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Etica Geral e Profissional

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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL:
- Prof.: Flora
- Bibliografia:
* Ver na Xerox !!! 
1) Nazini, José Renato – Ética Geral e Profissional 
2) Bittar, Carlos C. B. Curso de Ética Jurídica: ética geral e profissional – São Paulo: Saraiva. 
---x---
*Estudo: 
> Ética como ramo da Filosofia. 
> Ética aplicada ao Direito. 
----x----
23/11/2012
Introdução à Ética:
A ética é a área da filosofia que estuda / investiga e se propõe a analisar e debater um determinado fenômeno presente na vida humana em sociedade, em seu contexto histórico/ cultural, esse fenômeno é o fenômeno moral. Logo a ética é um ramo da filosofia que estuda a MORAL. 
Outros manuais (autores) abordarão como a ciência que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade. A professora acredita que a ética é sim um ramo da filosofia. 
A nota peculiar da ciência é justamente a capacidade formular generalizações e formas ordenadas do conhecimento, daí que muitos autores acreditam que a ética é uma ciência. 
As regras morais que são postas a determinado grupo/ coletividade, são denominadas regras éticas. 
A probidade é um principio ético, vinculado ao principio da moralidade, que também é um princípio ético. Qualquer funcionário público deve agir de acordo com o principio da probidade, deve—se pautar com moralidade. 
Os deveres éticos estão presentes em todas as profissões. A ÉTICA das profissões estuda os deveres morais que são atinentes às profissões. 
Todas as profissões em conjunto trazem deveres éticos comuns entre todas as profissões jurídicas no que se chama de: deontologia forense.
A ética por dizer respeito à moral, ela vai abordar o valor do “bem” e do “bom”. 
-----x-----
2- Da Grécia Antiga:
Sócrates percebeu que faltava algo na organização política na Grécia antiga. Os sofistas só faziam o uso das palavras para determinados argumentos, numa vitória ou derrota nos debates políticos. A ideia dos sofistas era que houvesse êxito nos debates, na conquista do poder politico. Sócrates pensava que o homem deveria ser mais do que aquilo, o homem deveria ser “bom”. 
O “bom” quando despertado no homem faz com que ele pondere sua natureza egoísta, para considerar o outro, que o que ele almeja para si também seja alcançado pelo outro. 
> O Bem Individual e o Bem Social:
A ética traz a nota da ALTERIDADE. Miguel Reale fala muito bem essa questão, fazendo um bom esquema entre: o bem individual e o bem Social. 
Sob o aspecto individual se depara com o bem, na medida em que eu estabeleço para mim, regras que possam fluir para o bem também do outro, o que gera a moral.
Já o bem social pode se apresentar nos Costumes como através do próprio direito. O bem social não se distancia da ética, o direito apenas (dada a sua complexidade) tem um universo / objeto próprio até porque está atrelado ao poder politico, e se destaca no que se dá num lado avesso ao mundo ético. 
O valor do bem ou do bom, como pano de fundo caracteriza o mundo ético, o mundo das normas, que se distingue das normas pertinentes ao mundo natural. As leis éticas sempre estarão se propondo a realizar um valor. 
O homem no exercício da nossa liberdade individual e espiritual, irá interpretar, moldar-se à norma. As normas éticas se manifestam sempre como forma de exercício da liberdade humana. Daí a ideia de “juízo do dever ser”. A conduta está atrelada ao exercício da liberdade humana.
As normas éticas abrangem todo esse complexo do bem e do bom, individuais ou sociais. Hoje os interesses do poder são outros, assim como os contextos e circunstancias, por isso convém unir o valor do bem individual e o social. 
As normas jurídicas, tais como as normas morais, são normas éticas. Porém, a norma moral não lida com o justo, ela lida diretamente com o valor do bem ou do bom. 
A ética investiga a moral, mostrando o que é o bem ou o bom. O mundo moral é um mundo que procura visar o bem ou o bom, e esse histórico advém da Grécia Antiga. 
ETHOS = costume, modo de ser, caráter. 
CARÁTER= o caráter de uma pessoa é observado por suas práticas morais.
MORES= costume. 
COSTUME= traz a proposta de incluir / considerar o outro na relação. 
ALTERIDADE= Qualidade do que é outro. Não existe ética sem alteridade. 
Toda norma é uma regra de comportamento e diz respeito à conduta e protege / tutela bens culturais. 
A liberdade é que explica a contengiabilidade e imprevisibilidade do comportamento humano. 
Há fatores que se apresentam como limitações à estruturas sociais, ex.: o ambiente, a genética. 
O homem por ser um ser livre, ele é capaz de modificar e dar dinâmica às relações e estruturais sociais. O costume mesmo que demore, é passível de modificação, porque os juízos de valor sempre são mutantes. 
Tendo sempre o compromisso de observar tentar focar o bem, o mundo moral, sempre procurará acolher o individuo e o seu semelhante. 
Não há possibilidade de viver bem, somente debatendo ideias para a feitura de leis. 
Já na Grécia antiga se pensava que o mundo da politica deveria pensar em 1º lugar no bem estar dos cidadãos. Aristóteles escreveu que a Polis deveria proporcionar aos homens uma vida boa. 
Ou seja, na nossa trajetória nós fomos chamados a incluir o “eu” e os interesses e necessidades do outro. 
> O outro debate que gira em torno do problema ético, é da possibilidade de se estabelecer um ponto de encontro da ÉTICA, ou uma ÉTICA UNIVERSAL? 
Esse desafio está aberto até hoje, depende dos autores, se universalistas ou não. 
 Os universalistas vislumbram os direitos humanos como um grande ponto de encontro em termos de ética (pelo legado de Kant), porém isso é raciocinado muito fácil pelos ocidentais, de um legado de culturas, já o oriente é totalmente diferente, a maneira de enxergar o mundo, pelos povos orientais é totalmente diferente, até mesmo pelas questões religiosas. Não se deve ter apenas uma visão eurocêntrica de mundo. 
---x---
24/11/2012 – Faltei a aula !! 
Houve apenas a apresentação do Filme: O palhaço 
> Cairá uma questão extra na prova, referente ao filme.
---x---
30/11/2012- não houve aula. 
---x----
01/12/12
> Falando sobre o filme: 
O filme “O palhaço”- traz uma proposta ao auto conhecimento que veio dos ensinamentos da Grécia antiga, e a ética veio do estudo do comportamento moral, do bem ou do bom, começando com pensamento socrático- platônico terminando com Aristóteles. 
Aristóteles escreveu sobre as virtudes humanas que estão ligadas ao universo ético. Logo toda a tarefa humana está ligada a alguma realização ética. 
