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RODADA 03 4

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Assuntos da Rodada 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1 Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, Emendas Constitucionais e Emendas 
Constitucionais de Revisão: princípios fundamentais. 2 Aplicabilidade das 
normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; normas 
programáticas. 3 Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres 
individuais e coletivos (continua...); direitos sociais; direitos de 22 
nacionalidade; direitos políticos. 4 Organização político-administrativa: das 
competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 5 Administração 
Pública: disposições gerais; servidores públicos. 6 Poder Judiciário: disposições 
gerais; Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; Superior 
Tribunal de Justiça; Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Tribunais e 
Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes Militares; 
Tribunais e Juízes dos Estados. 7 Funções essenciais à Justiça: do Ministério 
Público; Advocacia Pública; Advocacia e da Defensoria Pública. 
 
 
 
Rodada #3 
Direito Constitucional 
 
Professor Frederico Dias 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
2 
a. Teoria em Tópicos 
 
Habeas Corpus 
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou 
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
1. Objeto tutelado: liberdade de locomoção. Só será cabível o remédio 
constitucional quando houver ofensa ou ameaça à liberdade de locomoção. 
1.1. Se, em virtude da ilegalidade ou do abuso de poder, o indivíduo 
estiver sob o risco de uma penalidade de multa ou de afastamento do 
cargo, por exemplo, não será cabível habeas corpus. 
 
2. Ofensa indireta - O habeas corpus é cabível não só contra ofensa direta, 
mas também quando se estiver diante de ofensa indireta ao direito de 
locomoção (a ofensa indireta ocorre quando o ato impugnado poderá 
resultar em procedimento que, no final, resulte na reclusão do impetrante). 
2.1. Por decorrência desse último aspecto, a jurisprudência do STF 
considera que se trata de instrumento idôneo para impugnar a 
determinação de quebra dos sigilos bancário e fiscal no curso de 
processo criminal, desde que essa medida implique ofensa 
indireta, potencial ou reflexa ao direito de locomoção. 
 
3. Formalidades - O habeas corpus é ação de natureza penal e, devido à 
relevância do direito protegido (liberdade de locomoção), não se exige 
formalidades para a impetração dessa ação. Ademais, é uma ação gratuita 
e pode ser concedido pelo juiz até mesmo de ofício (ou seja, 
independentemente de provocação). 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
3 
 
4. Legitimação Ativa – É universal a legitimação ativa do habeas corpus. 
Qualquer pessoa poderá impetrar essa ação, sem que seja exigido 
advogado ou alguma forma pré-definida (pode ser menor, analfabeto, 
estrangeiro, incapaz ou mesmo terceiro). 
4.1. Atenção! Nem sempre quem ingressa com a ação é o mesmo sujeito 
que está sofrendo a coação (uma pessoa jurídica pode impetrar 
habeas corpus a fim de proteger o direito de ir e vir de um empregado 
que esteja sofrendo abuso por parte de uma autoridade policial). 
4.2. Nessa hipótese, a pessoa jurídica é a impetrante, o empregado é o 
paciente e a autoridade é o agente coator. 
4.3. Como a pessoa jurídica não sofre ameaça à liberdade de locomoção 
(!), uma empresa não pode figurar como paciente numa ação de 
habeas corpus. 
 
5. Legitimação Passiva - O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra 
ato de autoridade pública, quanto contra ato de particular, para fazer 
cessar uma coação ilegal (por exemplo, admite-se a impetração de HC 
contra um hospital que esteja ferindo o direito de locomoção de um 
paciente). 
 
6. Descabimento – Cabe destacar diversas em situações em que o habeas 
corpus não é cabível (em especial aquelas em que não há risco à liberdade 
de locomoção). 
6.1. Não cabe habeas corpus em relação a punições disciplinares 
militares (CF, art. 142, § 2º). 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
4 
6.1.1. Na verdade, não seria cabível habeas corpus para se discutir o 
mérito das punições militares. Mas o remédio poderia ser 
utilizado para se discutir os pressupostos de legalidade da 
medida (por exemplo: competência da autoridade militar, 
cumprimento dos procedimentos, pena cabível etc.). 
6.2. Não cabe habeas corpus para impugnar determinação de suspensão 
dos direitos políticos. 
6.3. Não cabe habeas corpus para impugnar penalidade imposta mediante 
decisão administrativa de caráter disciplinar (advertência, 
suspensão, demissão, destituição de cargo em comissão, cassação de 
aposentadoria etc.). 
6.4. Não cabe habeas corpus para impugnar decisão condenatória à pena 
de multa, ou relativa a processo em curso por infração penal a que a 
pena pecuniária seja a única cominada (STF, Súmula 693). 
6.5. Não cabe habeas corpus para impugnar a determinação de quebra de 
sigilo telefônico, bancário ou fiscal, se desta medida não puder 
resultar condenação à pena privativa de liberdade. 
6.6. Não cabe habeas corpus para questionar afastamento ou perda de 
cargo público, bem assim contra a imposição da pena de exclusão de 
militar ou de perda de patente ou de função pública (STF, Súmula 
694). 
6.7. Não cabe habeas corpus para questionar condenação criminal quando 
já extinta a pena privativa de liberdade (STF, Súmula 695). 
6.8. Não cabe habeas corpus para impedir o cumprimento de decisão que 
determina o sequestro de bens imóveis. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
5 
6.9. Não cabe habeas corpus para discutir a condenação imposta em 
processo de impeachment, pela prática de crime de responsabilidade 
(CF, art. 52, parágrafo único). 
 
