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Ø O primeiro domínio da Física Ø Definindo as regras de uma nova ciência Ø Conhecimento como ferramenta para entender, decifrar, moldar o mundo Ø Uma TEORIA científica é testável: existem experimentos que podem refutar a teoria, dependendo do seu resultado. Ø A isso chamamos falseabilidade ou refutabilidade – capacidade de provar que a teoria é falsa, portanto refutável. "The Un i ve r se and Man ” published by Camille Flammarion in L'Atmosphère: Météorologie Populaire (Paris, 1888) “A missionary of the Middle Ages tells that he had found the point where the sky and the Earth touch.” Ø A Matemática como o alfabeto que Deus usou para criar o Universo. Galileo Galilei (1564-1642) Apollo 15 (1971) Ø Leis precisas para o movimento das coisas Ø Na Terra e no céu! Ø Gravidade: a primeira força. Isaac Newton (1642-1727) F = k q1q2 r2 + + F = k q1q2 r2 - + • A Teoria não precisa ser completa, restringindo-se a parte dos fenômenos. • Ela pode servir de ferramenta para novas teorias: à Eletromagnetismo , Termodinâmica • Ela deve ser refutável: à contradição entre Teoria Eletromagnética e Mecânica mostrou o limite da Mecânica Newtoniana, e levou à Relatividade Restrita de Einstein em 1905. • Esta incorpora os sucessos da Mecânica Clássica, e a supera ao corrigir suas falhas! • Em 1900, notam-se os limites da Mecânica no mundo atômico. Universo de partículas microscópicas (átomos), compostas por partículas ainda menores (elétrons), e um núcleo duro. J. J. Thomson (1897) Nobel - 1906 Ernest Rutherford, Hans Geiger e Ernest Marsden (1909) Forçados a lançar as ideias fora, e colocar novas no lugar, usando as regras iniciais da Física: Uma teoria pode ser bela, mas se os experimentos não a justificam, ela precisa ser substituída por outra melhor… Se o elétron é negativo, e o núcleo positivo, por que eles não se “grudam” irreversivelmente? Niels Bohr (1885-1962) Nobel 1922 Teoria implica na DISCRETIZAÇÃO dos níveis de energia eletrônicos no átomo Niels Bohr (1885-1962) Nobel 1922 Teoria implica na DISCRETIZAÇÃO dos níveis de energia eletrônicos no átomo (1913) http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/ hbase/hyde.html Existem outras medidas discretizadas? Magnetismo… Otto Stern (1888-1969) Nobel 1943 Walther Gerlach (1889-1979) A orientação dos magnetos atômicos é DISCRETA! Medida Dicotômica – Bit (1 ou 0) Usando quanta de energia à fótons Medida: Seleciona a Polarização do fóton Jogando cara ou coroa Usando quanta de energia à fótons Medida: Seleciona a Polarização do fóton Jogando cara ou coroa V à H à +D à H à +D Ø Não pode haver no mundo quântico o Determinismo Mecanicista baseado em conhecimento inicial de posição e velocidades. Ø Uma medida afeta o resultado da medida seguinte. Ø Princípio da Incerteza de Heisenberg: medidas incompatíveis. Como posição e velocidade! Werner Heisenberg (1901-1976) Nobel 1932 Toda a informação de um sistema fechado pode ser descrita matematicamente Temos o ESTADO do sistema, definido pelas grandezas mensuráveis No jogo de bilhar, a posição e a velocidade de cada bola definem a evolução do jogo. Cada jogador atua sobre o sistema de forma controlada e precisa. Efren Reyes (1954) Ø A mecânica quân,ca mostrou que uma medida afeta o resultado da medida seguinte. Ø Se medimos a velocidade de um corpo, perturbamos a sua posição naquele instante. Se medirmos sua posição, perturbamos sua velocidade. Ø A precisão na determinações de velocidade e posição tem um valor máximo. à A informação tem um limite máximo. Novas regras para o jogo de bilhar: Ø Não temos conhecimento absoluto de posições e velocidades. Ø Podemos ter Ø grande precisão de posição, e nenhuma de velocidade OU Ø grande precisão de velocidade e nenhuma de posição OU Ø Posição e velocidade mais ou menos precisas -‐> nossas bolas estão necessariamente borradas… • Verificar o princípio da incerteza com a medida de posição e velocidade é uma tarefa sutil, e pede laboratórios sofisticados para ser verificado em corpos materiais. • Podemos observá-lo para átomos ou íons, mas em corpos macroscópicos dificilmente é percebido. • Porém, para o campo eletromagnético – no caso da luz – ele pode ser verificado com um experimento simples. • Um feixe laser é separado em um cubo de vidro, dividindo-o