Buscar

Aula 06 Custeio Variável

Prévia do material em texto

Contabilidade e Apuração de Custos
Aula 06 – Custeio Variável
Profª Joelma Leite Castelo
O que vimos na Aula 05
2
➢ Sistema de Custeio baseado em atividade - ABC
Conteúdo desta aula
3
➢ Sistema de Custeio variável x Custeio por Absorção
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
• CONCEITO: O sistema de custeio por absorção considera na apuração do
CPV todos os custos de produção – Diretos e Indiretos, Fixos e Variáveis.
Assim, os custos fixos e variáveis são “estocados” e lançados ao resultado
apenas quando da venda dos produtos correspondentes. As despesas
serão registradas pela contabilidade comercial e serão evidenciadas na
DRE.
• Portanto, quando da apuração do CPV serão apropriados aos produtos:
MP, MOD devidamente utilizada na produção e todos os CIF.
• O custeio por absorção obedece ao regime de competência do exercício e
é aceito pela legislação do imposto de renda, já que, os custos de
produção (apropriados aos produtos) só serão transferidos para o
resultado quando estes produtos forem vendidos.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
• DIFICULDADES: Por sua própria natureza os custos fixos existem
independentemente da ocorrência ou não de qualquer produção e,
mesmo com oscilações dentro de certos limites, acabam representando o
mesmo montante a cada período ( mês, por ex.)
• Por não dizerem respeito a este ou aquele produto ou a esta ou aquela
unidade, os custos fixos são quase que sempre distribuídos à base de
critérios de rateio, que contém em maior ou menor grau , arbitrariedade.
• A maior parte das apropriações é feita em função de fatores de influência
que na verdade não vinculam efetivamente cada custo a cada produto,
sendo, assim injustos.
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
PERÍODO PRODUÇÃO 
(UNIDADES)
VENDAS 
(UNIDADES)
ESTOQUE FINAL 
(UNIDADES)
ANO 1 60.000 40.000 20.000
ANO 2 50.000 60.000 10.000
ANO 3 70.000 50.000 30.000
ANO 4 40.000 70.000 0
• CASO PRÁTICO
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
• PLANILHA DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS TOTAL
MATÉRIA – PRIMA 20.00/unidade
ENERGIA 4.00/unidade
MATERIAIS INDIRETOS 6.00/unidade
TOTAL 30.00 unidades
CUSTOS FIXOS TOTAL
MOI 1.300.000/ano
DEPRECIAÇÃO 400.000/ano
MANUTENÇÃO 300.000/ano
DIVERSOS 100.000/ ano
TOTAL 2.100.000
PREÇO DE VENDA 75/unidade
MÉTODO DE APURAÇÃO DE 
CUSTOS
PEPS
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 1
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 60.000 X 30,00 = 1.800.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 3.900.000
CUSTO UNITÁRIO: 3.900.000/60.000 = 65.00 unidades
ESTOQUE FINAL: 20.000 X 65.00 = 1.300.000
DRE
RECEITA: 40.000 X 75.00 = 3.000.000
(-) CPV : 40.000 X 65.00 = (2.600.000)
LUCRO BRUTO 400.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 2
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 50.000 X 30,00 = 1.500.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 3.600.000
CUSTO UNITÁRIO: 3.600.000/50.000 = 72.00 unidades
ESTOQUE FINAL: 10.000 X 72.00 = 720.000
DRE
RECEITA: 60.000 X 75.00 = 4.500.000
(-) CPV : ANO 1 = 20.000 X 65.00 =1.300.000
ANO 2 = 40.000 X 72.00 =2.880.000
(4.180.000)
LUCRO BRUTO 320.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 3
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 70.000 X 30,00 = 2.100.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 4.200.000
CUSTO UNITÁRIO: 4.200.000/70.000 = 60.00 unidades
ESTOQUE FINAL: 30.000 X 60.00 = 1.800.000
DRE
RECEITA: 50.000 X 75.00 = 3.750.000
(-) CPV : ANO 2 = 10.000 X 72.00 =720.000
ANO 3 = 40.000 X 60.00 =2.400.000
(3.120.000)
LUCRO BRUTO 630.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 4
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 40.000 X 30,00 = 1.200.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 3.300.000
CUSTO UNITÁRIO: 3.300.000/40.000 = 82.50 unidades
ESTOQUE FINAL: ZERADO -
DRE
RECEITA: 70.000 X 75.00 = 5.250.000
(-) CPV : ANO 3 = 30.000 X 60.00 =1.800.000
ANO 4 = 40.000 X 82.50 =3.300.000
(5.100.000)
LUCRO BRUTO 150.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃOCUSTEIO POR ABSORÇÃO
CONCLUSÃO
• Embora a empresa tenha aumentado suas vendas de R$ 3.000.000 no primeiro ano para R$
4.500.000 no segundo ano, seu resultado diminuiu de R$ 400.000 para R$ 320.000,
conseqüência da queda da produção no segundo ano e da influência dos Custos Fixos nos
dois períodos no cálculo do Custo Unitário dos produtos. Vê-se claramente a incoerência
provocada pela apropriação dos Custos Fixos diretamente aos produtos.
