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MECÂNICA DOS SOLOS I 1 ���� Conceitos introdutórios 1.1- Solo → Material resultante da decomposição física e química das rochas, constituído de partículas sólidas livres para movimentar entre si, água (ou outro líquido) e ar. • Sistema Trifásico: SÓLIDOS + ÁGUA + AR• Sistema Trifásico: SÓLIDOS + ÁGUA + AR sólido água ar 1.2- Mecânica dos solos “Mecânica dos solos”: estudo do comportamento dos solos quando tensões são aplicadas ou perante o fluxo de água (ou outro líquido) em seus vazios, como ocorre nas seguintes obras de construção civil: - fundações - escavações - estruturas de contenção - pavimentos Martins, 2007 - aterros - barragens - estabilização de taludes - túneis - obras ambientais: aterro sanitário; barragem de rejeitos, contaminação do solo Ramo da engenharia civil →→→→ Mecânica dos Solos ou Geotecnia Karl Terzaghi (1883-1963; 1925: “Erdbaumechanik” ,Viena; 1936: fundação da “Mecânica dos Solos” no 1º. CIMSF) Peculiaridade→ natural ou artificial; heterogeneidade; variação regional ● Fundações fundações superficiais fundações profundas (Martins, 2007) (Martins, 2007) ● Fundações fundações superficiais ● Fundações fundações profundas (Martins, 2007) ● Fundações fundações profundas ● Fundações/aterros de obras portuárias Peotta, 2010 Porto de Itaguaí, RJ ● Fundações/aterros de obras portuárias Peotta, 2010 Porto de Itaguaí, RJ Escavações (Martins, 2007) Escavações Geressen, 2010 Estabilidade de taludes (Martins, 2007) Estabilidade de taludes Deslizamentos de terra, RJ Estabilidade de taludes Deslizamentos de terra, RJ142 (Muri-Lumiar) Estabilidade de taludes Deslizamentos de terra (Paracambi, RJ) Estabilidade de taludes Deslizamentos de terra, São Paulo Mello (2010) Estabilidade de taludes Deslizamentos de terra Petrópolis, RJ Rio de Janeiro (Lagoa), RJ Estabilidade de taludes Deslizamentos de terra Santa Catarina (nov/2008) Teresópolis (Caleme) - jan/2011 Estruturas de contenção (Martins, 2007) Estruturas de contenção Estruturas de contenção Estruturas de contenção Estruturas de contenção Aterros sobre solos moles (Martins, 2007) Aterros sobre solos moles Aterros sobre solos moles Aterro estruturado compactado Barra da Tijuca, Rio de Janeiro Pavimentação barragem tomada d’água / casa de força vertedouro B a r r a g e n s barragem Barragem de Manso, MT – Geração de energia e controle de cheias Barragens Complexo de Simplício, RJ Barragens (Cruz, 1996) Barragem de Vigário, RJ Inclinação dos taludes? Vazão? Piping? Obras ambientais – contaminação do solo em corteem corte em planta Obras ambientais – aterros de resíduos/barragens de rejeitos Obras ambientais – aterros de resíduos/barragens de rejeitos Obras ambientais – aterros de resíduos sólidos urbanos Obras ambientais – aterros de resíduos Túneis (rodoviários, ferroviários, dutos, etc) Metrô Rio, Linha 4 (Hatori et al, 2010) 1.3- Partículas constituintes do solo →→→→ de acordo com o tamanho das partículas fração tamanho do diâmetro (NBR 06592/1995) Matacão de 20cm a 1mMatacão de 20cm a 1m Pedra de mão de 6cm a 20cm Pedregulho de 2mm a 6cm Areia grossa de 0,6mm a 2,0mm Areia média de 0,2mm a 0,6mm Areia fina de 0,06mm a 0,2mm Silte de 0,002mm a 0,06mm Argila inferior a 0,002mm 1.4- Constituição mineralógica - partículas maiores que a areia: constituídas de agregados de diversos minerais (principalmente primários); - areias e siltes: � quartzo (principalmente): SiO2; partículas equidimensionais (cubos, esferas); baixa atividade superficial � feldspato (mineral mais atacado na natureza; dá origem aos argilo-minerais) � gibsita � calcita � mica� mica - argilas: � caulinita � ilita � esmectita (montmorilonita) partículas de areia 0,3µ 1µ 1mm Areia: 0,06 a 2mm Tamanho relativo das partículas