em dois feixes. • Cada feixe tem metade da energia do feixe original. • Medimos as duas saídas do cubo com dois detectores. • Os detectores convertem luz em corrente elétrica. • Cada um dos feixes contém parte da informação do feixe original. • Podemos inserir um sinal no laser, e ouvir o sinal na saída com um alto-falante? Se subtrairmos os sinais medidos, o que esperaríamos ouvir além do silêncio? Note que na subtração ouvimos um chiado, um ruído branco, como ondas no mar. Note ainda que bloqueando o feixe laser, o ruído desaparece. O ruído não é da eletrônica! o Considere o feixe constituído de fótons. o Cada fóton tem 50 % de chances de ser transmitido no cubo, e igual chance de ser refletido. Ø Os sinais medidos nos detectores são iguais na média. Ø Mas são distintos por esta aleatoriedade na divisão do feixe. Ø O resultado é um ruído aplicado ao alto falante, como gotas em uma vidraça ou um ganzá! • O princípio da incerteza impede que uma medida seja determinada a priori. • O cubo tem duas portas de saída: ele deve ter duas portas de entrada. • Na porta vazia, não temos nada entrando: o fluxo de energia é nulo. • Porém, não podemos dizer que o campo eletromagnético é zero! • Há uma flutuação residual de campo presente nesta entrada. ü Na saída do cubo, temos a combinação do campo eletromagnético da luz vinda do laser com o campo eletromagnético do vácuo. ü O resultado da subtração nos devolve a medida das flutuações aleatórias do vácuo, presentes na porta vazia. ü Estas flutuações satisfazem, necessariamente, o princípio de incerteza! As duas descrições são complementares: podemos interpretar o experimento como uma demonstração do comportamento corpuscular da luz – a luz feita de fótons - ou como um fenômeno ondulatório - onde temos a interferência do vácuo com o feixe de luz. Estações A e B dispõem de um canal de comunicação... ...mas não tem proteção para os dados transmitidos contra um eventual grampo (“eavesdropping”). Bloco de cifras de utilização única (1918) Bloco de cifras de utilização única (1918) Se a chave é aleatória, é usada apenas uma vez e tem o mesmo tamanho da mensagem, oferece segurança absoluta. MAS, como distribuir as chaves? Como gerar chaves aleatórias? Ø Podemos criar estados com muita precisão – como Alice. Ø Se Bob fizer a pergunta certa, ele sabe o estado de Alice, e ninguém mais! Ø Se ele fizer a pergunta errada, sua resposta é aleatória. Ø O mesmo vale para Eva: Eva e Bob não partilham informação, exceto por puro acaso. Ø Alice e Bob purificam a informação:resultado selecionado pela medida. Ø O acaso está na medida, não no estado! Other goals: - Satellite connection: launch by end/2016 - Integration of National QC Backbone hGp://www.toshiba-‐europe.com/research/ crl/qig/quantumkeyserver.html hGp://www.mitsubishielectric.com/company/rd/research/highlights/ communica,ons/quantum.html hGp://www.idquan,que.com/network-‐ encryp,on/products/cerberis-‐quantum-‐ key-‐distribu,on.html Pela Mecânica Quântica, o princípio da incerteza proíbe: ① obter toda a informação de um sistema desconhecido com uma única medida ② obter toda a informação de um sistema desconhecido com duas medidas subsequentes: a medida altera o sistema. mas podemos: ③ criar um sistema de forma precisa e determinada, usando a medida. ④ criar múltiplas cópias de um sistema usando medidas, e reconstruir a informação – tomografia quântica. Podemos fazer cópias de um sistema desconhecido? Se temos múltipla cópias, podemos reconstruir o estado (4). Mas isso o princípio da incerteza (2). Portanto, não podemos fazer cópias idênticas de estados desconhecidos à Não há clonagem quântica no-cloning theorem Nosso jogo de bilhar com duas bolas quânticas Começamos na condição de mínima incerteza, ou informação máxima, de cada uma delas. Nosso jogo de bilhar com duas bolas quânticas Com o passar do tempo, a interação entre elas irá deixar a informação individual (de cada um deles) mais degradada (borrada). Nosso jogo de bilhar com duas bolas quânticas Se não há interferência externa, a informação global não se perdeu: as duas bolas par$lham informação – em nível quân,co! Nosso jogo de bilhar com duas bolas quânticas Mesmo que os corpos se separem esta informação par,lhada permanece, enquanto eles não interagirem com outros corpos: Dizemos