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Fundamentos de Direito Empresarial AULA 1 A 10

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Fundamentos de Direito Empresarial 
 O termo Direito provém da palavra latina directum, que significa reto.
 Da antiguidade, chega a famosa e sintética definição de Celso: “Direito é a arte do bom e do equitativo”. Na Idade Média, se tem a definição concebida por Dante Alighieri: “Direito é a proporção real e pessoal de homem para homem que, conservada, conserva a sociedade e que, destruída, a destroi”.
O Direito tem sua definição nominal etimológica como sendo a qualidade daquilo que é regra. 
O Direito pode ser definido como aquilo que é mais adequado para o indivíduo que, vivendo 
em sociedade, tal direito deve compreender fundamentalmente o interesse da coletividade. 
Segundo Kant, ”Direito é o conjunto de condições, segundo as quais, o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros de acordo com uma lei geral de liberdade”.
Do interesse da coletividade estar compreendido no Direito, surgem longas discussões que se travam ao logo dos tempos. 
Essas longas discussões obrigam os conceitos do certo ou errado, do direito e do não direito a se adaptarem às novas realidades geográficas, religiosas, humanísticas e históricas, para descrever apenas algumas questões que interferem na evolução e adequação do direito a ser aplicado. 
Flávia Leal Vilanova afirma que, diante da realidade social em que vivemos, de inseguranças e incertezas, onde a fronteira entre o que é moralmente correto ou incorreto não pode ser avistada com clareza, talvez seja o momento de repensar sobre a razão e como esta deve ser aplicada às questões que a sociedade enfrenta.
Chegou a hora de percebermos que SER HUMANO é a melhor das nossas faculdades para compreender e solucionar problemas tão simplesmente humanos. 
Temos que reconstruir os valores humanos, para que associados às evoluções do campo da ciência, possam contribuir para as relações sociais serem harmoniosas e pacíficas, recuperando a capacidade de viver em coletividade e em prol de um bem estar comum. 
Para que a coletividade viva num bem estar comum, devem ser estabelecidas normas jurídicas que estejam para além do mero formalismo, que atuem em simbiose com a realidade socioeconômica e que correspondam aos anseios sociais de justiça, de equilíbrio socioeconômico e de dignidade.
Mas em quais princípios estas normas estariam baseadas? Nos princípios da Ética.
Ética é um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano moral. É a teoria ou ciência do comportamento moral do homem em sociedade.
Vamos conhecer as diferenças entre Ética e Moral?
ETICA: Parte de uma série de práticas morais e busca determinar a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes de justificação desses juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de diferentes sistemas morais. 
MORAL: A moral não é estática. É um fato histórico mutável e dinâmico que acompanha as mudanças políticas, econômicas e sociais e onde a existência de princípios absolutos se torna impossível. 
O Direito nasce para harmonizar não só os conflitos sociais e políticos do homem, mas também para compor, juntamente com a moral, o seu comportamento ético perante seus pares.
Direito Empresarial
A empresa compõe o cenário de atuação de um ramo do Direito designado Direito Empresarial.
O Direito Empresarial desdobra-se num dos ramos do Direito Privado e se estrutura por meio de um conjunto de normas, cujo objetivo é harmonia nas relações empresariais.
A aplicação da Teoria da Empresa foi inserida no sistema jurídico brasileiro com o advento do Código Civil de 2002.
Longe de parecer somente uma mudança de vocábulo, a Teoria da Empresa consagra o que há muito tempo os tribunais já aplicavam: a relevância da atividade economicamente organizada.
Aula 02 – Teoria da Empresa e Conceito de Empresário
Segundo a Teoria da Empresa, é considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
O empresário pode ser pessoa natural ou jurídica. Veja os requisitos para a atividade empresarial.
A pessoa natural que opta em abrir o seu próprio negócio individualmente, sem a constituição de sociedade com amigos ou conhecidos, é chamado de empresário individual.
