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Fundamentos de Mecânica dos Solos 2019 Profa. Narayana Saniele Massocco GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Em relação à origem e formação dos solos, analise as informações: I- Os solos são materiais que resultam do intemperismo das rochas, por desintegração mecânica ou decomposição química. II- Por desintegração mecânica, através de agentes como a água, temperatura e ação do gelo, formam-se os pedregulhos e areia. III- Decomposição química consiste no processo em que há modificações químicas ou mineralógicas das rochas de origem, por meio de reações de óxido-redução. IV- A formação de um solo “s” é função da rocha de origem (r), da ação de organismos vivos (o), do clima (cl), da fisiologia (p) e do tempo (t). Estão CORRETAS apenas as afirmativas: a) ( X ) I, II e III. b) ( ) I e IV. c) ( ) I, II e IV. d) ( ) II, III e IV. e) ( ) II e III. 2 As pesquisas das argilas revelam, apesar da aparência amorfa do conjunto, que elas são constituídas de pequeníssimos minerais cristalinos, chamados minerais argílicos, dentre os quais se distinguem três grupos principais, são eles: a) ( ) Caulinitas, Montmorilonitas e Lixitas. b) ( X ) Calcitas, Montmorilonitas e Ilitas. c) ( ) Calcitas, Montmorilonitas e Lixitas. d) ( ) Caulinitas, Montmorilonitas e Ilitas. e) ( ) Caulinitas, Amórficos e Ilitas. 3 Sobre como pode se dar o processo de intemperismo por meio físico, analise os itens a seguir e assinale (V) para o que for Verdadeiro ou (F) para o que for Falso: ( ) Pela variação da temperatura. 3 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS ( ) Pelo congelamento da água. ( ) Pelo alívio de pressões. ( ) Pela carbonatação. A sequência correta é: a) ( ) F, V, V, V. b) ( ) V, F, V, V. c) ( X ) V, V, F, F. d) ( ) V, V, V, F. e) ( ) F, F, V, F. 4 Acerca da origem e formação do solo, preencha as lacunas do texto a seguir: Os solos ____________são os que permanecem no local da rocha de origem, observando-se uma gradual transição do solo até a rocha. Já os solos ____________são os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser ____________quando transportados pela água, _____________quando pelo vento, ____________quando pela ação da gravidade e _______________pelas geleiras. Assinale a alternativa que apresenta as palavras que preenchem CORRETA e respectivamente as lacunas: a) ( ) orgânicos, sedimentares, residuais, eólicos, aluvionares e coluvionares. b) ( ) sedimentares, residuais, coluvionares, aluvionares, eólicos e glaciares. c) ( ) residuais, sedimentares, aluvionares, eólicos, coluvionares e orgânicos. d) ( ) sedimentares, residuais, aluvionares, eólicos, coluvionares e glaciares. e) ( X ) residuais, sedimentares, aluvionares, eólicos, coluvionares e glaciares. 5 Um proprietário de uma fazenda por onde passa um rio resolveu contratar um estudo de viabilidade técnica para exploração da areia nesse rio. Como você classificaria esse tipo de solo pela classificação genética e qual tipo de intemperismo predominou na formação dele? a) ( ) Solo residual com predominância de intemperismo físico. b) ( ) Solo transportado com predominância de intemperismo químico. c) ( X ) Solo transportado com predominância de intemperismo físico. d) ( ) Solo residual com predominância de intemperismo químico. e) ( ) Solo pedogênico. 4 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 6 Defina intemperismo físico e químico citando as principais características dos solos formados pela predominância de um ou outro tipo de intemperismo. Qual a principal diferença entre eles? R.: Intemperismo físico: em geral, o intemperismo físico não ocorre altera- ção mineralógica da rocha, somente fragmentação e os principais agentes são: a) Temperatura. b) Água corrente e ondas. c) Vento (com e sem partículas em suspensão). d) Gelo (água que preenche fissuras e ao dilatar-se ocasiona fissuras). O intemperismo químico é responsável pelos processos de decomposição por ataque químico. Um dos exemplos é a água ácida das chuvas que for- mam argilominerais e sílica: 2 2 2 3+ →H O CO H CO (Ácido carbônico) 2 3 3 8 1 2 2 2 5 4+ → +H CO KAlS O S O Al S O (OH) (sílica + argilominerais caulinita) 7 Quanto à origem, os solos podem ser classificados em residuais, transportados, orgânicos e pedogênicos. Descreva como é formado cada um deles. Desenhe um perfil esquemático de solo residual destacando cada horizonte. Com relação aos solos transportados, quais os principais agentes de transporte e a que tipo de solo eles dão origem? R.: Sobre o perfil de solo residual a resposta está na Figura 13. Sobre solos transportados: a) Solos coluviais: O transporte ocorre pela ação da gravidade e são muito heterogêneos. A ocorrência é localizada, em pé de encostas ou prove- nientes de escorregamentos. Apresentam boa resistência, porém elevada permeabilidade. São divididos em colúvio (material predominantemente fino, Serra do Mar e planalto brasileiro), tálus (material predominante- mente grosseiro, Sul da Bahia e Salvador); b) Solos aluvionares: Origem pluvial ou fluvial, fonte de materiais de cons- trução, mas péssimos como fundação; c) Solos eólicos: O vento é o agente de transporte, os grãos tendem a ser arredondados e uniformes (Areias finas e siltes); d) Solos glaciais: Localiza-se em regiões temperadas e altitudes elevadas. São os solos formados pelas geleiras ao se deslocarem pela ação da 5 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS gravidade. 