que os corpos estão emaranhados. Experiências nos grupos de Anton Zeilinger e Nicolas Gisin Geração de Fótons Gêmeos por PDC (tipo II) Estado gerado é emaranhado. Se o emaranhamento for forte, a informação deve desaparecer. Enquanto isso a informacão global permanece maximizada, limitada pelo Princípio da Incerteza! Temos uma limitação para a informação no mundo quântico, mas em troca temos relações não-locais extremamente fortes. O verdadeiro segredo 50% 50% 50% 50% Se o emaranhamento for forte, a informação local (individual) de Alice (e Bob, por simetria) deve desaparecer. Mas isso pode ser criado com moedas na fonte. O par de fótons é “encomendado” metade das vezes no caso A, metade no caso B. A B No caso de uma mistura estatística, girar os polarizadores embaralha completamente o resultado: ¼ de chance de cada combinação! No caso emaranhado, as correlações se mantém! Os casos A e B continuam se verificando, com 50% de chances para cada! Estas correlações não podem ser geradas estatisticamente, apenas por estados quânticos! A B O emaranhamento abre um canal para a informação quântica Considere o seguinte problema: quero transferir o estado do fóton de um ponto A para um ponto B, sem transferir o fóton V H Um click nos diz que a medida foi vertical ou horizontal. Mas e se o fóton fosse polarizado na diagonal? Posso remotamente tentar gerar o fóton usando a informação obtida, mas a chance de erro neste caso é grande (desconheço parte da informação). V HH V click! click! V HH V click! click! ü Não transporta o fóton original. ü Não é cópia: a informação do fóton original é perdida. ü Não é instantâneo: só depois da medida sabemos como atuar sobre o fóton que sobra. V HH V click! click! ü É ferramenta para transmitir o estado. ü É útil para processar informação quanticamente. ü É ferramenta para criptografia. ü É útil para testar a MQ! ü Teoria boa é a que se testa, o resto é questão de fé! Usos do Emaranhamento: Informação Quântica • O estado quântico de um sistema representa toda a informação que podemos, em princípio, conhecer sobre o sistema. Mecânica Quântica à teoria de informação. • Toda informação é processada, armazenada e transmitida por algum sistema físico. miniaturização à sistemas governados pelas leis da MQ. • As leis da MQ abrem novas possibilidades no processamento e transmissão de informação ⇒ maior eficiência de processamento e maior segurança na transmissão. • Do Bit ao Qubit! • Vivemos em um mundo governado pela Informação. • Transformação tão grande quanto a Revolução Industrial. • Crescimento exponencial de recursos para processamento de dados. • O padrão se repete em capacidade de armazenamento (memórias), velocidade de transmissão (comunicações locais e telecomunicações)… • A tecnologia CMOS (baseada em chips de silício) tem garantido a taxa de crescimento. Mas começam a surgir limites neste caminho: dissipação, velocidade de “clock”, tamanho dos transistores, tensão de chaveamento… • Mas a Revolução da Informação poderá prosseguir indefinidamente? • Nossos dispositivos (semicondutores) são a prova do sucesso da teoria quântica, permitindo desenvolver transistores e lasers (eletrônica e “fotônica”). • Mas a informação permanece processada de forma clássica: São a miniaturização dos relés e fios dos processadores primitivos. Turing’s Bombe à Eniac à Intel 4040 O problema da descoerência É a grande limitação para os processadores quânticos. Limita o número de operações, e a quantidade de bits quânticos (qubits). O ambiente atua no sistema como se alguém estivesse fazendo a medida (violando o segredo). O Gato! (1935) Emaranhamento micro/macro Procurado VIVO E MORTO! Erwin Schrödinger (1887-1961) Nobel 1933 5 qubits, https://www.research.ibm.com/quantum/ Laboratório de Manipulação Coerente de Átomos e Luz Paulo Nussenzveig (1996) Marcelo Martinelli (2004) – mmartine@usp.br Breno Marques (Pos-doc) Igor Kozniecniak (PhD) Carlos Arciniegas (PhD) Rayssa Bruzaca (PhD) Renato Domenegueti(PhD) Bárbara Ferreira (PhD) Túlio Brasil (PhD) Harold Rojas (MSc) Álvaro Montaña (MSc) Pablo Palacios (MSc) Raul Rincon (MSc) Luiz Couto (IC) Otto Tao (IC) Lucas Faria (IC) Brazilian Network: UFABC, UFPE, UFF, UFRJ, Unicamp, UFMG Scholarships/ Fellowships Funding (equipment) R$ 250 k/ year SHOW YOUR CLASSICAL APPARATUS \ Delineating the border between the quantum realm ruled by the Schrodinger equation and the classical realm ruled by Newton's laws is one of the unresolved problems of physics. Figure 1 minima of the effective potential.4 If macroscopic systems cannot always be safely placed on the classical side of the boundary, might there be no boundary at all? The many-worlds interpretation (or, more accurately, the many-universes interpretation) claims to do away with the boundary.5 The many-worlds interpretation was developed in the 1950s by Hugh Everett III with the encouragement of John Archibald Wheeler. In this interpretation all of the universe is described by quantum theory. Superpositions evolve forever according to the Schrodinger equation. Each time a suitable interaction takes place between any twoquantum systems, the wavefunction of the universe splits, so that it develops ever more "branches." Everett's work was initially almost unnoticed. It was taken out of mothballs over a decade later by Bryce DeWitt, who managed—in part, through his PHYSICS TODAY article (September 1970, page 30)—to upgrade its status from virtually unknown to very controversial.6 The many-worlds interpretation is a natural choice for quan- tum cosmology, which describes the whole universe by means of a state vector. There is nothing more macroscop- ic than the universe. It can have no a priori classical subsystems. There can be no observer "on the outside." In this context, classicality has to be an emergent property of the selected observables or systems. At a first glance, the two interpretations—many- worlds and Copenhagen—have little in common. The Copenhagen interpretation demands an a priori "classical domain" with a border that enforces a classical "embargo" by letting through just one potential outcome. The many- worlds interpretation aims to abolish the need for the border altogether: Every potential outcome is accommo- dated by the ever proliferating branches of the wavefunc- tion of the universe. The similarity of the difficulties faced by these two viewpoints nevertheless becomes apparent when we ask the obvious question "Why do I, the observer, perceive only one of the outcomes?" Quantum theory, with its freedom to rotate bases in Hilbert space, does not even clearly define which states of the universe corre- spond to branches. Yet our perception of a reality with alternatives and not a coherent superposition of alterna- tives demands an explanation of when, where and how it is decided what the observer actually perceives. Considered in this context, the many-worlds interpretation in its original version does not abolish the border but pushes it all the way to the boundary between the physical universe and consciousness. Needless to say, this is a very uncomfortable place to do physics. In spite of the profound difficulties and the lack of a breakthrough for some time, recent years have seen a growing consensus that progress is being made in dealing with the measurement problem. The key (and uncontro- versial) fact has been known almost since the inception of quantum theory, but its significance for the transition from quantum to classical is being recognized only now: Macroscopic quantum systems are never isolated from their environments. Therefore, as H. Dieter Zeh empha- sized,7 they should not be expected to follow Schrodinger's equation, which is applicable only to a closed system. As a result systems usually regarded as classical suffer (or benefit) from the natural loss of quantum coherence, which "leaks out" into the environment.8 The resulting "decoherence" cannot be ignored when one addresses the problem of the reduction of wavepackets: It imposes, in effect, the required embargo on the potential outcomes by allowing the observer to maintain records of alternatives and to be aware of only one branch. This article aims to explain the physics and thinking behind this approach. The reader should be warned that I PHYSICS TODAY OCTOBER, 1991 3 7 Downloaded 04 Oct 2013 to 143.107.252.221. This article is copyrighted as indicated in the abstract. Reuse of AIP content is subject to the terms at: http://www.physicstoday.org/about_us/terms W. H. Zurek, Phys. Today, Oct. 1991, p. 36
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