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Resumo IED

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Vivemos no Mundo natural – (lei da natureza, animal, vegetal, mineral) é a realidade (O homem faz parte do mundo natural). Os fatos e acontecimentos do mundo natural chamamos de juízo de realidade.
Juízo de realidade – é o ser, é o que é (não muda). Imutável 
Mundo cultural – Mundo das realizações humanas (Aquilo que criamos, delimitados por regras culturais e voluntárias). Os fatos e acontecimentos que ocorrem nesse mundo cultural expressam o que chamamos de juízo de valor.
Juízo de valor – Aquilo que achamos que é, acreditamos que é. Conceito Subjetivo, o dever ser. E aquilo que a sociedade delimita que é. Não é a realidade. (São conceitos, ética, moral, política, religião)
Nós convencionamos determinados comportamentos em sociedade baseados em nossos valores, juízo de valor. Não é o ser, nós convencionamos o que achamos que é.
Pacto social: São as regras obrigatórias ou normas jurídicas que a sociedade criou para organizar os conflitos humanos. Nos sujeitamos a obedecer essas regras para vivermos em sociedade.
Norma ou regra Jurídica - Conjuntos de regras/normas obrigatórias, sua finalidade é regular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais. A norma jurídica também imputa certa ação ou comportamento a alguém, que é seu destinatário. Em qualquer sociedade a norma jurídica é obrigatória!!!
Imperativo categórico – Determinação da lei para que faça ou não faça qualquer coisa.
Imperativo hipotético – Hipótese 
Características da norma jurídica
Imperatividade- Toda norma de conduta é um mandamento e, portanto, é imperativa. Contudo certas normas imperam mais que outras.
Generalidade- A generalidade implica dizer que a norma jurídica é abstrata; ela prevê e regula, hipoteticamente, uma série de casos enquadráveis num tipo abstrato.
Bilateralidade atributiva – As normas jurídicas são bilaterais porque regulam a conduta uma ou mais sujeitos em relação à conduta de outro ou de outros sujeitos
Alternatividade –o direito faz as pessoas Interagirem umas com as outras mesmo não querendo 
Heteronomia – Se submeter a norma(lei). A vontade do Estado prevalece sobre a vontade no âmbito da legalidade, sobre a vontade individual.
Coercibilidade – Capacidade que a norma tem de fazer o sujeito cumprir o que ela determina
Abstratividade – segue uma as normas são criadas de forma abstrata para ser aplicadas diversas possibilidades
Conceito de direito: Conjunto de normas e obrigatórias, que delimitadas os comportamentos dentro da sociedade, ordenando, delimitando as consequências e buscando o que deva ser justo para aquela sociedade. Ou
Conjunto de normas e obrigatórias, impostas pelo estado por força coercitiva ou não que garante a convivência social das pessoas.
Significado de direito (utilizado na frase)
Direito, como norma, a lei, a regra social obrigatória. 
Direito, como faculdade – possibilidade de ação. 
Direito, como expressão do justo, justiça, o que é devido por lei – justiça. 
Direito como ciência
Direito como certo
Direito como fator social
Direito coercitivo
DIREITO OBJETIVO é composto pelas normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que vivem na sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções. Direito objetivo - Regra de conduta obrigatória, a norma.
DIREITO SUBJETIVO, também chamado facultas agendi (faculdade de agir) é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo direito objetivo, pela norma jurídica. - Relação entre Direito Positivo e Direito Objetivo - Direito Objetivo é gênero do qual o direito positivo (as normas jurídicas emanadas do Estado) é espécie, assim como os costumes e, por exemplo, cláusulas contratuais entre particulares. Direito Subjetivo – Faculdade ou poderes que uma pessoa tem ou que pode exigir de outra.
Ciência do direito – sistema do conhecimento jurídicos