Até o advento do novo Código Civil, sob a orientação da teoria dos atos de comércio, seu conceito técnico-jurídico era de comerciante.
Para nós, as leis e normas aplicáveis à pratica mercantil eram exclusivas de quem realizava atos de intermediação das mercadorias com habitualidade, finalidade de lucro e em nome próprio, ficando ausentes do conceito as atividades oriundas da cadeia de produção, bem como as de prestação de serviço.
Hoje, independentemente do negócio ser relacionado à produção, circulação de bens ou serviços, o que importa é que a atividade fim tenha se concretizado por meio de uma atividade economicamente organizada.
As ciências econômicas classificam a atividade economicamente organizada como empresa.
É realizada sob o comando do seu dono, agregando valores de produção para a realização da atividade final.
Algumas atividades permaneceram excluídas da nova conceituação de Empresário.
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
Você sabe como é regulado o exercício da atividade empresarial? 
Os pressupostos para regular o exercício da atividade empresarial estão estabelecidos no Artigo 972 do CC.
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”
Um menor de idade pode ser um empresário?
Em princípio, por não ter adquirido a capacidade civil plena, o menor não poderá exercer regularmente a atividade de empresário individual, exceto duas exceções.
Menor Emancipado
A empresa como objeto de herança para o menor.
Existe algum impedimento nas sociedades entre marido e mulher?
Há um impedimento chamado relativo. Pela Lei  Civil,  no seu artigo 977CC, ele determina que marido e mulher podem contratar sociedade entre si, desde que o regime de casamento não seja o da comunhão total ou da separação de bens obrigatória.
Veja agora os tipos de sociedade formados e regidos pela Lei Civil.
Outro tipo de sociedade é o casamento entre sócios, já que o impedimento legal estabelecido no Artigo 977CC não se estende para aqueles que já constituíram a sociedade e são designados sócios.
O que ocorre com a empresa que funciona mesmo existindo um impedimento legal?
O Artigo 973 do Código Civil determina que aquele que exercer atividade empresarial violando o impedimento legal para tal, responderá pelas obrigações contraídas.
Para cumprir as suas obrigações, o empresário deve registrar-se na Junta Comercial, manter escrituração regular de seus negócios e levantar demonstrações contábeis periódicas.
Vamos estudar agora as regras para escrituração dos livros e a contabilidade?
Aula 03 – Estabelecimento Empresarial, Nome Empresarial e Direito Societário
Você sabe o que é um Estabelecimento Empresarial?
Estabelecimento Empresarial é a reunião organizada dos bens corpóreos e incorpóreos para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária.
Antes da Teoria da Empresa, este instituto era conhecido como Fundo de Comércio. Após o Código Civil, com a previsão no seu artigo 1.142CC, passou a ser classificado como Estabelecimento Empresarial ou Fundo de Empresa.
O trespasse consiste na venda do estabelecimento empresarial. Não podemos confundi-lo com a venda do ponto empresarial. 
Veja o motivo, observando a diferença entre trespasse e venda:
No trespasse há alienação de todo o complexo de bens.
Na venda do ponto, subentende-se que a empresa somente mudará o local de exercícioda sua atividade empresarial.
Conheça agora os elementos do estabelecimento empresarial.
Direito Societário
A grande relevância no estudo do Direito Societário é a personificação da sociedade que, ao invés dos sócios, atua nas relações jurídicas negociais. Isso faz com que a própria sociedade assuma e honre com as obrigações decorrentes da atividade empresarial.
Veja que a atividade empresarial poderá ser exercida de duas formas.
Aula 04 – Ato Constitutivo da Sociedade e Agentes Societários
O contrato social é o elemento constitutivo das normas estabelecidas entre os sócios e o documento que será levado ao Registro Público de Empresas Mercantis.
Sua elaboração deve obedecer as normas legais, contendo cláusulas que são essenciais para seu arquivamento na Junta Comercial como, por exemplo, o nome da sociedade, qualificação dos sócios, indicação da sede, dentre outros.