8 As propriedades físicas do solo dependem: a) ( ) Do tamanho dos grãos. b) ( ) Do formato dos grãos de solo. c) ( ) Da composição química dos grãos do solo. d) ( X ) Todas as alternativas. 9 Os argilominerais são um produto de intemperismo químico de: a) ( X ) Feldspato. b) ( ) Ferromagnesianos. c) ( ) Micas. d) ( ) Todas as alternativas. 10 Os solos transportados e depositados pelo vento são chamados de: a) ( ) Solos aluviais. b) ( X ) Solos eólicos. c) ( ) Solos lacustres. d) ( ) Solos glaciais. e) ( ) Solos fluviais. 11 Os solos formados pelos produtos intemperizados no local de origem são chamados de: a) ( ) Solos transportados. b) ( ) Preenchimentos. c) ( ) Solos aluviais. d) ( X ) Solos residuais. e) ( ) Solos coluvionares. 12 No local de construção, a investigação de subsuperfície indica a presença de depósito de solo residual. O tamanho dos grãos neste local, geralmente: a) ( ) Não variará com a profundidade. b) ( ) Diminuirá com a profundidade. c) ( X ) Aumentará com a profundidade. d) ( ) Inicialmente aumentará com a profundidade e depois diminuirá. e) ( ) Não ocorrerá variação. 6 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 13 As partículas menores que 0,075 mm são referidas como: a) ( ) Argila. b) ( ) Silte. c) ( ) Areia. d) ( X ) Grãos finos. e) ( ) Grãos grossos. 14 A caulinita consiste em camadas repetidas de folhas elementares de sílica-gipsita em: a) ( X ) Arranjo 1:1. b) ( ) Arranjo 1:2. c) ( ) Arranjo 2:1. d) ( ) Arranjo 2:2. e) ( ) Arranjo 3:1. 15 Selecione a declaração incorreta: a) ( ) Os solos orgânicos geralmente são encontrados em áreas de baixa altitude onde o lençol freático está próximo ou acima da superfície do solo. b) ( ) Os solos orgânicos são altamente compressíveis. c) ( ) O teor de umidade dos solos orgânicos pode variar de 200% a 300%. d) ( X ) Os depósitos de solo orgânico geralmente são encontrados em áreas desertas. e) ( ) Um exemplo de solo orgânico é a turfa. TÓPICO 2 1 Diante do que foi explicado sobre a natureza dos solos, os solos não coesivos se fazem presentes no meio da engenharia. Sobre os solos não coesivos, assinale a alternativa INCORRETA: a) ( ) A estrutura do solo não coesivo pode ser dividida em solos com grãos isolados ou em favos. b) ( X ) Possuem alta predominância de finos. c) ( ) As partículas do solo estão em posição estável e em contato comas outras partículas no entorno. 7 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS d) ( ) Na estrutura alveolar, o silte e a areia relativamente finos formam pequenos arcos com correntes de partículas. e) ( ) A forma e a distribuição do tamanho das partículas de solo e as posições relativas influenciam na densidade de pacote. 2 Os solos coesivos são aqueles chamados popularmente de solos que contêm uma “cola”, por aderirem firmemente entre as partículas devido ao seu tamanho que não é identificado a olho nu, como exemplo, temos as famosas argilas. Podemos dividir a estrutura do solo coesivo como: a) ( ) Dispersa, alveolar e floculado. b) ( ) Alveolar, floculado e angulado. c) ( ) Alveolar, dispersa e tramitado. d) ( ) Floculado, dispersa e angulado. e) ( X ) Floculado com sal, floculado e dispersa. 3 O que é floculação? a) ( ) Ocorre em solos não coesivos e é formada por sedimentos em suspensão, submetida a um movimento browniano. b) ( ) Ocorre em solos coesivos e é formada por sedimentos em suspensão que caracterizam a floculação. c) ( X ) Ocorre em solos coesivos. Se as partículas de argila dispersas inicialmente na água se aproximarem umas das outras durante o movimento aleatório em suspensão, as partículas podem se agregar formando flocos visíveis com contato entre as bordas. d) ( ) Ocorre em solos do tipo silte e areia, e estes, por sua vez, formam arcos com correntes de partículas. e) ( ) Ocorre em solos coesivos e é um processo de empacotamento das partículas formando uma estrutura flocular. 4 Sobre a estrutura em solos coesivos, relacione o tipo de estrutura a seguir: I- Estruturas dispersas. II- Estruturas floculadas. III- Domínios. IV- Agregados. V- Aglomerados. a) ( IV ) Agrupam-se para formar os agregados; podem ser vistos sem microscópio. 8 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS b) ( II ) Formados(as) pela sedimentação de flocos de partículas de argila. c) ( III ) Unidades submicroscópicas agrupadas ou floculadas de partículas de argila. d) ( I ) Formados(as) pela sedimentação de partículas isoladas de argila; orientação mais ou menos paralela. e) ( IV ) Agrupam-se para formar os aglomerados; podem ser observados em microscópio óptico. 5 Qual o principal fator de ordenação das partículas em solos arenosos? a) ( X ) A gravidade. b) ( ) A troca de cátions e íons da solução. c) ( ) A floculação. d) ( ) A mudança de temperatura. e) ( ) A força elétrica. 6 Qual o principal fator de ordenação das partículas em solos argilosos? a) ( X ) Ação das forças elétricas. b) ( ) A gravidade. c) ( ) A sedimentação das partículas. d) ( ) O ordenamento estrutural. e) ( ) A força potencial gravitacional. 