Direito Positivo – é a norma em vigor em determinada sociedade, em determinada época ou momento, é o direito institucionalizado pelo estado. Ou 
 É o ordenamento jurídico (conjunto de normas jurídicas) em vigor num determinado país e numa determinada época.
Possui 3 teorias : Monista (direito público)
 Dualista (direito público e privado)
 Trialista (direito público, privado, social ou misdto)
Teoria dominante é a duelista, dividindo-se em direito público ou privado
O direito será público – quando a forma de direito for de subordinação e o conteúdo de interesses da sociedade.
O direito será privado – quando a relação jurídica for de coordenação, ambos sujeitos em pé de igualdade e o conteúdo for de interesse do particular.
Direito Natural - é o ordenamento ideal correspondente a uma justiça superior e suprema. O direito natural, portanto é um conjunto de normas cuja observância é necessária, mas insuficiente para garantir a justiça na convivência humana.
Diferenças entre direito natural e direito positivo
Direito natural – Emerge (surge/aparece) espontaneamente da sociedade/não escrito/informal/Independente de vigência/independente de local/ Atemporal/ não hierárquico/ imutável.
Direito positivo – criado pelo homem/ Escrito ou não/ Formal/Vigência/Dimensão espacial/ Temporal/Hierárquico/Mutável mediante vontade humana. 
DIREITO PÚBLICO - voltado para o interesse da coletividade
DIREITO PRIVADO – voltado ao interesse do particular 
Direito protestativo – Aquele que pode exercer o direito independente da vontade do sujeito passivo para satisfazer seu desejo.
Direito Personalíssimo: É aquele direito que, relativo do modo intransferível, só por ela pode ser exercido. 
Moral é unilateral/individual – Visa a intenção 
O direito é bilateral atributiva
Famílias do direito – cada sociedade tem o seu, formado assim o seu sistema jurídico
Nosso sistema jurídico é o Romano Germânico – Civil law (o direito do civil) - precisa está descrito previamente em lei.
Anglo-saxão – norma obrigatória (expressa através do costume, direito costumeiro) Europa
Anglo-saxão - no caso (case law), jurisprudência. EUA (Estados Unidos)
Sistema jurídico Direito canônico – Doutrina, no Vaticano, através das bulas papais.
Funções: A tarefa ou os conjuntos de tarefas que o direito desempenha ou pode desempenhar na sociedade (Ordem, certeza, segurança, paz e justiça)
Principal função: Solucionar conflitos caso ele exista, regulamentar e orientar a vida em sociedade e também legitimar o poder político e jurídico.
 Finalidades: prevenir e evitar que haja o conflito.
Nascituro – feto (não tem direitos/ possui garantias/ proteção legal - vida uni uterina e concepção).
Doação feita a nascituro valerá sendo aceita pelo seu representante legal. Só se concretiza quando nascer com vida. Não nasceu com vida, não há doação.
Pessoa - Para ter direitos precisa nascer com vida (Neste momento ganha todos os direitos e deveres), adquiri pessoalidade. Pode comprar imóvel no nome e que responde por tudo é o proprietário.
 É pessoa, aquela que adquiriu personalidade e adquiriu capacidade (ter direitos dentro da ordem civil).
Incapaz – serão representados 
DIREITO SUBSTANTIVO E DIREITO ADJETIVO 
O DIREITO SUBSTANTIVO (MATERIAL) é o conjunto das regras criadas pelo Estado que normatiza a vida em sociedade definindo relações jurídicas, constitui o chamado direito material.
 O DIREITO ADJETIVO (PROCESSUAL) consiste nas regras de direito processual que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes se iniciarem, se desenvolverem e terminarem. O direito formal ou "adjetivo" diz respeito à processualística, ou seja, à forma pela qual se aplica o direito material
Teoria tridimensional do direito Criada por Miguel Reale pode ser considerada sob três aspectos:
 FATO, VALOR e NORMA. 
FATO- é o que ocorreuem determinada situação. 
VALOR- é o valor moral e ético que é empregado ao fato.
NORMA- é a lei aplicada ao fato que agrega o valor. 
Processo de elaboração de lei: 
 