A doutrina estabelece elementos de validade para o contrato social e os classifica em elementos gerais e elementos específicos.
Vamos conhecer os elementos comuns do contrato social?
Veja os elementos comuns a qualquer ato jurídico.
Capacidade.
Objeto Lícito.
Forma prescrita ou não defesa em lei.
Veja agora os elementos específicos do contrato social, que são chamados assim por tratarem de questões próprias do Direito Societário.
Veja agora os direitos e as obrigações dos agentes societários atuantes na sociedade.
Veremos agora como ocorre a desclassificação da qualidade de sócio.
A terminologia técnica usada para a desclassificação é resolução de um sócio perante à sociedade.
Já que o vocábulo “resolução” consiste na quebra do pacto estabelecido no contrato social por um dos sócios.
Aula 05 – Tipos Societários no Sistema Jurídico Brasileiro
Vamos conhecer os tipos de sociedade? As sociedades são classificadas como simples ou empresárias.
Sociedades Simples
Exercem uma atividade econômica ou não, porém, não organizada e adquirem personalidade jurídica quando fazem inscrição no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de sua sede.
Sociedades Empresárias
Têm por objeto o exercício da empresa e adquirem personalidade jurídica com o registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial.
As sociedades não personificadas são divididas em dois grupos. Veja quais são.
Sociedade em comum
Não tem seus atos constitutivos inscritos no registro competente.
Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum, ainda que irregular. 
A responsabilidade dos sócios será solidária e ilimitada pelas obrigações sociais.
Ex: juntas comerciais e cartórios 
Sociedade em conta de participação
Não tem personalidade jurídica, não possui firma social, nem se revela publicamente a terceiros. 
Nela, figuram duas categorias de sócio: ostensivo (Contrata em nome da sociedade, possuindo responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações sociais) e participante (Não contrata em nome da sociedade, de sorte que não possui responsabilidade pelas obrigações sociais, porém, ficará limitado aos investimentos empregados na sociedade pelo sócio ostensivo, nos termos do contrato social.)
Vamos conhecer a Sociedade Personificada Simples?
A Sociedade Simples será constituída mediante contrato por escrito, devendo conter, além das cláusulas livremente pactuadas entre os sócios, alguns itens. Veja quais são.
Veremos agora as características da Sociedade Personificada Empresária.
A sociedade empresária, como já mencionado, é a pessoa jurídica que explora a empresa. É uma atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Classificação:
Falaremos agora da Sociedade em Nome Coletivo e da Sociedade em Comandita Simples.
Sociedade em Nome Coletivo é uma típica sociedade de pessoas, na qual todos os sócios têm responsabilidade, solidária e ilimitada, pelas obrigações sociais. Somente pessoas físicas podem participar, sejam empresárias ou não. 
A administração compete aos sócios, não admitindo delegação de poderes a terceiros.
Na Sociedade em Comandita Simples há duas categorias de sócios: os comanditados  e os comanditários.
Aula 06 – Sociedade Limitada e Sociedade Anônima
A Sociedade Limitada é considerada uma das sociedades mais usuais no Direito Brasileiro, já que a responsabilidade dos sócios está restrita ao valor de suas quotas, estabelecendo nítida separação entre o patrimônio pessoal dos sócios, que não podem ser atingidos pelas obrigações.
Seu capital social é a contribuição inicial dos sócios para a formação da sociedade. 
O ato inicial para a contribuição do capital social representa uma manifestação de vontade em tornar-se sócio da sociedade, podendo a subscrição ocorrer de imediato ou em até 180 dias.
Veja agora como são as normas relacionadas às responsabilidades dos sócios.
Limitada: Cada sócio responde pelo valor de sua quota-parte, mas todos são solidários pela integralização total do capital social.
Ilimitada: O patrimônio dos sócios não pode se alcançado por dívidas contraídas pela sociedade.
Subsidiária: Enquanto não esgotado o patrimônio social, não pode a execução recair sobre bens particulares dos sócios.