7 Sobre superfície específica, marque o item INCORRETO: a) ( ) Define-se superfície específica como a relação entre a área da superfície de um material e seu volume. b) ( ) Em relação aos argilominerais, quanto maior a superfície específica (menor o material), maior a atuação das forças elétricas, o que influencia nas demais propriedades. c) ( X ) Em ordem decrescente de tamanho, temos as seguintes superfícies específicas médias por tipo de argilomineral: Montmorilonita = 800m²/g; Ilitas = 80m²/g e Caulinita = 10 m²/g. d) ( ) O cálculo da superfície específica é a área superficial pelo volume total. 8 Considerando o cálculo de uma superfície específica, calcule a área superficial de um grão com lados de 5 cm. a) ( X ) 1,2 cm²/cm³. b) ( ) 2,0 cm²/cm³. c) ( ) 1,0 cm²/cm³. 9 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS d) ( ) 0,5 cm²/cm³. e) ( ) 1,5 cm²/cm³. 9 O formato das partículas presentes em uma massa de solo tem a mesma importância da distribuição granulométrica, porque tem influência significativa sobre as propriedades físicas de determinado solo. Quais as três principais categorias? a) ( X ) Volumosa, lamelar e fibrilar. b) ( ) Lamelar, angular, retangular. c) ( ) Volumosa, lamelar e angular. d) ( ) Lamelar, fibrilar e hexagonal. e) ( ) Fibrilar, angulosa e lamelar. 10 Como as partículas volumosas são formadas? a) ( ) São muito menos comuns que os outros dois tipos de partícula. Alguns depósitos de corais e argilas atapulgitas são exemplos de solo contendo partículas fibrilares. b) ( ) Têm esfericidade muito baixa – geralmente 0,01 ou menos. Estas partículas são predominantemente argilominerais. c) ( ) São as partículas de areia carregadas pelo vento e pela água. d) ( X ) As partículas volumosas são formadas principalmente pelo intemperismo físico de rochas e minerais. Os geólogos utilizam termos como angular, subangular, subarredondado e arredondado para descrever os formatos das partículas volumosas. e) ( ) Têm esfericidade alta – geralmente 0,01 ou menos. Estas partículas são predominantemente argilominerais. 11 Uma amostra de solo natural mais o peso da cápsula foi colocada na estufa a 101°, obtendo uma massa de solo de 90 g. Considerando que a massa da cápsula possui 10g e que a massa de solo natural mais a cápsula corresponde a 110g, qual a umidade da amostra? a) ( X ) 13%. b) ( ) 12%. c) ( ) 15%. d) ( ) 11%. e) ( ) 20%. 10 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 12 Uma amostra de solo com índice de vazios 1,3 e um volume de 1 m³. Qual a porosidade desta amostra? a) ( X ) 56,5%. b) ( ) 60,7%. c) ( ) 13%. d) ( ) 15%. e) ( ) 45,7%. 13 Uma amostra indeformada de solo com 1 m³ de volume possui o peso específico dos grãos de 28,8 kN/m³, umidade de 14%, índice de vazios com 0,71. Qual o Grau de Saturação dessa amostra? a) ( X ) 56,7%. b) ( ) 70,5%. c) ( ) 45,5%. d) ( ) 60,5%. e) ( ) 35,7%. 14 (PINTO, 2006, p. 30) Para uma amostra indeformada tomou-se uma amostra com 72,54g no seu estado natural. Depois de imersa n’água de um dia para o outro e agitada em um dispersor mecânico por 20 min, para eliminar as bolhas de ar. A seguir, o picnômetro foi enchido com água deaerada até a linha demarcatória. Esse conjunto apresentou uma massa de 749,43g. A temperatura da água foi medida, acusando 21° C, e para esta temperatura uma calibração prévia indicava que o picnômetro cheio de água até a linha demarcatória pesava 708,7g. Determinar a massa específica dos grãos. a) ( X ) 2,88 g/cm³. b) ( ) 2,77 g/cm³. c) ( ) 2,55 g/cm³. d) ( ) 2,44 g/cm³. e) ( ) 2,36 g/cm³. 15 Um grupo de estudantes, querendo analisar a estabilidade de um talude, verificou a necessidade de calcular o peso específico natural de amostras indeformadas. Moldaram um corpo cilíndrico com 3,57 cm de diâmetro e 9 cm de altura. No momento da pesagem verificou uma massa de 173,74g. Determine a massa específica natural deste solo. a) ( ) 1,93 g/cm³. b) ( ) 1,75 g/cm³. 11 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS c) ( ) 1,67 g/cm³. d) ( X ) 1,88 g/cm³. e) ( ) 1,55 g/cm³. 16 No estado natural, um solo úmido tem um volume de 9,34 x 10-3 m³ e pesa 177,6 x 10-3 kN. O peso do solo seco em estufa é 153,6 x 10-3 kN. Se Gs = 2,67, calcule: a) Teor de umidade. b) Peso específico úmido. c) Peso específico seco. d) Índice de vazios. e) Porosidade. f) Grau de Saturação. R.: a) Teor de umidade h=15,63% b) Peso específico úmido₢ ϒúmido=19,01 kN/m³ c) Peso específico seco ϒseco=16,4 kN/m³ d) Índice de vazios e=0,62 kN/m³ e) Porosidade n=38,58% f) Grau de Saturação S=67,31% 12 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 (PINTO, 2006) Para fazer a análise granulométrica de um solo, tomou-se uma amostra de 53,25 g, cuja umidade era de 12,6%. A massa específica dos grãos do solo era de 2,67 g/cm³. A amostra foi colocada em uma proveta com capacidade de um litro (V=1000 cm³), preenchida com água. Admita-se neste exercício que a água é pura, não tendo sido adicionado defloculante, e que a densidade da água é de 1,0 g/cm³: Ao uniformizar a suspensão (instante inicial da sedimentação), qual deve ser a massa específicada suspensão? E qual a leitura do densímetro nele colocado? R.: 1° Passo: Cálculo da massa seca: 53,25 47,29 1 0,126s M g= = + 2° Passo: O volume ocupado por esta massa: 47,29 17,71 ³ 2,67s V cm= = 3°Passo: O volume ocupado pela água é: 1000 17,71 982,29 ³wV cm= − = 4° Passo: Cálculo da massa de água: 1,0 982,29 ³wM cm= × 5° Passo: A massa específica da suspensão é: 47,29 982,29 1,02958 / ³ 1000 s w susp s w M M g cm V V ρ + += = = + 13 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 6° Passo: A definição da leitura do densímetro A leitura do densímetro indica quantos