Mandado de Segurança 
Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público. 
7. O mandado de segurança será concedido para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica 
sofrer violação (por ação ou por omissão) ou houver justo receio de sofrê-
la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem 
as funções que exerça (Lei 12.016/09). 
7.1. Pode ser repressivo (caso sofra violação) ou preventivo (caso haja 
apenas receio de violação). 
7.2. Mesmo a omissão de autoridade pode ensejar impetração de mandado 
de segurança, se violar direito líquido e certo. 
7.3. Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, 
qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança (Lei 12.016, 
art. 1º, § 3º). 
7.4. A lei admite a concessão de medida liminar em mandado de 
segurança, desde que presentes os pressupostos: plausibilidade 
jurídica do pedido (fumus boni juris) e risco de dano irreparável ou de 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
6 
difícil reparação em decorrência da demora na prestação jurisdicional 
definitiva (periculum in mora). 
 
8. Natureza subsidiária - é cabível apenas quando o direito não tiver 
amparado por outros remédios constitucionais. 
 
9. Legitimação ativa - tanto pessoas físicas como jurídicas, nacionais ou 
estrangeiras, independentemente de residirem no Brasil ou no exterior. 
9.1. Até mesmo órgãos públicos podem impetrar essa ação, em defesade 
suas prerrogativas e atribuições. 
 
10. Legitimação passiva - as autoridades contra as quais se impetra a ação 
poderão ser agentes públicos ou mesmo qualquer pessoa que esteja 
exercendo função pública (nesse último caso, só no que diz respeito ao 
exercício de atribuições do poder público). 
10.1. Para a impetração do MS, considera-se autoridade coatora aquela 
que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem 
para a sua prática. 
 
11. Certeza e liquidez – os atributos de certeza e liquidez referem-se à 
matéria de fato, e não à matéria de direito. É dizer, o direito deve resultar 
de fato certo, com prova inequívoca (não há dilação probatória no 
mandado de segurança!). 
11.1. Assim, não há óbice para se impetrar mandado de segurança em 
assuntos juridicamente controvertidos. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
7 
12. Descabimento – Não caberá mandando de segurança contra: 
12.1. ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, 
independentemente de caução; 
12.2. decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
12.3. decisão judicial transitada em julgado; 
12.4. atos de gestão comercial praticados pelos administradores de 
empresas públicas, de sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviço público; 
12.5. lei em tese, salvo se produtora de efeitos concretos. 
 
13. Prazo Decadencial - O direito de requerer mandado de segurança 
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, 
pelo interessado, do ato impugnado. 
13.1. Segundo o STF, é constitucional esse prazo decadencial de 120 
dias. 
 
14. Competência para julgamento – é a partir da autoridade que comete o 
ato impugnado (autoridade coatora) que se estabelece o órgão competente 
para o julgamento da ação. Assim, por exemplo, compete ao STF processar 
e julgar, originariamente, o mandado de segurança contra ato do 
Presidente da República ou contra ato do TCU (CF, art. 102, I, “d”). 
14.1. Em se tratando de atribuição delegada, a autoridade coatora será o 
agente delegado (que recebeu a atribuição), e não a autoridade 
delegante (que efetivou a delegação). 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
8 
15. Desistência - É lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de 
segurança, independentemente de aquiescência da autoridade coatora 
(ou entidade interessada). 
 
16. Atenção! O mandado de segurança é remédio adequado para tutelar o 
direito de informação em geral, de certidão (não é o habeas data!) e de 
reunião (não é o habeas corpus!), entre outros direitos líquidos e certos 
não amparados pelos demais remédios constitucionais. 
 
17. Súmulas Importantes: 
17.1. Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (Súmula 266). 
17.2. O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança 
(Súmula 269). 
17.2.1. Ou seja, os efeitos patrimoniais passados devem ser buscados 
em ação específica. 
17.3. A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não 
impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade 
(Súmula 429). 
17.4. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência 
delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida 
judicial (Súmula 510). 
17.5. Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de 
mandado de segurança (Súmula 625). 
17.6. Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o 
prazo para o mandado de segurança (Súmula 630). 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
9 
Mandado de Segurança Coletivo 
Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados. 
18. Legitimidade Ativa - O mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por (art. 21): 
18.1. partido político com representação no Congresso Nacional, na 
defesa de seus interesses legítimos relativos aos seus integrantes ou à 
finalidade partidária; ou 
18.2. (i) associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo 
menos, um ano; (ii) organização sindical ou (iii) entidade de 
classe. 
18.3. O mandado de segurança será impetrado em defesa da totalidade 
ou de parte dos seus membros ou associados e desde que 
pertinentes às suas finalidades, dispensada autorização especial. 
18.4. Importante! Atente para o seguinte: 
18.4.1. Para ter representação no Congresso, o partido necessita de 
apenas um parlamentar, seja Deputado ou Senador. 
18.4.2. O requisito da representação deve ser aferido no momento da 
propositura da ação. Dessa forma, a perda de representação 
no Congresso Nacional não afeta os mandados de segurança 
já ajuizados. 
18.4.3. O requisito de um ano de constituição e funcionamento 
destina-se apenas às associações, não se aplicando a 
organizações sindicais ou entidades de classe. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
10 
18.4.4. A entidade de classe tem legitimação para o mandado de 
segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse 
apenas a uma parte da respectiva categoria (Súmula 630 do 
STF). Assim, por exemplo, o sindicato pode impetrar mandado 
de segurança para garantir direitos somente dos aposentados, 
ainda que ele represente os interesses de todos os servidores 
(os que se encontram na ativa e os aposentados). 
18.4.5. Substituição Processual: Para a impetração do MS coletivo 
não se exige autorização especial dos associados, tendo 
em vista que se trata de substituição processual (CF, art. 5°, 
LXX) e não de representação processual (CF, art. 5°, XXI). 
 
