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ADVOCACIA
ADVOCACIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO/SP.
Livre distribuição 
(Ação Cautelar Preparatória – CPC, art. 796 c/c art. 800 )
				
				___________, solteira, universitária, residente e domiciliada na Rua ______, nº. _____, CEP _________ São Paulo(SP), possuidora do CPF(MF) nº. _____, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono que abaixo assina, para ajuizar, com supedâneo no arts. 798 e segs. da Legislação Adjetiva Civil, a presente
AÇÃO CAUTELAR INESPECÍFICA PREPARATÓRIA
COM PEDIDO DE “MEDIDA CAUTELAR
contra ____________, pessoa jurídica de direito privado, estabelida na Av. ___, nº. _______, em São Paulo(SP) – CEP nº. _________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. _______, em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
SÍNTESE DOS FATOS
 				A Autora é pessoa idônea, estudante universitária da Universidade -------, onde cursa Medicina desde 2007. A mesma, no mês de março de 2008, iniciou relacionamento de namoro com o senhor Francisco ------, tendo dito namoro sido rompido no mês de março de 2013. Os motivos não convém aqui declinar. 
				Insatisfeito com o rompimento, aludido senhor passou a ofender a Promovente dentro da faculdade, inclusive a difamando perante os demais colegas com inverdades fáticas alusivas a uma pretensa opção sexual. 
				Por meio de amigas da faculdade, a Promovente presenciou que Francisco ainda não estava saciado com os ataques anteriores, visto que o citado senhor postou um vídeo no YouTube nominado: 
“Juliana de tal, dá pra todos/as “.
 				No referido vídeo, além de termos pejorativos, há uma indevida foto estampada da Autora, a qual alvo de comentários do Réu. 
 				O vídeo pode ser visualizado no seguinte endereço eletrônico: http://www.youtube.com.br/Watch/37669cpp&cmm=135557. 
 				Igualmente perceba que já existem inúmeros comentários, também ofensivos, à pessoa da Autora, tais como “Jamais imaginaria que essa gata fosse sapata”, “Quero transar com ela”, “Tenho tara por essa mina”, entre inúmeros outros. 
 				Apresenta-se como titular da conta/canal “flagostosao”.
 				Com isso, diversos colegas da Autora tiveram acesso à página do YouTube ( aberto a todos ), onde, na descrição do canal de vídeos, encontramos como descrição a seguinte frase:
“Este canal é para acolher a todos os homens e mulheres que de alguma forma já se envolveram com a piranha da Juliana de tal. Postem seus vídeos. “
 								
 				O conteúdo do vídeo inserido no YouTube, ressalte-se, é inverídico, ofensivo, difamatório e ilegal, maiormente quando atenta para o sagrado direito de imagem prevista na Constituição Federal.
				Importa ressaltar que todo esse quadro fático fora constatado pelo Tabelião do Cartório do 00º Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de São Paulo(SP), por intermédio de ata notarial, onde devemos a ter como prova incontroversa (doc. 01).
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 364 – O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, ou o funcionário declarar que ocorreram na sua presença. “
�
LEI FEDERAL nº. 8.935/94
Art. 6º - Aos notários compete:
...
II – intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu conteúdo;
III – autenticar fatos.
Art. 7º - Aos tabeliães de notas compete com exclusividade:
...
III – lavrar atas notariais;
...
 
 				Assim, não se pode admitir que essa situação permaneça incólume, maiormente com o auxilio dos serviços prestados em ambiente eletrônico pelo grupo representado pela Ré.
 				De bom alvitre que relembremos que a conduta do usuário da aludida conta do Google é claramente contrária aos “Termos de Uso” do site que hospeda a mencionada comunidade ( www.youtube.com ), cuja cópia ora anexamos(doc. 02).		
 				Urge asseverar, mais, que apesar de regularmente notificada(por e-mail e por correspondência enviada via Correios), a Ré não excluiu o vídeo, consoante provas ora acostadas. (docs. 03/04)
 				São sérios os constrangimentos sofridos pela Autora em face dos aludidos acontecimentos, o que recomenda providências imediatas deste Juízo, especialmente para obstar tais ilícitos imediatamente. 		
										
 								
DO DIREITO
DA LEGITIMIDA PASSIVA
 				De boa prudência que evidenciemos, de pronto, fundamentos concernentes à legitimidade passiva da Ré nesta querela. 