O filme fala do indivíduo que não tem o mínimo de consciência de seu papel, uma pessoa que não tem isso formado dentro de si. Daí vem a pergunta do que cada um é, ou o que cada um sabe fazer. 
A sociedade capitalista traz a promoção de alguns valores, o primeiro deles seria a busca pelo lucro / ascensão econômica, que as vezes coincide com poder. 
As reflexões do: “quem eu sou”, “o que devo fazer”, muitas vezes ficam de lado, ninguém vê, ninguém dá importância porque não é geradora de poder. 
-----x----
Aula de hoje: 
3- CLASSIFICAÇÃO DA ÉTICA:
A) Dos bens; 
B) Empírica;
C) Formal;
D) Dos valores;
--------------
A) A ÉTICA DOS BENS.
A ética dos bens está presente nas classificações da ética, e se subdivide em:
Eudemonismo,
Idealismo ético,
Hedonismo,
Essas subdivisões estão diretamente ligadas ao pensamento Grego. O ocidente se alicerçou no legado Grego e no legado Romano. 
A Grécia passou a adotar o modelo legislativo, e as leis passaram a ser criadas pelos cidadãos. Naquela época poucas pessoas eram consideradas cidadãs, porque eram excluídos os escravos, as mulheres e os idosos. Portanto somente homens jovens eram considerados CIDADÃOS. 
Todas as concepções filosóficas criadas no cenário grego, com a abstração teórica, podem ser consideradas em qualquer contexto de democracia. 
Houve uma construção da ideia de cidadania e o papel das leis para o grupo. 
As leis não tinham somente um valor politico-jurídico, mas elas também tinham em sua essência um valor moral e religioso muito grande.Essa concepção mais estruturada do valor das leis, devemos ao legado de Sócrates, e quem trouxe a tona os pensamentos de Sócrates foi Platão. Antes de Sócrates predominava o pensamento dos sofistas, que debatiam, e o bom debatedor/ o bom politico era o bom orador. 
Ser cidadão é ser aquele que detém virtudes, e para Sócrates a virtude é conhecimento, é o saber. Dai os diálogos de Platão apresentaram as ideias e conversas de Sócrates num constante diálogo de perguntas. 
Nesse âmbito do saber / conhecimento como alcance da virtude, o 1º saber deveria ser o conhecimento de si mesmo – “conhece-te a ti mesmo, para conhecer o mundo” – Sócrates. 
Somente conhecendo a si mesmo, temos a possibilidade de conhecer o nosso papel social. O auto- conhecimento é algo que deve acompanhar o indivíduo ao longo de toda a sua existência.
A base desse pensamento de Sócrates, é justamente a diferença da virtude (que é conhecimento) do vício. 
A Ética dos bens: diz respeito à concepção da ética que estuda o valor do bem. A ética dos bens se preocupa com a realização do bem maior, do bem supremo. 
A sociedade está destinada a pensar nos bens como um todo, num pensamento coletivo, para que todos tenham direito ao bem. “O homem nasceu para uma vida boa, todos querem viver bem.” 
Na Grécia, pelo legado de Sócrates, Platão e Aristóteles, diz-se que não se pode estar bem se o grupo não está bem. 
Os sofistas pregavam a arte da retórica, e a retórica envolve. Para os sofistas o convencimento através na retórica / arte de argumentar era importantíssima na politica. 
Já para Sócrates havia uma importância maior para o bom cidadão – aquele que sabe exatamente o seu papel na polis. 
- O conhecimento reside no interior do homem, e quem se conhece será virtuoso. 
- O Conhecimento de si mesmo, leva a uma ética mais sólida. 
Sócrates também atrelava os Deuses às virtudes. Os princípios religiosos não estavam separados dos princípios morais. Logo um bom cidadão com o pensamento comum na polis, também estava mais próximo de Deus, no respeito das leis, que eram ferramentas utilizadas na organização política grega, capazes de orientar a sociedade. As leis seriam as ferramentas vitais para uma boa convivência social. 
Sócrates morreu, acusado de corromper a juventude. 
Uma democracia se torna mais forte quando as leis são criadas em prol do povo e são cumpridas!
As leis positivas eram mais importantes do que as avaliações individuais delas, porque Sócrates atribuiu à democracia ao modelo político de sua época, o valor ético na politica, na organização democrática. Isso para nós que somos fruto dos berços do legado Grego, para nós possui grande valia! 
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Pegar textos na xerox 
Reinaldo Naline – cap. 1
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07/12/2012 - Aula de Hoje (cont.): 
> Sócrates e Platão:
A norma integra no mundo da conduta, no que também diz respeito ao contexto ético. 
No período antigo da história tudo era integrado, em regras religiosas e leis positivas emanadas no poder político. 
Na Grécia, para Sócrates, naquele contexto, a obediência estrita à lei, era garantia de sucesso na Polis. Pensava-se que os “corretivos” ao indivíduo eram bons, porque o individuo deveria desenvolver suas virtudes e qualidades, no âmbito do bem ao estar da polis. O conceito de bom cidadão e boa cidadania era em função e âmbito da Polis. 
Com a morte de Sócrates, surgiu o seu grande discípulo, que foi Platão. 
Neste caso, Platão concebeu uma teoria segundo a qual, o povo, não estaria apto ao bom governo da Polis, de forma que o povo não consegue entender o pensamento de Sócrates. Platão conseguiu estabelecer um sistema que foi adotado como modelo para idade média, que foi a SOCIEDADE ESTAMENTAL. 
Platão criou a academia, que posteriormente originou as universidades. Elas contemplavam o mundo teórico. 
Platão desenvolveu a teoria de Sócrates com esses acréscimos, no que a virtude só é alcançada, quando o conceito de verdade é pautado na ideia do bom, do bem e do belo. 
Para Sócrates todas as pessoas deveriam alcançar a virtude do conhecimento de si mesmo. Já para Platão nem todas as almas conseguiriam alcançar a virtude do auto conhecimento, para Platão há a DILÉTICA. 
A DIALÉTICA, se dá ao homem vive num mundo imperfeito, que a verdade está encoberta, num mundo marcado pelas sombras, e o homem deveria migrar para um mundo mais real no conhecimento que gera a virtude, transcendendo o físico para ideal, no mundo das ideias (mundo das aparências x mundo das ideias). 
É nesta contraposição que o individuo conseguiria controlar os impulsos, os extintos. Para Sócrates essa virtude seria capaz pela contemplação, já para Platão seria uma questão de conhecimento, que nem todos conseguiriam ter, daí vem a ideia de que nem todos podem liderar, para alguns autores, Platão colocou em risco a democracia Grega, porque pode ter criado um modelo de dominação, um modelo elitista.
