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Auditoria Operacional e Contábil

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Diretoria de 
Educação Continuada
MBA - GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Auditoria Operacional e Contábil 
Prof. André Corrêa
MBA - GESTÃO FINANCEIRA
E CONTROLADORIA
MINI CURRÍCULO DO PROFESSOR
André Corrêa
andre@valorupauditores.com.br
https://br.linkedin.com/in/andré-luiz-corrêa-14817a20
http://lattes.cnpq.br/5389690601206360
Graduado em Ciências Contábeis, pelo Centro Universitário Moura Lacerda -
CUML e pós-graduado (MBA) em Gestão Empresarial, pela Fundação Getúlio 
Vargas - FGV. Membro do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil -
IBRACON e da diretoria educacional da AESCON/RP. Atuante no mercado de 
auditoria externa há 20 anos, com registro no Cadastro Nacional de Auditores 
Independentes - CNAI (para as categorias Geral/CVM e BACEN), bem como junto 
à Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
A experiência profissional é marcada pela atuação no mercado de auditoria, 
destacando a carreira na PwC (16 anos) e os últimos anos como sócio-diretor da 
ValorUp Auditores Independentes.
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CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Esta disciplina apresentará o procedimento que torna as demonstrações 
contábeis mais confiáveis para os usuários dessas informações.
A disciplina de Auditoria Operacional e Contábil irá contribuir para o 
aluno do MBA em Gestão Financeira e Controladoria, pois demonstra a 
importância do conhecimento de controles internos e dos mecanismos de 
funcionamento da auditoria também como uma ferramenta de gestão e 
de contínua melhoria dos processos.
A Auditoria Operacional é mais comumente utilizada em órgãos públicos, 
entretanto sua função também pode ser aplicada em empresas privadas 
como uma valiosa ferramenta de verificação da eficiência e eficácia dos 
processos assim como muitos dos princípios da Auditoria Externa.
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EMENTA DA DISCIPLINA
Auditoria Operacional e Contábil
Auditoria Básica: 1. Aspectos Conceituais (Tipos de Auditoria; 
Responsabilidades do Auditor Externo e do Auditado; Ética e Postura 
Profissional do Auditor; Entidades Relacionadas com as Normas Contábeis 
e de Auditoria no Brasil; Pressupostos Contábeis e características das 
informações nas Demonstrações Contábeis); 2. Processos e 
Procedimentos de Auditoria.
Auditoria Intermediária: Planejamento de Auditoria; Relatórios/Pareceres 
de Auditoria, carta de Responsabilidade e SOX.
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DIAS E HORÁRIOS DAS AULAS
Dias de Aula:
 30/05/2016
 06/06/2016
 13/06/2016
 20/06/2016
 27/06/2016
 04/07/2016
 11/07/2016
 18/07/2016
Horários:
Início: 19:00-20:40 
Intervalo: 20:40-20:55 
Término: 20:55 -22:15 
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FAÇA SUA PARTE !
Para o sucesso de nosso curso você precisará se preparar para as aulas fazendo
a leitura dos Estudos de Caso e Artigos indicados. Estes casos e artigos serão
debatidos em SALA DE AULA e sua participação nos debates propostos tem
peso de 40% da sua avaliação.
Nesta disciplina estão previstas as leituras de 2 estudos de casos:
Estudos de Casos:
• Fraude Contábil na WorldCom (em português).
• PRG-Schultz International (em português).
Adicionalmente, poderemos ter Artigos relacionados para análise e discussão.
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AVALIAÇÃO
COMPOSIÇÃO:
• AVALIAÇÃO NACIONAL (Banco de Questões) = 20%
• PARTICIPAÇÃO AFERIÇÃO DE LEITURA, DEBATE DE CASOS E ARTIGOS = 40%
• TRABALHO PROPOSTO PELO PROFESSOR = 40%
FREQUÊNCIA
• É obrigatório 75% de frequência na disciplina.
• Caso seu nome não conste na pauta, você deverá comparecer à Secretaria.