1°- Iniciativa - Projeto de lei 
2°- Discussão /emenda 
3°- Votação 
4°- Sanção (aderir, concordância, adesão) ou veto (não adesão, discordância, não aceitação) podendo ainda ser parcial ou total.
5°- Promulgação (virar lei)
6º- Publicação
Ab-rogação- Revogação de uma lei por outra lei. (Revogação total)
 Derrogação- Revogação parcial de uma lei por outra. 
 Repristinação - Consiste na restauração expressa da lei. 
 
Repristinação da lei 
 
Consiste na restauração de uma lei revogada. Este processo deve ser feito com outra lei. Porem se a lei A é revogada pela lei B e a lei C revoga a lei B, a lei a não passa a ter vigência, logo deve-se ter uma intenção expressa do legislador para a restauração da lei. 
 
A questão da retroatividade, irretroatividade e ultratividade das leis 
 
Vacatio Legis – Período de adaptação da lei.
Vigência da lei – Salvo disposição contrária a lei entra em vigência 45 dias após publicação.
(descrito/expresso em lei)
Lei tributária (quando criar novos impostos, entrando em vigor no ano fiscal seguinte)
Lei eleitoral (quando criar condições novas para eleger ou ser eleito, entrando em vigor no ano eleitoral seguinte)
Lei brasileira fora do país vigora 3 meses após a vigência no brasil.
Pirâmide de Kelsen
Normas constitucionais – Constituições, emendas constitucionais, Atos disposições constitucionais transitórias.
Normas complementares – Lei complementares
Normas Ordinárias – lei do dia-a-dia, comum, leis ordinárias, Lei código civil, decreto lei, medida provisória, lei delegada, CPC, CPP
Normas regulamentares – Portarias, Regulamentos, decretos, legislativo, executivo
Normas Individuais –sentença do juiz, contrato de locação, doação
Jurisprudência – Conjuntos de decisões que demonstram uma posição de uma corte sobre uma matéria. Para isso. É preciso haver repetidos decisões a respeito de um mesmo assunto.
Súmula – é um extrato resumo, um compêndio das reiteradas decisões exaradas pelos tribunais superiores versando sobre uma determinada matéria.
Súmula vinculante – Só pode ser aditada pelo STF, obriga a todos os magistrados e órgãos públicos a decidirem da mesma forma.
Analogia - quando utilizamos diversos princípios, leis e institutos jurídicos para que seja possível a solução da questão não legislada e que sequer possui lei semelhante.
PROCESSO LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO
DISCUSSÃO 
VOTAÇÃO 
APROVAÇÃO
REJEIÇÃO 
SANÇÃO 
VETO - PODE SER TOTAL OU PARCIAL
REVOGAÇÃO DE LEI - A REVOGAÇÃO DE UMA LEI PODE SER TOTAL (ABROGAÇÃO) OU PARCIAL (DERROGAÇÃO) 
TANTO A A ABROGAÇÃO QUANTO A DERROGAÇÃO PODEM SER TÁCITAS OU EXPRESSAS. A REVOGAÇÃO EXPRESSA É QUANDO A LEI VEM EXPLICITAMENTE INFORMANDO QUAL ARTIGO INCISO, PARÁGRAFO, ALÍNEA OU ITEM, DE QUAL LEI ELA ESTÁ REVOGANDO.
A REVOGAÇÃO TÁCITA É AQUELA ONDE A LEI VEM CONFLITANDO UMA COM A OUTRA OU VEM TRATANDO DA MESMA MATÉRIA JÁ TRATADA NA LEI ANTERIOR.
A OBSERVAÇÃO DEVERÁ SER FEITA QUANDO HOUVER REGULAMENTAÇÃO DA LEI, VIER TRATANDO DE DISPOSIÇÕES GERAIS OU ESPECIAIS DA LEI JÁ EXISTENTE. NESTE CASO, NÃO HAVERÁ REVOGAÇÃO DE LEI. 
REVOGAÇÃO DA LEI - ABROGAÇÃO, DERROGAÇÃO - PODEM SER SER EXPRESSA OU TÁCITA
CRITÉRIOS DE REVOGAÇÃO DE LEI
1 - CRONOLÓGICO 
2 - HIERÁRQUICO 
3 - ESPECIALIDADE
CÓDIGO É UMA LEI GERAL NOVA, CRIADA ESPECIFICAMENTE PARA ABARCAR TODO O ASSUNTO POSSÍVEL DENTRO DE UM DETERMINADO RAMO DO DIREITO. 
LEI EXTRAVAGANTE OU ESPARSA OU ESPECIAL É AQUELA QUE EXTRAVAZOU A CODIFICAÇÃO OU A CONSOLIDAÇÃO. POIS FOI CRIADA ESPECIFICAMENTE SOBRE UM ASSUNTO EM DETERMINADO RAMO DO DIREITO.
CONSOLIDAÇÃO E O AJUNTAMENTO EM UM SÓ DOCUMENTO DE LEIS ESPARSAS JÁ EXISTENTES, DE FORMA SISTEMATIZADA.
REPRISTINAÇÃO DE LEI - OCORRE QUANDO UMA LEI JÁ REVOGADA, VOLTA A VIGORAR POR TER A SUA LEI REVOGADORA PERDIDO A VIGÊNCIA. 
NO CASO BRASILEIRO É IMPOSSÍVEL A REPRISTINAÇÃO AUTOMÁTICA DA LEI. PARA QUE HAJA REPRISTINAÇÃO É NECESSÁRIO VIR ESCRITO NA LEI SE ELA É REPRISTINATÁRIA OU NÃO. DESTACANDO-SE QUE ESTA INFORMAÇÃO PODE ESTAR TAMBÉM NA LEI REPRISTINADORA.
FENÔMENO DA ULTRATIVIDADE DA LEI - ÉPOCA FENÔMENO QUE OCORRE QUANDO A LEI É REVOGADO, ELA NÃO DEIXA DE EXISTIR, APENAS DEIXA DE VIGORAR.