milésimos de g/cm³ a densidade é maior à da água. Neste caso a leitura é L=29,6 2 (PINTO, 2006) No caso do ensaio descrito no exercício anterior, 15 minutos depois da suspensão ser colocada em repouso, o densímetro indicou uma leitura de L=13,2. Em relação à situação inicial, quando a suspensão era homogênea, qual a porcentagem (em massa) de partículas que ainda se encontrava presente na profundidade correspondente à leitura do densímetro? R.: A leitura de 13,2 corresponde a uma massa específica de 1,0132 g/cm³. Chamando de Q a porcentagem referida, tem-se que a massa presente na unidade de volume é s Q M V × , expressão que pode ser levada à equação determinada para densidade da suspensão que resulta em: s s w susp w s Q M V ρ ρρ ρ ρ × − = + Isolando Q: ( )susp ws s w s Q M ρ ρρ ρ ρ − = × − Substituindo aos valores dessa questão: 2,67 (1,0132 1) 1000 0,45 44,6% 2,67 1 47,29 Q − ×= × = ≅ − 3 (PINTO, 2006) Conforme o ensaio anterior, a leitura do densímetro acusava a densidade a uma profundidade de 18,5 cm. Qual o maior tamanho de partícula que ainda ocorria nessa profundidade? Considerar que o ensaio foi feito a uma temperatura de 20 °C, na qual a viscosidade da água é de 10,29 x 10-6 g.s/cm². 618 10,29 10 18,5 0,015 2,67 1 15 60 d mm −× × = × = − × 14 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 618 10,29 10 18,5 0,015 2,67 1 15 60 d mm −× × = × = − × 4 (PINTO, 2006, p. 32) Quando se deseja conhecer a distribuição granulométrica só da parte grosseira do solo (as frações areia e pedregulho), não havendo, portanto, a fase de sedimentação, pode- se peneirar diretamente o solo no conjunto peneiras? R: Segundo Pinto (2006, p. 32) não, pois se assim fosse feito, agregações de partículas de silte e argila ficariam retidas nas peneiras, dando a falsa impressão de serem partículas de areia. Ainda que não se queira determinar, o solo deve ser preparado com defloculante, agitado no dispersor, e a seguir lavado na peneira de 0,075 mm. Somente quando o material é uma areia evidentemente pura, o ensaio é feito diretamente pelo peneiramento. 5 (Adaptado de PINTO, 2006) Na Figura 8 são apresentados os resultados de dois ensaios de granulometria por peneiramento e sedimentação de uma amostra de solo: um com a utilização de defloculante e outro sem a utilização de defloculante. Como interpretar a diferença de resultado? Esse tipo de comportamento é comum a todos os solos? FIGURA 8 – CURVA GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO GROSSO E FINO COM SEDIMENTAÇÃO FONTE: Borges (2014, p. 49) Po rc en ta ge m q ue p as sa (% ) Diâmetro das partículas (mm) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10,10,010,001 0 10 10 Com defloculante Sem defloculante 15 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS R.: Podemos perceber a relevância da utilização do defloculante para a dis- persão das partículas. No ensaio feito de acordo com a norma NBR7181, as partículas sedimentaram-se isoladamente e pôde-se detectar seus diâ- metros equivalentes. No ensaio sem defloculante, as partículas agrupadas, como se encontravam na natureza, sedimentaram-se mais rapidamente, indicando grãos maiores, que não são das partículas, mas das agregações. 6 O ensaio de Granulometria de uma amostra de solo é composto por duas etapas: o peneiramento e a sedimentação. O peneiramento é realizado com a amostra de solo em dimensões grandes, conheci- do como solos grossos, e a sedimentação é realizada para definir a granulometria da amostra de solos finos. A seguir temos uma curva granulométrica de um solo. R.: a) Quais são as porcentagens/frações dos constituintes de grãos neste solo estudado? b) Ao analisar o gráfico, qual tipo de solo é este? Como podemos chamá-lo? a) Argila: 62% Silte: 12% Areia fina: 1% Areia média: 7% Areia grossa: 7% Pedregulho: 10% b) Solo argilo-siltoso. 16 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS FIGURA 9 – CURVA GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO GROSSO E FINO COM SEDIMENTAÇÃO A rg ila Si lte 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0,001 0,01 1000,1 1 10 Po rc en ta ge m P as sa nt e (% ) Diâmetro dos Grãos (mm) A re ia F . A re ia M . A re ia G . Pe dr eg ul ho FONTE: A autora, adaptado de Massocco (2017) 7 A curva de granulometria é utilizada apenas para classificar os solos. Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Justifique. R.: Não, também é utilizada para analisar a permeabilidade do solo e a estrutura do solo. 17 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 8 Os itens a seguir referem-se ao ensaio de caracterização física dos solos, denominado de análise granulométrica. Analise os itens quanto à sua veracidade, assinalando V para verdadeiro e F para falso: a) ( V ) No ensaio de granulometria são determinados os tamanhos das partículas que compõem o solo e as suas porcentagens de ocorrência, possibilitando a elaboração da curva granulométrica. b) ( F ) Na curva granulométrica, o eixo das ordenadas representa os diâmetros dos grãos. c) ( V ) Na realização do ensaio de granulometria, a secagem ao ar livre do solo faz-se necessária para a etapa de destorroamento. d) ( F ) Apesar da secagem ao ar livre, o solo apresenta ainda um certo teor de umidade, denominado de umidade de constituição. e) ( V ) No ensaio de granulometria, dependendo do diâmetro do solo, faz- se necessário realizar o peneiramento grosso, o