 				É consabido que a Promovida, de regra, sempre alega sua ilegitimidade passiva, alegando, em linhas vesgas, ser impossível cumprir determinação judicial. Sustenta que não teria ingerência sobre dados mantidos nos servidores das empresas Google Inc e Google Internacional LLC, ambas localizados nos Estados Unidos da América.
 			 	Tais argumentos, entretanto, mostram-se tão-somente com o propósito de descumprir ordem judicial ou, no mínimo, tentar retardar sua obrigação. 
 				Ora, transnacionalidade do serviço oferecido via internet não pode constituir uma escusa a que fornecedores fisicamente radicados em outro país – embora encabecem grupos econômicos de atuação global – cumpram com as obrigações ditadas pela lei do país em que se dá a prestação. Dentre estes deveres está o de colaborar com a administração da Justiça (CPC, art. 339), para elucidação de fatos danosos, como na hipótese ora em estudo. 
 				Ademais, as empresas acima citadas, bem como a Ré, são todas do mesmo grupo econômico, não havendo qualquer óbice para eventual cumprimento da ordem judicial ora almejada. 
				A propósito:
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
 Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
(…) 
VIII – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, parágrafo único);
 				Sabe-se mais que a Google Inc inclusive exerce controle direto sobre os atos de gerência da Ré, o que se afirma existir cláusula nesse sentido no contrato social da Promovida, fato este que, se negado, deverá ser cabalmente comprovado por documentos. (CPC, art. 300). 
 				Vejamos o sentido da jurisprudência majoritária:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA E OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONTEÚDO OFENSIVO VEICULADO NA INTERNET. PROVEDOR DE PESQUISA. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. INTERESSE DE AGIR. EXISTENTES. INSTAURAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E PRODUÇÃO DE PROVAS. NECESSIDADE. 
I. O Google possui legitimidade para figurar no polo passivo da ação em que os autores visam indenização decorrente de omissão do provedor de pesquisas. III. Diante da plausibilidade das alegações de responsabilidade da empresa demandada, necessária a reforma da sentença a fim de que seja possibilitada a instauração do contraditório e a produção de provas. (TJMA; Rec 0031841-40.2012.8.10.0001; Ac. 149327/2014; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Jorge Rachid Mubárack Maluf; Julg. 26/06/2014; DJEMA 08/07/2014)
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO. PERFIL NO ORKUT COM OFENSAS GRAVES À REPUTAÇÃO DE TERCEIROS. GOOGLE. LEGITMIDADE PASSIVA. RECONHECIMENTO. RESPONSABILIDADE. CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO. DIMINUIÇÃO DA INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 
O Google possui legitimidade passiva para responder por ação de indenização por danos morais em casos que envolvem a criação de perfis no Orkut com ofensas à honra de terceiros. Provado que foi hospedado no Orkut perfil com manifestações ofensivas a terceiros, cabe ao provedor Google reparar os danos morais, com a devida indenização. Uma vez que o valor da indenização tenha sido fixado aquém daquele que melhor atenderia aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não há como ser reduzido o montante da condenação.V.V. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. ELEMENTOS CARACTERIZADORES DA RESPONSABILIDADE CIVIL. AUSÊNCIA. VEICULAÇÃO DE CONTEÚDO DIFAMATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE DEVER LEGAL OU CONVENCIONAL DE CONTROLE PREVENTIVO DO MATERIAL POSTADO NO SITE ORKUT. RESPONSABILIDADE DO PROVEDOR DE HOSPEDAGEM NÃO CONFIGURADA. PRELIMINAR REJEITADA. NO MÉRITO, RECURSO PROVIDO. Não deve ser considerada como atividade intrínseca do "provedor de hospedagem" da internet a fiscalização prévia do conteúdo das informações que serão postadas pelos usuários. Compete ao provedor, tão somente, a fim de evitar que terceiros sejam prejudicados com atitudes ilícitas dos usuários, que postam matérias ofensivas ou proibidas por qualquer outra razão, promover a exclusão desse conteúdo da internet, assim que instado a fazê-lo e oferecer meios de identificação dos usuários, através do fornecimento do número do "IP". In casu, não estão configurados os requisitos da responsabilidade civil, vez que restou comprovado que a ré, instada a retirar o perfil injurioso da web, por meio da ferramenta "denunciar abuso", utilizada pela autora, promoveu a exclusãoda página, em prazo razoável. Preliminar rejeitada. No mérito, recurso provido. (TJMG; APCV 1.0145.07.417858-6/001; Rel. Des. Evandro Lopes Da Costa Teixeira; Julg. 28/02/2013; DJEMG 12/03/2013)
 
 				Desta maneira, entendemos que ficou cabalmente demonstrada a legitimidade passiva da Ré, sendo a mesma parte legitima para figurar no pólo passivo desta demanda judicial. 
RELAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA
 
				Saliente-se, por oportuno, que o desenvolvimento desta ação deve seguir sob o prisma da Legislação Consumerista, visto que a relação em estudo é de consumo indireto, aplicando-se, maiormente, a inversão do ônus da prova(CDC, art. 6º, inc. VIII). 
 				A propósito, reza o Código de Defesa do Consumidor que:
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° (...)
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
 				É notório que a Ré obtém remuneração indireta pelo serviço do site YouTube, quando promove a divugação de publicidade de terceiros que a remuneram, daí se enquadrar no contexto de fornecedor de serviços. 
				Sábias são as lições de Cláudia de Lima Marques, quando, com maestria, nos leciona o que seja a mens legis da expressão “mediante remuneração”, contida no § 2º, do art. 3º, do Código de Defesa do Consumidor:
Frise-se, assim, que a expressão utilizada pelo art. 3º do CDC para incluir todos os serviços de consumo é “mediante remuneração”. O que significaria esta troca entre a tradicional classificação dos negócios como “onerosos” e gratuitos por remunerados e não-remunerados? Parece-me que a opção pela expressão “remunerado” significa uma importante abertura para incluir os serviços de consumo remunerados indiretamente, isto é, quando não é o consumidor individual que paga, mas a coletividade (facilidade diluído no preço de todos) ou quando ele paga indiretamente o “benefício gratuito” que está recebendo. A expressão “remuneração” permite incluir todos aqueles contratos em que for possível identificar, no sinalagma escondido (contraprestação escondida), uma remuneração indireta do serviço de consumo.
Como a oferta e o marketing da atividade de consumo “gratuitas” estão a aumentar no mercado de consumo brasileiro (transporte de passageiros idosos gratuito, viagens-prêmio, coquetéis gratuitos, lavagens de carro como brinde, etc.), importante frisar que o art. 3º, §2º, do CDC refere-se à remuneração dos serviços e não a sua gratuidade. “Remuneração” (direta ou indireta_ dignifica um ganho direito ou indireto para o fornecedor. “Gratuidade” significa que o consumidor não “paga”, logo não sofre um minus em seu patrimônio. “Oneroso” é o serviço que onera o patrimônio do consumidor. O serviço de consumo (por exemplo, transporte) é que deve ser “remunerado”; não se exige que o consumidor (por exemplo, o idoso destinatário final do transporte – art. 230, §2º, da CF/1988) o tenha remunerado diretamente, isto é, que para ele seja “oneroso” o serviço; também não importe se o serviço (o transporte_ é gratuito para o consumidor, pois nunca será “desinteressado” ou de “mera cortesia” se prestado no mercado de consumo pelos fornecedores que são remunerados (indiretamente) por este serviço.(MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 6ª Ed. São Paulo: RT, 2011. Pág. 409 ( os destaques são nossos )
 				No mesmo sentido seguem as linhas de entendimento de Rizzatto Nunes:
“O CDC define serviço como aquela atividade fornecida mediante ‘rumuneração’.
Antes de mais nada, consigne-se que praticamente nada é gratuito no mercado de consumo. Tudo tem, na pior das hipóteses, um custo, e este acaba, direta ou indretamente, sendo repassado ao consumidor. Assim, se, por exemplo, um restaurante não cobra pelo cafezinho, por certo seu custo já está embutido no preço cobrado pelos demais produtos.
