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1
DIREITO ELEITORAL 
Prof. Weslei Machado
www.grancursosonline.com.br
JUSTIÇA ELEITORAL
Caros alunos, vamos iniciar nosso curso tratando dos aspectos gerais da 
Justiça Eleitoral. Essa primeira parte da aula é importante para que você comece 
a perceber que a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário com caracterís-
ticas muito singulares. Desde a definição de suas competências (funções juris-
dicional, administrativa, consultiva e regulamentar) até o modelo de sua orga-
nização funcional (composição híbrida e não vitalícia), tudo (ou quase tudo) na 
Justiça Eleitoral é um tanto diferente. 
Após você conhecer os aspectos gerais da Justiça Eleitoral, e perceber sua 
singularidade, passaremos, na segunda parte da aula, a estudar a organização 
da justiça eleitoral e, na terceira e última parte, finalizaremos o estudo tratando 
especificamente da organização do Tribunal Superior Eleitoral. 
1 ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL
Lembre-se que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas caracterís-
ticas que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principais 
traços desse ramo do Poder Judiciário:
• Justiça especializada – A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário 
especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. 
• Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consul-
tiva e regulamentar) – Além do exercício da função típica jurisdicional, a 
Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administra-
tiva, que se revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadas-
tro eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas 
eleitorais pertinentes à matéria eleitoral; e a função regulamentar, que se 
consubstancia na expedição de normas – resoluções e instruções – desti-
nadas a regulamentar a legislação eleitoral.
• Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – A Jus-
tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 
1ª instância por juízes estaduais e na 2ª instância e instância superior, por 
membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável 
saber jurídico e reputação ilibada. 
• Periodicidade de investidura de juízes – Os membros da Justiça Eleito-
ral não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporarie-
dade do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar 
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DIREITO ELEITORAL
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do tema no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais elei-
torais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca 
por mais de dois biênios consecutivos.
Direto do Concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Os juízes 
dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por 
meio de decisão judicial transitada em julgado.
RESPOSTA: Essa afirmação está incorreta em razão de ser transitório o exer-
cício de funções eleitorais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da 
temporariedade do exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a 
possibilidade de juízes eleitorais vitalícios.
• Funcionamento ininterrupto das atividades – Apesar de não haver elei-
ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta.
• Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e 
seções) – A Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercí-
cio de suas funções jurisdicionais:
TSE – Jurisdição em todo o território nacional. A circunscrição em que o 
TSE exerce jurisdição é o País;
TREs – Exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A cir-
cunscrição eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em 
que possui sua sede;
Juízes Eleitorais – As funções dos juízes são limitadas ao território da 
Zona. Assim, um Estado é dividido em Zonas e nestas os Juízes Eleito-
rais podem exercer seu papel jurisdicional;
IMPORTANTE!
As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que Juízes ou 
Tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de eleitores 
para o exercício do voto.
• Garantias da magistratura aplicadas aos juízes eleitorais – A Consti-
tuição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tribunais 
eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Eleitorais, no 
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exercício de suas funções e, no que lhes for aplicável, plenas garantias e 
inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, 
da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, 
quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. 
No entanto, somente esta última – inamovibilidade – se amolda à peculiar 
situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a 
partir da seguinte análise: 
Vitaliciedade – Os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para 
exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser recondu-
zidos, por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado 
esse período, esses membros, necessariamente, deixam de compor a 
Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício 
das funções eleitorais.
Irredutibilidade de subsídios – Quem exerce funções de magistrado na 
Justiça Eleitoral não recebe subsídio. Percebem tão-somente uma grati-
ficação de representação e participação se participarem das sessões de 
julgamento do tribunal. Caso, durante um mês, não participem de nenhu-
ma sessão, não receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis 
mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral.
Inamovibilidade – Essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e 
os membros desta Justiça, no exercício de suas funções, são inamoví-
veis.
Direto do Concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) Os membros 
dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no 
exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garan-
tias e são inamovíveis.
RESPOSTA: A afirmativa está correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, 
da CF. Entretanto, gostaríamos que você observasse bem a expressão “no 
que lhes for aplicável”, contida na questão. O significado dessa expressão se 
revela na possibilidade de uma ou outra garantia da magistratura, em razão 
de uma situação peculiar, não ser aplicada. E é justamente a situação peculiar 
dos membros da Justiça Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de 
tais garantias. 
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2 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
Inicialmente, é importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo do 
Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. 
Essa justiça especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme art. 
118 da CF/88, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, tribunais regionais elei-
torais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. 
Estrutura da Justiça Eleitoral
Direto do Concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Segundo 
a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal 
Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.
RESPOSTA: Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 
118 da CF.
Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, 
os tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou 
seja, compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos 
monocráticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular.
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Esses órgãos sãoorganizados em instâncias para o exercício da função juris-
dicional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordi-
nária; os Tribunais Regionais Eleitorais compõem a 2ª instância; os Juízes e as 
Juntas Eleitorais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral.
IMPORTANTE!
Caro aluno, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de 
jurisdição e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas 
funções jurisdicionais. Cada um deles possui atribuições próprias e que não se 
confundem. Atribuições essas que veremos, no momento oportuno, ao longo 
deste curso.
COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
ÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO
TSE SUPERIOR OU ESPECIAL COLEGIADO
TRE 2ª INSTÂNCIA COLEGIADO
JUNTA ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA COLEGIADO
JUIZ ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA MONOCRÁTICO
Caros amigos, agora que já conhecemos a estrutura da Justiça Eleitoral, 
vamos analisar detalhadamente a composição de todos os seus órgãos. 
Nesta aula, no entanto, vamos nos restringir à análise da composição do 
Tribunal Superior Eleitoral – TSE. Nas aulas seguintes, vocês poderão, junto 
conosco, estudar as demais composições.
3 ORGANIZAÇÃO DO TSE
O Tribunal Superior Eleitoral é um dos órgãos que compõem a Justiça Eleito-
ral. Sua principal função, como instância especial ou superior, é a de uniformizar 
a interpretação e a aplicação do Direito Eleitoral em âmbito nacional, conferindo 
maior segurança jurídica às eleições.
A partir de agora, vamos estudar detalhadamente a composição do TSE. 
Trata-se de um tema muito cobrado em provas e, portanto, sugerimos bastante 
atenção nos assuntos que abordaremos.
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3.1 JURISDIÇÃO E SEDE
O TSE possui sede na capital da República. Trata-se de uma determinação 
do art. 12, inciso I, do Código Eleitoral. Isso significa que o local físico, o prédio 
no qual os ministros do TSE se reúnem para decidir as questões eleitorais está 
situado, atualmente, em Brasília. Caso a capital da República fosse mudada, a 
sede do TSE também seria, pois o Código Eleitoral (CE) fala que a sede deve 
ser na capital da República, e não necessariamente em Brasília. Lembre-se de 
que, até 1960, a sede do TSE era no Rio de Janeiro, pois lá era a capital da 
República. Com a mudança da capital para Brasília, mudou-se, por disposição 
regimental, a sede do Tribunal.
Apesar de ter sua sede na capital da República, o TSE exerce sua jurisdição 
em todo o País. 
Inicialmente, esclarecemos que jurisdição nada mais é do que o poder/dever 
de dizer o direito. 
Ora, então isso significa que o TSE pode apreciar originariamente qualquer 
matéria eleitoral decorrente de fatos relacionados com o Direito Eleitoral ocorri-
dos com qualquer cidadão, em qualquer lugar do País. É claro que não! Vamos 
explicar isso melhor.
Na verdade, o Código Eleitoral, em seu art. 12, inciso I, disse menos do que 
deveria. A preocupação do dispositivo legal foi a de não limitar geograficamente 
a atuação do TSE nas matérias de sua competência. 
Hipótese didática
Um candidato a governador pelo Estado do Amazonas pratica captação ilí-
cita de sufrágio em um de seus municípios. A competência originária para apre-
ciar esta matéria não é do TSE, mas sim do TRE. Poderá o TSE até apreciá-la 
em grau de recurso, mas isso não necessariamente deva ocorrer, pois pode 
a matéria não permitir o enquadramento em nenhum recurso. Nesse caso, de 
forma alguma os prejudicados podem ir diretamente ao TSE e exigir a presta-
ção jurisdicional pelo Tribunal.