Mandado de Injunção 
Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania. 
19. Criado pela Constituição de 1988, é remédio cabível quando alguém 
(pessoa natural ou mesmo pessoa jurídica!) percebe que a falta de norma 
regulamentadora está inviabilizando o exercício de seus direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania, poderá utilizar-se do mandado de injunção. 
 
20. Pressupostos - É importante você ter em mente que esse é um remédio 
constitucional a ser utilizado para viabilizar o exercício de direito previsto 
na Constituição Federal, mas carente de regulamentação. Se o direito 
decorrer de norma infraconstitucional (lei, medida provisória, tratado 
internacional com força de lei etc.) não cabe o mandado de injunção. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
11 
Assim, entenda quais são pressupostos de cabimento do mandado de 
injunção: 
20.1. falta de norma regulamentadora de um preceito constitucional de 
natureza mandatória (a Constituição deve obrigar o legislador, e 
não apenas facultar a ele a regulamentação do direito em questão); 
20.2. inviabilização do exercício de um direito ou liberdade constitucional; 
20.3. o transcurso de prazo razoável para a elaboração da norma. 
 
21. Atenção! A lei 13.300/2016, que regulamenta o mandado de injunção, 
fala em falta total ou parcial de norma. Ou seja, o mandado de injunção 
pode ser utilizado não só em casos de completa omissão legislativa, mas 
também em casos de omissão parcial (quando forem insuficientes as 
normas editadas pelo órgão legislador competente). 
 
22. Eficácia da Decisão - Reconhecido o estado de mora legislativa, será 
deferida a injunçãopara: 
22.1. determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição 
da norma regulamentadora; 
22.2. estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover ação própria 
visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no 
prazo determinado. 
22.3. Ou seja, fixa-se um prazo e, adicionalmente, cria-se uma solução 
provisória para que o direito reclamado possa ser exercido, caso 
descumprido tal prazo. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
12 
22.4. Em regra, essa decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e 
produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. 
Excepcionalmente, poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga 
omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao 
exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da 
impetração (art. 9º da Lei 13.300/2016). 
22.5. Atenção! Cabe lembrar que, antes da edição da lei do mandado de 
injunção (Lei 13.300/2016), houve uma evolução no entendimento do 
STF acerca da eficácia da decisão que julga o referido remédio. O STF 
mudou de uma posição inicial mais contida, em que a decisão 
limitava-se a reconhecer a mora legislativa, para uma posição mais 
enfática e efetiva (concretista), em que a decisão possibilita o 
exercício do direito que está obstado pela falta de norma 
regulamentadora (ou seja, a decisão concretiza, naquela situação, a 
norma constitucional carente de regulamentação). 
 
23. Mandado de Injunção Coletivo - Embora não exista referência a 
mandado de injunção coletivo na Constituição Federal, já existe previsão 
normativa na Lei 13.300/2016. O mandado de injunção coletivo pode ser 
promovido: 
23.1. pelo Ministério Público; 
23.2. por partido político com representação no Congresso Nacional; 
23.3. por (i) associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, (ii) organização sindical ou (iii) entidade de classe 
(em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados 
e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada autorização 
especial). 
23.4. pela Defensoria Pública. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
13 
 
24. A doutrina menciona que não se admite a utilização do mandado de 
injunção para sanar lacuna normativa de período anterior à edição da 
norma regulamentadora. 
24.1. Assim, existem precedentes do STF no sentido de que a edição da 
norma regulamentadora reclamada prejudica o mandado de injunção 
anteriormente ajuizado. 
 
Habeas Data 
Art. 5º, LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo. 
25. Ação colocada à disposição do indivíduo para que ele tenha acesso, 
retifique ou justifique registros de sua pessoa, constantes de banco de 
dados de caráter público. 
 
26. Conforme decidido pelo STF em sede de repercussão geral, “o habeas data 
é garantia constitucional adequada para a obtenção dos dados 
concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes 
dos sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da 
administração fazendária dos entes estatais”. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
14 
27. Segundo o Supremo Tribunal, o habeas data não é o instrumento jurídico 
adequado para que se tenha acesso a autos de processos administrativos. 
 
28. Legitimação Ativa - pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou 
jurídica, brasileiro ou estrangeiro. 
28.1. Entretanto, tem caráter personalíssimo: não é cabível para o 
conhecimento de informações de terceiros. 
 
29. Legitimação Passiva - O habeas data é cabível contra ato de autoridade 
pública ou de agente de pessoa privada que possua registros ou banco de 
dados de caráter público. 
 
30. Negativa Administrativa - para a impetração do habeas data, é 
imprescindível a comprovação de negativa administrativa. Ou seja, só é 
dado ao interessado ajuizar habeas data após receber uma negativa em 
seu pedido administrativo. 
 