peneiramento fino e a sedimentação. TÓPICO 2 1 A resistência e a compressibilidade de um solo variam de forma considerável em função da consistência em que ele se encontra. A consistência de um solo pode ser determinada a partir de um índice, denominado “Índice de Consistência (IC)”. Dessa forma, analisando uma argila que apresenta no campo um teor de umidade natural (hnat) de 23% e seus LL e LP são, respectivamente, 28% e 15%, responda: a) Em que estado de consistência (IC) se encontra essa argila? b) Este solo é mais ou menos resistente que uma argila cujo índice de consistência (IC) é igual a 0,2? Solução: Sabemos que: 28 23 0,38 28 15 − = − = 28 23 0,38 28 15 − = − O índice de 0,38 corresponde a um estado plástico de uma argila mole, facilmente moldável. O solo acaba sendo mais resistente que uma argila com índice de 0,2, porém esta pertence à mesma classe de análise deste solo. 18 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 2 Os itens a seguir referem-se aos índices de consistência dos solos ou Limites de Atterberg: limite de liquidez e limite de plasticidade. Analise os itens quanto à sua veracidade, assinalando V para verdadeiro e F para falso: a) ( F ) O limite de liquidez (LL) e o limite de plasticidade (LP) não são teores de umidade. b) ( V ) O LL e o LP são constantes de um solo e podem ser determinados através de ensaios em laboratório. c) ( V ) O LP é o teor de umidade em percentual, no qual a transição do estado semissólido para o plástico ocorre. d) ( V ) O LL é o teor de umidade em percentual, no qual a transição do estado plástico para o líquido ocorre. e) ( F ) A plasticidade é uma propriedade que os solos finos apresentam, logo, em um solo, quanto maior o percentual de argila, menor será a sua plasticidade. 3 Os itens a seguir referem-se aos ensaios de caracterização física dos solos: limite de liquidez (NBR 6459) e limite de plasticidade (NBR 7180). Analise os itens a seguir e identifique F para Falso e V para Verdadeiro. a) ( V ) Para a realizaçãodo ensaio do Limite de Plasticidade e do Limite de Liquidez, utilizar solo passante na peneira de 0,42mm. b) ( V ) O Limite de Plasticidade corresponde à umidade que o solo apresenta ao se fragmentar formando um cilindro com diâmetro de 3 mm e comprimento da ordem de 100 mm. c) ( V ) Na determinação do Limite de Plasticidade, para que o ensaio seja satisfatório, pelo menos três umidades não podem diferir da respectiva média de mais de 5% dessa média. d) ( F ) Na determinação do Limite de Liquidez, inicialmente, adiciona-se água destilada na amostra em pequenos incrementos, de forma a obter uma pasta homogênea, com consistência tal que sejam necessários cerca de 15 golpes para fechar a ranhura. e) ( V ) Na determinação do Limite de Liquidez, após obter a umidade necessária para fechar a ranhura com cerca de 35 golpes, adicionar mais água, de forma a obter, no mínimo, mais dois pontos de ensaio, cobrindo o intervalo de 35 a 15 golpes. 4 Com a execução dos ensaios para a determinação do limite de liquidez e limite de plasticidade foram obtidos os seguintes resultados: 19 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Ensaio de Limite de Plasticidade Cápsula No 1 2 3 4 5 Cápsula + Solo Úmido (g) 9,66 8,24 9,94 13,03 8,96 Cápsula + Solo Seco (g) 9,31 7,82 9,49 12,63 8,44 Peso da Cápsula (g) 8,59 6,95 8,59 11,75 7,44 Peso da Água (g) 0,35 0,42 0,45 0,40 0,52 Peso Solo Seco (g) 0,72 0,87 0,90 0,88 1,00 Teor de Umidade (%) 48,61 48,28 50,00 45,45 52,00 Ensaio Limite de Liquidez Cápsula N0 6 7 8 9 10 Cápsula + Solo Úmido (g) 9,66 10,16 10,90 14,20 9,37 Cápsula + Solo Seco (g) 8,80 9,38 9,96 13,49 8,60 Peso da Cápsula (g) 7,63 8,23 8,55 12,49 7,52 Peso da Água (g) 0,86 0,78 0,94 0,71 0,77 Peso Solo Seco (g) 1,17 1,15 1,41 1,00 1,08 No. de Golpes 15 34 31 15 18 Teor de Umidade (%) 73,50 67,83 66,67 71,00 71,30 Determine: a) Limite de Liquidez e o Limite de Plasticidade do solo. b) O Índice de Plasticidade do solo. Classifique-o. Solução: Limite de plasticidade 1° Passo: A partir das umidades obtidas, tem-se a média: 1 2 3 4 5% 5média h h h h hh + + + += = 20 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 48,61 48,28 50 45,45 52 48,87% 5 + + + + = A NBR: 7180 diz que os valores de umidade têm que estar na faixa de 5% superior à média e 5% inferior à média, desse modo: 548,87 2,44% 100 × = O Limite superior: l 2, 44 48,87 51,31%sLp = + = O Limite inferior: 48,87 2,44 46,42%liLp = − = Desse modo, analisando os dados: Teor de Umidade (%) 48,61 48,28 50,00 45,45 52,00 Situação: ok ok ok não não Assim, o valor do LP será: 48,61 48,28 50 48,96% 3 LP + += = Limite de plasticidade 1° Passo: Plotam-se os dados no gráfico 21 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Ao analisar o gráfico, percebe-se que o Limite de plasticidade corresponde a 69%. Assim IP=LL-LP=69-48,96= 20,04% Este solo é classificado como altamente plástico. TÓPICO 3 1 Na figura a seguir estão as curvas granulométricas de diversos so- los, cujos índices de consistência estão indicados na tabela a se- guir. Determine a classificação de oito desses solos pelos métodos SUCS e AASHTO. Para os solos argilosos, determine os índices de atividade da argila e para os solos arenosos, os índices de consis- tência (adaptado de PINTO, 2006, p. 75). 