 O conhecimento se adquire pela educação. Sócrates foi muito estudado pelos educadores. Um individuo na democracia, que é bem educado, ele saberá escolher melhor seus líderes, ou se mover na polis para que as situações mudem. 
O conhecimento liberta o homem. O fenômeno do poder que sempre acompanhou o homem as vezes impede a ética. A ética vem justamente para limitar os poderes, numa reflexão que se deve pensar no outro. 
Numa democracia, nós não somos servos de uma pessoa, mas sim de um texto, de uma lei. Para os interesses dos mantenedores do poder, a construção de um modelo estamental, é interessante para aqueles que dominam, sem a intervenção ética. Uma politica sem ética, vai gerar uma dominação sem a realização do bem comum. Este bem comum só se realiza na conjugação da política com a ética. 
O pós positivismo, traz para o pensamento jurídico o resgate de um pensamento mais integrado entre direito e moral. Ética é costume, traduz caráter, e o caráter de uma pessoa não advém de um ponto isolado, mas sim de toda uma conduta. 
A partir do momento que o povo for bem educado, essas pessoas serão libertas. Até que ponto se quer que o povo seja livre, que tenha conhecimento? 
A política é reflexo do próprio povo, de seu comportamento, modelo moral, educacional. Por isso que para lideres é interessante que o povo fique oprimido. 
---x----
> Aristóteles:
Foi O FILÓSOFO MAIS VOLTADO à realidade concreta, num equilíbrio entre teoria e prática, em busca de novas ideias de um mundo, das pessoas. 
Se Platão fundou a academia, Aristóteles fundou a enciclopédia. Ele organizou todos os saberes, e transformou algumas artes em ciências – ex.: o que antes se falava em astrologia, dividiu alguns saberes para a astronomia.
Por isso que quando se lê alguns filósofos, nos deparamos com a razão prática, no que tem a ver com o mundo da ética no que se refere à conduta, à prática. Toda norma diz respeito à uma regra de comportamento. 
Aristóteles disse que o homem só se realiza na Polis, que o homem é um animal politico por excelência. Hoje nós dizemos que somos animais sociais. 
Até que ponto nós brasileiros somos animais políticos? 
Nós temos encontrado bons exemplos, de protestos, de pessoas que sempre que possível protestam contra os absurdos. Mas incomodam muito os políticos, porque não é conveniente aos executores do poder, que o homem seja um animal politico, porque esse animal politico debate e acompanha o que acontece ao seu redor. Já o animal social, pensa no seu mundo e no seu vinculo social. 
Tudo aquilo que oprime, é sempre alimentado por uma ideologia. 
Para Aristóteles, todas as coisas podem ser avaliadas pelas pessoas / pelos homens, a partir de seu fim. Tudo está voltado para a realização de uma finalidade, isso está atrelado ao comportamento humano.
No caso da ÉTICA, o fim de toda ética é o alcance do BEM SUPREMO. E neste caso, as ações humanas devem estar ligadas a um bem, que neste caso está atrelado (para Aristóteles) para a vivência politica. 
Segundo Aristóteles, as virtudes humanas são possíveis de ser alcançadas. Para ele todas as pessoas podem obtere alcançar a virtude através do hábito, ou seja, quem quer ser honesto, deve praticar a honestidade. 
Algumas habilidades são inatas, pertencem ao individuo desde o nascimento, o homem já nasce para falar, andar, ver, mas já a virtude não. Para Aristóteles a virtude não nasce com o homem, um individuo não nasce virtuoso, mas sim se torna virtuoso por escolha.
No caso de Aristóteles, o mais bonito em seu pensamento é a ideia do EQUILÍBRIO porque de todas as virtudes a melhor é a justiça, e a justiça para ele é o equilíbrio de todas as coisas, “nem tanto, nem tão pouco”. Para Aristóteles, JUSTIÇA é EQUIDADE, se souber distribuir os bens da vida e os ônus, estará o homem sento justo, num critério de JUSTO MEIO. 
É necessário para que um magistrado seja virtuoso, observar o JUSTO MEIO, em um equilíbrio. 
Foi a partir de Aristóteles que se teve a ideia de que se deve TRATAR OS DESIGUAIS DE MANEIRA DESIGUAL DE FORMA QUE SE IGUALEM. Ex.: Justiça Distributiva: os desiguais são tratados de maneira desigual. Já a justiça corretiva é aplicada nas relações entre iguais em igualdades de condições. 
Nessa medida de Aristóteles, a virtude é sempre algo prático, daí a ética estar enquadrada neste plano da razão prática, no mundo da conduta, por isso que a justiça distributiva, para Aristóteles, teria a finalidade do individuo se colocar em prática nesta justiça. 
-----x-----
14/07/2012- Faltei esta aula. 
[Ex.: Uma empresa está respondendo a processo criminal por desvio de verba pública. O advogado da defesa receberia 10 mil reais. Pergunta-se de onde vem o dinheiro para pagar o advogado? Situações como estas deviam ser pensadas? A colega defende que a quantia, por ser suspeita, estaria relacionada a uma conduta duvidosa/ anti - ética, e ela defende que estas empresas deveriam ser defendidas pela defensoria pública. > Discussão. Não faz sentido, por vários motivos !!! 
Até que ponto verdadeiramente, moral e direito se aproximam? 
No estudo da Grécia antiga dos primeiros filósofos, foi possível ver a ética na politica. Segundo eles, cada cidadão tem seu papel a desempenhar na POLIS. Segundo ARISTOTELES, o homem só consegue se encontrar moralmente se ele se propõe a exercitar seus valores morais com o outro. 
Não existe ética no próprio individuo, toda ética se destina à prática; o homem não se torna justo quando ele pensa na justiça, mas sim quando AGE assim – trata-se de conduta e hábito. 
A ética traz valores que vão promover a boa convivência entre os homens. 
Mas o período ANTROPOLÓGICO DA FILOSOFIA GREGA – era de ouro- passou por um declínio com a expansão do império romano invadindo a Grécia, e isso acarretou um esvaziamento das ideias deles, porque já não havia mais a pólis como referencia, restando somente o homem/ indivíduo que deixa de ser cidadão da Pólis para ser cidadão do mundo – PERÍODO HELENÍSTICO. 
Aí vem o EPICURÍSMO, que traz como marca o EDONISMO. A idéia de se viver uma vida virtuosa, se deu espaço a uma outra concepção: O homem passaria a pensar nos seus, no aqui e agora, a se preocupar consigo, com suas relações, voltada ao seu “eu”; vai pensar a moral na sua relação com o outro, não porque ele é cidadão, mas porque é indivíduo.