31. Gratuidade/Assistência Advocatícia - Trata-se de ação gratuita, como 
também ocorre com o habeas corpus e a ação popular (e não há 
pagamento de ônus de sucumbência – honorários advocatícios). 
Entretanto, é necessário advogado para o ajuizamento. 
 
Ação Popular 
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
15 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
32. A ação popular (AP): 
32.1. destina-se à defesa de direitos coletivos; 
32.2. é remédio constitucional colocado à disposição de qualquer cidadão, 
como forma de controle da administração pública; 
32.3. é ação gratuita e de natureza cível; e 
32.4. pode ser utilizada de modo preventivo ou repressivo. 
 
33. Observe que a AP se destina à fiscalização da gestão da coisa pública. 
Relaciona-se, portanto, ao controle direto da Administração Pública pelo 
próprio cidadão (princípio da soberania popular) e ao princípio republicano, 
na medida em que o cidadão não atua na defesa de interesse próprio, mas 
sim da coletividade. 
 
34. Lesividade - O cabimento da ação popular não exige a comprovação de 
efetivo dano material, pecuniário. Segundo entendimento do Supremo, a 
própria ilegalidade do ato já pressupõe lesividade bastante para a 
propositura da ação. 
 
35. Legitimação Ativa - A legitimidade para impetração da ação popular é 
exclusiva do cidadão (pessoa natural possuidora de título eleitoral, no 
pleno gozo de seus direitos políticos). 
35.1. Assim, não pode o Ministério Público dar início a esse tipo de ação. 
Entretanto, o MP tem papel importante na ação popular: (i) atua como 
parte pública autônoma, podendo opinar pela procedência ou não da 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
16 
ação; e (ii) poderá atuar como substituto e sucessor do autor, caso 
este abandone a ação ou se omita. 
35.2. Atenção! O título eleitoral é necessário apenas para demonstrar a 
condição de cidadão do autor da ação. Comprovada essa condição, 
não importa o domicílio eleitoral no juízo de admissibilidade da ação. 
Isso significa que o fato de um cidadão votar em Belo Horizonte não 
impede que ele ingresse com ação popular para defender o patrimônio 
do Município de São Paulo. 
 
36. Descabimento - Segundo a jurisprudência do STF, não cabe ação popular 
contra ato de natureza jurisdicional (decisões judiciais) ou, em outras 
palavras, os atos de natureza jurisdicional são imunes à ação popular (não 
podem ser atacados na via da ação popular). 
36.1. Já os atos administrativos praticados por magistrados podem 
normalmente ser atacados por ação popular. 
36.2. Também não é cabível a impetração de ação popular contra lei em 
tese. 
 
37. Foro especial - A ação popular é ação de natureza cível. Assim, não é 
alcançada pela competência do foro especial por prerrogativa de função 
perante o STF. 
 
38. Isenção de custas e ônus de sucumbência - A Constituição Federal 
isenta o autor da ação popular de custas e de ônus de sucumbência 
(honorários advocatícios, no caso de improcedênciada ação), salvo 
comprovada má-fé. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
17 
b. Mapa Mental 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
18 
c. Revisão 1 (questões) 
QUESTÃO 1 - CESPE – ESCRIVÃO – PC-PE – 2016 
Uma autoridade pública de determinado estado da Federação negou-se a emitir 
certidão com informações necessárias à defesa de direito de determinado 
cidadão. A informação requerida não era sigilosa e o referido cidadão havia 
demonstrado os fins e as razões de seu pedido. 
Nessa situação hipotética, o remédio constitucional apropriado para impugnar a 
negativa estatal é o(a) 
a) ação popular. 
b) mandado de segurança. 
c) habeas data. 
d) habeas corpus. 
e) mandado de injunção. 
 
QUESTÃO 2 - CESPE – AUDITOR – TCE-PA – 2016 
Entre os direitos fundamentais incluem-se os remédios constitucionais, como, 
por exemplo, o mandado de injunção, criado pela Constituição Federal de 1988 
e que tem por finalidade suprir a falta de norma regulamentadora que 
inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 
QUESTÃO 3 - CESPE – JUIZ – TCE-AM – 2016 
Habeas data serve para assegurar o conhecimento de informações relativas ao 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
19 
governamentais ou de caráter público, podendo ser impetrado inclusive por 
pessoa jurídica nacional ou estrangeira. 
 
QUESTÃO 4 - CESPE – DELEGADO – PC-PE – 2016 
A sentença em mandado de injunção gera efeitos erga omnes, alcançando, de 
maneira indistinta, todos aqueles privados de exercer quaisquer direitos e 
liberdades constitucionais por falta de norma regulamentadora. 
 
QUESTÃO 5 - CESPE – DELEGADO – PC-PE – 2016 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por sindicatos, entidades 
de classe e associações, mas não por partidos políticos, pois se destinam à 
defesa de interesses coletivos comuns a determinada coletividade de pessoas. 
 
QUESTÃO 6 - CESPE – AUDITOR – TCE-PA – 2016 
Como o habeas data não pode ser utilizado por pessoa jurídica, deve ser 
reconhecida a ilegitimidade ativa na hipótese de pessoa jurídica ajuizar habeas 
data para obter informações de seu interesse constante de dados de 
determinada entidade governamental. 
 