Vamos conhecer os direitos e deveres dos sócios nas Sociedades Limitadas?
A Administração da Sociedade Limitada compete aos sócios determinados pelo contrato social ou a terceiros estranhos à sociedade. Assim, o administrador da sociedade limitada poderá ser sócio ou não, nomeado em contrato ou ato separado.
As deliberações dos sócios serão computadas conforme a participação destes na sociedade, podendo ser realizadas em assembléia ou reunião de sócios.
Vamos estudar agora a Sociedade Anônima?
É regida pela Lei 6.404/76, usualmente utilizada para constituição de sociedade que necessita de grandes investimentos. Por disposição legal, será sempre mercantil, independentemente de seu objeto social.
Seu Capital Social divide-se em ações, as quais representam valores mobiliários, que limitam a responsabilidade do acionista. 
O limite desta é o preço de emissão.
Veja como a Sociedade Anônima é classificada.
Sociedade anônima aberta
Sociedade anônima fechada
Na Sociedade anônima aberta, os valores mobiliários estão em negociação no mercado de valores mobiliários, a cargo do mercado de balcão ou das bolsas de valores. Já na fechada, seus valores mobiliários não estão em negociação nesses mercados.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por supervisionar e controlar o mercado de capitais no Brasil. É uma autarquia federal, regulada pela Lei 6.385/76.
Veja como é classificado o mercado de capitais da Sociedade Anônima.
A Sociedade Anônima poderá ser constituída por escritura pública ou particular, devendo em ambos os casos atender a certos requisitos. Veja quais são.
-Subscrição, de pelo menos, duas pessoas de todas as ações em que se divide o capital social.
-Realização inicial de 10%, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro.
-Efetivação do depósito da parte do capital em dinheiro no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM. 
As ações representam uma parcela do capital social da companhia (SA)
Aquele que adquirir uma ação será considerado acionista. 
As ações possuem valores mobiliários, emitidos pela própria companhia com a finalidade de captar investidores.
Aula 07 – Empresa e Relação com Consumidor
-Consumidor – É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
-Consumidor por Equiparação – A lei o equipara ao conceito de consumidor, podendo com isso o agente se valer das proteções das regras consumeristas.
-Fornecedor – É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira e os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercializaçãode produtos ou prestação de serviços.
-Produto – É qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
-Serviço – É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.
A relação de consumo é constituída pela relação jurídica composta pelos dois agentes atuantes nas relações de consumo: de um lado o consumidor e do outro a figura do fornecedor.
Não haverá relação de consumo e, por via indireta, não haverá proteção do Código de Defesa do Consumidor, se não houver a formação da ponte jurídica entre o consumidor e o fornecedor, quer na aquisição de um produto, quer na prestação de um serviço.
A Política Nacional de Relações de Consumo está lastreada em determinados princípios. Vamos conhecê-los?
Responsabilidade Fato e Vício do Produto ou Serviço
Vamos entender agora as questões relacionadas as Responsabilidades Civil e Subjetiva do Fornecedor?
Ao diferenciar obrigação de responsabilidade, constatamos que, em toda obrigação há um dever jurídico originário; já na responsabilidade há um dever jurídico sucessivo.
O Código de Defesa do Consumidor estabeleceu obrigações para o justo equilíbrio na relação de consumo, imputando responsabilidades na hipótese de descumprimento das obrigações consignadas na legislação consumerista. 
E quais são os impactos para quem não cumpre as Responsabilidades pelo Fato do Produto e do Serviço?
O Código do Consumidor atribui a quem fornece um produto ou serviço defeituoso a obrigação de reparação dos danos causados aos consumidores. É a chamada responsabilidade objetiva, que o art.12 e art.14 do CDC. expressam o dever do fornecedor em indenizar “independentemente da existência de culpa”.
Vamos estudar agora o Contrato nas Relações de Consumo.
Apesar do Código de Defesa do Consumidor não tipificar os contratos, norteia princípios para a boa condução de um contrato entre consumidor e o fornecedor.