Logo, quando a lei fala em ‘remuneração’ não está necessariamente se referindo a preço ou preço cobrado. Deve-se entender o aspecto ‘remuneração’ no estrito de absolutamente qualquer tipo de cobrança ou repasse, direto ou indireto. “ (NUNES, Luiz Antônio Rizzatto. Comentário ao Código de Defesa do Consumidor. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Pág. 189)
 
 				Neste sentido apresentamos o seguinte julgado, proveniente do Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
CIVIL E CONSUMIDOR. INTERNET. RELAÇÃO DE CONSUMO. INCIDÊNCIA DO CDC. PROVEDOR DE COMPARTILHAMENTO DE VÍDEOS. VERIFICAÇÃO PRÉVIA E DE OFÍCIO DO CONTEÚDO POSTADO POR USUÁRIOS. DESNECESSIDADE. IMAGEM DE CONTEÚDO OFENSIVO. DANO MORAL. RISCO NÃO INERENTE AO NEGÓCIO. CIÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE CONTEÚDO ILÍCITO OU OFENSIVO. RETIRADA DO AR EM 24 HORAS. DEVER. DISPONIBILIZAÇÃO DE MEIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE CADA USUÁRIO. DEVER, DESDE QUE INFORMADO O URL. DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS. ARTS. 5º, IV E IX, 220 DA CF/88. 6º, III, 14 E 84, § 4º, DO CDC. 461, § 1º, DO CPC. E 248 E 927, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CC/02. 
1. Ação ajuizada em 27.01.2009. Recurso Especial concluso ao gabinete da relatora em 12.08.2013, discutindo os limites da responsabilidade dos sites de compartilhamento de vídeos via internet pelo conteúdo postado pelos usuários. 2. A exploração comercial da internet sujeita as relações de consumo daí advindas à Lei nº 8.078/90. Precedentes. 3. O provedor de compartilhamento de vídeos é uma espécie do gênero provedor de conteúdo, pois se limita a disponibilizar as imagens postadas pelos usuários, sem nenhuma participação na criação ou na edição dos arquivos digitais. 4. A verificação de ofício do conteúdo das imagens postadas por cada usuário não constitui atividade intrínseca ao serviço prestado pelos provedores de compartilhamento de vídeos, de modo que não se pode reputar defeituoso, nos termos do art. 14 do CDC, o site que não exerce esse controle. 5. O dano moral decorrente de mensagens com conteúdo ofensivo inseridas no site pelo usuário não constitui risco inerente à atividade dos provedores de compartilhamento de vídeos, de modo que não se lhes aplica a responsabilidade objetiva prevista no art. 927, parágrafo único, do cc/02. 6. Não se pode exigir do provedor de compartilhamento de vídeos a fiscalização antecipada de cada novo arquivo postado no site, não apenas pela impossibilidade técnica e prática de assim proceder, mas sobretudo pelo risco de tolhimento da liberdade de pensamento. Não se pode, sob o pretexto de dificultar a propagação de conteúdo ilícito ou ofensivo na web, reprimir o direito da coletividade à informação. Sopesadosos direitos envolvidos e o risco potencial de violação de cada um deles, o fiel da balança deve pender para a garantia da liberdade de criação, expressão e informação, assegurada pelo art. 220 da cf/88, sobretudo considerando que a internet representa, hoje, importante veículo de comunicação social de massa. 7. Ao ser comunicado de que determinada imagem postada em seu site possui conteúdo potencialmente ilícito ou ofensivo, deve o provedor de compartilhamento de vídeos removê-lo preventivamente no prazo de 24 horas, até que tenha tempo hábil para apreciar a veracidade das alegações do denunciante, de modo a que, confirmando-as, exclua definitivamente o vídeo ou, tendo-as por infundadas, restabeleça o seu livre acesso, sob pena de responderem solidariamente com o autor direto do dano em virtude da omissão praticada. 8. O cumprimento do dever de remoção preventiva de imagens consideradas ilegais e/ou ofensivas fica condicionado à indicação, pelo denunciante, do url da página em que estiver inserido o respectivo vídeo. 9. Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários divulguem livremente vídeos, deve o provedor de compartilhamento ter o cuidado de propiciar meios para que se possa identificar cada um desses usuários, coibindo o anonimato e atribuindo a cada imagem uma autoria certa e determinada. Sob a ótica da diligência média que se espera do provedor, do dever de informação e do princípio da transparência, deve este adotar as providências que, conforme as circunstâncias específicas de cada caso, estiverem ao seu alcance para a individualização dos usuários do site, sob pena de responsabilização subjetiva por culpa in omittendo. 10. Recurso Especial a que se nega provimento. (STJ; REsp 1.403.749; Proc. 2013/0202618-6; GO; Relª Min. Nancy Andrighi; DJE 25/03/2014) 
 
 
 				Destarte, como antes afirmado, a lesão à honra e imagem da pessoa natural ou jurídica, decorrente do serviço “YouTube”, deve ser averiguada à luz da Legislação Substantiva Civil, Constituição Federal, assim como ajoujado ao Código de Defesa do Consumidor.