Silte : 0,002 a 0,06 mm Lepsh, 2002 Argilas (<0,002mm – não visível a olho nu) areia argila - Formato dos grãos de areia: →→→→ angulares Características de formato: - esfericidade (equidimensionalidade) - arredondamento (arestas) →→→→ esféricos (equidimensionais) e arredondados (cantos suaves) →→→→ O formato dos grãos influenciam a forma de entrosamento entre as partículas e a possibilidade de quebra ⇒⇒⇒⇒ influência no comportamento mecânico dos solos. - Argilo-minerais: → formados por arranjos de dois tipos de estruturas moleculares (unidades estruturais) que se ligam. - tetraedros onde átomos de silício estão ligados a 4 átomos de oxigênio (SiO2). - octaedros onde átomos de alumínio são circundados por oxigênio ou hidroxilas (Al (OH)3). Partículas de argila:Partículas de argila: 1 camada de tetraedros 1 camada de octaedros . . . . . . . . As partículas de argilas consistem em pilhas de camadas dessas unidades estruturais com diferentes formas de ligação. � Caulinita: 1 camada tetraédrica 1 camada octaédrica 1A = 10-10m o estrutura 1:1 (espessura: 7 A)o ligação Htetraedros octaedros símbolo Dimensões da partícula de caulinita (pacote): espessura ≅ 1000 A dimensão longitudinal ≅ 10.000 A o o Essas estruturas são firmemente empacotadas através de ligações de hidrogênio que impedem sua separação e que se introduzam moléculas de H2O entre elas. ⇒⇒⇒⇒ ligação H ligação H símbolo 1µ � Esmectita e Ilita: 1 camada tetraédrica 1 camada octaédrica 1 camada tetraédrica ⇒ estrutura 2:1 o (espessura: 10 A) esmectita ilita Dimensões da partícula de esmectita: espessura ≅ 10 A (= camada estrutural) dimensão longitudinal ≅ 1.000 A o o Ligações entre as camadas estruturais: feita entre os íons O+2 e O-2 das camadas tetraédricas. ⇒⇒⇒⇒ Essas ligações são mais fracas do que entre as camadas de caulinita (O+2 com OH-) As camadas estruturais ficam livres para a entrada de água e cátions trocáveis. esmectita x caulinita: Dimensões da partícula: esmectita: espessura ≅ 10 A; dimensão longitudinal ≅ 1.000 A caulinita: espessura ≅ 1000 A; dimensão longitudinal ≅ 10.000 A o o o o Superfície específica (sup. total/peso): da esmectita é 100 vezes maior que a da caulinita ⇓⇓⇓⇓ Essa grande diferença de superfície específica implica na diferença de comportamento de solos com diferentes argilo-minerais pois as forças de superfície são muito importantes no comportamento das partículas deste tamanho. Entrada de água entre as camadas estruturais dos argilo-minerais Liberdade de movimento entre as placas permitindo a entrada de água elevada capacidade de absorção de água (água adsorvida) por certas argilas expansão qdo em contato com a água e contração elevada qdo seca (movimentação relativa entre as estruturas 2:1) ⇒⇒⇒ não permite tanta entrada de água quanto a esmectita; tem um comportamento entre a esmectita e caulinita. ilitaesmectita O tipo de cátion presente na argila condiciona seu comportamento (→ força entre camadas) Na ilita: o K promove uma ligação mais firme entre as camadas estruturais ⇒ Representação esquemática de uma partícula de argila partícula de argila carga negativa das partículas de argila e os cátions trocáveis partícula de argila Lâminas: formadas pelo arranjo das unidades estruturais 1:1 (caulinita) → lâminas fortemente ligadas ⇒ superfície quimicamente ativa somente na superfície externa do pacote (menos ativa) ⇒ não existe movimentação entre as lâminas ou 2:1 (esmectita ou ilita)→ lâminas fracamente ligadas ⇒ entrada de água e de cátions trocáveis entre as lâminas ⇒ superfície ativa é a soma das superfíceis das lâminas (mais ativa) ⇒ existe movimentação entre as lâminas (expansão ou contração) argila e os cátions trocáveis A estrutura das argilas Combinação das forças de atração (Van der walls) e de repulsão (devido às cargas negativas) ⇒⇒⇒⇒ - estrutura floculada: os contatos entre partículas são face-aresta - estrutura dispersa: contatos entre partículas são face-face ● solos sedimentares água salgada → a estrutura sofre a influência da salinidade da água ● solo residual → macroporos entre aglomerados de argila → efeito da compactação 1.5 - A água no solo - Água livre: água presente nos vazios do solo que pode fluir de acordo com as leis da hidráulica. - Água adsorvida: Na areia: as moléculas de água não são atraídas eletroquimicamente pelas partículas de areia, não ficando portanto aderidas a ela. Na argila: as moléculas de água circundam as partículas de argila e, no caso da esmectita, por exemplo, penetram entre as camadas estruturais. Devido a forças eletroquímicas as primeiras camadas →→→→ →A “água adsorvida” ou “água sólida” não tem a mobilidade da água livre que flui pelos vazios do solo; viscosidade relativamente elevada. Devido a forças eletroquímicas as primeiras camadas de moléculas de água ficam fortemente aderidas às partículas de água. →→→→ ÁGUA ADSORVIDA A camada de água adsorvida sofre deformação ao longo do tempo sob tensão constante (comportamento viscoso) ⇒ comportamento reológico dos solos ⇒ problemas em obras geotécnicas. 1.6 – O ar no solo Solo não saturado ⇒ presença de ar nos vazios ocluso: ar aprisonado em bolhas, dentro da massa de água contínuo: quando o ar fica em contato direto com o ar do exterior à massa de água com o ar do exterior à massa de solo Importância ? 2 ���� Caracterização dos Solos 2.1- Análise granulométrica (NBR 7181/1984) fração tamanho do diâmetro (NBR 06592/1995) Matacão de 20cm a 1m Pedra de mão de 6cm a 20cm fração grossa Análise granulométrica → Determinação da % de massa das partículas do solo dentro de faixas de tamanho. Pedra de mão de 6cm a 20cm Pedregulho de 2mm a 6cm Areia grossa de 0,6mm a 2,0mm Areia média de 0,2mm a 0,6mm Areia Fina de 0,06mm a 0,2mm Silte de 0,002mm a 0,06mm Argila inferior a 0,002mm fração fina do solo (D<0,075mm: passa na #200) fração grossa do solo (D>0,075mm) por peneiramento por sedimentação ���� Análise granulométrica → peneiramento : A abertura da peneira é considerada o A amostra passa por diversas peneiras (da mais grossa para a mais fina) e é medido o peso seco do material que passa por cada peneira→ “porcentagem que passa”. A abertura da peneira é considerada o “diâmetro equivalente” da partícula. Ex: #10 (peneira com abertura de 2mm) → diâmetro da partícula que passa < 2mm Peneira de menor abertura normalmente utilizada: #200 (0,075mm) Classificação Granulométrica Uma das maneiras de se classificar um solo é através da sua curva de distribuição granulométrica. Essa distribuição é representada por uma curva que indica, para cada "diâmetro" de grão, qual é a sua porcentagem do solo que possui grãos menores ou maiores. A curva de distribuição granulométrica é apresentada em gráfico semi - logarítmico, onde nas abscissas, contam os logaritmos dos tamanhos das partículas e, nas ordenadas, a porcentagem acumulada do solo que têm seus grãos menores do que um dado diâmetro. Peneiras Jogos de Peneiras PoI. mm N° mm 3" 76.2 04 4.8 2" 50.8 08 2.4 1 1/2" 38.1 10 2.0 1” 25.4 16 1.2 3/4" 19.1 30 0.6 3/8" 9.5 40 042 1/4 6.4 50 0.30 80 0.18 100 0.15 200 0.074 Abaixo desta medida as peneiras são colocados no vibrador onde serão deixadas por 10 minutos. 