Hipótese didática
Vamos imaginar outra hipótese. Um candidato a presidente da República 
realiza, no mesmo município do estado do Amazonas em que o candidato a 
Governador esteve, abuso de poder econômico. De quem é a competência, do 
TRE ou do TSE?
Agora, você vai entender porque afirmamos que o dispositivo legal 
disse menos do que deveria. 
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O TSE é competente para efetuar o registro de candidatos a Presidente e 
Vice-Presidente (veremos isso com detalhes nas próximas aulas). É também 
competente para apreciar qualquer ato de tais candidatos que atentem contra 
a legislação eleitoral. Desse modo, se um candidato a presidente da Repú-
blica realiza abuso de poder econômico, não importa em que lugar do País, 
o TSE é o competente para apreciar a matéria.
Então, podemos afirmar que realmente o TSE tem jurisdição em todo País, 
mas desde que a matéria seja de sua competência.
3.2 COMPOSIÇÃO 
Segundo o art. 119 da Constituição Federal, o TSE compõe-se de, no mínimo, 
7 (sete) membros/ministros: sendo 3 (três) ministros do STF; 2 (dois) ministros 
do STJ; e dois advogados. 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete 
membros, escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis 
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo 
Supremo Tribunal Federal.
Podemos representar esquematicamente essa composição:
COMPOSIÇÃO DO TSE 
MINISTRO DO STF
PRESIDENTE
Art. 119, parágrafo único, 
da CF/88
Art. 17 do CEMINISTRO DO STF
VICE-PRESIDENTE
Art. 119, parágrafo único, 
da CF/88
MINISTRO DO STJ
CORREGEDOR-GERAL 
ELEITORAL
Art. 119, parágrafo único, 
da CF/88
ADVOGADO
Art. 119, inciso II, CF/88
MINISTRO DO STF
Art. 119, inciso I, a, CF/88
MINISTRO DO STJ
Art. 119, inciso I, b, CF/88
ADVOGADO
Art. 119, inciso II, CF/88
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Direto do concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) O TSE é com-
posto de, no máximo, sete membros.
RESPOSTA: A assertiva está incorreta, pois o TSE compõe-se de, no mínimo, 
sete membros.
3.2.1 Composição: Possibilidade de Alteração
A expressão constitucional “no mínimo”, contida no art. 119 da CF, permite 
que se aumente o número de membros do TSE. Não permite, de outro modo, a 
sua diminuição. Esse assunto já foi objeto de questão do CESPE, em 2010.
Direto do concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2010) Acerca da 
composição, da competência e das atribuições dos órgãos que compõem a 
justiça eleitoral, julgue o item a seguir: a legislação brasileira prevê que o TSE, 
composto de sete membros, pode ter sua composição aumentada, ao passo 
que os TREs, também compostos de sete membros cada um deles, não podem 
ter a sua composição aumentada.
RESPOSTA: A composição do TSE pode ser aumentada, nunca diminuída, em 
razão da expressão “no mínimo” contida no art. 119 da CF. De modo diverso, 
ao definir o número de juízes dos TREs, o art. 120, § 1º, da CF, foi taxativo, de 
modo a não permitir, por dispositivo infraconstitucional, que seja feita qualquer 
alteração na composição dos TREs.
Mas como e qual instrumento legal deve ser utilizado para se proceder ao 
permitido aumento na composição do TSE?
Não será necessária a edição de uma emenda à Constituição, pois se a pró-
pria CF diz que a composição é mínima (art. 119), já há uma permissão para que 
o legislador infraconstitucional faça a alteração. 
Assim, vamos para a legislação infraconstitucional (aquela que é hierarquica-
mente inferior à Constituição). Aqui temos basicamente duas possibilidades: lei 
ordinária ou lei complementar.
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Uma leitura do art. 96, inciso I, alínea b, combinado com o art. 121, ambos da 
Constituição Federal, revela-nos que essa alteração só pode ser feita por meio 
de lei complementar de iniciativa privativa do TSE. Veja a redação dos dispositi-vos referidos:
Art. 96. Compete privativamente:
[...]
II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tri-
bunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o 
disposto no art. 169:
[...]
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus 
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem 
como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclu-
sive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)
[...]
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência 
dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
Realizadas essas considerações iniciais sobre a composição do TSE, vamos 
agora estudá-la com mais detalhes.
3.3 ESCOLHA DE MINISTROS
O estudo do processo de escolha dos ministros do TSE pode ser didatica-
mente dividido em duas partes: escolha dos ministros da classe do STF e STJ e 
escolha dos ministros da classe dos advogados/juristas. 
3.3.1 ESCOLHA DOS MINISTROS DAS CLASSES DO STF E STJ
Os ministros do TSE provenientes dos Tribunais – 3 (três) ministros do STF e 
2 (dois) ministros do STJ – são escolhidos em eleição, por voto secreto, nos seus 
respectivos tribunais (art. 119, inciso I, da CF).
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete 
membros, escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
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Assim, qualquer um dos ministros do STF ou STJ, independente de ser o 
mais “novo” ou mais “antigo” (não estamos falando de idade, mas sim de tempo 
de atuação no Tribunal), pode ser eleito para compor o TSE.
A despeito de haver, a fim de evitar disputas internas, um acordo de cava-
lheiros, tanto no STF ou STJ, para que a escolha obedeça a ordem de antigui-
dade do Tribunal. Esse acordo, para fins de concurso público, não existe, o que 
importa é a letra da CF: eleição, pelo voto secreto.
Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são 
escolhidos os respectivos ministros substitutos, em número igual para cada cate-
goria. A escolha dos substitutos em igual número se faz necessário em razão da 
substituição dos membros efetivos obedecerem à categoria ao qual estão vin-
culados. Assim, membros provenientes do STF são substituídos por membros 
substitutos provenientes também do STF, sendo assim para as demais catego-
rias (art. 1º, parágrafo único, do RITSE).
No TSE, temos, portanto, – a exemplo do número de ministros efetivos – 3 
(três) ministros substitutos da classe do STF e 2 (dois) ministros substitutos da 
classe do STJ.
ESCOLHA DE MINISTROS EFETIVOS E SUBSTITUTOS DO TSE DA 
CLASSE DO STF
ESCOLHA DE MINISTRO 
EFETIVO DO TSE
PLENÁRIO DO STF
ELEIÇÃO POR VOTO 
SECRETO
ESCOLHA DE MINISTRO 
SUBSTITUTO DO TSE
PLENÁRIO DO STF
ELEIÇÃO POR VOTO 
SECRETO
NA MESMA 
OCASIÃO E 
PELO MESMO 
PROCESSO
O mesmo esquema didático do STF pode utilizado para explicar a escolha de 
ministros do TSE junto ao STJ, afinal o processo de escolha é idêntico nos dois 
tribunais.
Para finalizar esse assunto, observe que não há interferência do Presidente 
da República no processo de escolha dos ministros das classes do STF e do 
STJ.
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Direto do Concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) A respeito da 
composição do TSE, invariavelmente, três juízes são entre os ministros do 
STF, e dois juízes são escolhidos entre ministros do STJ. 
RESPOSTA: Assertiva correta, pois, como vimos, a atual composição do TSE 
contempla 3 ministros da classe do STF e 2 ministros da classe do STJ.
(FCC/ Analista Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/SE/ 2005) A respeito da 
composição dos órgãos da Justiça Eleitoral, é correto afirmar que três juízes 
do Tribunal Superior Eleitoral serão nomeados pelo Presidente da República 
dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal.
RESPOSTA: Assertiva incorreta, já que o Presidente da República não inter-
fere no processo de escolha dos ministros da classe do STF e do STJ.
3.3.2 Escolha dos Ministros da Classe dos Advogados
Compete ao presidente da República nomear 2 (dois) ministros do TSE da 
classe dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurí-
dico e reputação ilibada, indicados em lista tríplice pelo STF. Atentem para o 
seguinte fato: a CF/88 não se refere à lista sêxtupla (infelizmente alguns autores 
ainda cometem esse erro grosseiro), a menção a seis advogados se deve ao fato 
de haver duas vagas para esta classe. 
Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o STF encaminha uma lista trí-
plice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete 
membros, escolhidos:
[...]
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis 
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo 
Supremo Tribunal Federal.
Apesar de o processo de escolha dos advogados que compõem o TSE ser 
bastante simples, há algumas peculiaridades que o envolvem e sobre as quais 
vale a pena tecer alguns comentários. 
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A primeira delas se refere aos requisitos exigidos para compor a lista tríplice: 
idoneidade moral e notável saber jurídico.
A idoneidade moral deve ser comprovada por meio de certidões, as quais jun-
tadas aos autos da lista tríplice comprovam objetivamente o requisito requerido. 
De outro modo, o notável saber jurídico é um conceito indeterminado, sobre o 
qual recai uma análise subjetiva por parte do STF.
IMPORTANTE!
Uma vez elaborada a lista tríplice pelo STF, o Presidente da República não 
poderá recusá-la, sendo que sua escolha deve recair, obrigatoriamente, entre 
um dos advogados nela constante.
LISTA TRÍPLICE
COMPETENTE PARA 
SUA ELABORAÇÃO
REQUISITOS 
NECESSÁRIOS 
RESPONSÁVEL 
PELA NOMEAÇÃO 
STF
Idoneidade moral
Notável saber jurídico Presidente da República
Outra importante observação se relaciona com a ausência da OAB no pro-
cesso de escolha dos ministros do TSE da classe dos Advogados. A lista tríplice 
levada ao Presidente da República para que ele escolha um dos nomes ali elen-
cados é elaborada única e exclusivamente pelo STF. 
Outra matéria, que certamente pode ser cobrada em concurso público, se veri-
fica na permissão dada aos ministros do TSE da classe dos advogados de conti-
nuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exercício nos tribunais elei-
torais. Isso se dá em razão de tais membros, no exercício da magistratura no TSE, 
receberem apenas uma gratificação de presença e representação e mais nada. 
Considerando que a escolha de advogados para ser membro do TSE normal-
mente incide sobre advogados de renome, os quais possuem uma longa lista de 
clientes, exigir deles que, ao ser escolhido membro do TSE, os mesmos venham 
a viver apenas do recebido pelo poder público é, sem dúvida, desarrazoado.
Direto do STF
Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II – incompatibilidade da advocacia com membros 
de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência 
os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI n. 1127 MC /DF. 
Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29.6.2001)
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Além de continuarem advogando durante o exercício da atividade judicante, 
o TSE decidiu, em 8.6.2010, que seus membros, da classe dos advogados, não 
precisam cumprir, ao término de sua atuação noTribunal, a “quarentena” esta-
belecida no art. 95, parágrafo único, inciso V, da CF. 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
[...]
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
[...]
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes 
de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004).
Portanto, esses ex-membros não precisam esperar 3 (três) anos para atuar 
no juízo ou tribunal do qual se afastaram. 
Para finalizar, cabe somente lembrar que, a exemplo dos ministros provenien-
tes do STF e STJ, aqui o processo de escolha dos ministros substitutos é idên-
tico ao dos ministros efetivos, ou seja, nomeação do Presidente da República a 
partir de lista tríplice elaborada pelo STF (art. 1º, parágrafo único, do RITSE).
Direto do STF
Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE 
JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A 
restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição, não se aplica aos ex-mem-
bros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas.
2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE)
Direto do Concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) Dois juízes 
são escolhidos entre advogados que demonstrem amplo conhecimento em 
Direito Eleitoral.
RESPOSTA: A assertiva está falsa, haja vista que para ser membro do TSE, na 
classe dos advogados, é preciso, segundo a CF, mais do que um amplo conhe-
cimento em Direito Eleitoral, é preciso notável saber jurídico.
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3.4 VEDAÇÕES A ESCOLHA DE MINISTROS 
Existem dois tipos de vedações a escolha de ministros do TSE expressas no 
Código Eleitoral (art. 16, §§ 1º e 2º, do CE).
A primeira delas, constante no art. 16, § 2º, do CE, afirma que não podem 
fazer parte do Tribunal pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por 
afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida 
por último. Essa vedação se aplica a todos os membros do TSE, não impor-
tando a classe do ministro, se jurista, STF, ou STJ. 
Para você não ter dúvidas, veja as principais relações de parentesco, com o 
respectivo grau, nas quais é vedada a ocorrência no TSE, e em qualquer tribu-
nal eleitoral.
RELAÇÕES DE PARENTESCO POR CONSAGUINIDADE
RELAÇÃO DE PARENTESCO GRAU DE PARENTESCO
PAIS E FILHOS 1º GRAU
IRMÃOS 2º GRAU
NETOS E AVÔS 2º GRAU
BISNETOS E BISAVÔS 3º GRAU
TRINETOS E TRISAVÔS 4º GRAU
TIOS E SOBRINHOS 3º GRAU
PRIMOS 4º GRAU
RELAÇÕES DE PARENTESCO POR AFINIDADE
RELAÇÃO DE PARENTESCO GRAU DE PARENTESCO
GENROS E SOGROS(AS) 1º GRAU
NORAS E SOGROS(AS) 1º GRAU
FILHOS E PADRASTOS 1º GRAU
FILHOS E MADRASTAS 1º GRAU
CUNHADOS 2º GRAU
Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a 
um caso prático. 
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Hipótese didática
O Ministro A é nomeado para compor o TSE na classe do STJ. Após algum 
tempo, seu filho B é nomeado ministro do STF e, por eleição, em escrutínio 
secreto naquela Corte, é escolhido para compor o TSE. Isso é possível? Claro 
que não. Enquanto o Ministro A, da classe do STJ, estiver no TSE, seu filho B, 
ministro do STF, não poderá compor o Tribunal.
A outra vedação, que se aplica somente aos membros da classe dos 
advogados (art. 16, § 2º, do CE), afirma que a escolha desses membros não 
poderá recair em cidadão, que esteja nas seguintes situações:
a) Ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão);
b) Seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, 
privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a Administração 
Pública; 
c) Exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Ambas as vedações são aplicáveis tanto aos membros efetivos quanto aos 
membros substitutos do Tribunal.
3.5 PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR-GERAL ELEITORAL
Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TSE e Correge-
dor-Geral Eleitoral estão definidos no art. 119, parágrafo único, da CF. Segundo 
esse dispositivo constitucional, o TSE elegerá seu Presidente e o Vice-Presi-
dente dentre os ministros da classe do STF, enquanto o cargo de Corregedor-
-Geral Eleitoral deverá recair sobre um de seus membros provenientes do STJ. 
Veja a seguir um quadro resumo sobre a matéria.
CARGO MEMBRO DO TSE
PRESIDENTE MINISTRO DO STF
VICE-PRESIDENTE MINISTRO DO STF
CORREGEDOR-GERAL ELEITORAL MINISTRO DO STJ
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3.6 TEMPORALIDADE DOS MINISTROS 
Neste momento, vamos tratar sobre o período que os membros do TSE parti-
cipam da sua composição. Isso porque na Justiça Eleitoral, como vimos, aplica-
-se o princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. Esse prin-
cípio está inscrito no art. 121, § 2º, nos seguintes termos:
Art. 121. Omissis
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão 
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecuti-
vos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo 
processo, em número igual para cada categoria.
IMPORTANTE!
Tenha essa disposição sempre em mente. Trata-se de assunto bastante 
cobrado em provas de concurso.
Os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exercerem as fun-
ções eleitorais por um período de, no mínimo, 2 (dois) anos, somente podendo 
se afastar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado.
A despeito do mandato de 2 (dois) anos, é possível que haja a recondução 
de um membro do TSE para um único período subsequente, também de 2 anos. 
Um terceiro mandato em sequência é vedado.
Veja a seguir uma hipótese didática sobre o assunto.
Hipótese didática
Imagine, por hipótese, que, em janeiro de 2012, João da Silva, Ministro do 
STF, torne-se Ministro efetivo do TSE. Passados dois anos (2012-2013), finda 
o seu biênio obrigatório, também chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele 
ainda exercer um 2º biênio (2014-2015) sem que haja qualquer impedimento, 
desde que o STF o eleja por meio de um escrutínio secreto. Agora, findo os 
dois biênios, um 3º biênio (2016–2017) está vedado.