A LIDE E SEU FUNDAMENTO(CPC, ART. 801, III)
 				A inércia da Ré, quando foi regularmente notificada premonitoriamente, fez com que surgisse à Autora o interesse processual para pleitear judicialmente a solução do problema narrado nesta peça vestibular(CPC, art. 3º). 
VIOLAÇÃO AO DIREITO DE IMAGEM E A HONRA					
 				Consta da ata notarial antes citada (doc. 01) que, em verdade, que houve o uso indevido da imagem da Autora, além de trechos depreciativos insertos na citada comunidade contra a pessoa da Promovente, causando-lhe situação de humilhação, vexatória, desrespeitosa, bem assim clara ofensa à sua imagem, honra e moral, gerando-lhe danos incontestáveis. 
 					É consabido que a Constituição Federal prevê a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[ . . . ]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
 					É evidente que não se pretende, com a ação principal, em uma ação civil, imputar a prática de um delito penal à Ré. Não obstante, é importante lembrar o conceito criminal para entender o que a sociedade visa punir.
 					Constitui difamação imputar fato ofensivo à reputação, ainda que verdadeiro. O que se busca coibir é a “fofoca”, a invasão a vida alheia. Entende-se, dessarte, que não se pode invadir a privacidade de alguém, e espalhar fatos sobre sua vida, ofendendo a sua fama.
 				Tal conceito deve ser transportado para o âmbito civil. Da mesma forma que no direito penal, constitui ilícito civil o atentado a honra nas três modalidades previstas: calúnia, injúria e difamação. Assim, a conduta do "fofoqueiro" deve ser coibida, devendo ser preservada a intimidade do ofendido. 
 				A propósito, dispõe a Legislação Substantiva Civil que:
CÓDIGO CIVIL
Art. 953 – A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único – Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso. 
 					Constatou-se, de pronto com esta inicial, pelos documentos colacionados, que houve imputação à Autora de fatos injuriosos e difamatórios, sobretudo com expressões: “ Juliana de tal, dá pra todos/as “.
 					E, frise-se, a repercussão da difamação foi tamanha, que todos seus colegas da faculdade tomaram conhecimento das colocações ofensivas espampadas no referido site de relacionamento, tanto que, vários, a procuraram para noticiar estes fatos ora objetados. 
 				Assim, entende-se que a difamação perpetrada pelo “dono” da conta no YouTube causou dano moral a Autora, devendo o dano sofrido ser indenizado.
 				Nesse enfoque, convém ressaltar o magistério de Sílvio de Salvo Venosa, quando professa que:
“O dispositivo acrescenta a difamação, que sempre se entendeu como possibiltadora de indenização, completando a trilogia referente aos clássicos crimes contra a honra. Sob o aspecto criminal, que define essas três condutas puníveis, caluniar alguém é imputar-lhe falsamente fato definido como crime (art. 138 do CP). A difamação é a imputação de fato ofensivo à reputação da vítima (art. 139 do CP). Esse fato deronsoso pode ser verdadeiro ou não, bastando a intenção de difamar. Ao contrário da calúnia, não se exige que o ofensor tenha consciência de eventual falsidade da imputação. A injúria, de acordo com o art. 140 do Código Penal, é a ofensa à dignidade ou decoro. Nesta última, o agente ofende a honra subjetiva do ofendido, atingindo seus atributos morais, sua dignidade, ou físicos, intelectuais ou sociais, seu decoro.“ (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. 12ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012. Pág. 337-338)
 				Nos respeitáveis dizeres de Yussef Said Cahali, temos que:
“Por outro lado, ‘para a caracterização do crime de difamação é irrelevante a veracidade ou não das afirmações proferidas pelo agente, pois ainda que estas sejam verdadeiras o delito persiste, já que o seu núcleo é imputar fato ofensivo, nada se mencionando acerca de ser verdadeira ou não a imputação. “ (CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 4ª Ed. São Paulo: RT, 2011. Pág. 249)
				De outro importe, esclarecido antes que a natureza do contrato com o provedor Google é de ordem contratual, com obtenção indireta de remuneração, o Código de Defesa do Consumidor é aplicável à espécie, abrindo, no caso, a responsabilidade objetiva do referido provedor.
