2002): “É o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho”.
Ações de Qualidade de Vida no Trabalho
Ginástica laboral, passeios, gincanas, creches, estimular leitura, promover concurso (ex. música, dança), sorteios, entre outros. 
Quais os possíveis resultados após a implantação de ações de qualidade de vida no trabalho para o trabalhador e para a empresa?
Trabalhador - Aumenta a qualidade de vida, diminui o estresse, melhora o relacionamento interpessoal, aumenta a produtividade.
Empresa - Diminui o absenteísmo, melhoria na produtividade, diminui taxas de adoecimento e acidentes de trabalho.
Aula 10 - NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 
O objetivo é de promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
O PCMSO monitora a saúde dos trabalhadores por anamnese e exames laboratoriais. 
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
• Admissional - realizado antes de o trabalhador assumir suas atividades.
• Periódico - 
• De retorno ao trabalho - realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta do trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 dias
• De mudança de função - toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador
• Demissional - Será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional
Equipe de Enfermagem do Trabalho
visa:
a) promoção da saúde do trabalhador; 
b) proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades laborais;
 c) proteção contra agentes químicos, físicos, biológicos e psicossociais; 
d) manutenção da saúde no mais alto grau de bem-estar (na recuperação de lesões, doenças e sua reabilitação para o trabalho) (Carvalho, 2001)
Funções do Enfermeiro do Trabalho
Assistencial 
Administrativa
Educativa
Integração
Pesquisa

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