Em casos de recondução, os membros do TSE devem submeter-se ao mesmo 
processo de escolha originário: se membros provenientes de Tribunais (STF ou 
STJ) deverão ser eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribu-
nais; se membros provenientes da advocacia deverão ser nomeados pelo presi-
dente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo STF.
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Para facilitar o seu aprendizado, elaboramos, em frases curtas e objetivas, 
um resumo do que até agora foi ministrado. 
4 RESUMO
• A Justiça Eleitoral é órgão do Poder Judiciário.
• A Justiça Eleitoral é especializada no julgamento de feitos eleitorais.
• A Justiça Eleitoral não possui um quadro próprio de juízes, sendo formada 
por juízes de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados.
• Os membros que compõem a Justiça Eleitoral, no exercício de suas fun-
ções e no que lhes for compatível, gozarão de plenas garantias.
• A Justiça Eleitoral compõe-se dos seguintes órgãos: Tribunal Superior Elei-
toral, Tribunais Regionais Eleitorais, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.
• O TSE exerce jurisdição em todo território nacional e possui sede na capital 
da República.
• O TSE compõe-se de, no mínimo, 7 membros.
• Compõem o TSE: 3 ministros do STF, 2 ministros do STJ, ambos eleitos 
por meio de voto secreto; e, por nomeação do Presidente da República, 2 
juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidademoral, 
indicados pelo TF.
• A OAB não participa do processo de escolha dos ministros do TSE da 
classe dos advogados.
• Os advogados que integram o TSE podem continuar exercendo atividades 
advocatícias.
• A quarentena constitucional não se aplica aos ex-membros de Tribunais 
Eleitorais, oriundos da classe dos advogados.
• Não podem fazer parte do TSE pessoas que tenham entre si parentesco, 
ainda que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, neste caso, o que tiver 
sido escolhido por último.
• Os juízes que compõem a Justiça Eleitoral exercem as funções eleitorais 
por um período determinado de, no mínimo, 2 anos e nunca por mais de 
dois biênios consecutivos.
5 TEXTOS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
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[...]
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I – o Tribunal Superior Eleitoral;
II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
III – os Juízes Eleitorais;
IV – as Juntas Eleitorais.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete mem-
bros, escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advo-
gados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo 
Tribunal Federal.
[...]
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas 
eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de 
plenas garantias e serão inamovíveis.
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por 
dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os 
substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número 
igual para cada categoria.
CÓDIGO ELEITORAL
PARTE SEGUNDA
DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
Art. 16. omissis
§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que 
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º (quarto) grau, seja 
o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido 
por último. (§ 3º renumerado pelo Decreto-Lei n. 441, de 29.1.1969 e alterado 
pela Lei n. 7.191, de 4.6.1984)
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§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cida-
dão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, 
proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isen-
ção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça 
mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal (§ 4º renumerado 
pelo Decreto-Lei n. 441, de 29.1.1969 e alterado pela Lei n. 7.191, de 4.6.1984).
EXERCÍCIOS
ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. A Justiça Eleitoral é ramo do Poder Judiciário e, portanto, não pode, em tese, 
responder a consultas na seara eleitoral, restringindo-se sua atuação somen-
te a casos concretos a ela submetidos.
2. A Justiça Eleitoral, apesar de pertencer ao Poder Judiciário, tem entre suas 
funções a de expedir normas regulamentares para dar aplicação ao Código 
Eleitoral.
3. A Justiça Eleitoral, órgão do Poder Judiciário, possui quadro próprio de juí-
zes.
4. Uma característica peculiar da Justiça Eleitoral, quando comparada aos de-
mais órgãos do Poder Judiciário, é a ausência de vitaliciedade de seus mem-
bros. 
5. A Justiça Eleitoral é o órgão responsável pela realização das eleições no Bra-
sil. Considerando que as eleições somente ocorrem de dois em dois anos, 
a Justiça Eleitoral, em obediência ao princípio da economicidade, funciona 
somente nos anos que efetivamente ocorrem os referidos pleitos. 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Segundo a 
CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Re-
gional Eleitoral, Juízes Eleitorais e o Corregedor Eleitoral. 
2. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Segundo a 
CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Re-
gional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Ministério Público Eleitoral. 
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3. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Segundo a 
CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Re-
gional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. 
4. Todos os órgãos da Justiça Eleitoral são colegiados.
5. Na organização da Justiça Eleitoral, temos os juízes eleitorais, exercendo a 
1ª instância, e as juntas eleitorais, funcionando como órgãos de 2ª instância.
COMPOSIÇÃO DO TSE
1. (FCC/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/SE/ 2007) O Tribunal Su-
perior Eleitoral, com jurisdição em todo o território nacional, é composto por 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, advogados e dois juízes dentre os 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça, mediante eleição e pelo voto se-
creto. 
2. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) O TSE é 
composto de, no máximo, sete membros.
3. (FCC/ Técnico Judiciário/ Programação de sistemas/ TRE/AP/ 2011) O Pre-
sidente da República poderá nomear para integrarem o Tribunal Superior 
Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idonei-
dade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
4. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) O TSE é 
composto de sete membros, entre os quais três ministros do STF, dois minis-
tros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), um ministro do Tribunal Regional 
Eleitoral (TRE) e um advogado escolhido pelo presidente da República. 
5. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/MG/ 2009) Os advo-
gados que compõem o TSE são nomeados pelo presidente da República 
entre os indicados, em lista sêxtupla, pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
6. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) O TSE ele-
gerá seu presidente e seu vice-presidente entre os ministros do STF, e o 
Corregedor Eleitoral entre os ministros do STJ. 
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7. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área administrativa/ TRE/PA/ 2005) O presiden-
te do TSE é, necessariamente, um ministro do Superior Tribunal de Justiça. 
8. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) Na compo-
sição do TSE, o vice-presidente é escolhido, pelo próprio tribunal eleitoral, 
entre os ministros do STJ.
9. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PA/ 2005) Os juízes 
dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servem por dois anos, no mí-
nimo, e, nunca, por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos, 
em número igual para cada categoria, escolhidos na mesma ocasião e pelo 
mesmo processo.
10. (CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Não podem 
fazer parte do TSE cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por 
afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se, 
nesse caso, o que tiver sido escolhido por último. 
GABARITO
ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. F
2. V
3. F
4. V
5. F
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. F
2. F
3. V
4. F
5. F
COMPOSIÇÃO DO TSE
1. V
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2. F
3. V
4.F
5. F
6. V
7. F
8. F
9. V
10. V
GABARITO COMENTADO
ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. (F) Uma das funções da Justiça Eleitoral é a denominada função con-
sultiva, que se consubstancia no fato de os Tribunais Eleitorais serem com-
petentes para responder consultas formuladas, em tese, sobre matéria elei-
toral.
2. (V) O parágrafo único do artigo 1º do Código Eleitoral prescreve que 
o TSE, órgão da Justiça Eleitoral, expedirá instruções com a 
finalidade de buscar a fiel execução da legislação eleitoral. 
Cabe ressaltar, todavia, que essas instruções e resoluções, apesar 
de possuírem força de lei ordinária, não podem contrariar as dis-
posições legislativas, devendo ser secundum ou praeter legem. O 
próprio Tribunal Superior Eleitoral, manifestando-se sobre a maté-
ria, já afirmou que por meio de resolução “não está autorizado, 
nem pela Constituição, nem por lei nenhuma, a inovar o ordena-
mento jurídico, obrigando quem quer que seja a fazer ou a deixar 
de fazer alguma coisa” (Consulta n. 1.587, TSE).
3. (F) A Justiça Eleitoral não possui quadro próprio de juízes. Na 1ª os 
juízes estaduais exercem as funções eleitorais, enquanto nos Tribunais, os 
juízes são provenientes de outros órgãos do Poder Judiciários e da advo-
cacia.
4. (V) Os juízes e membros de tribunais eleitorais não exercem com vita-
liciedade as funções eleitorais. Vigora na Justiça Eleitoral o princípio da 
temporalidade, de modo que não é permitido a nenhum juiz ou membro de 
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tribunal eleitoral permanecer indefinidamente exercendo as atividades elei-
torais.