 				E, ademais, em se tratando da responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço regulada nos arts. 12 a 14 da Lei 8.078/90, “equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento”, consoante prescreve expressamente o art. 17 do mesmo diploma legal.
 				Nessa ótica, mesmo que – apenas por argumentar -- o serviço prestado pela Ré não tivesse natureza remuneratória, requisito indispensável à emolduração do conceito de consumidor-padrão insculpido no art. 2º da Lei Protecionista, haja vista a dicção de seu art. 3º, § 2º, não resta dúvida de que, em sede de responsabilidade pelo simples fato da prestação do serviço, qualquer pessoa lesada ostenta a qualidade de consumidor. 
 				A corroborar o texto acima, insta transcrever as lições de Fábio Henrique Podestá:
“Aos sujeitos que pertencerem à categoria de prestadores de serviço, que não sejam pessoas físicas, imputa-se uma responsabilidade objetiva por defeitos desegurança do serviço prestado, sendo intuitivo que tal responsabilidade é fundada no risco criado e no lucro que é extraído da atividade. “(PODESTÁ, Fábio; MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins. Código de Defesa do Consumidor Comentado. São Paulo: RT, 2010. Pág. 147)
 				Por esse passo, como ação principal futura, a ser ajuizada no trintídio legal do cumprimento da medida acautelatória almejada(CPC, art. 806), a Autora, com fulcro nas disposições da Legislação Adjetiva Civil(CPC, art. 801, inc. III), tendo como fundamentos a ofensa ao direito de imagem e à honra, 
indica que ajuizará a competente 
AÇÃO COMINATÓRIA C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS
PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR
 				É de geral ciência que são requisitos da medida cautelar a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora.
 				A propósito, no tocante ao poder geral de cautela, maiormente no tange aos requisitos à concessão de medidas acautelatórias, professa Antônio Cláudio da Costa Machado que:
“Trata-se de poder cautelar a ser exercido quando a situação de emergência não se enquadra em nenhuma das previsões de medidas típicas (arresto, sequestro, etc, de acordo com os arts. 813, e segs.), de sorte que o cabimento da medida fica a depender do preenchimento do fumus boni iuris e do periculum in mora genérica e abstratamente previstos no texto (aqui não existe prederteminação específica do conteúdo da medida, nem do interesse tutelado como acontece com as medidas típicas – v. nota ao Capítulo II). Observe-se, entretanto, que, seja qual for a medida que se deseje (v. exemplos referidos na nota ao art. 799), o requerente sempre precisará propor ação cautelar inominada. “ (MACHADO, Antônio Cláudio da Costa. Código de Processo Civil interpretado e anotado: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 4ª Ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 1457)	
				Nesse mesmo sentido, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery anotam que: 
"Para que a parte possa obter a tutela cautelar, no entanto, é preciso que comprove a existência da plausibilidade do direito por ela afirmado (fumus boni iuris) e a irreparabilidade ou difícil reparação desse direito (periculum in mora), caso se tenha de aguardar o trâmite normal do processo. Assim, a cautela visa assegurar a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de execução (Nery, Recursos, 3.5.2.9, pp. 472/473).” (In, Código de Processo Civil Comentado e legislação processual civil extravagante em vigor. 12ª ed. São Paulo: RT, 2012. p. 1.327). 
				Portanto, os requisitos para se alcançar uma providência de natureza cautelar são, basicamente, dois: 
I - Um dano potencial, um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável; 
II - A plausibilidade do direito substancial invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o fumus boni iuris. 
 				Sobre o fumus boni iuris, esclarece-se que, segundo a melhor doutrina, para a ação cautelar, não é preciso se demonstrar cabalmente a existência do direito material em risco. Mesmo porque esse frequentemente é litigioso e só terá sua comprovação e declaração no processo principal. Para merecer a tutela cautelar o direito em risco há de se revelar apenas como o interesse que justifica o "direito de ação", ou seja, o direito ao processo de mérito.
