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Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino


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SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 4: Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino 
O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias, podendo variar entre 25 e 35 
dias. 
Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação do 
endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários – ciclo 
ovariano. 
• Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas. 
• Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja 
implantação do embrião. 
Histologia e Embriologia 
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Estrutura ovariana 
Os ovários são constituídos de: 
• Córtex – Folículos em diferentes 
estágios de desenvolvimento e células 
hilares (semelhantes a de Leydig). 
• Medula – Células estromais, células 
hilares, fibras de músculo liso, vasos e 
nervos. 
• Hilo – Onde penetram vasos e nervos. 
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Ciclo Ovariano 
Compreende 3 fases: 
• Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. 
Predomínio do estrogênio. 
• Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). 
• Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina 
com a menstruação. 
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Ciclo Ovariano 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Desenvolvimento folicular 
Inicia-se na vida embrionária com a migração de células primordiais que se diferenciam em 
ovogônias. 
Entre as 6ª e 8ª semana embrionária as ovogônias entram em várias divisões mitóticas e aumentam 
em número. 
Entre as 11ª e 24ª semanas elas entram em um ciclo de divisões meióticas dando origem ovócitos 
primários cuja divisão fica interrompida na prófase I. 
Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação. 
Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina basal – 
Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial. 
Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se dividem. 
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Desenvolvimento folicular 
Histologia e Embriologia 
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Hormônios do ciclo 
Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo 
hipotálamo e hipófise (SNC). 
O hipotálamo produz o hormônio estimulante da 
gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a 
produzir os hormônios gonadotrópicos: 
• LH – hormônio luteinizante. 
• FSH – hormônio folículo estimulante. 
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Ações do FSH – hormônio folículo estimulante 
Estimula o crescimento dos ovários. 
Atua estimulando as células da granulosa dos folículos, induzindo: 
• Maturação dos folículos. 
• Produção de estrógenos. 
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Ação do LH – hormônio luteinizante 
Atua induzindo a ovocitação – 
liberação do ovócito do folículo. 
Estimula a formação do corpo lúteo – 
produção de progesterona. 
FSH LH 
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Controle da produção de LH e FSH. 
Os hormônios LH e FSH são produzidos pela 
hipófise, que está localizada no SNC. Está ligada 
ao hipotálamo. 
O hipotálamo juntamente com a hipófise forma o 
eixo de controle de várias funções corporais. 
O hipotálamo controla a produção dos hormônios 
da hipófise através dos hormônios estimulantes. 
O GnRH é o hormônio estimulante de 
gonadotropina produzido pelo hipotálamo. 
GnRH 
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Crescimento folicular 
A partir da puberdade, a cada ciclo, um 
grupo de folículos primordiais começa o 
processo de crescimento folicular que é 
estimulado pelo FSH. 
O ovócito cresce em volume e número de 
organelas e as células foliculares e 
fibroblastos que o circundam também 
crescem. 
Folículo primário unilaminar – as células 
foliculares se dividem formando uma 
camada de células cuboides. 
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Crescimento folicular 
As células foliculares continuam proliferando 
formando várias camadas – células da granulosa – 
folículo multilaminar. 
Zona pelúcida – camada espessa composta de 
várias glicoproteínas. 
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Crescimento folicular 
As células da granulosa continuam a aumentar em 
número. Começa a ocorrer um acúmulo de líquido 
folicular entre essas células formando um espaço 
entre as células – antro folicular. 
O líquido folicular é rico em progesterona, estrogênio 
e andrógenos. 
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Crescimento folicular 
As células ao redor da camada granulosa são 
influenciadas pelo LH e dão origem às células da 
TECA. 
As células da TECA interna produzem 
androstenediona que é transportada para as 
células da granulosa que possuem a enzima 
aromatase. 
A aromatase, presente nas células granulosas, 
converte a androstenediona em estrógeno. 
 
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Crescimento folicular 
As células da granulosa formam o cúmulos oophorus – apoio para o ovócito e a corona radiata – 
envolve o ovócito. 
Essas estruturas são ovocitadas juntamente com o ovócito. 
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Crescimento folicular 
Quando um dos folículos recrutados alcança o 
estágio de folículo de Graaf os outros folículos 
em crescimento entram em atresia. 
O ovócito e as células granulosas morrem e 
são fagocitadas. 
Fibroblastos invadem a área e produzem 
colágeno. 
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Ovocitação 
É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante. 
Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. 
A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), 
porém é interrompida na segunda divisão na fase de metáfase II. 
As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e 
formam o corpo Lúteo. 
O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona 
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Corpo Lúteo 
Produz progesterona e estrógenos. 
Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou 
albicans. Sofre fagocitose. 
Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH 
começa. 
Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica 
humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez. 
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O ciclo ovariano pode se resumir: 
• Crescimento do ovócito; 
 
• Desenvolvimento dos folículos (primordiais, primário, multilaminar, pré-antral e 
maduro – Graaf); 
 
• Degeneração de folículos (atresia folicular) ou ovulação – ruptura do folículo e 
liberação do ovócito; 
 
• Formação do corpo lúteo – regiões remanescentes do folículo rompido; 
 
• Degeneração de corpo lúteo (quando não ocorre a fertilização).Histologia e Embriologia 
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Ciclo Menstrual 
Ocorre durante o período reprodutivo, a partir da puberdade até a menopausa. 
 
Processo cíclico decorrente da secreção alternada dos hormônios: LH, FSH, estrogênio e 
progesterona. 
 
O primeiro dia de menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo – são consequência dos 
eventos ovarianos. 
 
Quando ocorre o recrutamento dos folículos primordiais para a maturação. 
 
Esses eventos produzem modificações estruturais cíclicas no útero. 
 
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AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Menstrual - fases 
O Endométrio está dividido em camada basal e funcional. 
• Fase proliferativa ou folicular ou estrogênica: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos 
ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos 
que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). 
• Fase secretória ou luteal: Inicia-se após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada 
pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento 
de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). 
• Fase menstrual: Se não houver implantação o corpo lúteo, entra em atresia e deixa de produzir 
progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias 
que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região. 
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Ciclo Menstrual 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino 
Com o fim do corpo lúteo, o suporte hormonal para o endométrio declina. As alterações vasculares 
ocorridas no endométrio resultam de inflamação ou de hipóxia e isquemia local, com consequente 
liberação de citocinas, morte celular e extravasamento de sangue para dentro da cavidade uterina 
resultando em sangramento vaginal. 
 
Acesse o site e veja maiores detalhes: 
http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/4456/menstruacao_normal_e_anormal.htm 
Assuntos da próxima aula: 
1. Fertilização; 
2. Primeira semana do 
desenvolvimento embrionário.