QUESTÃO 7 - CESPE – ASSISTENTE – FUB – 2015 
Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses 
não possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de 
segurança coletivo em defesa de interesse de seus membros. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
20 
QUESTÃO 8 - CESPE – JUIZ – TCE-AM – 2016 
Habeas data não é garantia constitucional adequada para obtenção de dados 
concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes de 
sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração 
fazendária dos entes estatais. 
 
QUESTÃO 9 - CESPE – JUIZ – TCE-AM – 2016 
Não se admite que o impetrante desista da ação de mandado de segurança sem 
aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal 
interessada, após prolação de sentença de mérito. 
 
QUESTÃO 10 - CESPE – ANALISTA – TRE-PI – 2016 
Não poderá ser conhecido habeas corpus impetrado em benefício alheio por 
indivíduo destituído de sanidade mental que não esteja representado ou 
assistido por outrem. 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
21 
Revisão 2 (questões) 
 
QUESTÃO 11 - CESPE – JUIZ – TJDFT – 2016 
Para o cabimento da ação popular é exigível a demonstração do prejuízo 
material aos cofres públicos. 
 
QUESTÃO 12 - CESPE – JUIZ – TJDFT – 2016 
O MP, havendo comprometimento de interesse social qualificado, possui 
legitimidade ativa para propor ação popular. 
 
QUESTÃO 13 - CESPE – JUIZ – TJDFT – 2016 
Compete ao STF julgar ação popular contra autoridade cujas resoluções 
estejam sujeitas, em sede de mandado de segurança, à jurisdição imediata do 
STF. 
 
QUESTÃO 14 - CESPE – TÉCNICO – TJDFT – 2015 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de 
segurança coletivo independe de autorização. 
 
QUESTÃO 15 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
À luz do entendimento do STF, a desistência do mandado de segurança, total 
ou parcial, depende da aquiescência da autoridade impetrada. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
22 
QUESTÃO 16 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
Situação hipotética: Em decisão relativa a mandado de segurança impetrado 
por servidor contra ato de autarquia que, de forma ilegal, determinou desconto 
mensal de parcela de sua remuneração, o juiz determinou que a autoridade 
coatora interrompesse a realização do desconto. 
Assertiva: Nessa situação, os efeitos patrimoniais resultantes da referida 
decisão alcançarão apenas as parcelas devidas a partir da data da impetração 
da ação. 
 
QUESTÃO 17 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
O habeas data não é meio de solicitação e obtenção de informações de 
terceiros, uma vez que tem como objetivo assegurar o conhecimento de 
informações relativas ao próprio impetrante. 
 
QUESTÃO 18 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
O habeas data visa proteger a privacidade do indivíduo contra o abuso no 
registro de dados pessoais falsos ou equivocados, sendo, por isso, o meio apto 
para a obtenção de vista de processo administrativo. 
 
QUESTÃO 19 - CESPE – DEFENSOR – DPE-RN – 2015 
O habeas data assegura o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. Para o STF, a expressão “entidades de 
caráter público" refere-se a organismos públicos, integrantes da administração 
pública. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
23 
QUESTÃO 20 - CESPE – DELEGADO – PC-PE – 2016 
De acordo com o STF, o habeas data é ação que permite ao indivíduo o direito 
de obter informações relativas à sua pessoa, inseridas em repartições públicas 
ou privadas, podendo ser utilizado para a obtenção de acesso a autos de 
processos administrativos, como aqueles que tramitam no TCU. 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
24 
d. Revisão 3 
 
QUESTÃO 21 - CESPE – PROCURADOR – SALVADOR – 2015 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em 
favor dos associados independe da autorização destes. 
 
QUESTÃO 22 - CESPE – ADVOGADO – AGU – 2015 
De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão proferida em mandado 
de injunção pode levar à concretização da norma constitucional despida de 
plena eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades 
constitucionais e das prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania. 
 
QUESTÃO 23 - CESPE – ANALISTA – STJ – 2015 
O habeas data não se presta à retificação das informações constantes de 
bancos de dados de entidades públicas. 
 
QUESTÃO 24 - CESPE – ANALISTA – MPOG – 2015 
A ação popular deve ser proposta somente por partido político com 
representação no Congresso Nacional. 
 
QUESTÃO 25 - CESPE – AUDITOR – FUB – 2015 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
25 
A ação popular — pertencente à categoria dos direitos políticos do cidadão — é 
um remédio constitucional que se manifesta como exercício da soberania 
popular e como instrumento da democracia direta. 
 
QUESTÃO 26 - CESPE – ASSISTENTE – FUB – 2015 
Será extinto por ilegitimidade superveniente o mandado de segurança coletivo 
impetrado por partido políticoque, embora possua representante no Congresso 
Nacional no momento da impetração, venha a perder essa representação no 
curso da ação. 
 
QUESTÃO 27 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Pedro impetrou habeas corpus para afastar decisão judicial que lhe impusera a 
pena acessória de perda da função pública. Nessa situação, o magistrado 
deverá reconhecer o cabimento do habeas corpus, que constitui instrumento 
apto a questionar a aplicação de pena acessória. 
 
QUESTÃO 28 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Após a impetração de mandado de injunção, pendente de julgamento, o 
diploma legal objeto da reclamação foi promulgado. Nessa situação, a ação não 
estará prejudicada por ser possível, na via processual, discutir pretensão do 
interessado de sanar a lacuna normativa no período pretérito à edição da lei 
regulamentadora. 
 