“EDONISMO” – vemos como algo pejorativo, mas não é, para o pensamento Grego neste período HELENÍSTICO; é o homem que tenta viver bem, de alcançar o bem –estar; ao invés de ele tornar-se virtuoso por ser um animal político ele é virtuoso na busca do bem estar. 
“o Homem grego saiu da praça e foi para o jardim”- o jardim é mais agradável, e se está em contato com a natureza, com o cosmos, com um todo; já a praça é pública, é parte de uma cidade. Não existem tiranos no jardim, mas uma nova forma de vida em comum. 
Este período HELENISTICO traz filósofos gregos e romanos, entre ele MARCO TÚLIO CÍCERO.
A doutrina epicurista aborda o cosmos, se preocupa com as discussões em torno da matéria, das sensações, dos átomos. Não há transcendência, o cosmos se auto governa > não se encontra a figura dos deuses. 
Para eles, não faria sentido o homem viver com temor, sob ameaças irracionais; o homem conhece o mundo através dos sentidos da experiência e assim é que ele conhece a ética. E as experiências seriam de DOR ou de PRAZER, e a FELICIDADE é alcançada pelo prazer. O prazer tranquiliza a alma e equilibra o corpo. Então diz o epicurismo que, para o homem viver bem, do ponto de vista ético, ele deveria tornar-se apático quanto às influencias negativas que pudessem comprometer o seu bem estar – “ATARAXIA”. 
> Se eu preciso ficar bem comigo mesma, não posso permitir que as sensações de dor podem prevalecer à sensação de bem estar. 
O Homem deve passar pelas dificuldades enfrenta-las, mas não se deixar dominar por elas. Para o EPICURISMO, nem todo prazer traz bem estar, aí o homem só deve buscar aquele que traz bem estar. 
A igreja católica distorceu e condenou o epicurismo. 
A JUSTIÇA seria algo que não deve ser compreendido de forma abstrata; tem a função de MINIMIZAR os danos ou EVITAR que uma pessoa causa dano a outrem. 
Então uma pessoa sábia para o EPICURISMO: buscar o bem estar “pra mim” é também para o outro, aí estaria sim praticando a ética; 
Deve-se distinguir os prazeres que trazem bem estar e o que trazem mal no futuro. Eles classificam prazeres em NATURAIS e NECESSÁRIOS (ex.: comer); e PRAZER DESNECESSÁRIO: ex.: ganância e sede de poder > este não decorre da natureza, porque não traz prazer para o outro, mas sim apenas para um indivíduo. 
Essa doutrina ensina o sujeito a discernir o que é e não é necessário. 
Uma outra doutrina deste período é o ESTOICISMO, e quem se destaca é Sêneca um filósofo marcado por diversas citações. Sêneca prega a questão da resignação: o homem deve aceitar o sofrimento, mas não permitir que o domine; deve conhecer suas limitações e aí, depois de aceitar seus limites, é que ele consegue alcançar o equilíbrio. 
Então no período HELENÍSTICO, a busca pelo equilíbrio/ bem estar, o EPICURISMO: busca pelo prazer.
Já no ESTOICISMO: resignação > A virtude da alma seria procurar o bem estar, suportando as adversidades da vida. 
A origem dos Princípios Gerais do Direito vêm do ESTOICISMO: 
Viver honestamente,
Dar a cada um o que é seu e não causar dano. 
> Vem da aceitação/ resignação, de aceitar as coisas como elas são. 
Nesse período, o eixo passa a ser o homem na sua relação com o outro; a referencia deixou de ser para os deuses, mas a sim a NATUREZA. 
 A ética não está presente só na política, mas em todas as relações humanas. 
-----x-----
> ÉTICA CRISTÃ:
Compreender os ensinamentos do cristianismo é mais importante para nós. 
De que maneira o cristianismo contribui para a formação da ética? – O cristianismo se tornou uma corrente própria no mundo da regulação ética? 
O cristianismo é a GRANDE RELIGIÃO DO OCIDENTE, então aqui a influencia foi grande.
Uma coisa foi o cristianismo e seus ensinamentos, outra coisa é: o que foi feito do CRISTIANISMO? 
Antes da Reforma protestante, as pessoas não tinham acesso à bíblia; só tinham informações a partir da interpretação dos padres. 
Eduardo Bittar abordou isso muito bem. 
Renato Naline também.
O texto máximo da ética cristã é o sermão da montanha. Toda releitura dos escritos e ensinamentos dos judeus é feito por Jesus de Nazaré. 
Um dos ensinamentos cristãos é de transformação interna, repensa-se os valores sua exteriorização é consequência de sua mudança. 
É uma “repensagem” dos ensinamentos judaicos. 
Padrão de virtude voltado ao conteúdo da conduta. 
Os ensinamentos cristãos só se realizam através da prática; e é uma corrente ética, alicerçada na caridade e no amor ao próximo. 
A civilização ocidental se alicerça nas bases ÉTICAS DO CRISTIANISMO. 
O que é amor cristão? – amor ao próximo, ao seu semelhante; 
Não se revela como um sentimento mas como uma experiência e uma escolha somada a uma experiência. “O amor é paciente, bondoso, não se irrita, não folga-se com a justiça...”. O amor não é um sentimento passageiro e de bem querer “um homemdeve amar seus inimigos”, disse jesus.
Em um amor universal, que ultrapassa qualquer tipo de fronteira, que deve ser exercitado a todo próximo. 
------x------
15/12/2012
(cont. aula passada)
> Ética Cristã (cont.)
Na aula passada foi falado sobre a ética cristã. O cristianismo contribuiu para a formação dos valores éticos ocidentais, no sentido de trazer uma reflexão, que no caso, não existia para aqueles povos e para o grupamento de sua época.
Jesus Cristo, trouxe uma revisão moral e religiosa, dos ensinamentos mosaicos – da lei que estava em vigor entre os judeus, como também os seus exemplos e ensinamentos foram transmitidos à outras culturas e outros povos. Ensinamentos como o amor entendido como caridade, e outros valores ligados ao amor cristão. 
Essa questão ética repousa neste amor cristão como caridade, mas não como um sentimento de comoção ou compaixão, mas sim este amor cristão caracteriza uma experiência humana que também pode ser vislumbrada pela moral como um bem e um bom para ambos. - 1 coríntios 13. 
O cristianismo possibilitou à humanidade uma visão mais humanística de suas relações. 
Nós encontramos ainda a presença do perdão cristão, além do amor cristão. Esse perdão traduz o próprio acolhimento nas falhas do semelhante. Na época de Cristo vigorava também a lei de talião (justiça era vista como retribuição “olho por olho, dente por dente”), e era assim também nas relações morais e jurídicas. Os ensinamentos de Jesus se conduziram numa outra direção no sentido de despertar nas pessoas uma compreensão das falhas do outro, e haver o perdão, ao invés da retribuição, até porque o cristianismo dispõe de que toda a humanidade é imperfeita e todos são igualmente falhos, e por isso há necessidade do perdão. 