5. (F) A Justiça Eleitoral funciona ininterruptamente, ou seja, mesmo em 
anos não eleitorais os juízes e tribunais eleitorais não interrompem o exercí-
cio das funções eleitorais.
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. (F) O Corregedor Eleitoral não é órgão da Justiça Eleitoral, mas sim um 
componente da estrutura organizacional dos tribunais eleitorais: nos tribu-
nais regionais eleitorais é denominado Corregedor Regional Eleitoral; no 
Tribunal Superior Eleitoral, Corregedor-Geral Eleitoral.
2. (F) O Ministério Público Eleitoral – MPE não é órgão da Justiça Elei-
toral. Na verdade, o MPE não existe formalmente como um órgão, trata-
-se apenas da denominação dada aos membros do Ministério Público que 
atuam na Justiça Eleitoral. E não poderia ser diferente, haja vista tal atua-
ção dar-se por membros de ministérios públicos diversos: no Juiz eleitoral 
são exercidas pelo Ministério Público Estadual; nos Tribunais eleitorais, pelo 
Ministério Público Federal.
3. (V) Os órgãos da Justiça Eleitoral são: Tribunal Superior Eleitoral, Tribu-
nais Regionais Eleitorais, Juntas Eleitorais e Juízes Eleitorais (art. 118 
da CF e art. 12 do CE).
4. (F) As juntas eleitorais, os tribunais regionais e o TSE são órgãos colegiados 
da Justiça Eleitoral. No entanto, os juízes eleitorais, que também com-
põem a Justiça Eleitoral, são órgãos monocráticos.
5. (F) Na Justiça eleitoral, as juntas eleitorais e os juízes eleitorais exercem 
a 1ª instância, os tribunais regionais eleitorais, a 2ª instância e o Tribu-
nal Superior Eleitoral, a instância superior. Para que não reste dúvida, 
relembre o esquema didático apresentado na parte teórica dessa aula.
ESTRUTURA DA JUSTIÇA ELEITORAL
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COMPOSIÇÃO DO TSE
1. (V) O Tribunal Superior Eleitoral compõe-se de, no mínimo, 7 membros, 
sendo 3 ministros provenientes do STF, 2 ministros oriundos do STJ e 2 
ministros escolhidos entre advogados. Veja a seguir um esquema didático 
da composição do TSE (art. 119 da CF).
MINISTRO DO STF
PRESIDENTE
Art. 119, parágrafo único, 
da CF/88
Art. 17 do CEMINISTRO DO STF
VICE-PRESIDENTE
Art. 119, parágrafo único, 
da CF/88
MINISTRO DO STJ
CORREGEDOR-GERAL 
ELEITORAL
Art. 119, parágrafo único, 
da CF/88
ADVOGADO
Art. 119, inciso II, CF/88
MINISTRO DO STF
Art. 119, inciso I, a, CF/88
MINISTRO DO STJ
Art. 119, inciso I, b, CF/88
ADVOGADO
Art. 119, inciso II, CF/88
2. (F) O Tribunal Superior Eleitoral é composto de, no mínimo, 7 membros 
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(art. 119 da CF).
3. (V) Na composição do Tribunal Superior Eleitoral, dois ministros são esco-
lhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade 
moral, indicados, em lista tríplice (uma lista tríplice para cada vaga), 
pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados pelo Presidente da Repú-
blica (art. 119, inciso II, da CF).
4. (F) Na composição do TSE não há a participação de juiz de TRE, além 
disso, o número de membros provenientes da advocacia são em número 
de dois.
5. (F) Os membros do TSE na classe dos advogados são nomeados pelo pre-
sidente da República a partir de uma lista tríplice elaborada pelo STF. Exis-
tem duas vagas e, para cada uma delas, o Corte Suprema elabora, sem 
qualquer participação da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, uma 
lista de 3 nomes de pretensos ministros do TSE. Uma vez elaborada a lista, 
o presidente da República fica a ela vinculada, tanto isso é verdade que na 
hipótese de vagarem simultaneamente as duas vagas da classe dos advo-
gados, o STF encaminhará duas listas tríplices, sendo que o presidente da 
República escolherá um ministro de cada lista, não podendo, por exemplo, 
escolher dois ministros de uma lista e deixar a outra sem escolha.
6. (V) A assertiva reproduz o art. 119, parágrafo único, da CF, que afirma a obri-
gatoriedade do Presidente e do Vice-Presidente do TSE serem da classe 
dos ministros do STF, enquanto a função de Corregedor Eleitoral ser 
necessariamente exercida por um de seus membros oriundos do STJ.
7. (F) O Presidente do TSE é necessariamente um membro da classe dos 
ministros do STF.
8. (F) A escolha do Presidente do TSE é realizada pela própria Corte 
suprema eleitoral, sendo necessariamente escolhido um de seus ministros 
provenientes do STF.
9. (V) Os juízes eleitorais não são vitalícios. Servem, na verdade, por 
dois anos, no mínimo, e, nunca, por mais de dois biênios 
consecutivos, sendo os substitutos, em número igual para cada 
categoria, escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo.
10. (V) Não podem fazer parte do TSE cidadãos que tenham entre si paren-
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tesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou 
ilegítimo, excluindo-se, nesse caso, o que tiver sido escolhido por último. 
Desse modo, não podem ser membros do TSE, simultaneamente, por 
exemplo, pai e filho, avô e neto, irmãos, cunhados, primos, tio e sobri-
nho, etc. Caso haja a necessidade de aplicação da regra, o excluído será 
aquele escolhido por último.
1 ORGANIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL (CONTI-
NUAÇÃO)
Caro amigo, anteriormente, estudamos a organização e a composição do Tri-
bunal Superior Eleitoral – TSE. 
Nesta aula, continuando o estudo da organização e composição dos órgãos 
da Justiça Eleitoral, vamos analisar os tribunais regionais eleitorais, juízes elei-
torais e as juntas eleitorais.
Gostaríamos de sua especial atenção a esta aula, haja vista ser um assunto 
recorrente nas provas de concursos públicos na área eleitoral.
1.1 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
1.1.1 JURISDIÇÃO E SEDE DO TRE
Caro estudante, o Tribunal Regional Eleitoral – TRE é órgão cole-
giado de 2ª instância da Justiça Eleitoral. Há um TRE em cada estado 
da Federação e no Distrito Federal, com jurisdição em todo o território 
do respectivo estado/Distrito Federal, na matéria afeta a sua compe-
tência, nos termos do art. 120, da CF.
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada Esta-
do e no Distrito Federal.
Um esquema didático parafacilitar o seu estudo: 
Órgão colegiado de 2ª InstânciaSede na capital do estado e DF
TRE
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Direto do concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/BA/ 2010) Deve haver, 
no mínimo, um TRE em cada estado e no Distrito Federal.
RESPOSTA: A assertiva está incorreta, pois em cada estado e no DF haverá 
apenas e tão somente um TRE. A expressão “no mínimo” deixou incorreta a 
assertiva. 
1.1.2 COMPOSIÇÃO DO TRE
O TRE é composto por 7 juízes, sendo sua composição denominada de mista 
ou eclética (Ramayana, 2006, p. 25). Isso porque em sua estrutura há juízes 
tanto do Poder Judiciário da União (Juiz Federal), quanto do Poder Judiciário 
Estadual (Desembargadores e Juízes de Direito) e da classe ou categoria dos 
advogados, nos termos do art. 120, § 1º, da CF.
Art. 120. omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Es-
tado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, 
em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre 
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Tribunal de Justiça.
Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte forma:
COMPOSIÇÃO DO TRE
Presidente
Desembargador do TJ
Art. 120, § 2º, CF/88Vice-Presidente
Desembargador do TJ
Art. 120, § 2º, CF/88
Juiz do TRF/Juiz Federal
Art. 120, § 1º, inciso II, 
CF/88
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inciso I, 
alínea b, CF/88
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inciso I, 
alínea b, CF/88
Advogado 
Art. 120, § 1º, inciso III, 
CF/88
Advogado 
Art. 120, § 1º, inciso III, 
CF/88
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Uma primeira e importante observação é a de que, diferentemente da com-
posição do TSE, a composição do TRE é taxativa. Não há aqui a expressão “no 
mínimo”, encontrada na descrição da composição do TSE. Em razão disso, o 
TRE não pode ter a sua composição modificada por lei infraconstitucional, 
nem para mais e nem para menos.