22 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Solo Descrição do solo LL IP A Argila orgânica de Santos 120 75 B Argila porosa laterítica 80 35 C Solo residual de basalto 70 42 D Solo residual de granito 55 25 E Areia variegada de São Paulo 38 20 F Solo residual de arenito 32 12 G Solo residual de migmatito 44 18 H Solo estabilizado para pavimentação 24 3 I Areia fluvial fina NP NP J Areia fluvial média 1 NP NP K Areia fluvial média 2 NP NP Peneira #200 Diâmetro dos grãos (mm) Po rc en ta ge m p as sa da 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (k)(i) (i) 1010,10,010,001 (a) 23 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 1 Solo A: Argila orgânica de Santos Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 96% (C, M, O) Passo 2: Carta de plasticidade IP=75 LL=120 Função da linha A: IP=0,73(LL-20) IP=0,73(120-20)=73% 73 Lin ha A 120 FONTE: Pinto (2006) Assim, pela classificação unificada (SUCS): CH (solo argiloso de alta compressibilidade) Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade(%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. 24 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Desse modo, pela AASSHTO: A7-5 (Argilas plásticas de elevados limites de liquidez e grande variação de volume). 2 Solo B: Argila porosa laterítica Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 98% (C, M, O) Passo 2: Carta de plasticidade IP=35% LL=80 Função da linha A: IP=0,73(LL-20) IP=0,73(80-20)=43,8% Lin ha A35 FONTE: Pinto (2006) 25 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Assim, pela classificação unificada (SUCS): MH (solo argiloso de alta compressibilidade) Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade(%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. Desse modo, pela AASSHTO: A7-5 (Argilas plásticas de elevados limites de liquidez e grande variação de volume). 3 Solo C: Solo residual de diabásio Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 89% (C, M, O) Passo 2: Carta de plasticidade IP=42% LL=70 Função da linha A: IP=0,73(LL-20) IP=0,73(70-20) = 36,5% 26 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Lin ha A FONTE: Pinto (2006) Assim, pela classificação unificada (SUCS): CH (solo argiloso de alta compressibilidade) Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade (%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Desse modo, pela AASSHTO: A7-6 (Argilas plásticas de elevados limites de liquidez e grande variação de volume). 27 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS FONTE: Pinto (2006) IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 4 Solo D: Solo residual de granito Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 64% (C, M, O) Passo 2: Carta de plasticidade IP=25% LL=55% Lin ha A Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade (%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. 28 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Desse modo, pela AASSHTO: A7-5 (Argilas plásticas de elevados limites de liquidez e grande variação de volume) 5 Solo E: Areia variegada de SP Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 38% (G, S) Passo 2: Carta de plasticidade IP=20% LL=38% Lin ha A FONTE: Pinto (2006) Assim, pela classificação unificada (SUCS): SC (solo arenoso com argila) Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade (%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. 29 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS FONTE: Pinto (2006) IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Desse modo, pela AASSHTO: A6 (solo fino arenoso) 6 Solo F: solo residual de arenito Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 28% (G, S) Passo 2: Carta de plasticidade IP=12% LL=32% Lin ha A 30 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Assim, pela classificação unificada (SUCS): SC (solo arenoso com argila) Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade(%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. IP (% ) 10A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Desse modo, pela AASSHTO: A2-6 (solo arenoso) 7 Solo G – solo residual mignatito Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 77% (M, C, H) Passo 2: Carta de plasticidade IP=18% LL=44% Função da linha A: IP=0,73(LL-20) IP=0,73(44-20)=17,52% 31 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Lin ha A FONTE: Pinto (2006) Assim, pela classificação unificada (SUCS): CL (Solo argiloso com baixa compressibilidade) Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade (%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. 32 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Desse modo, pela AASSHTO: A7-6 (solo fino argiloso) 8 Solo H – solo estabilizado para pavimentação Classificação Unificada (SUCS) Passo 1: quantidade de finos presente no solo %<0,075mm (peneira #200) = 11% (S, G) Passo 2: Carta de plasticidade IP=3% LL=24% Função da linha A: IP=0,73(LL-20) IP=0,73(24-20)=2,9% Lin ha A FONTE: Pinto (2006) Assim, pela classificação unificada (SUCS): GW-GM (Solo granular arenoso/siltoso bem graduado). Classificação rodoviária (AASSHTO) Passo 1: Quantidade (%) passante na #200 >35% é fino, caso contrário é solo grosso. 