O contrato de adesão, por exemplo, é definido expressamente na lei do consumidor,  no art. 54 in verbis: “Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.”
O termo cláusulas abusivas do contrato concretiza as interpretações dos Tribunais acerca das cláusulas leoninas.
Veja as práticas empresariais de consumo.
- Oferta - A evolução das relações de consumo conduziu à necessidade de novo tratamento atinente à oferta e publicidade.
Os requisitos da oferta estão elencados no art. 31. Sendo a oferta o momento antecedente da conclusão do ato de consumo, deve ser precisa e transparente o suficiente para que o consumidor, devidamente informado, possa exercer o seu direito de livre escolha.
- Propaganda Enganosa -  leva o consumidor ao erro ou ao engano na aquisição do produto ou do serviço.
-Propaganda Abusiva – Anuncia o produto por meios de ferramentas que venham a agredir os bons costumes ou incitam a discriminação racial, a violência, a inocência das crianças, dentre outros mecanismos.
Aula 08 – Títulos de Crédito
Título de Crédito é todo documento que o portador necessita ter em mãos para poder exigir ou provar o seu direito de crédito contra aquele que assinou o título, dentro dos limites dos valores, datas e segurança de vícios contidos nesse título.
Seu conceito clássico foi trazido pelo professor e jurista Cesare Vivante, que afirma ser o título de crédito todo documento necessário para o exercício de um direito literal e autônomo nele contido.
Os atributos do Título de Crédito são: literalidade, cartularidade e autonomia.
Literalidade: Somente será considerado o que nele estiver escrito.
Cartularidade: É o documento por uma cártula (papel). Para o possuidor exercitar os direitos decorrentes do crédito, é necessária sua apresentação.
Autonomia: Representa uma independência nas relações obrigacionais que se firmam no próprio título.
Veja como os Títulos de Crédito são classificados.
Os Títulos têm três características:
negociabilidade;
força executiva;
formalismo.
Quanto ao modelo
Livres: não existe um padrão definido para sua confecção, podendo ser emitidos de forma livre, observados os requisitos da lei. Exemplos: nota promissória e letra de câmbio.
Vinculados: a lei atribuiu um padrão específico, não permitindo sua livre confecção. Exemplos: cheque e duplicata.
Quanto à estrutura 
Promessa de Pagamento: o título apresenta duas relações jurídicas, o emitente – sacador – e o beneficiário – tomador. Exemplo: nota promissória.
Ordem de Pagamento: título em que há três relações jurídicas: a do sacador – que dá a ordem; a do sacado – destinatário da ordem; e a do tomador – beneficiário da ordem. Exemplos: cheque e duplicata.
Quanto à circulação
Ao portador: títulos em que o emitente não identifica seu beneficiário. Estão praticamente abolidos desde o início dos anos 90.
Nominativos: títulos em que o emitente identifica o beneficiário, registrando-o em livro próprio. Exemplo: ações nominativas das S/A.
À ordem: títulos passíveis de endosso, em branco (lança-se a assinatura sem indicar a favor de quem se endossa) ou em preto (endosso com indicação do nome do beneficiário).
Quanto à emissão
Não causais: títulos cuja criação independe de uma origem específica. Exemplos: nota promissória e cheque.
Causais: necessitam de uma origem para sua criação. Exemplo: duplicata mercantil.
Agentes Cambiários são as pessoas envolvidas nas relações cambiárias que, de acordo com a sua posição, apresentam direitos e obrigações diferenciadas.
Conheça os Institutos Cambiários.
Aceite – A letra de câmbio é uma ordem de pagamento dada pelo sacador em face no sacado. E este não é obrigado a obedecer à ordem contra sua vontade; somente após o ato do aceite o sacado estará vinculado ao cumprimento da obrigação cambial.