Direto do concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/BA/ 2010) A legislação 
brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua composi-
ção aumentada, ao passo que os TREs, também compostos de sete membros 
cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada.
RESPOSTA: A assertiva está correta. A expressão “no mínimo” contida na des-
crição da composição do TSE permite que por meio de lei complementar se 
proceda ao aumento da sua composição. De modo diverso, a taxatividade na 
descrição da composição do TRE, com a ausência da expressão “no mínimo” 
impõe a sua inalterabilidade.
Analisando a composição dos TREs podemos afirmar, ainda, que todos eles 
terão sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua 
composição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TREs teremos dois desembar-
gadores do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª ins-
tância da Justiça Federal), enquanto em outros, no lugar deste último membro 
– juiz do TRF – haverá um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por 
que isso acontece?
A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tri-
bunais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. 
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS – REGIÕES
REGIÃO SEDE
TRF 1ª REGIÃO BRASÍLIA
TRF 2ª REGIÃO RIO DE JANEIRO
TRF 3ª REGIÃO SÃO PAULO
TRF 4ª REGIÃO PORTO ALEGRE
TRF 5ª REGIÃO RECIFE
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Lembre-se agora que o art. 120, § 1º, inciso II, da CF, afirma que nos Estados 
onde houver sede de TRF, um juiz deste tribunal será escolhido para compor o 
respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes 
de TRF) possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 
2ª instância da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TREs, onde não 
há sede de TRF, no lugar do juiz de TRF temos, necessariamente, um juiz federal 
(órgão de 1ª instância da Justiça Federal).
Caro amigo, agora que já conhecemos a composição do TRE, vamos estudar 
como se dá a escolha de seus juízes, tanto daqueles provenientes de Tribunais, 
quanto daqueles oriundos da advocacia.
1.1.3 PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE
Da mesma forma que fizemos ao estudar a escolha de membros do TSE, 
vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE:
a) escolha de juízes dentre desembargadores e Juízes de Direito da Justiça 
Estadual;
b) escolha de juiz do TRF/Justiça Federal;
c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas como alguns preferem).
1.1.3.1 ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DAS CLASSES DE DESEMBAR-
GADOR/TJ E JUIZ DE DIREITO/JE 
Os desembargadores do TJ (2 juízes) e Juízes de Direito da Justiça Estadual 
(2 juízes) são escolhidos para compor o TRE em eleição, realizada no TJ, na 
qual o voto é secreto (art. 120, § 1º, inciso I, da CF). 
Art. 120. omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de 
Justiça;
Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer 
um dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual, independen-
temente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE.
Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses 
juízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República.
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Direto do concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/GO/ 2009) Os membros 
dos TREs são todos eles nomeados pelo presidente da República, entre cida-
dãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de 
justiça de cada estado da Federação.
RESPOSTA: A assertiva está incorreta. Nós veremos mais adiante que alguns 
juízes do TRE, mais precisamente 2 deles, são nomeados pelo presidente da 
República, dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, 
indicados em lista tríplice pelo TJ. Mas o que nós queremos chamar atenção 
aqui é que não são todos os juízes do TRE nomeados pelo Presidente da 
República. Os escolhidos pelos Tribunais não são nomeados pelo Presidente, 
e sim pelo respectivo Tribunal competente para a escolha.
Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são 
escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das 
classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz neces-
sário em razão da substituição dos juízes efetivos obedecerem à classe/catego-
ria ao qual estão vinculados. Assim, membros provenientes do TJ, na qualidade 
de desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhidos também 
entre os desembargadores do TJ, sendo assim para as demais classes/categorias.
1.1.3.2 ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DA CLASSE DO TRF/JF
Como já vimos, para a escolha do membro do TRE na classe do TRF/JF há 
duas possibilidades: a) Nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz 
do TRF; b) Nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal.
Art. 120. Omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunalde Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de 
Justiça
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Es-
tado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, 
em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
Pois bem, agora eu gostaria que você prestasse bem atenção no que vamos 
lhe ensinar. 
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A escolha desse juiz do TRE na classe do TRF/JF não ocorre por meio 
de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF sem qualquer tipo de 
eleição entre seus membros. 
Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/88. 
Veja que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se 
aplica às alíneas a e b do inciso I do referido artigo. Não se aplica, de maneira 
alguma, ao inciso II, o que desobriga o TRF de realizar qualquer eleição para a 
escolha de membro de TRE. 
1.1.3.3 ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DA CLASSE DOS ADVOGADOS
Compete ao presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE da classe 
dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e ido-
neidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ (art. 120, § 1º, inciso III, da CF).
§ 1º Os TREs compor-se-ão:
[...]
III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois Juízes dentre 
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo TJ.
Aqui oportuno se faz algumas observações importantes. 
A primeira delas se refere ao fato da CF exigir que a escolha, tanto para 
ministros do TSE, quanto para juízes do TRE, na classe dos advogados, 
ocorra tão somente entre advogados, substituindo a expressão “cidadãos”, con-
tida no art. 25, inciso III, do CE, pela nova expressão “advogados”, do art. 120, § 
1º, inciso III, do seu texto.
Ainda sobre as modificações do art. 25, inciso III, do CE, introduzidas pelo 
texto do art. 120, § 1º, inciso III, da CF, a nova redação substituiu a expressão 
“reputação ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modi-
fica em nada o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de repu-
tação ilibada aquele que desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida ido-
neidade moral, que é a qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta”. 
Foi essa a resposta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à 
consulta formulada pelo então presidente do Senado, senador Antonio Carlos 
Magalhães, no sentido de se aclarar o conceito constitucional de reputação ili-
bada. Ou seja, ambas as expressões cuidam da mesma coisa. 
Atentem ainda para o seguinte fato. A CF/88 não se refere à lista sêxtupla 
(infelizmente alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advo-
gados se deve ao fato de haver duas vagas para esta classe. 
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Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ encaminha uma lista tríplice 
ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No entanto, 
esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ para o presidente da 
República. A lista tríplice é elaborada no TJ e encaminhada ao TSE para homolo-
gação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o TSE entenda que 
algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável 
saber jurídico e idoneidade moral) poderá solicitar ao respectivo TRE que faça 
a substituição do candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda presentes 
em todos os candidatos os requisitos constitucionais, procede ao encaminha-
mento da lista tríplice ao presidente da República.
IMPORTANTE!
Aqui cabe a mesma observação feita anteriormente quanto à lista tríplice para 
escolha dos membros do TSE. Uma vez elaborada pelo TJ e homologada 
pelo TSE, o presidente da República não poderá recusar a lista tríplice, sendo 
que sua escolha deve recair, obrigatoriamente, entre um dos advogados nela 
constante.
LISTA TRÍPLICE
COMPETENTE PARA SUA 
ELABORAÇÃO
REQUISITOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEL PELA 
NOMEAÇÃO 
TJ
IDONEIDADE MORAL
NOTÁVEL SABER JURÍDICO
PRESIDENTE DA REPÚ-
BLICA
Outra importante observação se relaciona com a ausência da OAB no pro-
cesso de escolha dos juízes do TRE da classe dos Advogados. A exemplo da 
lista tríplice para a escolha de membros do TSE, a lista tríplice levada ao Presi-
dente da República para escolha de juízes do TRE é elaborada única e exclusi-
vamente pelo tribunal competente, neste caso o TJ, sem qualquer participação 
da OAB.
Direto do STF
Jurisprudência do STF – “TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL. JUÍZES DA CLASSE DE 
ADVOGADOS. ARTIGOS 120, § 1º, INCISO III, E 94, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUI-
ÇÃO. Compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, 
para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inciso III, da Cons-
tituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da respectiva classe, a que se 
refere o parágrafo único do art. 94, quando trata da composição do quinto nos Tribunais Regio-
nais Federais, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23.8.1991)
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Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. 
A primeira é a de que a permissão dada aos ministros do TSE da classe dos 
advogados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exer-
cício nos tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes de TRE, de idêntica 
classe. O motivo é também de ordem financeira e se revela no fato de tais mem-
bros, no exercício da magistratura no TRE, receberem apenas uma gratificação 
de presença e representação e mais nada. 