QUESTÃO 29 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Determinada organização sindical impetrou mandado de segurança coletivo 
para defesa de interesse de parte da categoria de profissionais a ela vinculados. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
26 
Nessa situação, o magistrado deverá reconhecer a ilegitimidade ativa ad 
causam, pois além da pertinência temática entre o objeto da impetração e o 
vínculo associativo, é imprescindível, para o conhecimento do remédio 
constitucional, que a pretensão veiculada interesse a toda a categoria ligada à 
organização sindical. 
 
QUESTÃO 30 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Uma empresa impetrou habeas data para obter vista dos autos de 
representação, na qual fora citada, apresentada por terceiro perante a corte de 
contas do estado. Nessa situação, à luz do entendimento do STF, o magistrado 
não deverá admitir a ação, já que o habeas data não se revela meio idôneo 
para obter vista de processo administrativo. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
27 
e. Normas utilizadas 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art. 5º) 
Art. 5º. (...) 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
28 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento 
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
LEI 12.096/2009 
Art. 1º. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer 
violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. 
§ 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de 
entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as 
pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente 
no que disser respeito a essas atribuições. 
§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão 
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de 
sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 
§ 3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, 
qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 
(...) 
Art. 5º. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
29 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
Art. 6º. (...) 
§ 3º. Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o 
ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
(...) 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus 
interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou 
por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de 
direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
(...) 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á 
decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, 
do ato impugnado. 
 
LEI Nº 13.300/2016 
Art. 2º. Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total 
ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
30 
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem 
insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente. 
Art. 3º. São legitimados para o mandado de injunção, como 
impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos 
direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como 
impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a 
norma regulamentadora. 
(...) 
Art. 8º. Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para: 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a 
edição da norma regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos 
direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a 
exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. 
(...) 
Art. 9º. A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e 
produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à 
decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da 
liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
(...) 
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL31 
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente 
relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos 
interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, 
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus 
integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para 
assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da 
totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus 
estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, 
autorização especial; 
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for 
especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos 
direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do 
art. 5º da Constituição Federal. 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
32 
f. Gabarito 
1 2 3 4 5 
B C C E E 
6 7 8 9 10 
E E E E E 
11 12 13 14 15 
E E E C E 
16 17 18 19 20 
C C E E E 
21 22 23 24 25 
C C E E C 
26 27 28 29 30 
E E E E C 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
33 
g. Breves comentários às questões: 
QUESTÃO 1 - CESPE – ESCRIVÃO – PC-PE – 2016 
Uma autoridade pública de determinado estado da Federação negou-se a emitir 
certidão com informações necessárias à defesa de direito de determinado 
cidadão. A informação requerida não era sigilosa e o referido cidadão havia 
demonstrado os fins e as razões de seu pedido. 
Nessa situação hipotética, o remédio constitucional apropriado para impugnar a 
negativa estatal é o(a): 
a) ação popular. 
b) mandado de segurança. 
c) habeas data. 
d) habeas corpus. 
e) mandado de injunção. 
O Mandado de Segurança (e não o habeas data) é o remédio adequado para 
tutelar o direito de certidão. Gabarito: B 
 
QUESTÃO 2 - CESPE – AUDITOR – TCE-PA – 2016 
Entre os direitos fundamentais incluem-se os remédios constitucionais, como, 
por exemplo, o mandado de injunção, criado pela Constituição Federal de 1988 
e que tem por finalidade suprir a falta de norma regulamentadora que 
inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
De fato, o mandado de injunção tem essa finalidade. Item certo. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
34 
QUESTÃO 3 - CESPE – JUIZ – TCE-AM – 2016 
Habeas data serve para assegurar o conhecimento de informações relativas ao 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público, podendo ser impetrado inclusive por 
pessoa jurídica nacional ou estrangeira. 
De fato, o habeas data pode ser impetrado por pessoa jurídica, nacional ou 
estrangeira. Item certo. 
 
QUESTÃO 4 - CESPE – DELEGADO – PC-PE – 2016 
A sentença em mandado de injunção gera efeitos erga omnes, alcançando, de 
maneira indistinta, todos aqueles privados de exercer quaisquer direitos e 
liberdades constitucionais por falta de norma regulamentadora. 
Em regra, essa decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá 
efeitos até o advento da norma regulamentadora. Excepcionalmente, poderá 
ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for 
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da 
prerrogativa objeto da impetração (art. 9º da Lei 13.300/2016). Item errado. 
 
QUESTÃO 5 - CESPE – DELEGADO – PC-PE – 2016 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por sindicatos, entidades 
de classe e associações, mas não por partidos políticos, pois se destinam à 
defesa de interesses coletivos comuns a determinada coletividade de pessoas. 
Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional têm 
legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança coletivo. Item errado. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
35 
QUESTÃO 6 - CESPE – AUDITOR – TCE-PA – 2016 
Como o habeas data não pode ser utilizado por pessoa jurídica, deve ser 
reconhecida a ilegitimidade ativa na hipótese de pessoa jurídica ajuizar habeas 
data para obter informações de seu interesse constante de dados de 
determinada entidade governamental. 
O habeas data pode ser impetrado por pessoa jurídica. Item errado. 
 