33 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS IP (% ) 10 A2-7 A7-6 A6/A2-6 A4/A2-4 LL(%)40 A5/A2-5 A2-7 A7-5 Desse modo, pela AASSHTO: A-1a pois menos de 50% passa na peneira número 10, menos de 30% passando na peneira n° 40 e menos de 15% passando na peneira n° 200 (solo grosso). UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 (Adaptado de DAS; KHALED, 2017) A tensão total provocada pela água nos vazios, chamada de poropressão, em qualquer ponto dentro da massa de solo saturada, age: a) ( ) Na direção vertical. b) ( ) Na direção horizontal. c) ( ) Com intensidade desigual em todas as direções. d) ( X ) Com intensidade igual em todas as direções. e) ( ) Apenas em uma direção e sentido. 2 A poropressão nos vazios de uma massa de solo é chamada de: a) ( X ) Tensão neutra. b) ( ) Tensão efetiva. c) ( ) Tensão vertical. d) ( ) Tensão total. e) ( ) Capilaridade. 34 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 3 (Adaptado de DAS; KHALED, 2017) A soma das componentes verticais das forças desenvolvidas em pontos de contato das partículas sólidas por área transversal seccional da massa de solo é chamada de: a) ( ) Tensão vertical. b) ( ) Tensão total. c) ( X ) Tensão efetiva. d) ( ) Tensão neutra. e) ( ) Força de percolação. 4 (Adaptado de DAS; KHALED, 2017) O princípio de tensão efetiva para solos saturados fornece uma expressão que envolve a tensão total (σt), a tensão efetiva (σ') e a poropressão (µ), que é determinada pela equação: a) ( ) σt = σ' + µ. b) ( ) σ'= σt + µ. c) ( X ) µ = σt - σ'. d) ( ) σt = σ' × µ. e) ( ) nenhuma das alternativas acima. 5 Qual das seguintes tensões não pode ser determinada experimentalmente em laboratório e em campo? a) ( ) Tensão total. b) ( ) Poropressão. c) ( X ) Tensão efetiva. d) ( ) Poropressão negativa. e) ( ) Todas as alternativas acima. 6 (Adaptado de DAS; KHALED, 2017) Qual dos seguintes itens depende muito da tensão efetiva? a) ( ) Compressibilidade do solo. b) ( ) Resistência do solo. c) ( ) Propriedades índice do solo. d) ( X ) (a) e (b). e) ( ) (a), (b) e (c). 7 (Adaptado de DAS; KHALED, 2017) O aumento do nível de água quando ocorre acima do nível do terreno causa: 35 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS a) ( ) Nenhuma mudança na tensão total e poropressão em qualquer ponto abaixo do nível do terreno. b) ( ) Nenhuma mudança na tensão efetiva em qualquer ponto abaixo do nível do terreno. c) ( ) Aumento ou diminuição por igual na tensão total e poropressão em qualquer ponto abaixo do nível do terreno. d) ( X ) (b) e (c). e) ( ) (a), (b) e (c). 8 Se o lençol freático coincidir com o nível do terreno e o peso específico saturado do solo for de 19 kN/m3, a tensão efetiva a uma profundidade de 4 m abaixo do nível do terreno será de aproximadamente: a) ( ) 19 kN/m 2. b) ( X ) 36 kN/m2. c) ( ) 76 kN/m². d) ( ) 30 kN/m². e) ( ) Nenhuma das alternativas 9 Na Questão 8, a poropressão a uma profundidade de 3 m abaixo do nível de superfície será de aproximadamente: a) ( ) 10 kN/m 2. b) ( ) 19 kN/m 2. c) ( X ) 30 kN/m2. d) ( ) 57 kN/m 2. e) ( ) 60 kN/m². 10 (Adaptado de DAS; KHALED, 2017) Se o lençol freático permanecer abaixo do nível do terreno, a tensão efetiva em qualquer ponto abaixo do lençol freático: a) ( ) Aumenta com o aumento do lençol freático. b) ( X ) Diminui com o aumento do lençol freático. c) ( ) Tende a ser zero com o aumento do lençol freático. d) ( ) Permanece constante com o aumento ou a queda do lençol freático. e) ( ) Nenhuma das alternativas. 36 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS TÓPICO 2 1 Em um fluxo de água passando pelo solo, a carga total em qualquer ponto é adequadamente representada por: a) ( x ) carga piezométrica somada à carga altimétrica. b) ( ) carga de velocidade somada à carga hidráulica. c) ( ) permeabilidade vezes o gradiente hidráulico. d) ( ) carga piezométrica vezes a carga altimétrica. e) ( ) carga de pressão somada à carga de velocidade. 2 Os solos são permeáveis em razão da existência de: a) ( ) Grãos finos. b) ( ) Vazios. c) ( x ) Vazios interconectados. d) ( ) Carga piezométrica. e) ( ) Partículas maiores. 3 A velocidade de descarga de água: a) ( ) É a quantidade de água que flui em um tempo específico por uma área transversal seccional bruta do solo em ângulos retos na direção do fluxo. b) ( ) Tem unidade SI como m/s. c) ( ) É a quantidade de água que flui em um tempo específico por uma área transversal seccional bruta específica do solo. d) ( x ) a e b. e) ( ) É a velocidade calculada devido à passagem da água entre os vazios do solo. 4 Com relação à permeabilidade do solo e ao fluxo de água, selecione a declaração INCORRETA: a) ( ) A velocidade de descarga é a quantidade de água que flui em um tempo específico por uma área transversal seccional bruta do solo em ângulos retos na direção do fluxo. b) ( ) A carga de pressão em um determinado ponto é a pressão de água neste ponto dividida pelo peso específico de água. c) ( ) A carga altimétrica ou de elevação em um determinado ponto é a distância vertical acima ou abaixo do plano de referência. d) ( x ) A unidade SI de carga é cm. e) ( ) A velocidade real é a velocidade calculada devido à passagem da água entre os vazios do solo. 37 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 5 Sobre gradiente hidráulico do solo, assinale o item CORRETO: a) ( x ) É determinado a partir da perda entre dois pontos, e é considerado adimensional. b) ( ) É utilizado para definir características do solo tais como permeabilidade, velocidade de percolação e porosidade do solo. c) ( ) É semelhante ao gradiente de velocidade. d) ( ) O gradiente hidráulico corresponde à quantidade de carga dissipada por uma faixa de solo, este valor é definido em cm. e) ( ) Quando analisamos o gradiente crítico do solo, sabemos que o fluxo é descendente e este fato corresponde ao estado de areia movediça. 