Direto do TSE
Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II – Incompatibilidade da advocacia com membros 
de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência 
os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI n. 1.127 MC 
/DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29.6.2001)
A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe 
dos advogados, revela-se na desnecessidade dos juízes do TRE, da classe dos 
advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” 
estabelecida no art. 95, parágrafo único, inciso V, da CF.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
[...]
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
[...]
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes 
de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004).
Direto do TSE
Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE 
JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A 
restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição, não se aplica aos ex-mem-
bros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas.
2. Questão de ordem resolvida. (PET 3.020, TSE)
Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha 
dos juízes substitutos do TRE é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os 
juízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da 
República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ.
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Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes 
do TRE, vamos a um quadro resumo para facilitar seu estudo e encerrar este 
assunto.
JUÍZES DE TRE
(Processo de escolha)
ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA
2 DESEMBARGADORES DO TJ TJ
ELEIÇÃO PELO
VOTO SECRETO
2 JUÍZES DE DIREITO TJ
ELEIÇÃO PELO
VOTO SECRETO
1 JUIZ DO TRF/JF TRF ESCOLHA ARBITRÁRIA2 ADVOGADOS
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
LISTA TRÍPLICE ELABORADA 
PELO TJ
1.1.4 VEDAÇÕES A ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE
As vedações a escolha dos juízes do TRE são as mesmas aplicadas à esco-
lha dos membros do TSE. 
As vedações expressas no Código Eleitoral aplicáveis aos juízes do TRE 
estão elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE.
A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem 
fazer parte do TRE pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afi-
nidade, até o 4º grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida 
por último. Essa vedação se aplica a todos os juízes do TRE, não importando a 
classe/categoria do ministro. 
Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a 
um caso prático. 
Hipótese didática
O Desembargador A é nomeado para juiz do TRE. Após algum tempo, seu 
cunhado B é nomeado juiz do TRF e escolhido para compor o mesmo TRE. 
Isso é possível? Claro que não. Enquanto o juiz A, da classe dos desembarga-
dores do TJ, estiver no TRE, seu cunhado B, juiz do TRF, não poderá compor 
o TRE.
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A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE) afirma que a escolha desses membros 
não poderá recair naqueles que estejam nas seguintes situações:
a) Ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão);
b) Seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, 
privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a Administração 
Pública; 
c) Exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos mem-
bros efetivos quanto aos membros substitutos do TRE.
1.1.5 PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR-REGIONAL ELEI-
TORAL 
Caro aluno, os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do 
TRE estão definidos no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitu-
cional, o TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembar-
gadores do TJ que dele fazem parte. Considerando que temos dois desembar-
gadores na composição do TRE, um deles sempre será o presidente, cabendo 
ao outro a vice-presidência. 
De modo diverso, não há uma regra única no âmbito dos TREs para definir 
dentre seus juízes a quem caberá o cargo de Corregedor-Regional Eleitoral, 
sendo essa definição afeta ao regimento interno de cada Corte Regional.
Veja a seguir um quadro resumo sobre a matéria.
CARGO MEMBRO DO TRE
PRESIDENTE DESEMBARGADOR DO TJ
VICE-PRESIDENTE DESEMBARGADOR DO TJ
CORREGEDOR-REGIONAL ELEITORAL REGIMENTO INTERNO DE CADA TRE
1.1.6 TEMPORALIDADE NO CARGO DE MEMBRO DO TRE
Neste último tópico acerca de TRE, vamos estudar sobre a temporalidade de 
seus membros no exercício das funções eleitorais. 
Como vimos anteriormente, na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da 
vitaliciedade, aplica-se o princípio da temporariedade do exercício das funções 
eleitorais, ou seja, todos os seus membros – integrantes do TSE ou TRE, juiz 
eleitoral ou componente de junta eleitoral – exercem a função eleitoral por um 
período determinado de tempo. 
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Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE – esse período de tempo 
de exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, 
§ 2º, nos seguintes termos:
Art. 121. Omissis
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão 
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecuti-
vos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo 
processo, em número igual para cada categoria.
Portanto, os juízes do TRE são escolhidos para exercerem as funções elei-
torais por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se 
afastar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. 
Segundo o art. 14, § 1º, do CE, em regra, os biênios serão contados a partir 
da posse, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem 
mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial.
Hipótese didática
Imagine, por hipótese, que, em janeiro de 2012, Antônio se torne juiz efetivo 
de um TRE. Em janeiro de 2013, Antônio entre de licença médica e retorne ao 
Tribunal somente em outubro do mesmo ano. Considerando que não há durante 
o período de sua licença médica suspensão da contagem do seu biênio, pas-
sados dois meses do seu retorno (novembro e dezembro de 2013), ocorrerá o 
término do seu 1º biênio (2012-2013).
Existe, no entanto, uma exceção a essa regra: o art. 14, § 3º, do CE, afirma 
que da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da 
eleição, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz 
eleitoral, o cônjuge, parente consanguíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o 
segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição (Incluído 
pela Lei n. 4.961, de 4.5.1966). Nesse caso, segundo o art. 14, § 1º c/c § 3º, do 
CE, esse período de afastamento dos juízes impedidos não é computado 
para fins de contagem do biênio. 
A regra de contagem ininterrupta de biênios, bem como a exceção do art. 
14, § 3º c/c § 1º, do CE, é aplicável a todos os membros da Justiça Eleitoral, 
incluindo aí os ministros do TSE.
Agora que você já sabe que os juízes do TRE (e os demais membros da Jus-
tiça Eleitoral) exercem as funções eleitorais por, no mínimo, um biênio (2 anos) 
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e que a contagem desses biênios se faz de forma ininterrupta, com uma única 
exceção contida no art. 14, § 3º, do CE, vamos estudar a possibilidade de, ao 
término do 1º biênio de mandato, haver recondução ao cargo. 
Sobre esse assunto temos que, a despeito do mandato de 2 anos (um biênio), 
é possível haver a recondução de um membro do TRE para um único período 
subsequente, também de 2 anos (2º biênio). No entanto, um terceiro mandato 
em sequência (3º biênio) é vedado por lei.
Veja a seguir uma hipótese didática sobre o assunto.
Hipótese didática
Imagine, por hipótese, que, em janeiro de 2012, Antônio, desembargador 
do TJ, torne-se juiz efetivo do TRE. Passados dois anos (2012-2013), finda 
o seu biênio obrigatório, também chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele 
ainda exercer um 2º biênio (2014-2015) sem que haja qualquer impedimento, 
desde que o TJ o eleja por meio de um escrutínio secreto. Agora, findo os dois 
biênios, um 3º biênio (2016-2017) está vedado.
Em casos de recondução, os membros do TRE devem submeter-se ao mesmo 
processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ, deverão ser 
eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro 
oriundo do TRF/JF, designado pelo próprio tribunal; se membros provenientes da 
advocacia, deverão ser nomeados pelo presidente da República a partir de lista 
tríplice elaborada pelo TJ.
Direto do concurso
(FCC/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/PB/ 2007) Os juízes dos 
tribunais eleitorais sempre servirão por dois anos, no máximo, vedada a recon-
dução. 
RESPOSTA: A assertiva está incorreta. Os juízes eleitorais servem, no mínimo, 
por dois anos, sendo possível haver uma recondução para igual período. 
Caro amigo, finalizamos aqui o estudo da organização e funcionamento do 
TRE. Nesta aula, vamos estudar ainda sob o mesmo enfoque – organização e 
funcionamento – o juiz e a junta eleitoral.
Sem perder o pique, vamos em frente, estudando agora sobre mais um órgão 
da Justiça Eleitoral: o juiz eleitoral.
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DIREITO ELEITORAL
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1.2 JUIZ ELEITORAL
Como sabemos a Justiça Eleitoral não possui um corpo próprio de magistra-
dos. Desse modo, as funções eleitoraisem qualquer instância da Justiça Elei-
toral – instância superior (TSE), 2ª instância (TRE) e 1ª instância (Juiz Eleitoral) 
– são exercidas por um corpo de juízes “emprestados” de outros Tribunais e 
também da advocacia. 