70 80 90 100 P o r c e n t a g e m q u e P a s s a Curva Granulométrica 0 10 20 30 40 P o r c e n t a g e m R e t i d a PEDREGULHOAREIA ARGILA SILTE GROSSOMÉDIOFINOGROSSAMÉDIAFINAABNT PENEIRAS: 200 100 60 40 2030 10 8 4 3/8 3/4 1 1 1/2 0 10 20 30 40 50 60 0.001 0.01 0.1 1 10 100 P o r c e n t a g e m q u e P a s s a Diâmetro dos Grãos (mm) 40 50 60 70 80 90 100 P o r c e n t a g e m R e t i d a SOLO D Fina Média Grossa 17 24 16 Composição Granulométrica ( % ) ( Escala ABNT ) 02815 PedregulhoAreiaSilteArgila peneiramento SILTE FINA GROSSAABNT ARGILA AREIA MÉDIA PEDREGULHO ���� Análise granulométrica da fração fina (D < 0,075mm) → sedimentação Lei de Stokes: 2D. µ.18 γγ v ws − = Velocidade de queda da partícula sólida no meio fluido: densímetro Seção genérica onde são feitas as medições de v e da densidade do fluido. fração que passa na #10 (< 2mm) medições de v e da densidade do fluido. t = t0→ densidade inicial (com ≅ 60g do solo em ≅ 1L de água) t = t1 na seção considerada (z) → v=z/∆t (sendo ∆t=t1-t0) e pela Lei de Stokes ⇒ D Em t= t1, o maior diâmetro em suspensão nesta seção é D, pois as partículas maiores já passaram. Nesta seção só existem partículas com diâmetros ≤ D. Com a medição da densidade em t1 calcula-se: É feito esse cálculo para vários ∆t. Para cada ∆t tem-se D e a % de partículas ≤ D. D diâmetros com partículas de% inicial densidade z em tem existente densidade 1 ≤= ���� Análise granulométrica da fração fina (D < 0,075mm) → sedimentação densímetro Atenção: uso de defloculante (substância química) para isolar as partículas de argila que se encontram agregadas entre si. Tipo de granulometria que podem ser constatada pela curva granulométrica - para solos grossos: 70 80 90 100 P o r c e n t a g e m q u e P a s s a Curva Granulométrica 0 10 20 30 P o r c e n t a g e m R e t i d a PEDREGULHOAREIA ARGILA SILTE GROSSOMÉDIOFINOGROSSAMÉDIAFINAABNT PENEIRAS: 200 100 60 40 2030 10 8 4 3/8 3/4 1 1 1/2 ? 0 10 20 30 40 50 60 70 0.001 0.01 0.1 1 10 100 P o r c e n t a g e m q u e P a s s a Diâmetro dos Grãos (mm) 30 40 50 60 70 80 90 100 P o r c e n t a g e m R e t i d a SOLO D ? - Coeficiente de Não Uniformidade: CNU 10 60 D DCNU = → indica a amplitude dos tamanhos dos grãos D60 : diâmetro abaixo do qual se situam 60% em peso das partículas de solo. D : diâmetro abaixo do qual se situam 10% em peso das partículas de solo. Coeficientes indicativos de características da distribuição granulométrica (para solos grossos): D10 : diâmetro abaixo do qual se situam 10% em peso das partículas de solo. D60D10 10 60 D DCNU = → Indica a amplitude dos tamanhos dos grãos D60D10 - Coeficiente de Não Uniformidade: CNU 10 60 D DCNU = → Indica a amplitude dos tamanhos dos grãos Coeficientes indicativos de características da distribuição granulométrica (para solos grossos): - Coeficiente de Curvatura: CC 6010 2 30 . )( DD DCC = → indica o formato da curva granulométricae eventuais descontinuidades ou concentrações de grãos →→→→ Os coeficientes CNU e CC indicam se o solo é “bem graduado” ou “mal graduado” → faixa de diâmetros mais extensa → predominância de partículas com mesmo diâmetro Qual é a importância? → O solo bem graduado apresenta um melhor entrosamento entre as partículas e, consequentemente, melhor comportamento mecânico (menor compressibilidade e maior resistência). → O solo com granulação aberta pode é mais susceptível de ter suas partículas carreadas pelo fluxo d’água. CNU ↑↑↑↑⇒⇒⇒⇒ mais bem graduada é a areia CNU <2: areias uniformes CNU >2: areias bem graduadas 10 60 D DCNU = 6010 2 30 . )( DD DCC = 3>CC>1: areias bem graduadas CC<1: curva descontínua (falta grão de um determinado diâmetro) CC>3: curva uniforme na parte central 6010 .DD ⇒ Usa-se mais o CNU para interpretação da curva granulométrica, pois é raro o CC ficar fora do intervalo de 1 a 3. 