 Endosso – É o ato cambial pelo qual o credor de um título de crédito com cláusula “à ordem” transfere seus direitos a uma terceira pessoa. Dessa forma, produzem-se dois efeitos: transferência e coobrigação. O endosso pode ser em branco ou em preto, devendo ser puro e simples, sendo nulo o endosso parcial (art. 12, LU). 
Cessão de crédito – O portador do título cambial pode não permitir sua circulação por endosso, inserindo, assim, cláusula “não à ordem”. Com tudo, o título ainda poderá circular, utilizando-se da cessão civil, em que o cedente transfere o crédito a um terceiro, o cessionário. 
Aval – É o ato cambial pelo qual o avalista se compromete a garantir o pagamento do título de crédito em favor do avalizado. Ao contrário do endosso o aval pode ser total ou parcial, isto é, o avalista garante o pagamento de toda a importância avalizada ou apenas de uma parte. 
Vencimento – É o ato cambial pelo qual se opera a exigibilidade da letra, podendo ocorre: à vista – quando o sacado recebe o título, devendo honrar, imediatamente a obrigação; a certo termo da data – o vencimento começará a ser contado da emissão da letra; a certo termo da vista – o prazo para contagem do vencimento ocorrerá somente a partir do visto ou do aceite do sacado; a dia certo – quando as partes estipulam um dia certo e determinado para seu vencimento. A falta ou recusa de aceite, a falência do sacado ou a falência do aceitante poderão ensejar seu vencimento por antecipação
Protesto – É o ato solene e formal pelo qual se comprova o descumprimento de uma obrigação. Encontra-se regulado pela Lei 9.492/97. Os prazos para protesto da letra de câmbio poderão variar conforme a obrigação assumida pelo devedor: por falta de aceite – a letra deve ser entregue a protesto findo o prazo de apresentação para aceite, ou no dia seguinte, se o sacado a recebeu para aceite; por falta de pagamento – a letra deve ser apresentada a protesto no prazo de dois dias úteis após seu vencimento
Ação cambial e prescrição – A ação cambial é um meio processualpelo o qual o credor visa a satisfazer os direitos decorrentes de um título. O portador da letra deverá ingressar com a ação cambial em tempo hábil, sob pena de supressão do direito pelo decurso do tempo. Assim, o prazo prescricional será: contra o aceitante e seu avalista, de três anos a contar do vencimento; contra os endossantes e seus avalistas e contra o sacador, de um ano, a contar do protesto; dos endossantes, uns contra os outros, e contra o sacador, de seis meses, a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado
Veja agora as modalidades de títulos de Crédito.
Letra de Câmbio – É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo pela qual o sacador dirige-se ao sacado para que este pague determinada importância a uma terceira pessoa.
Nota Promissória –  É uma promessa direta de pagamento dada pelo devedor em favor do credor.
Cheque – É uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, mediante fundos disponíveis do emitente, em poder do sacado, proveniente de depósito ou de contrato de abertura de crédito.
Duplicata – é um título de crédito de origem brasileira que tem a finalidade de documentar as operações mercantis.
Aula 09 – Contratos Empresariais
Os contratos empresariais, como o próprio nome sugere, referem-se a contratos que envolvem relação entre empresários. 
Os contratos entre particulares, exceto os do trabalho, se submetem a dois regimes: civil e de tutela de consumidores. Os contratos empresariais especificamente formam a relação jurídica dos empresários entre si, haja vista as demais relações apresentarem dispositivos legais próprios como as normas de consumidor, trabalhistas e tributárias.
Eles possuem as características de acordo com o seu tipo de pacto.
Os contratos são norteados por vários princípios.
Por meio deles, conseguimos atuar no mundo jurídico sem que nenhuma das partes seja lesionada pelo pacto firmado. Conheça os princípios dos contratos.