Especificamente na 1ª instância, a função eleitoral, na qualidade de juiz elei-
toral, é exercida monocraticamente por um juiz de direito componente da Justiça 
Estadual. Assim, temos na Justiça Eleitoral:
JUSTIÇA ELEITORAL
(Órgãos e origem dos membros)
ÓRGÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL ORIGEM DOS MEMBROS
TSE STF, STJ e ADVOCACIA
TRE Desemb. e Juízes da JUSTIÇA ESTADUAL, TRF/
JF e ADVOCACIA
JUIZ ELEITORAL JUIZ DE DIREITO DA JUSTIÇA ESTADUAL
1.2.1 Processo de Escolha do Juiz Eleitoral
A designação do juiz de direito responsável pelas funções eleitorais é atribui-
ção do TRE. Essa escolha deverá recair obrigatoriamente em um juiz de direito 
da Justiça Estadual que esteja em pleno exercício de suas atividades e obedecer 
ainda ao seguinte:
A Justiça Estadual é dividida em comarcas.
a) Se na comarca houver apenas um juiz, a escolha recairá sobre ele, pas-
sando a acumular as funções eleitorais. 
b) Caso haja na comarca mais de um juiz de direito, o TRE deverá designar o 
juiz eleitoral observando o critério da antiguidade na comarca, atendendo 
ao sistema de rodízio, que, por sua vez, pode ser afastado, pelo TRE, por 
maioria, em razão da conveniência do serviço eleitoral. 
Nesse processo de escolha junto à magistratura estadual, o TRE poderá esco-
lher magistrado vitalício ou não no cargo de juiz de direito. Desse modo, mesmo 
que o juiz estadual esteja ainda em período de estágio probatório do seu cargo, 
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isso não o impedirá de assumir as funções eleitorais. Uma vez escolhido, o juiz 
eleitoral despachará todos os dias na sede de sua zona eleitoral (art. 34, do 
CE).
Pois bem, agora já sabemos que o juiz eleitoral é um juiz de direito da Justiça 
Estadual designado pelo TRE para exercer as funções eleitorais. Vamos estudar, 
então, onde ele exerce sua jurisdição.
1.2.2 Jurisdição do Juiz Eleitoral
Antes de definirmos a jurisdição do juiz eleitoral, é necessário tecer algumas 
considerações sobre a divisão geográfica da Justiça Eleitoral para facilitar assim 
o seu entendimento.
Na Justiça Eleitoral, podemos distinguir a zona eleitoral e a seção eleitoral. 
A zona eleitoral é a área de jurisdição do Juiz Eleitoral. Uma zona eleitoral 
pode abranger mais de um município, assim como um município pode conter 
mais de uma zona eleitoral. No município do Rio de Janeiro, por exemplo, temos 
várias zonas eleitorais e vários juízes eleitorais, fato este perfeitamente ade-
quado ao grande número de eleitores existentes, haja vista a impossibilidade 
fática da organização dessa massa de eleitores por apenas um juiz eleitoral. Ao 
contrário, em municípios minúsculos, com uma quantidade muito pequena de 
eleitores, é comum a junção desses municípios em apenas uma zona eleitoral, 
vinculada a um único juiz eleitoral. 
Por sua vez, a seção eleitoral é uma subdivisão da zona. Trata-se da menor 
unidade na divisão judiciária eleitoral. Na prática, é o local onde os eleitores 
votam. 
A partir dessas informações acerca da divisão geográfica da Justiça Eleitoral, 
podemos afirmar que cada juiz eleitoral é responsável por uma zona eleitoral, 
dividida em seções eleitorais.
JURISDIÇÃO DO JUIZ ELEITORAL
JUIZ 
ELEITORAL
ZONA
ELEITORAL
SEÇÃO
ELEITORAL
SEÇÃO
ELEITORAL
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DIREITO ELEITORAL
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1.2.3 Temporalidade no Cargo de Juiz Eleitoral
Neste último tópico sobre Juiz Eleitoral, vamos estudar sobre a temporali-
dade do juiz de direito no exercício das funções eleitorais. 
Embora não se tenha uma regra expressa para se definir o período em que o 
juiz de direito deva exercer as funções eleitorais, segue-se a mesma lógica defi-
nida para os juízes dos Tribunais, constante no art. 121, § 2º, da CF:
Art. 121. Omissis
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão 
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecuti-
vos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo 
processo, em número igual para cada categoria.
Assim, o juiz eleitoral designado pelo TRE deverá servir por dois anos, 
havendo rodízio, sempre que possível. 
A regra de contagem dos biênios do juiz eleitoral segue a regra geral de 
contagem de biênios da Justiça Eleitoral, contida no art. 14, § 1º, do CE. Nos 
termos desse dispositivo, os biênios devem ser contados a partir da posse, inin-
terruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem mesmo o decor-
rente de licença, férias, ou licença especial. 
O art. 14, § 1º c/c § 3º, do CE, traz a única exceção a regra 
ininterrupta de contagem. Segundo esse dispositivo, o afastamento 
dos juízes eleitorais em decorrência do registro de candidatura na sua 
circunscrição de seu cônjuge, parente consanguíneo legítimo ou ilegí-
timo, ou afim, até o segundo grau, que se inicia na data da convenção 
partidária que escolheu o candidato e termina na apuração final da 
eleição, não é computado para fins de contagem de biênio.
Vamos em frente! O assunto agora é a organização e composição da Junta 
Eleitoral.
1.3 JUNTA ELEITORAL
A junta eleitoral, assim como o juiz eleitoral, é um órgão de 1ª instância da 
Justiça Eleitoral. 
No entanto, diferente do juiz eleitoral, que é um órgão monocrático, a junta 
eleitoral é um órgão colegiado. Além disso, sua existência se limita ao período 
eleitoral, enquanto o juiz eleitoral é um órgão permanente da Justiça Eleitoral.
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DIREITO ELEITORAL 
Prof. Weslei Machado
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QUADRO COMPARATIVO
(Juízes e Juntas Eleitorais)
JUIZ ELEITORAL JUNTA ELEITORAL
1ª INSTÂNCIA 1ª INSTÂNCIA
ÓRGÃO MONOCRÁTICO ÓRGÃO COLEGIADO
ÓRGÃO PERMANENTE ÓRGÃO TRANSITÓRIO
1.3.1 Composição das Juntas Eleitorais
A junta eleitoral é composta por um juiz de direito, que atua como presi-
dente, e dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade (art. 36, do CE). Observe 
que o presidente da junta eleitoral não precisa ser um juiz de direito no exercício 
das funções, ou seja, não precisa ser um juiz eleitoral. Basta, para tanto, ser um 
juiz de direito da Justiça Estadual, que goze das garantias da magistratura (art. 
37 do CE). 
Em face da expressão “dois ou quatro cidadãos” contida na definição de 
sua composição, podemos, em tese, encontrar juntas eleitorais com apenas três 
integrantes, sendo um juiz de direito, na qualidade de presidente e mais dois 
cidadãos; ou com cinco integrantes: um juiz de direito, como presidente, e mais 
quatro cidadãos. 
No exercício das funções eleitorais, os membros da junta eleitoral gozam de 
plenas garantias da magistratura, no que for aplicável.
COMPOSIÇÃO DE JUNTA ELEITORAL
(Com 5 integrantes)
Juiz de Direito
Presidente
Cidadão
Cidadão
Cidadão
Cidadão
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DIREITO ELEITORAL
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COMPOSIÇÃO DE JUNTA ELEITORAL
(Com 3 integrantes)
Juiz de Direito
Presidente
CidadãoCidadão
Direto do concurso
(CESPE/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ TRE/MG/ 2009) As Juntas 
Eleitorais são compostas por um juiz de direito, um escrivão eleitoral e, obriga-
toriamente, quatro cidadãos de notória idoneidade.
RESPOSTA: A assertiva está incorreta. As Juntas Eleitorais são compostas por 
um juiz de direito, que é seu presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória 
idoneidade. Escrivão eleitoral não compõe a Junta Eleitoral (art. 36 do CE).
No que concerne ao número de juntas eleitorais, pode haver uma ou várias 
juntas eleitorais em uma zona eleitoral. Na verdade, o limite do número de juntas 
eleitorais está relacionado apenas com o número de juízes

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