Deve-se perdoar 40 x 7 cada ofensa. “NÃO julgueis para não serdes julgados, porque se julgardes, será julgado na mesma medida”. 
As ideias cristãs pregaram a doutrina do amor / caridade, a doutrina do perdão, a ideia do livre arbítrio – o ser humano pode escolher entre o bem e o mal e arcar com suas consequências. 
A doutrina Cristã diz que a natureza do homem é pecaminosa. Se pensa que se todos são falhos, todos estão submetidos à mesma condição. Existe uma ideia de culpa coletiva. 
Atenção: Não há coincidência entre a ética cristã e a marxista, são parâmetros éticos distintos. O marxismo prega uma igualdade das pessoas econômica e social.
> Ler o Sermão do Monte. 
“Se a sua ação tem por finalidade chamar atenção e obter o conhecimento das outras pessoas, publique. Mas se a função é somente ajudar, ninguém precisa saber.”
> Obs.: Marxismo: A proposta do Marxismo foi diferenciada, foi marcada por seu foco econômico para explicar a moral, como uma impostação de poder. O marxismo ignorou a presença do poder que deveria ser controlado e refreado pela moral, porque senão se tornaria algo nefasto, a dominação se daria apenas pelo intuito de dominar. 
Após a morte de Jesus cristo, o próprio ato de crucificação foi um ato de escarnio, e após essa morte houve o estabelecimento de sua igreja, que se espalhou pelo império romano, a ponto dos cristãos primitivos começarem a ser duramente perseguidos. 
Os historiadores apontam o cristianismo como uma causa da queda do império Romano. Diante disto a história traz a figura de um homem chamado Constantino.
> Constantino: Constantino abraçou o cristianismo como religião oficial do império, deixando de perseguir os cristãos e fez o que Roma sempre tinha o hábito de fazer, como estratégia imperialista, Roma chegava próximo a um povo, deixava com que essas pessoas praticassem as suas culturas, só que com o acréscimo da presença do império. 
E Constantino na verdade acabou com o verdadeiro cristianismo, acolheu a doutrina crista e agregou elementos de Roma, e criou o CATOLICISMO, foram agregados elementos culturais de Roma (santos, liturgias, construções da igreja, estabelecimento das autoridades), ou seja, houve uma modificação muito profunda do cristianismo. 
No livro de apocalipse, fala também do contexto do império romano. A religião foi abraçada com elementos da religião romana. Com a decadência do império romano (devido as invasões bárbaras) o que restou foi o catolicismo romano. E a unidade ocidental foi marcada pelo regime do Feudalismo, na idade média, e nesta fase da história a moral não foi mais pensada pelos filósofos, e não mais se tinha como referência as escrituras – cartas dos apóstolos, o cristianismo primitivo já não existia mais, essa nova formação religiosa tomou para sim todos os escritos. 
Com o estabelecimento do feudalismo, a igreja permaneceu com o poder, e foi guardiã de todo o legado, fonte de conhecimento, todos os escritos, e a igreja passou a ser referência politica, religiosa e moral. E foi a idade das trevas, a igreja era bastante autoritária. 
Nesse período a história apenas destacou dois nomes como referências filosóficas, foram eles: Santo Agostinho (Citando à maneira dele: Platão – na Patrística) e Tomás de Aquino – (citando Aristóteles na Escolástica). Como se a igreja juntasse as teorias filosóficas desses filósofos. 
> Santo Agostinho:
Sto. Agostinho antes de se tornar sacerdote, se converteu ao cristianismo e tornou-se bispo. E ao longo de sua trajetória, ele escreveu suas confissões, nessas confissões ele trouxe a essência de seu pensamento, como ele foi alguém que se converteu, a sua teoria foi a junção de elementos doutrinários da igreja com a filosofia platônica. A filosofia platônica sempre foi querida pela igreja, pois ela aproveitou a essência do platonismo adaptando ao catolicismo. A virtude humana seria substituir a contemplação ao pecado para contemplar a cidade de deus, e só se alcança a cidade de Deus através da contemplação das coisas espirituais, assim pensava Santo Agostinho. 
A moral que se tinha à época era o que a igreja transmitia, e a igreja católica, em especial nessa filosofia platônica, num modelo em que os prazeres, o corpo, a vida humana, eram substituídos pelo futuro, ou seja, o homem medieval, vivenciava as suas relações e enxergava o mundo, projetando-se no por vir, a vida na terra era uma vida modesta, humilde. 
Santo Agostinho surgiu num contexto da alta idade média, para legitimar mais ainda esta disciplina da igreja. 
> Tomás de Aquino:
Já Tomas de Aquino, veio muito depois, veio falando de ARISTOTELES, e a igreja utilizou isto para se manter, na baixa idade média. Um novo seguimento surgia que eram os pequenos burgueses, essa nova figura social, mudava também novas figuras morais. Aristóteles era mais voltado para a prática, para coisas concretas, e Tomás de Aquino forma um jus-naturalismo. “Dá a cada um o que é seu. O Homem é formado pelo livre arbítrio.” 
Tomás de Aquino trouxe a expressão chamada de SINDERESE, é uma palavra que significa hábito, conduta reiterada. E tudo que contrariasse Aristóteles era uma heresia. Logo a moral era pensada como a igreja queria que ela fosse pensada. Neste período a ética coincidia com religião. 
O cristianismo primitivo tenta se estabelecer hoje na reforma protestante, que surgiu na historia na vontade de resgatar algumas coisas que foram perdidas. 
A emancipação vigorou da moral ligada à religião, veio acontecer exatamente na Idade Moderna. 
Objetivou-se uma passagem histórica, e quando a igreja deixou de ser ligada ao poder politico, e o homem passou a tomar a rédia de seu destino, o Teologismo foi substituído pelo Antropocentrismo. 
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21/12/2012 (cont. à classificação da ética):
B) ÉTICA EMPÍRICA:
É uma concepção acerca da moral, muito presente nas sociedades costumeiras, em que se adota o costume como principal elemento do direito, como controle social.
Está ligada à uma corrente, do empirismo. Todo o conhecimento advém da ciência sensível: “não há intelecto sem que haja passado pelo pensamento sensível”. 
Ao invés de se questionar o que o homem deve fazer, parte-se da observação do que o homem normalmente faz, parte-se da experiência. 