• Note-se que o mesmo produto, com os mesmos custos variáveis e mesmos custos fixos, tem
custo unitário diferente, o que não faz nenhum sentido. Seria tolice alguém adotar uma
política de preços, por exemplo, com base nesses custos unitários.
• No terceiro ano, as vendas caíram 16.7%, em comparação com o segundo ano, e os lucros
aumentaram em 96.9%. No quarto ano, em comparação ao terceiro ano, o resultado foi o
inverso. Em resumo, observamos que o resultado da empresa não tem relação com o volume
de vendas, sendo muito mais influenciado pelo volume de produção.
ANÁLISE DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CUSTEIO VARIÁVEL
• CONCEITO: Entende-se por custeio variável o método de custeamento
onde são alocados aos produtos apenas os custos variáveis, ficando os
custos fixos separados e considerados como despesas do período,
contabilizadas diretamente no Resultado.
• CARACTERÍSITCAS: Como fator de decisão, verifica-se que o custeio
variável oferece mais condições de propiciar informações vitais a empresa
com relação aos efetivos custos dos produtos e apuração dos resultados.
• O custeio variável utiliza um conceito fundamental em custos, trata-se do
conceito de MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ( RECEITA – CUSTO VARIÁVEL –
DESPESA VARIÁVEL), indispensável ao cálculo dos problemas relativos a
relação CUSTO/VOLUME/LUCRO, que determina por ser um dos principais
pontos de estudo da Análise de Custos.
• Contudo, contraria aos princípios contábeis : Competência, Confrontação
entre Receita e Despesas e por isso não é reconhecido pelo Fisco, por
Auditores. Portanto, este método é utilizado num sistema paralelo, fora
das Demonstrações Contábeis tradicionais, geralmente denominado
SISTEMA GERENCIAL.
CUSTEIO VARIÁVEL
PERÍODO PRODUÇÃO 
(UNIDADES)
VENDAS 
(UNIDADES)
ESTOQUE FINAL 
(UNIDADES)
ANO 1 60.000 40.000 20.000
ANO 2 50.000 60.000 10.000
ANO 3 70.000 50.000 30.000
ANO 4 40.000 70.000 0
• CASO PRÁTICO
CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL
• PLANILHA DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS TOTAL
MATÉRIA – PRIMA 20.00/unidade
ENERGIA 4.00/unidade
MATERIAIS INDIRETOS 6.00/unidade
TOTAL 30.00 unidades
CUSTOS FIXOS TOTAL
MOI 1.300.000/ano
DEPRECIAÇÃO 400.000/ano
MANUTENÇÃO 300.000/ano
DIVERSOS 100.000/ ano
TOTAL 2.100.000
PREÇO DE VENDA 75/unidade
MÉTODO DE APURAÇÃO DE 
CUSTOS
PEPS
CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 1
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 60.000 X 30,00 = 1.800.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 3.900.000
DRE
RECEITA: 40.000 X 75.00 = 3.000.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 40.000 X 
30.00 =
(1.200.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.800.000
(-) CUSTOS FIXOS (2.100.000)
PREJUÍZO (300.000)
CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 2
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 50.000 X 30,00 = 1.500.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 3.600.000
DRE
RECEITA: 60.000 X 75.00 = 4.500.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 60.000 X 
30.00 =
(1.800.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 2.700.000
(-) CUSTOS FIXOS (2.100.000)
LUCRO 600.000
CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 3
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 70.000 X 30,00 = 2.100.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000TOTAL 4.200.000
DRE
RECEITA: 50.000 X 75.00 = 3.750.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 50.000 X 
30.00 =
(1.500.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 2.250.000
(-) CUSTOS FIXOS (2.100.000)
LUCRO 150.000
CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 4
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 40.000 X 30,00 = 1.200.000
CUSTOS FIXOS = 2.100.000
TOTAL 3.300.000
DRE
RECEITA: 70.000 X 75.00 = 5.250.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 70.000 X 
30.00 =
(2.100.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 3.150.000
(-) CUSTOS FIXOS (2.100.000)
LUCRO 1.050.000
CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL
CONCLUSÃO
• Verifica-se que, aumentado as vendas, os resultados também crescem, reduzindo-se o
faturamento, cai o resultado. Não há necessariamente uma correlação de percentual entre
um fato e outro, o que é explicado pela variação do volume de produção e pela repetição do
valor dos custos fixos, deduzidos como despesas. A análise, contudo, é muito mais lógica que
quando usamos o Custeio de Absorção.
ANÁLISE DO CUSTEIO VARIÁVEL
Assuntos da próxima aula
21
➢ Sistema de Custeio por ordem e por processo
CONTATO
Obrigada!
joelmacastelo@hotmail.com
22
23

Continue navegando