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CONTATO DO SEU COORDENADOR DE CURSO
• Prof. ANDREIA MARQUES MACIEL DE CARVALHO
• E-mail: andreia.maciel@estacio.br
• CV Lattes http://lattes.cnpq.br/5170380198908054
APRESENTAÇÃO DA TURMA - 3003
• Nome...
• Formação / graduação...
• O que faz ou tem feito profissionalmente (função/experiência)...
• Alguma experiência/contato anterior com AUDITORIA...; e
• Expectativas sobre o assunto/curso...
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PRINCIPAIS OBJETIVOS DESTA AULA:
1. Explicar a evolução histórica e os principais aspectos da auditoria;
2. Identificar os propósitos e os diferentes tipos de auditoria;
RESUMO DO CONTEÚDO:
• Contextualização histórica da auditoria;
• Diferenciação de auditoria interna e externa; e
• Principais tipos de auditoria.
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AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL
Contextualização histórica da auditoria
A Auditoria nasceu com a necessidade de aumentar os controles sobre as 
atividades das empresas. Surgiu na Europa e se destacou a partir da Revolução 
Industrial.
Segundo Attie (2011), a evolução da auditoria foi baseada na necessidade, por 
parte dos investidores e proprietários das empresas, de verificar a fidedignidade 
dos registros contábeis.
Também pode ser definida, conforme Peres Júnior (2012), como o 
levantamento, o estudo e a avaliação sistemática das transações, 
procedimentos, rotinas e demonstrações financeiras de uma entidade, com o 
objetivo de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em 
normas e princípios sobre sua adequação.
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No Brasil, surgiu com a necessidade de grandes empresas e multinacionais 
tinham de realizar tal processo em seus países de origem.
Segundo Attie (2011), os fatores que marcaram esse surgimento foram:
• A existência de filiais de empresas multinacionais;
• A busca por financiamentos de empresas brasileiras através de entidades 
internacionais;
• O crescimento das empresas brasileiras, sua necessidade de descentralização 
e a busca por diversificação de suas atividades econômicas;
• A evolução do mercado de capitais;
• A criação, em 1972, das normas de auditoria, promulgadas pelo BACEN;
• A criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - similar à SEC; e
• A regulamentação dos aspectos societários, com a criação da Lei das 
Sociedades Anônimas nº 6.404/76. 
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Século 15 ou 
16, na Itália 
(Veneza), com 
o 1º Colégio 
de Contadores
Revolução 
Industrial 
Inglesa, nos 
séculos 18 e 19.
Criação da SEC, 
em 1934, nos 
USA.
No Brasil, 
criação das 
Normas do 
BACEN, em 
1972, e Lei das 
S/As, em 1976, 
e atualização 
em 2011, com a 
Lei 11.638.
Alguns marcos históricos:
Lei americana SARBANES-
OXLEY, sancionada em 2001
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TIPOS DE AUDITORIA (em termos de setor de atuação)
Auditoria pública e privada
A auditoria possui uma forte relação com o conceito de accountability (*), que 
está presente tanto no setor privado quanto no público. Basicamente, a 
auditoria pode ser aplicada, então, nesses dois campos.
SETOR Quem delega? Responsável Auditor
Privado Conselho Adm. Administração Auditor Externo
Público Congresso/ 
Parlamento
Administrador
Público
Tribunal de Contas 
da União - T.C.U.
(*) Prestação de contas; Responsabilidade com ética...
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OBJETIVO DA AUDITORIA
Para Perez Júnior (2012), o processo de auditoria é uma técnica autônoma da 
Ciência Contábil, cujo objetivo pode ser entendido de múltiplas formas:
• Comprovar, pela verificação dos registros, os fatos que alteraram o 
patrimônio;
• Apresentar erros e fraudes;
• Sugerir possíveis providências que coibirão futuros erros ou fraudes;
• Verificar o controle interno da entidade;
• Identificar se a contabilidade é satisfatória do ponto de vista sistemático e 
societário.