O homem deve ser como naturalmente é, e nãocomo as normas querem que ele seja. Por isso diz- se há um cunho relativista pela ética empírica, ela diz respeito à uma ética concreta. A ética empírica vai visar o bom na ideia do útil. O útil diz respeito à experiência. À prática. As regras morais são avaliadas a partir de um custo beneficio. 
As noções de bem e mal, vão desaguar no juízo de cada indivíduo, e os aspectos morais vão mudar de pessoa a pessoa, de cultura à cultura. 
A ideia do útil vai substituir a ideia de bem supremo. 
A ideia é de que ninguém quer sofrer, não importa a cultura a qual qualquer indivíduo pertença. As pessoas evitam a dor e buscam o prazer. Com base nessa premissa, foram criados os preceitos do UTILITARISMO. 
O utilitarismo fala em criar uma estimativa moral, na criação de critérios e justiça, baseando-se na promoção do bem estar e na felicidade de todos. O homem vai rejeitar a dor e rejeitar o prazer. 
Bernard Willians: “não existem fatos morais, mas sim fatos que podem ser ...”
A partir dos fatos é que se estabelecem as regras. 
Alguns bens ou pessoas, seriam então sacrificadas em nome de um bem estar geral. O bem maior se faz na ideia de bem estar. 
> Teoria Universalista x Teoria Utilitarista:
De acordo com a teoria UNIVERSALISTA: todas as pessoas são iguais, e o bem estar de TODOS é importante. 
Já para o pensamento UTILITARISTA: analisa-se o bem estar da maioria, do coletivo, mesmo que haja o sacrifício de algum individual. 
O Dever moral, bem como o dever jurídico, existe em função do útil, e a própria ideia de justiça numa perspectiva utilitarista e empírica, virá com um senso de modular a necessidade das pessoas. Para o pensamento UTILITARISTA a justiça é algo que se presta a realizar o bem estar e felicidade num maior número de pessoas. 
Para DAVID HUME (pensador empirista) – não se pode conceber a justiça como algo abstrato ou ideal. Para ele a justiça será medida e avaliada nas experiências que surgem do ser social capaz de administrar as carências de um grupo. Esse pensamento é acolhido na ética empírica. Se debruça sobre as situações concretas, e os preceitos morais vão estar sujeitos ao que é concreto, para administrar a carência das pessoas, o “dar a cada um o que é seu” (pensamento Grego) deixa de ser um pensamento ideal, para passar para um plano concreto. 
O Instituto da Transação (penal ou civil), adotado nos Estados Unidos, faz uma tentativa de que os problemas sejam resolvidos antes de ir para o judiciário, quando as transações são frustradas, aí sim tais problemas vão para o judiciário, neste caso da frustração da transação, a justiça dará relevância ao que realmente é necessário e importante à sociedade.
O UTILITARISMO é sempre voltado à proporção do prazer, o bom é aquilo que é útil e gera prazer. A utilidade é a ideia chave, como critério até mesmo calculável.
A FELICIDADE para o UTILITARISMO está na adoção de medidas tendentes à proporcionar o bem estar. Os indivíduos buscam o bem estar, e em conviver bem com os outros. 
Os governos de acordo como utilitarismo, tem como meta principal proporcionar o bem estar das pessoas, para o maior numero de pessoas, com resultados úteis e válidos. 
Nessas sociedades os programas de governo tendem a funcionar, não são sistemas perfeitos, porque falhas existem. Mas a probabilidade de funcionamento é bem maior, principalmente quando estes estados são liberais. 
Considerando que a dor e o prazer são os móveis da ação humana, o critério para adquirir felicidade, é este. Se a conduta produz mais dor que prazer, se deve rejeitá-la. 
A fórmula da utilidade pode ser calculada, a partir de 7 circunstâncias: 
INTENSIDADE
DURAÇÃO
CERTEZA/INCERTEZA
PROXIMIDADE/ LONGIQUIDADE
FECUNDIDADE 
PUREZA
EXTENSÃO 
A felicidade pode advir de um resultado matemático, a ética seria a arte de dirigir a conduta humana para a possibilidade de maior felicidade, em beneficio daqueles que estão envolvidos. 
Deve-se adotar regras e valores, no que satisfaçam positivamente os interesses das pessoas. 
O raciocínio utilitarista, na ética empírica, leva em conta o individuo em seu conjunto, em prol da realização de interesses.
O ceticismo propõe uma questão questionadora. O cético sempre duvida de tudo. 
Os juízos morais sempre são fruto do concreto. 
Diante desta dúvida, algumas premissas podem ser obedecidas, de maneira geral: - todos os homens deveriam seguir as indicações da natureza, devem obedecer as leis, deve ser ativo na sociedade. 
A ética empírica se coloca como mais globalizado. 
A ética formal repousa no pensamento de Kant, e nele se consegue enxergar uma proposta altamente UNIVERSALISTA. O pensamento de Kant foi tão inovador para sua época, que a própria ideia de Kant formou uma nova corrente de pensamento. 
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22/12/2012 – não houve aula ! 
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04/01/2013
C) ÉTICA FORMAL – Kant.
Segundo Kant é possível existir uma ética em caráter universal. Segundo ele a razão humana é formal, é uma forma sem conteúdo, para Kant a experiência mais a razão é formam o conhecimento, porque para ele a razão é uma forma sem conteúdo, e este conteúdo é a experiência, no que gera o conhecimento. 
As estruturas lógico-formais são divididas em categorias – o imperativo categórico vem dessa premissa em que a razão é lógica e a partir dessas categorias, o homem elabora os conceitos. O homem só consegue se situar no mundo através das categorias lógico- formais. 
Daí Kant escreveu a possibilidade do conhecimento objetivo. Com os juízos analíticos e sintéticos (experiência). 
Kant começa a estudar e pensar sobre o comportamento humano em termos éticos. Em como se dá a RAZÃO prática. Kant faz a distinção de juízos, especificando o que seria o imperativo categórico. Segundo Kant, o homem pode agir moralmente ou imoralmente. Para ele o homem age em desacordo com a moral, quando a ação se baseia como meio para a obtenção de outro resultado – ex.: uma pessoa queira participar de uma ação filantrópica, segundo o pensamento de KANT, o valor moral da ação se reside no pensamento da pessoa de simplesmente realizar a ação caridosa, mas se a pessoa quiser utilizar isso para chamar a atenção dos outros, aquela ação é desprovida de moral. Logo Kant verificou a intenção das pessoas, dos motivos que geram a relação, com base em um pensamento lógico- formal. 
AS NORMAS são imperativos hipotéticos. Nós obedecemos uma regra jurídica, porque temos o peso da força e ameaça latente da sanção. Kant construiu um mundo moral como AUTÔNOMO, ESPONTÂNEO, LIVRE E INCONDICIONAL, nisso se revela a moral Kantiana. 