6 A Lei de Darcy explica que a velocidade de descarga é definida por: a) ( ) É determinada a partir da perda entre dois pontos, e é considerada adimensional. b) ( x ) Corresponde ao coeficiente de permeabilidade vezes o gradiente hidráulico. c) ( ) Corresponde à relação entre o coeficiente de permeabilidade dividido pelo gradiente hidráulico. d) ( ) O gradiente hidráulico dividido pelo coeficiente de permeabilidade. e) ( ) O gradiente hidráulico vezes o coeficiente de permeabilidade vezes a velocidade de descarga. 7 A velocidade real da água é chamada de: a) () Fluxo operacional. b) ( x ) Velocidade de percolação. c) ( ) Pressão de percolação. d) ( ) Velocidade entre vazios. e) ( ) Velocidade exponencial. 8 A velocidade de descarga de água pelo solo é de 24 cm/h, sabendo que a porosidade é de 30%, a velocidade de percolação será: a) ( ) 24 cm/h b) ( ) 72 cm/h. c) ( x ) 80 cm/h. d) ( ) 30 cm/h e) ( ) 40 cm/h. 38 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS 9 A condutividade hidráulica do solo não depende de: a) ( x ) Peso específico de sólidos de solo. b) ( ) Peso específico de água fluindo pelos vazios do solo. c) ( ) Viscosidade de água fluindo pelos espaços vazios do solo. d) ( ) Índice de vazios. e) ( ) Porosidade. 10 O ensaio de laboratório utilizado para determinar a permeabilidade em solos granulares finos é: a) ( x ) Ensaio de permeabilidade de carga variável. b) ( ) Ensaio de permeabilidade de carga constante. c) ( ) Teste de bombeamento. d) ( ) Slug test. e) ( ) SPT. TÓPICO 3 1 O engenheiro Florêncio está analisando um projeto de fundações e quer escolher o ensaio mais adequado. Inicialmente ele estudou sobre os tipos de solo. Relacione o tipo de solo com os ensaios geotécnicos de campo e com as suas respectivas características de operacionalidade, aplicabilidade e informações obtidas: a) O engenheiro percebeu que as casas ao redor possuem solos com bastantes pedregulhos e matacões e após o ensaio retiraram um testemunho (L=2 m). Que ensaio é este? Explique o funcionamento e resolva a questão. 39 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS L = - 35 cm L = - 20 cm L = 0 L = 0 L = 17 cm L - 38 cm 38 17 20 35 0,55 200 RQD + + += = Rocha de qualidade regular R.: Ensaio sondagem rotativa, este equipamento possui uma base diaman- tada em que é possível perfurar rocha ou material com alto valor de Nspt (im- penetrável). Este ensaio tem o diferencial por retirar as amostras, chamadas de testemunhos, em que os mesmos podem ser levados para laboratório onde é possível realizar outros ensaios. b) Geralmente esse é o primeiro ensaio que o engenheiro pensa em re- alizar. O ensaio popularmente chamado de SPT. Preencha os dados do laudo de SPT nas colunas de número de golpes e desenhe o gráfico. Por fim, assinale o que for verdadeiro; se for falso, justifique sua resposta. 40 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Amostra Nº ENSAIO DE PENETRAÇÃO Golpes/ cm GRÁFICO .... ―― 1º + 2º 2º + 3º 1 8 8 2 5 6 3 2 2 4 5 4 5 7 6 6 2 2 7 1 1 8 2 2 9 3 2 10 2 2 11 4 3 12 2 2 13 1 1 14 3 2 15 2 2 16 2 2 17 2 2 18 3 4 19 3 3 20 19 24 45403530252015105 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 41 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS Amostra Nº ENSAIO DE PENETRAÇÃO Golpes/ cm GRÁFICO .... ―― 1º + 2º 2º + 3º 1 8 8 2 5 6 3 2 2 4 5 4 5 7 6 6 2 2 7 1 1 8 2 2 9 3 2 10 2 2 11 4 3 12 2 2 13 1 1 14 3 2 15 2 2 16 2 2 17 2 2 18 3 4 19 3 3 20 19 24 45403530252015105 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 42 FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS I- (V) É possível determinar na sondagem SPT a extensão, a profundidade, a espessura e a resistência das camadas do subsolo. II- (F) É possível identificar a granulometria, a cor, a resistência (Nspt), a consistência e a compacidade dos solos de cada camada do subsolo. Justificativa: Não é possível identificar a granulometria e compacidade. III- (F) É possível coletar amostras indeformadas de solo. Justificativa: Não é possível coletar amostras indeformadas no ensaio, apenas indeformadas. IV- (V) É possível determinar a profundidade do nível do lençol freático. V- (F) É possível obter informações sobre a profundidade da superfície rochosa, e, a partir de amostras coletadas, verificar o estado de alteração e variação da rocha encontrada. Justificativa: O único que verifica estado de alteração da rocha é a rotativa. c) Em relação aos procedimentos de execução desse ensaio (SPT), analise-os quanto à sua veracidade; se forem falsos, justifique sua resposta. VI- (F) Inicialmente limpa-se o local, para na sequência avançar com o trado até 3 m de profundidade. Justificativa: Um metro de profundidade. VII- (V) Posicionar e cravar o amostrador padrão no solo. Trata-se de uma cravação com martelo de 65 kg caindo a uma altura de 75cm. VIII- (F) Anotar a resistência do solo a cada dois metros de profundidade. Justificativa: É anotado a cada um metro, e os valores de Nspt são 45 cm, em que são anotados os golpes a cada 15 cm. IX- (V) Descrever a textura e a cor do solo através da coleta de amostras. X- (V) Realizar a leitura do nível do lençol freático após a realização do ensaio e após 24h.
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