QUESTÃO 7 - CESPE – ASSISTENTE – FUB – 2015 
Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses 
não possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de 
segurança coletivo em defesa de interesse de seus membros. 
O requisito de um ano de constituição e funcionamento destina-se apenas às 
associações, não se aplicando a organizações sindicais ou entidades de classe. 
Item errado. 
 
QUESTÃO 8 - CESPE – JUIZ – TCE-AM – 2016 
Habeas data não é garantia constitucional adequada para obtenção de dados 
concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes de 
sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração 
fazendária dos entes estatais. 
Conforme decidido pelo STF em sede de repercussão geral, “o habeas data é 
garantia constitucional adequada para a obtenção dos dados concernentes ao 
pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas 
informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração fazendária 
dos entes estatais”. Item errado. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
36 
QUESTÃO 9 - CESPE – JUIZ – TCE-AM – 2016 
Não se admite que o impetrante desista da ação de mandado de segurança sem 
aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal 
interessada, após prolação de sentença de mérito. 
Segundo o STF, é lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de 
segurança, independentemente de aquiescência da autoridade coatora. 
Item errado. 
 
QUESTÃO 10 - CESPE – ANALISTA – TRE-PI – 2016 
Não poderá ser conhecido habeas corpus impetrado em benefício alheio por 
indivíduo destituído de sanidade mental que não esteja representado ou 
assistido por outrem. 
Cabe habeas corpus em favor de terceiros. Ademais, mesmo os destituídos de 
sanidade mental podem ajuizar o referido remédio constitucional. Item errado. 
 
QUESTÃO 11 - CESPE – JUIZ – TJDFT – 2016 
Para o cabimento da ação popular é exigível a demonstração do prejuízo 
material aos cofres públicos. 
O cabimento da ação popular não exige a comprovação de efetivo dano 
material, pecuniário. Segundo entendimento do Supremo, a própria ilegalidade 
do ato já pressupõe lesividade bastante para a propositura da ação. Item 
errado. 
 
QUESTÃO 12 - CESPE – JUIZ – TJDFT – 2016 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
37 
O MP, havendo comprometimento de interesse social qualificado, possui 
legitimidade ativa para propor ação popular. 
A legitimidade ativa para a impetração de ação popular é exclusiva do cidadão. 
Item errado. 
 
QUESTÃO 13 - CESPE – JUIZ – TJDFT – 2016 
Compete ao STF julgar ação popular contra autoridade cujas resoluções 
estejam sujeitas, em sede de mandado de segurança, à jurisdição imediata do 
STF. 
Não existe prerrogativa de foro em sede de ação popular. Item errado. 
 
QUESTÃO 14 - CESPE – TÉCNICO – TJDFT – 2015 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de 
segurança coletivo independe de autorização. 
A impetração de mandado de segurança coletivo dispensa autorização especial. 
Item certo. 
 
QUESTÃO 15 - CESPE– ANALISTA – TJDFT – 2015 
À luz do entendimento do STF, a desistência do mandado de segurança, total 
ou parcial, depende da aquiescência da autoridade impetrada. 
Segundo o STF, é lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de 
segurança, independentemente de aquiescência da autoridade coatora. 
Item errado. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
38 
QUESTÃO 16 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
Situação hipotética: Em decisão relativa a mandado de segurança impetrado 
por servidor contra ato de autarquia que, de forma ilegal, determinou desconto 
mensal de parcela de sua remuneração, o juiz determinou que a autoridade 
coatora interrompesse a realização do desconto. 
Assertiva: Nessa situação, os efeitos patrimoniais resultantes da referida 
decisão alcançarão apenas as parcelas devidas a partir da data da impetração 
da ação. 
Os valores referentes ao período anterior à impetração do mandado de 
segurança não serão assegurados por meio do mandado de segurança, devendo 
eles ser executados pelas vias ordinárias próprias, administrativa ou 
judicialmente. Observe a Súmula 271 do STF: “Concessão de mandado de 
segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os 
quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.” 
Item certo. 
 
QUESTÃO 17 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
O habeas data não é meio de solicitação e obtenção de informações de 
terceiros, uma vez que tem como objetivo assegurar o conhecimento de 
informações relativas ao próprio impetrante. 
O habeas data tem caráter personalíssimo: não é cabível para o conhecimento 
de informações de terceiros. Item certo. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
39 
QUESTÃO 18 - CESPE – ANALISTA – TJDFT – 2015 
O habeas data visa proteger a privacidade do indivíduo contra o abuso no 
registro de dados pessoais falsos ou equivocados, sendo, por isso, o meio apto 
para a obtenção de vista de processo administrativo. 
Segundo o Supremo Tribunal, o habeas data não é o instrumento jurídico 
adequado para que se tenha acesso a autos de processos administrativos. Item 
errado. 
 
QUESTÃO 19 - CESPE – DEFENSOR – DPE-RN – 2015 
O habeas data assegura o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. Para o STF, a expressão “entidades de 
caráter público" refere-se a organismos públicos, integrantes da administração 
pública. 
Esse conceito atinge, na verdade, também a pessoa privada que possua 
registros ou banco de dados de caráter público (CF, art. 5º, LXXII). Item 
errado. 
 
