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Corpo e saúde

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Prof° Gabriel Nava Lima
O corpo diante da medicina
	No século XX a medicina Ocidental tornou-se um guia de vida, deixando de ser apenas um recurso em caso de doença. Ela dita regras de comportamento; censura os prazeres e aprisiona o cotidiano em uma rede de recomendações.
	A justificação “reside no progresso de seus conhecimentos sobre o funcionamento do organismo e a vitoria sem precedentes que reivindica sobre as enfermidades, atestada pelo aumento regular da longevidade.” (Moulin, 2009)
“Esse domínio da medicina encontrou o seu limite em uma resistência da população a abdicar de sua autonomia. A multiplicação de suas intervenções, algumas delas tocando a integridade da pessoa, seus modos de reprodução e sua maneira de morrer, suscitou a inquietação na própria corporação, que permitia que existisse a sue lado um lugar para a sociedade civil e um para as autoridades políticas e religiosas.” (Moulin, 2009)
“Nem doente nem são” 
	O conhecimento medico hoje vai além dos sintomas englobando órgãos e funções silenciosas. “trazemos dentro de nós um novo pecado original, um risco multiforme que teve origem em nossos genes, modificado pelo nosso meio ambiente natural e sociocultural e pelo nosso modo de vida.” ( Moulin, 2009)
	Em decorrência disso nasceram os exames periódicos, os check-up em intervalos regulares, que se aceleram em casos de antecedentes familiares. Dessa medicina preventiva “tradicional”, nasceu a medicina predictiva, que explora os genes. Ela procura predizer o futuro mas, “será necessário limitar o recurso aos antibióticos, aceitar a introdução de organismos geneticamente modificados na alimentação, acelerar a circulação de substâncias biológicas e tecidos; diminuir o peso dos prematuros reanimados, admitir a fabricação de embriões como reserva de órgãos (clonagem terapêutica), proibir e álcool e fumo?” (Moulin, 2009)
“A contabilidade dos corpos”
	O século XX teve um grande salto demográfico. Isso pode ser sentido através de três indicadores: a mortalidade global, a mortalidade infantil e a expectativa de vida ao nascer.
	Esse processo pode ser explicado pelo respeito à anti-sepsia – destruição de micróbios e desinfecção – e depois pela assepsia – afastamento de germes produtores de doenças – por ocasião das intervenções cirúrgicas, mas, sobretudo por medidas gerais como a distribuição generalizada de água potável ou a melhoria da coleta de lixo e do sistema de esgotos.
	Será que esta evolução secular poder ser globalmente considerada como a vitoria da medicina? Continua aberto o debate, implicando ora os estilos de vida, ora a higiene alimentar, ora o impactos dos novos tratamentos, ora a vigilância clinica e biológica. 
	O que fez diminuir a morte por infarto no miocárdio? A prevenção contra a hipertensão? A queda no consumo do tabaco?Um regime de vida mais equilibrado(dieta, esporte,etc.)? Drogas mais eficazes?Aperfeiçoamentos dos métodos cirúrgicos?
A AIDS
	Tal como a sífilis e a cólera, a AIDS “infligiu um duro desmentido a um século que pretendia eliminar as doenças infecciosas. Projetou uma sombra sobre a liberdade sexual. Abalou os usos e costumes dos eruditos e dos homens comuns, e mostrou claramente a grandeza e os limites da ciência.” ( Moulin, 2009)
	“Desde a lepra e a sífilis, conhecidas por suas desfigurações, nenhuma enfermidade havia atingido o corpo de forma tão publica. (...)O receio do contagio leva os profissionais da saúde a recusar-se a atender os enfermos; muitas famílias abandonam seus filhos. A seringa cheia de sangue contaminado torna-se uma arma para efetuar chantagens, ou para cometer suicídio. (...) A AIDS acarretou uma mobilização social inédita em face ao poder médico, considerado medroso ou tradicionalista” ( Moulin, 2009)
O corpo e a máquina
“O século XX conheceu um salto sem precedente na utilização de maquinas que servem para compensar a falência das funções do corpo. (...) A pesar de suas ambigüidades, o termo reanimação foi escolhido de preferência ao de ressurreição, com forte conotação religiosa. Apesar das boas intenções, o leito de reanimação já foi comparado a uma crucificação:exibido ao olhar sob a luz brutal, desnudado, atado de pés e mãos, amordaçado pela entubação, martirizado por cânulas e drenos, o corpo sofre os piores maus-tratos.” ( Moulin, 2009)
O corpo como objeto de experimentação
“Apresentada como um imperativo recente, a experiência no ser humano esta, de fato, inscrita na tradição médica.” (Moulin, 2009) Desde o século XIX a busca por curas de doenças via experimentos em seres humanos e a tentativa de criação de vacinas e remédios se transformam em prática, e durante as duas guerras, essas prática se difunde ainda mais. 
A singularidade do corpo reconhecida pela ciência
	“Cada ser humano conhece um destino singular e não é igual a nenhum outro. O corpo parte nessa aventura. (...) Ele é um meio único de expressão, de ação, de sedução e repulsa, vetor fundamental de nosso ser-no-mundo” . (...) O século XXkjv, que consagrou tanta atenção à singularidade da pessoa viva (...) é também aquele que terá (...) tentado criar de novo o elo social com os corpos biológicos, fazendo circular os órgãos entre os vivos e mortos.” ( Moulin, 2009) 
O art. 268 do código penal de 1890 diz que: “Estuprar mulher virgem ou não, mas honesta: pena – de prizão cellular por um a seis annos. §1º Si a estuprada for mulher publica ou prostituta: pena – de prizão cellular por seis mezes a dous annos”

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