 				Nesse trilhar, é de todo oportuno trazer à colação o entendimento do processualista Alexandre Freitas Câmara:
“Por tal razão, a concessão da medida cautelar não pode estar condicionada à demonstração da existência do direito substancial afirmado pelo demandante, devendo o Estado-Juiz contentar-se com a demonstração da aparência de tal direito. Em outros termos, o que se quer dizer é que a tutela jurisdiconal cautelar deve ser prestada com base em conginição sumária, ou que signfica dizer que a medida cautelar será deferida ou não conforme um juízo de probabilidade.
Verifica-se, pois, que a tutela jurisdicional cautelar será prestada com base em cognicação sumária, e não em cognição exauriente (como se dá, como regra, com a tutela jurisdicional de natureza cognitiva). A exigência de certeza quanto à existência do direito substancial para que se pudesse prestar a tutela cautelar tornaria a mesma um instrumento absolutamente inútil. “ (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 19ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012, vol. 3, p. 40)
 	
 				Não discrepa desse entendimento Daniel Amorim Assumpção Neves:
“O fumus boni iuris, ou fumaça do bom direito, é entendido pela doutrina majoritária como o convencimento parcial do juiz – fundado num juízo de mera probabilidade em razão da cognição sumária que faz para conceder a tutela cautelar – de que o direito material que corre perigo provavelmente exista. É interessante notar que a doutrina majoritária permite que o juiz não tenha certeza a respeito da existência do direito material em prigo, mas exige do juiz uma análise superficial de sua provável existência. “ (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 4ª Ed. São Paulo: Método, 2012, p. 1.217)
 				Nesse sentido:
AGRAVO REGIMENTAL. MEDIDA CAUTELAR PREPARATÓRIA. LIMINAR CONCEDIDA. ANÁLISE DE COGNIÇÃO SUMÁRIA. PRESENÇA DOS REQUISITOS- RECURSO IMPROVIDO. 
O fumus boni iuris encontrase presente na medida em que comprova o agravado estar na posse do imóvel a ser esbulhado há mais de vinte anos, tendo ali realizado diversas benfeitorias eventualmente passíveis de serem indenizáveis nos termos da Lei, circunstância apta a legitimar a oposição dos embargos de terceiros nos autos da ação principal para fins de averiguação do direito de posse sobre o imóvel. Do mesmo modo, o periculum in mora se justifica pelos prejuízos a serem causados caso a carta precatória seja cumprida, por tratar-se de fazenda toda cercada, com divisões, supostamente com mais 4.500 hectares de pastos formados com capim artificial, mais de 6.000 cabeças de gado, casas de sede e de empregados, 15 empregados e suas famílias, além de outras benfeitorias e estrada de penetração. (TJMS - AgRg 0019465-68.2012.8.12.0000/50000; Campo Grande; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Divoncir Schreiner Maran; DJMS 30/11/2012; Pág. 30)
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO JULGADO MONOCRATICAMENTE. ART. 557, CAPUT, C/C ART. 527, I, DO CPC. MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. LIMINAR CONCEDIDA EM SEDE DE CAUTELAR INOMINADA INCIDENTAL. MANUTENÇÃO DA INTERLOCUTÓRIA DO JUÍZO A QUO. REGIMENTAL IMPROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. 1. O relator está autorizado a negar seguimento a recurso manifestamente improcedente, na espécie agravo de instrumento, à luz do disposto no art. 557, caput, e art. 527, I, do CPC; 
2. Para tanto, permite­se ao relator isoladamente analisar o próprio meritum causae recursal; 
3. Como se sabe, a tutela cautelar visa resguardar o resultado útil do processo, a efetividade do provimento jurisdicional final, evitando decisões judiciais inócuas e inexequíveis; 
4. Os requisitos da liminar em tutela cautelar são fumus boni iuris ou a fumaça do bom direito, em que o julgador, fundado numa cognição sumária e perfunctória, juízo de mera probabilidade, se convence de que o direito material que corre perigo provavelmente exista. O periculum in mora, configura a situação de urgência derivada do perigo que o tempo necessário para a concessão da tutela definitiva no caso concreto representa para a efetividade da proteção jurisdicional, sendo flagrante que não sendo tutelado imediatamente o direito material, correrá sério e iminente risco de perecer; 
5. In casu, o douto Magistrado planicial concedeu a liminar observando os requisitos em alusão, razão pela qual prescinde de censura a interlocutória ora vergastada; 
6. Ratificação do instrumental neste agravo regimental; 
7. Agravo regimental improvido. (TJCE - AG 0032539­12.2002.8.06.0000/50000; Oitava Câmara Cível; Relª Desª Maria Iraneide Moura Silva; DJCE 09/11/2012; Pág.83)
				No caso ora em análise, claramente restaram comprovados, objetivamente, os requisitos do "fumus boni iuris" e do "periculum in mora", a justificar o deferimento da medida ora pretendida. Sobretudo quanto ao segundo requisito, a demora na prestação jurisdicional ocasionará gravame diário à imagem e à honra da Autora, quando expostos em site de relacionamento acessível a um número expressivo de pessoas, maiormente ligada à mesma. 