Essas características estão presentes em um imperativo categórico, ele é uma das estruturas na racionalidade prática, é capaz de nortear a ação humana à conduta pura e livremente condizente com a realidade, é um imperativo que gera a ação moral, esse senso é universal, por isso que a ética possui o caráter universalista, pelo imperativo categórico. 
* Esse IMPERATIVO CATEGÓRICO se apresenta em 3 proposições:
Concepção do dever, os deveres humanos para possuírem o valor moral, devem ser cumpridos apenas pelo fato de serem deveres (pelo exemplo da caridade). A ação humana para se revestir de conteúdo moral, deve ser analisada pelo motivo que se baseia o dever, apenas pelo cumprimento do dever. 
Kant introduziu a ideia de pureza, para limpar da conduta da ação, tudo aquilo que condicione, porque a moral é livre e incondicionada. 
O homem deve verificar se a sua ação pode se converter numa lei universal. Ou seja, a minha conduta pode se converter numa lei universal? Uma conduta deverá ser avaliada, para se saber se ela pode ser praticada por outros. Ex.: o dever de respeito. Todos os deveres morais / éticos, se prestam a uma convivência minimamente viável.
Critério da pessoa humana: o homem é um ser dotado de dignidade e respeito que é um fim em si mesmo. O homem nunca pode ser utilizado como meio, mas, sim como fim em si mesmo. O que se enxerga hoje nas relações, é a coisificação do homem, sendo ele tratado como coisa e não como pessoa. A ideia depessoa humana com base nessas reflexões, eclodiu no mundo do pensamento por Kant. Lembrando que a dignidade da pessoa humana está presente nos direitos do homem.
Nessas 3 acepções consegue-se identificar a três características de ato moral, geradas por Kant. 
Para Emmanuel Kant, é importante saber a intenção do agente, pelo critério do imperativo categórico- porque ele fundamenta a consciência moral, que está na obediência que o homem deve ter no imperativo categórico. 
Para Kant: moral e direito são universos distintos, para ele Moral e direito são instancias distintas. 
Para Kant, a moral chegou num patamar muito abstrato, quase inexistente. A contribuição dele, foi espetacular, falando da liberdade humana, e à ideia de pessoa humana. 
O Pensamento de Kant, pode ser aproveitado na ética profissional como um todo. A ética profissional se cumpre espontaneamente os deveres profissionais. 
D) ÉTICA DOS VALORES – Naline:
No caso da ÉTICA DOS VALORES, tem-se o posicionamento adotado por NALINE, que foi adepto das corrente do ONTOLOGISMO AXIOLÓGICO – como uma corrente para definir a teoria dos valores. 
Miguel Reale, fez um apanhado para a teoria dos valores. 
> DO VALOR – por Miguel Reale:
Pelo livro: Filosofia do direito – de Reale. 
Pelo estudo da: TEORIA DOS OBJETOS (na filosofia pode-se estudar os sujeitos ou os objetos), vê-se os objetos reais que podem ser físicos ou psíquicos (que são as próprias reações humanas, em que se pode explicar a partir de causa e efeito). 
Existem ainda os objetos ideais, que não existem na natureza, só existem por serem pensados pelo homem – ex.: as formas geométricas. A parte dos objetos reais e ideais, exige uma terceira categoria dos objetos, que são os valores. 
Os VALORES são entes capazes de atribuir sentido aos seres, as coisas, a conduta, ao próprio homem. Os animais vivem sua trajetória em um ciclo biológico, os animais considerados irracionais, vivem só este ciclo (nascer, viver, se reproduzir e morrer). 
O homem atribui à sua existência, um sentido / uma razão de ser, nisto é que reside o valor. Os valores são criações do espírito humano, o valor é o sentido que o homem atribui às coisas. 
O mundo cultural é a representação dos valores. 
> Naline:
Para Naline, os valores fazem parte de um universo próprio, e o homem aprende os valores no decorrer da história. Para a professora, os valores provém do espirito do homem. Toda a ação do homem, encontra o fundamento em um valor. Por isso que as obras humanas construídas e criadas ao longo da historia, são protegidas / tombadas, justamente pelo valor histórico. 
O homem só consegue se conduzir na natureza assim, em que a sua natureza se inclina à um valor. 
* Ler o capitulo de Miguel Reale. 
Nós instituímos as regras de conduta para preservar e tutelar sempre um valor. A norma é criada para proteger e realizar um modelo de valor, de existência / conduta. 
Os valores são aquilo que os vetores são na física, e orientam a conduta. O homem é quem escolhe para onde seguir, na liberdade humana maior que um valor ou principio, mas como uma característica do principio humano. Todos os seres humanos são livres por essência, todos os dias fazemos escolhas e vivemos uma consequência dessas escolhas. Somos tão livres que somos capazes de criar as normas e cumpri-las. 
> Rol de Valores, por Miguel Reale:
- IMUTABILIDADE: os valores não mudam, o que muda é o sentido do valor na história. 
- 	BIPOLARIDADE: a cada valor se contrapõe um desvalor (ex.:bem x mal). 
- IRREALIDADE: os valores não são entes físicos ou concretos, eles são irreais, os valores são idealizados e advém do espirito do homem. 
- OBJETIVIDADE: os valores se impõe ao homem de forma objetiva e podem também se objetivar, podem se objetivar em normas, em argumentos. 
- ESCALARIDADE ou GRADAÇÃO: é o que se chama de tábua de valores, a sociedade começa a eleger os valores de maior ou menor importância. 
- REFERIBILIDADE: um valor se refere à algo ou à alguém. 
-PREFERIBILIDADE: os valores não se excluem, não existem em escala hierárquica, eles existem em igual peso, é o homem que escolhe os valores de importância. 
-IMPLICABILIDADE: ao escolher determinado valor, ele incide / imprime a conduta em um determinado sentido. 
- HISTORICIDADE: os valores fazem parte do próprio curso da história. 
- INEXAURIBILIDADE: os valores não se esvaem no tempo, nunca se esgotam pois são entes abertos.
- NÃO AUTOEXECUTORIEDADE: os valores existem sozinhos, eles dependem do homem. 
- REALIZABILIDADE: os valores sempre serão realizáveis. 
- HETEROGENEIDADE: 
- INTEMPORABILIDADE: 
- DIFUSIBILIDADE: capacidade de se expandir por um grupo ou coletividade. 
A professora prefere adotar a corrente histórico- cultural de Miguel Reale, que fala que os valores são produto do espirito humano. 
Segundo Naline, os valores são entes que integram um universo próprio e o homem vai aprendendo de forma relativa.