Veja como os Contratos Empresariais são classificados.
unilateral: apenas uma das partes possui obrigações (ex.: contrato de mútuo);
 bilateral: ambas as partes possuem obrigações (ex.: compra e venda mercantil);
 consensual: nasce da simples manifestação de vontade dos contratantes (ex.: o
contrato de compra e venda mercantil, o qual estará perfeito e acabado logo que as
partes acordem no preço, na coisa e nas condições);
 real: além da simples manifestação de vontade, é necessária a entrega da coisa (ex.:
contrato de mútuo bancário);
 solene: firma-se a partir da emissão de um documento;
 comutativo: as partes conseguem prever como será executado (ex.: contrato de
representação comercial);
 aleatório: as partes não conseguem prever, no início da contratação, como será
executado (ex.: contrato de dívida de jogo);
 típico: os direitos e deveres dos contratantes estão previstos em lei;
 atípico: os direitos e deveres dos contratantes não estão previstos em lei.
Veja agora as modalidades de Contratos.
Aula 10 – Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência da Empresa
Com a promulgação da Lei 11.101/05, o Brasil passa a adotar duas formas de evitar a falência do devedor em crise.
Recuperação Judicial.
Recuperação Extrajudicial.
O empresário e a sociedade empresária estão sujeitos à recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência.
Vamos entender agora o perfil de dois atores envolvidos nas relações judiciais e extrajudiciais.
Administrador Judicial 
Profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada.
Comitê de Credores
Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência somente se justifica nas empresas com grande complexidade organizacional. 
Só poderá ser Administrador ou membro do Comitê a pessoa que não é legalmente impedida.
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação judicial?
A recuperação judicial é de uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do empregado e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Quem é legitimado a requerer a recuperação judicial?
O Empresário
A Sociedade Empresária
O Cônjuge Sobrevivente
Os Herdeiros
O Inventariante
O Sócio Remanescente
Quais são os requisitos para requerer a recuperação judicial?
Exercer atividade regular há mais de dois anos.
Não ser falido e, se o foi, estarem extintas suas responsabilidades.
Não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial; sendo o devedor micro ou empresário de pequeno porte, o prazo é ampliado para oito anos.
Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por crime falimentar.
Vamos estudar agora os conceitos relacionados ao microempresário e empresário de pequeno porte.
Considera-se microempresário aquele que atinge faturamento bruto anual de R$ 244.000,00 e empresário de pequeno porte aquele cujo faturamento bruto anual varie entre R$ 244.000,01 e R$ 1.200.000,00.
Os microempresários e os empresários de pequeno porte poderão apresentar um plano especial de recuperação judicial.
O plano de recuperação limitar-se-á a algumas condições (art. 71).
Abrangerá exclusivamente os créditos quirografários.
Preverá parcelamento em até 36 parcelas iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a.
Preverá o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de 180 dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial.
Estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, depois de ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação extrajudicial?
Nem todos os credores serão atingidos pelo plano recuperação extrajudicial. Veja.
Credores Trabalhistas
Credores Tributários
Credores Titulares de posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietários ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade e de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio.
Credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para a exportação.
O empresário e a sociedade empresária, para requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial, deverão preencher os requisitos previstos no art. 161.
Requisitos: Se o devedor encontrar uma saída para a crise que enfrenta em conformidade com os credores, não precisará atender a nenhum dos requisitos previstos na lei. Assim, quando a lei impõe requisitos, está se referindo ao devedor que pretender levar seu acordo a homologação judicial. 
Obs.: após a distribuição do pedido de homologação, os credores que aderiram ao plano não podem mais desistir da adesão, salvo com a anuência dos demais signatários.
Vamos estudar agora a Falência? Você sabe o seu significado?
A falência é uma execução coletiva movida contra um devedor, empresário ou sociedade empresária, atingindo o seu patrimônio para uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os credores.
Quem está sujeito à falência?
A falência atinge o empresário e a sociedade empresária, bem como o espólio do devedor empresário e aqueles que, embora expressamente proibidos, exercem atividades empresariais.
Para a caracterização do estado de falência é necessário que o devedor apresente-se insolvente. No Brasil, a insolvência presume alguns elementos. Veja.
Impontualidade
Execução Frustrada
Prática de Atos de Falência

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