Art 3º - Princípio da obrigatoriedade da lei – Ninguém se escusa de cumprir a lei, dizendo que não a conhece.
Toda e qualquer pessoa é obrigada a buscar conhecer e cumprir toda legislação nacional.
POSIÇÃO JURÍDICA DOS INDIVIDUOS
Sujeito ativo – é o indivíduo ou a entidade que tem a faculdade de exigir algo
Sujeito Passivo – a pessoa que deve assumir uma obrigação
Direito objetivo - Regra de conduta obrigatória, a norma.
Direito Subjetivo – Faculdade ou poderes que uma pessoa tem ou que pode exigir de outra.
Direito protestativo – Aquele que pode exercer o direito independente da vontade do sujeito passivo para satisfazer seu desejo
Elementos da relação jurídica 
Ex: João vende imóvel para Manuel por R$ 500.000,00
Forma: Subordinação 
Conteúdo: particulares – Direito Privado
Sujeitos ativo (direito subjetivo): João e Manuel
Sujeito passivo (tem a obrigação): João e Manuel 
Objeto: obrigação, bem imóvel (apt) e bem móvel(dinheiro)
Fato: COMPRA E VENDA
Garantia: lei
Vínculo: contrato
Ex: Marcus bate em joão
Sujeitos ativo (direito subjetivo): João e Marcus
Sujeito passivo (tem a obrigação): João e Marcus
Objeto: obrigação 
Fato: DANO
Garantia: lei
Vínculo: lei
Ex: José e Maria desejam adotar Jesus
Forma: Coordenação
Conteúdo: toda sociedade– Direito Público
Sujeitos ativo (direito subjetivo): José, Maria e o estado
Sujeito passivo (tem a obrigação):José e Maria
Objeto: obrigação e pessoa 
Fato: adoção
Garantia: lei
Vínculo:lei
Ex: Marta aluga para Maria apartamento por R$600,00
Forma: Subordinação 
Conteúdo: particulares – Direito Privado
Sujeitos ativo (direito subjetivo): Marta e Maria
Sujeito passivo (tem a obrigação): Marta e Maria
Objeto: obrigação, bem imóvel (apt) e bem móvel(dinheiro)
Fato: Locação
Garantia: lei
Vínculo:contrato
Ex: Caim matou abel
Forma: Coordenação
Conteúdo: toda sociedade– Direito Público
Sujeitos ativo (direito subjetivo): caim e o estado
Sujeito passivo (tem a obrigação): caim
Objeto: obrigação, pessoa
Fato: Homicídio- dolo
Garantia: lei
Vínculo:lei
Ramos do direito Direito positivo :
Direito público 
Externo: Direito internacional público)
Interno: Diteito civil, penal, adm, constitucional
Direito privado
Externo: Direito internacional privado
Interno: direito comercial
Fontes do direito são:
Fonte Formal (imediata, direta, primária) Direito romano germânico - LEI 
É a maneira a forma como se apresenta. Como se expressa.
 (Indireta, secundária e mediata) Direito Anglo – Saxão (Jurisprudência, Doutrina, Costume)
Fonte material – Porque cria a lei estrito (quem só cria a lei é o poder legislativo)
Poder executivo (adm a sociedade) não tem competência para criar lei, porém a Constituição federal excepcionalmente cria-se lei em sentido amplo. (Fonte formal, imediata)
Poder Judiciário (garantir o cumprimento da lei) não tem competência para criar lei, porém excepcionalmente cria-se lei em sentido amplo. (Regimento interno, portarias internas). Fonte formal, imediata, lei
Também cria fonte secundária jurisprudência (Indireta, secundária e mediata)
Doutrinadores: São aqueles que criam os artigos, as leituras (Fonte formal Indireta, secundária e mediata)
Sociedade – criam os costumes (Fonte formal, imediata, lei)
Fatos e acontecimentos também criam indiretamente lei (fonte material/ indireta)
Medida Provisória 
Só pode ser feita (criada) pelo presidente da república, precisa ter relevância e urgência. Entraráem vigência imediatamente e paralelamente ao poder legislativo.
Validade de 60 dias – podendo ser prorrogada pelo mesmo período (uma única vez).
 
Processo no Poder legislativo: (Tem 45 dias para aprovar)
Discussão
Votação
Rejeitada (imediatamente perde a validade e ela é arquivada)
Aprovação (a medida provisória em lei ordinária e volta para o presidente para aprovação.
Sanção ou veto
Promulgar (passa a ser lei ordinária)
Entrará em vigência 45 após sua publicação salvo disposição contrária (exceção)
emenda Comstitucional
principio da extrateritorialidade da lei – Lei estrangeira Poderá vigorá no Brasil desde que não venha ferir 3 princípios a soberania, a ordem publicae os bons costumes.

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