Portanto, o autor considera que a principal função da auditoria é descobrir 
fraudes e erros, a fim de atestar a fidedignidade das demonstrações contábeis, 
ou seja, de indicarse elas representam, de forma fiel, a situação patrimonial da 
instituição
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AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA (ou Independente)
A independência é a principal característica de distinção: Enquanto o auditor 
interno possui algumas limitações (subordinação, relacionamento, etc.), o 
externo é mais livre, pois não possui vínculo com a empresa auditada.
Além disso, verifica-se que a auditoria interna atua, principalmente, sobre os 
controles no interior das entidades.
Assim, a depender do vínculo do profissional com a empresa auditada, bem 
como do objetivo e do usuário do trabalho, temos o tipo de auditor. Nesse 
contexto, a literatura considera também, uma terceira categoria, que seria o 
auditor Fiscal.
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SÍNTESE ENTRE O AUDITOR EXTERNO x INTERNO
EXTERNO:
• Não tem vínculo empregatício
• > grau de independência
• Objetivo é emitir opinião sobre as 
Demonstrações Financeiras (DF´s)
• < volume de testes 
INTERNO:
• É empregado
• < grau de independência
• Objetivo é verificar normas 
internas e áreas das DF´s
• > volume de testes
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ESTRUTURA ILUSTRATIVA SOBRE O AUDITOR INTERNO NA ORGANIZAÇÃO:
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TIPOS DE AUDITOR
Auditor Usuários Objetivo
Independente ou Externo Acionistas, investidor, 
credor, governo e público 
externo à empresa em geral
Atendimento de exigência
legal ou estatutária
Interno ou Operacional Administradores e público 
interno à empresa em geral
Atender exigências
operacionais e 
administrativas
Fiscal Governo Federal, Estadual 
ou Municipal
Evitar sonegação de tributos
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OUTRAS CARACTERISTICAS, POR TIPOS DE AUDITOR
Auditor (Sujeito) Vínculo (Responsabilidade) Relatório principal
Independente ou Externo 
(Profissional ou firma 
independente)
Contrato de prestação de 
serviços (Profissional civil e 
criminal)
Relatório (opinião) do 
auditor independente sobre 
as DFs
Interno ou Operacional 
(Funcionário da empresa)
Contrato de trabalho 
(Trabalhista)
Recomendações para 
melhoria dos controles 
internos e eficiência 
administrativa
Fiscal (Funcionário Público) Força da lei (Poder público) Relatório de fiscalização ou 
auto de infração
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OUTROS TIPOS DE AUDITORIA
Auditoria de gestão: Realiza análises dos planos e das diretrizes de determinada 
empresa ou entidade e que mede a eficiência da gestão, verificando se está de 
acordo com os planos traçados.
Auditoria de sistema: Realizada nos sistemas de informação, cujo objetivo é 
analisar se os controles dessa área estão adequados e, por consequência, 
podem minimizar riscos inerentes aos sistemas de dados.
Auditoria operacional: Verifica tanto a eficiência quanto a eficácia das 
atividades operacionais que ocorrem durante os processos administrativos; ou 
seja, busca a melhoria contínua e soluções para os procedimentos operacionais, 
de acordo com a legislação vigente. Aplica-se, principalmente, à avaliação dos 
controles internos do setor público – identificando pontos fortes e fracos, à 
procura da melhor atuação e da redução de custos indesejados.
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Verificamos, então, que a auditoria pode ser classificada em função:
 De ser aplicada ao setor privado ou público;
 Do tipo do auditor, como no caso do Interno, Externo e Fiscal; e
 Da finalidade ou objeto da auditoria (Contábil/Financeira, de Cumprimento 
ou Operacional)
Relativamente à finalidade/objetivo da auditoria, temos que a Auditoria Contábil 
ou Financeira tem como objetivo expressar uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis/financeiras: se estão apresentadas de forma razoável, 
de acordo com os princípios contábeis aplicáveis.