				Diante disso, a Autora vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte contrária (CPC, art. 804), medida cautelar no sentido de:
a) determinar que a Ré, no prazo de 24 horas, cesse a publicação do vídeo identificado como “Juliana de Tal, dá para todos/as” – cujo endereço eletrônico foi evidenciado nas considerações fáticas --, hospedada no site do YouTube ( www.youtube.com ), tornando-o inacessível; 
b) pede, mais, seja a mesma instada a apresentar a este juízo, no prazo de 10(dez) dias, 
(i) os dados cadastrais e os registros de conexão da conta do usuário “flagostosao”, registrado no site YouTube, desde sua origem/criação até a data do cumprimento da medida cautelar, identificando o(s) número(s) de endereço IP( “Internet Protocol” ) de origem da conexão aos seus servidores, com indicação de data e hora de conexão, entre outras informações relevantes para a identificação do responsável pela utilização da conta referida;
c) em ambas as situações acima citadas (itens ´a´ e ´b´), pede a aplicação de multa diária de R$ 1.000,00(mil reais), em caso de infração à ordem judicial. 
PEDIDOS e REQUERIMENTOS
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Cautelar Inespecífica, a Autora requer que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
a) Determinar a CITAÇÃO e INTIMAÇÃO da Promovida, POR CARTA, no endereço constante do preâmbulo, para, no prazo de 05 (cinco) dias(CPC, art. 802, caput), apresentar, querendo, sua defesa e, mais, cumprir a medida acautelatória pleiteada; 
b) que ao final sejam JULGADOS PROCEDENTES OS PEDIDOS formulados nesta demanda cautelar, acolhendo os pedidos estipulados em sede liminar e tornando-a definitiva, condenando a Ré no ônus de sucumbência.
			 	Protesta, ademais, justificar os fatos que se relacionam com os pressupostos desta Ação Cautelar, por todos os meios admissíveis em direito, assegurados pela Lei Fundamental(art. 5º, inciso LV, da C.Fed.), notadamente pelo depoimento do Rep. Legal da Requerida, pena de tornar-se confitente ficta, oitiva de testemunhas a serem arroladas oportuno tempore, junta posterior de documentos como contraprova, perícia, tudo de logo requerido.
			 		Atribui-se a presente Ação Cautelar o valor estimativo de R$100,00 (cem reais).
AÇÃO CAUTELAR. VALOR DA CAUSA. O VALOR DA CAUSA NA AÇÃO CAUTELAR NÃO SE FIXA À VISTA DO ART 259 DO CPC, MAS DO ART. 258 QUE O ANTECEDE. 
Significando a ação cautelar um minus em relação ao plus que é a ação principal, naturalmente seu valor não é o que se atribuiria a esta. Recurso da apelante a que se dá parcial provimento para o fim de reduzir- se o valor da causa fixado em primeiro grau. (TJSP - APL 9095571-64.2008.8.26.0000; Ac. 6387690; São Paulo; Décima Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Cesar Ciampolini; Julg. 27/11/2012; DJESP 08/01/2013)
 
 						Respeitosamente, pede deferimento.
				 Cidade, 00 de setembro de 0000.
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Advogado – OAB
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