QUESTÃO 20 - CESPE – DELEGADO – PC-PE – 2016 
De acordo com o STF, o habeas data é ação que permite ao indivíduo o direito 
de obter informações relativas à sua pessoa, inseridas em repartições públicas 
ou privadas, podendo ser utilizado para a obtenção de acesso a autos de 
processos administrativos, como aqueles que tramitam no TCU. 
Segundo o Supremo Tribunal, o habeas data não é o instrumento jurídico 
adequado para que se tenha acesso a autos de processos administrativos. Item 
errado. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
40 
 
QUESTÃO 21 - CESPE – PROCURADOR – SALVADOR – 2015 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em 
favor dos associados independe da autorização destes. 
A impetração de mandado de segurança coletivo dispensa autorização especial. 
Item certo. 
 
QUESTÃO 22 - CESPE – ADVOGADO – AGU – 2015 
De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão proferida em mandado 
de injunção pode levar à concretização da norma constitucional despida de 
plena eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades 
constitucionais e das prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania. 
O STF adotou a posição concretista quanto aos efeitos do mandado de injunção, 
a partir da qual o julgador pode concretizar a norma e assegurar o direito ao 
impetrante. Essa possibilidade foi, de certa forma, acolhida pelo legislador, eis 
que, atualmente, com a edição da lei do mandado de injunção, a decisão 
determinará prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora e estabelecerá as condições em que se dará o exercício dos 
direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a 
exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. 
Item certo. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
41 
QUESTÃO 23 - CESPE – ANALISTA – STJ – 2015 
O habeas data não se presta à retificação das informações constantes de 
bancos de dados de entidades públicas. 
O habeas data é cabível contra ato de autoridade pública ou de agente de 
pessoa privada que possua registros ou banco de dados de caráter público (CF, 
art. 5º, LXXII). Será concedido para o conhecimento de informações, a 
retificação de dados ou a complementação de dados. Item errado. 
 
QUESTÃO 24 - CESPE – ANALISTA – MPOG – 2015 
A ação popular deve ser proposta somente por partido político com 
representação no Congresso Nacional. 
A legitimidade para impetração da AP é exclusiva do cidadão. Item errado. 
 
QUESTÃO 25 - CESPE – AUDITOR – FUB – 2015 
A ação popular — pertencente à categoria dos direitos políticos do cidadão — é 
um remédio constitucional que se manifesta como exercício da soberania 
popular e como instrumento da democracia direta. 
A ação popular é ação destinada a possibilitar o controle e a fiscalização da 
gestão da coisa pública pelo próprio cidadão. Enaltece assim princípio da 
soberania popular (o poder é do povo) e ao princípio republicano (na medida 
em que o cidadão não atua na defesa de interesse próprio, mas sim da 
coletividade). Item certo. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
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QUESTÃO 26 - CESPE – ASSISTENTE – FUB – 2015 
Será extinto por ilegitimidade superveniente o mandado de segurança coletivo 
impetrado por partido político que, embora possua representante no Congresso 
Nacional no momento da impetração, venha a perder essa representação no 
curso da ação. 
O requisito da representação deve ser aferido no momento da propositura da 
ação. Dessa forma, a perda de representação no Congresso Nacional não afeta 
os mandados de segurança já ajuizados. Item errado. 
 
QUESTÃO 27 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Pedro impetrou habeas corpus para afastar decisão judicial que lhe impusera a 
pena acessória de perda da função pública. Nessa situação, o magistrado 
deverá reconhecer o cabimento do habeas corpus, que constitui instrumento 
apto a questionar a aplicação de pena acessória. 
Não se esqueça: só cabe habeas corpus se houver ofensa (ou ameaça de 
ofensa) ao direito de locomoção. Item errado. 
 
QUESTÃO 28 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Após a impetração de mandado de injunção, pendente de julgamento, o 
diploma legal objeto da reclamação foi promulgado. Nessa situação, a ação não 
estará prejudicada por ser possível, na via processual, discutir pretensão do 
interessado de sanar a lacuna normativa no período pretérito à edição da lei 
regulamentadora. 
A doutrina menciona que não se admite a utilização do mandado de injunção 
para sanar lacuna normativa de período anterior à edição da norma 
regulamentadora. Assim, existem precedentes do STF no sentido de que a 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
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edição da norma regulamentadora reclamada prejudica, inclusive, o mandado 
de injunção anteriormente ajuizado. Item errado. 
 
QUESTÃO 29 - CESPE– JUIZ – TJ-PB – 2015 
Determinada organização sindical impetrou mandado de segurança coletivo 
para defesa de interesse de parte da categoria de profissionais a ela vinculados. 
Nessa situação, o magistrado deverá reconhecer a ilegitimidade ativa ad 
causam, pois além da pertinência temática entre o objeto da impetração e o 
vínculo associativo, é imprescindível, para o conhecimento do remédio 
constitucional, que a pretensão veiculada interesse a toda a categoria ligada à 
organização sindical. 
A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança coletivo 
ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva 
categoria. Item errado. 
 
QUESTÃO 30 - CESPE – JUIZ – TJ-PB – 2015 
Uma empresa impetrou habeas data para obter vista dos autos de 
representação, na qual fora citada, apresentada por terceiro perante a corte de 
contas do estado. Nessa situação, à luz do entendimento do STF, o magistrado 
não deverá admitir a ação, já que o habeas data não se revela meio idôneo 
para obter vista de processo administrativo. 
Segundo o Supremo Tribunal, o habeas data não é o instrumento jurídico 
adequado para que se tenha acesso a autos de processos administrativos. Item 
certo.

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