2.2- Limites de consistência - Limites de Atterberg ⇒ Para a mesma umidade, os solos se comportam de formas diferentes. Como indicar a influência da fração fina do solo no comportamento do solo? A diferença entre as superfícies específicas (ex: sup. esp. da esmectita = 100 vezes a da caulinita), estrutura mineralógica e cátions adsorvidos dos diferentes argilo-minerais induzem a comportamentos distintos dos solos perante a água, mesmo com igual percentual de fração argila. Medida indireta do comportamento do solo na presença da água: definição de 4 estados para um determinado solo. Os valores das umidades que delimitam esses 4 estados são chamados de Limites de Atterberg.delimitam esses 4 estados são chamados de Limites de Atterberg. Os limites de Atterberg são determinados para a fração do solo que passa na #40 (0,42mm). u m i d a d e LL LP LC IP: índice de plasticidade →→→→ Determinação do limite de liquidez (LL) – NBR 6459 Aparelho de Casagrande LL: umidade quando um sulco formado por ferramentas padronizadas é fechado (numa extensão de 13mm) com 25 golpes no aparelho. Ensaio de limite de liquidez (LL) – NBR 6459 Aparelho de Casagrande 13mm →→→→ Determinação do limite de plasticidade (LP) – NBR 7180 LP: Menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro de 3mm de diâmetro rolando na mão. Ensaio de limite de plasticidade (LP) – NBR 7180 Exemplos de valores de Limites de Atterberg Argila de Botafogo (RJ) 38 11 Argila da Barra da Tijuca (RJ) 70-450 120-250 (Pinto, 2006) (Almeida et al, 2006) →→→→ Atividade das argilas: Índice de atividade da argila: ___________________________Índice de plasticidade (IP) fração argila (% < 0,002mm) Pequenos teores de argila e elevados IP ⇒ argila muito ativa Altos teores de argila e baixos IP ⇒ argila pouco ativa Índice de atividade (i.a.) descrição i.a.< 0,75 inativa 0,75 < i.a. < 1,25 normal i.a. > 1,25 ativa Incluir tabela 4.4 do Jimenez Salas com os i.a. dos argilo-minerais →→→→ Uso dos Limites de Atterberg na Engenharia: - classificação dos solos (veremos mais adiante) - correlações empíricas com parâmetros do solo para projeto ex: compressibilidade do solo: Cc = 0,009 x (LL-10) - especificações para controle de material de aterro Atenção: os limites de Atterberg são determinados com amostras de solo completamente amolgadas (destorroadas e amassadas) não expressam a influência da estrutura do solo não se aplicam a solos residuais ⇒⇒⇒⇒ Classificação Trilinear dos Solos Como complementação a classificação granulométrica, temos ainda o triângulo de Feret, no qual o solo é dividido em três frações: areia, silte e argila. É classificado em função da predominância de uma ou mais dessas frações. Classificação HRB Esta classificação leva em conta a granulometria, limite de liquidez e índice de plasticidade do solo. Provém de uma utilização especifica na classificação de solos na área de estradas. Nesta classificação é introduzido o chamado índice de grupo (IG), n.° inteiro que varia de 0 a 20 e define a "capacidade de suporte" do terreno de fundação de um pavimento, sendo dado em função de: IG = 0,2 a + 0,005 a.c + 0,01 b.d IG = 0,2 a + 0,005 a.c + 0,01 b.d a : porcentagem de solo que passa na malha 200 menos 35. a = (% Ø < # 200) - 35 (0< a < 40) b : porcentagem de solos que passa na malha 200 menos 15 b = (%Ø < 200) - 15 (0 < b < 40) c : valor do limite de liquidez menos 40 c = LL - 40 (0 < c < 20) d: valor do índice de plasticidade menos 10 d = IP-10 (0<d<20). Classificação HRB Exercícios 1) Calcular o IG de um solo em que 65% do material passa na peneira 200, o LL é 32% e o IP = 13%. 2) Um solo apresenta 97,0% passando em peso pela peneira 200 e 100,0% passando na peneira 40. Os limites são LL = 55,0% e IP= 15,0%. Classificá- lo de acordo com a classificação HRB, determinar o IG, e Classificação Unificada. 3) Três diferentes amostras de solo A, B e C apresentam as seguintes características: Peneira % que passa A B C 200 20 43 60 4 60 65 80 Limites: LL 20 35 55 IP 12 12 20 Determinar o índice de grupo e a classificação pela HRB.
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