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A auditoria de cumprimento engloba a revisão, a comprovação e a avaliação dos 
controles e procedimentos de uma entidade.
A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, dos recursos 
técnicos e do desempenho de uma organização. O propósito dessa auditoria é 
medir o grau em que as atividades da entidade estão alcançando seus objetivos.
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CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL DE AUDITORIA
Formação acadêmica: Graduação em Ciências Contábeis
Registro profissional: no Conselho Regional de Contabilidade – CRC; no Cadastro 
Nacional de Auditores Independentes – CNAI; junto a Comissão de Valores 
Mobiliários – CVM, entre outras entidades de apoio ou regulação. 
Competências: Conhecimentos em áreas correlatas, como tributária, societária, 
modernas técnicas empresariais e outras; conhecimentos das normas e 
procedimentos de auditoria, conhecimento de informática, da língua inglesa, 
etc.
OBS: O Auditor pode estar representado por um profissional autônomo ou como 
parte de uma firma de auditoria.
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Por que contratar um auditor externo?
 Obrigação legal (questão de Compliance: estar de acordo com as regras)
 Medida de controle interno (estatuto, práticas de governança, etc.)
 Imposição por terceiros (bancos, fornecedores, parceiros, etc.)
 Mudança societária (Compra, venda, incorporação, fusão, cisão...)
Benefícios possivelmente percebidos: 
 Credibilidade para terceiros (melhor acesso ao crédito e possível redução de 
encargos financeiros);
 Segurança para tomada de decisões críticas;
 Transparência na prestação de contas (Governança)
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OBRIGATORIEDADE / EXIGÊNCIA DA AUDITORIA
As entidades são auditadas por exigência de dispositivos legais, por órgãos 
reguladores de atividades regulamentadas, por credores, controladores e 
outros.
Geralmente, a exigência de auditoria independente decorre de dispositivos 
legais, enquanto a existência de auditoria interna decorre de normas 
estatutárias ou administrativas.
A seguir, veremos alguns exemplos de entidades ou circunstâncias tipicamente 
requeridas de um processo de auditoria.
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OBRIGATORIEDADE DE AUDITORIA INDEPENDENTE
Por disposições legais:
 Sociedades Anônimas de Capital Aberto;
 Sociedades Anônimas de Capital Fechado e Sociedades Limitadas, de Grande 
porte (Total de ativos > R$ 240 MM ou Receita bruta anual > R$ 300 MM)
 Entidades de Fins Filantrópicos;
Por exigências de órgãos fiscalizadores e reguladores
 Banco Central do Brasil – BACEN (instituições financeiras e equiparadas);
 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP (seguradoras, previdência);
 Outros (ANELL; ANATEL; ANS; ANTT; etc.)
Instituições credoras (instituições financeiras, por meio de contrato, vultoso)
Acionista controlador (para melhor controle das operações no país ou exterior)
Por determinação estatutária ou social
Outros (auditoria específica/pontual; por suspeita de fraude ou negociação)
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EXIGÊNCIA DE AUDITORIA INTERNA
Não há obrigatoriedade legal – normalmente atende a exigências internas da 
empresa, por meio de:
 Determinação estatutária ou social;
 Determinação da matriz ou controladora
AUDITORIA FISCAL
No interesse dos tributos das respectivas competências, correspondendo a 
União, os Estados e os Municípios:
• Auditor Fiscal da Receita Federal (IR; CS; IPI; II; etc.)
• Auditor Fiscal da Receita Estadual (ICMS; IPVA; etc.)
• Auditor Fiscal Tributário Municipal (ISSQN; IPTU; etc.)
• Auditor Fiscal da Previdência Social (INSS)
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REFERÊNCIAS
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas eprocedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAFFEI, José Luiz. Curso de Auditoria: introdução à auditoria de acordo com as 
normas internacionais e melhores práticas. 1º ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2011.
SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as
normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor
público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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Atividades propostas:
1. Questões e exercícios da 1ª aula (da Apostila)

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