O homem não é capaz de aprender e intuir todos os valores, de acordo com as condições de valor. Existem indivíduos que apreendem uma maior quantidade de valores que outros. 
* Fechamos a classificação da ética. Lembrando que a prova será dia 26/01
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05/01/2013- não houve aula. 
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11/01/2013
 Os valores norteiam a conduta humana. 
Alteridade: qualidade do que é outro.
4) A ÉTICA E A VIDA:
(não é pertinente para cobrar em prova). 
A reflexão ética em relação à vida humana se deu com o estado da técnica, que é capaz de condicionar o homem à seguir ou não um determinado caminho ético.
Em nome da ciência, m nome do avanço da ciência e do discurso científico, toda e qualquer postura seria considerada válida? Há o questionamento dos limites da ciência e o questionamento que gira em torno da questão bioética, numa tendência que o ser humano tem, que é o medo de morrer. 
Doença e envelhecimento são sinais indicativos de que a morte está chegando. 
A ciência e o homem têm trabalhado para exercer controle na vida e na morte, no ponto de prolongar ao máximo a vida e postergar a morte. 
Cada vez mais a ciência exerce uma interferência na vida humana. Até que ponto há limite da manutenção deste sentimento de rejeição à morte. Será que toda e qualquer postura adotada pela ciência é válida? 
Na década de 70 foi utilizada a expressão de BIOÉTICA – numa abordagem interdisciplinar.
A bioética começou se fundamentando em 4 princípios 
Beneficência- promover o bem
Não maleficência – não fazer o mal, de forma que se maximize o beneficio;
Autonomia – dever de todo profissional de informar o que será feito e pesquisado, quais são os benefícios, malefícios e custos, para que a pessoa tenha liberdade de decidir. 
Justiça.
O principio da autonomia faz relação com Kant, em que o homem deve ser tratado como um fim em si mesmo, não como meio. 
Renato Naline: traz questões como aborto, eutanásia, engenharia genética. 
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12/01/2013
5) DEONTOLOGIA FORENSE: 
Segundo Renato Naline, profissão é uma atividade exercida em caráter pessoal, para o beneficio dos outros e do próprio agente. Espera-se que a profissão esteja de acordo com as habilidades do agente. 
Toda profissão traz suas exigências éticas. A exigência ética fundamental é a de que aquele agente cumpra os propósitos e realize as exigências daquela atividade. 
O lema fundamental das profissões jurídicas é realizar o direito, de tentar fazer um pouco de justiça através da realização dos comandos jurídicos. 
As leis são criadas para todos mas não são obedecidas por todos, os deveres não são impostos à todos, sempre há alguns que por razões de poder / políticas não amparadas pelo direito, vivem a vida à margem do direito. 
O grande desafio do profissional da área jurídica é fazer que o direito se faça valer. 
A Deontologia forense- tem um conjunto de princípios que podem ser aplicados em várias partes da justiça e do direito.
Há um princípio fundamental, em que se consiste em agir com ciência e consciência.* A DEONTOLOGIA FORENSE então estabelece alguns princípios:
1) PRINCÍPIO DA CONDUTA ILIBADA: conduta ilibada tem a ver com a ideia de atuação correta e irrepreensível daquele profissional – com o aspecto moral. 
A sociedade como um todo possui um padrão de moralidade. As profissões que exigem uma conduta ilibada exigem uma conduta moral mais elevada do que a adotada comumente no ambiente social. 
2) PRINCÍPIO DA DIGNIDADE E DO DECORO: existem determinados atos que quando praticados pelo agente de determinada área, aquela conduta sendo ela errada ou incompatível, não é só a imagem daquela pessoa que será comprometida, mas também de toda uma instituição daí a ideia de dignidade e decoro profissional. 
3) PRINCÍPIO DA INCOMPATIBILIDADE: algumas carreiras jurídicas trazem um rol de incompatibilidades e impedimentos, aquelas incompatibilidades devem ser obedecidas, porque se elas forem violadas haverá injustiças. Por isso que há funções que não podem ser acumuladas. 
A TRANSPARENCIA deve estar em obediência aos demais princípios. Nem sempre a atuação é tão transparente. 
4) PRINCÍPIO DO COLEGUISMO: exigência de solidariedade, respeito, cortesia, ajuda mútua. 
5) PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA: atuar com diligencia, é ser sempre atualizado na área, sempre diligente / reciclado/ atualizado. 
6) PRINCIPIO DO DESINTERESSE: As profissões jurídicas não são profissões com finalidade lucrativa, o ganho econômico pode até ser alto, mas não há finalidade de lucro. 
7) PRINCIPIO DA CONFIANÇA: deve haver um padrão de confiabilidade, o profissional da área jurídica vai deter a confiança do cidadão. *LIDISSIMULADA: o empregado sai do quadro da empresa, e essa empresa consegue um advogado para este empregado na tentativa de um acordo, e há uma lesão nos direitos do empregado influenciado pelo advogado. 
8) PRINCÍPIO DA FIDELIDADE: quem porta a confiança deve ser leal e fiel aos interesses do destinatário da profissão. Na relação de advogado e cliente, o cliente pensa que o advogado pode encontrar saídas para que ele faça o que quer fazer, de forma que se burle a justiça, neste caso já é um desvirtuamento ilícito de manipulação do sistema, e não lealdade. 
9) PRINCÍPIO DA INDEPENDENCIA PROFISSIONAL: esse principio pode ser analisado através das prerrogativas dos direitos de cada profissão, para proteger aquele agente de pressões políticas – por exemplo. Ex.: inamovibilidade, vitaliciedade – garantias voltadas à independência profissional. 
10) PRINCÍPIO DA RESERVA: o profissional da área jurídica deve saber controlar as informações que lhe são passadas. 
11) PRINCÍPIO DA VERDADE.
12) PRINCÍPIO DA DISCRICIONARIDADE (a professora não considera tal princípio de deontologia profissional). 
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18/01/2013 – a prova será a matéria até aqui !! 
* Obs.: haverá uma questão extra na prova sobre o filme “O Palhaço” – com Selton Mello. 
6) A ÉTICA DO ESTUDANTE DO DIREITO. 
Muitas pessoas passaram a fazer parte do universo jurídico. 
Crise ética no ensino jurídico, o ensino jurídico não está comprometido com os valores éticos da nossa profissão. 
Renato Naline fala da postura do estudante nos interiores da faculdade, fala das vestimentas estalares. Naline sustenta que este tipo de hábito desde a faculdade. 
Hoje o que se espera numa universidade é o desenvolvimento à pesquisa, mas quais são os investimentos para que esta realidade aconteça. 
> Aquisição de um diploma como sobrevivência. 
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19/01/2013- Faltei.

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