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CASOS CONCRETOS – DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II 
José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O contador lhe solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os dados, com base em possíveis cruzamentos de informações. Como resultado da declaração apresentada, restou apurado o dever de recolher pouco mais de três mil reais RFB inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes. Indaga-se:
1) o caso concreto trata de que espécie de lançamento? Lançamento por homologação ou autolançamento, pois o próprio contribuinte realizou o recolhimento do tributo antes de qualquer providência do Fisco, conforme art. 150 caput, CTN.
2) A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia? Em regra, a inscrição em dívida ativa não carece de notificação, conforme súmula 436, do STJ. Porém, caso haja um lançamento complementar realizado pelo Fisco haverá a necessidade de notificação.
Questão objetiva
 A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade: (x) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%;
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o... Pergunta-se: 
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de mérito? Não. Pois com a denegação do Mandado de Segurança torna sem efeito a liminar concedida, retroagindo assim os efeitos e perdendo o Crédito Tributário a condição da Suspensão, podendo o Fisco novamente exigir o cumprimento do pagamento do valor devidamente corrigido. 
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança? O efeito é de uma sentença declaratória negativa, porque declara que o impetrante não tinha o direito que o mesmo acreditava em ter. A eficácia é ex tunc, pois retroagirá até o momento da impetração do Mandado de Segurança. 
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária? Sim, é cabível diante previsão da Sum. 405, do STF, cabendo a cobrança de juros e da eventual correção monetária. A única exceção é para os casos de créditos federais, previstos no art. 63, §2º, da Lei 9430/96 que tratam sobre a multa de mora, desde que ele pague até 30 dias após a decisão.
Questão objetiva:
O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é: a) concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais; b) condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de Lançamento;
c)direito subjetivo da parte concedido por lei;
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu a prescrição. No mérito, sustenta a impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. Enfrente todos os argumentos trazidos pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas. 
A Cia aérea possui legitimidade, pois o art. 166, do CTN não se aplica nesse caso, pois apesar do ICMS ser um imposto indireto (os que são repassados a terceiros), o fato do preço das passagens terem sido tabelados e não abrangerem o tributo em questão, fez com que as Cias aéreas suportassem sozinhas o pagamento do ICMS, não sendo necessária a autorização dos passageiros (contribuintes de fato), conforme súm. 546, do STF. Em relação a possibilidade de Repetição do indébito por parte da Cia aérea, sim é possível, já que a cobrança foi considerada inconstitucional, conforme art. 165, III, do CTN, dentro do prazo prescricional de 5 anos. Em relação da devolução em dobro não cabe na relação entre Fisco e Contribuinte, mas sim nas relações de consumo. Não há que se falar em prescrição já que o caso concreto narra que a Cia aérea pleiteou a repetição do indébito tempestivamente.
Questão objetiva
 João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007. Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta:
a. (x) João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do IPVA/2007 pago a maior.
Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição. Pergunta-se: 
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu? Não procede a alegação de decadência, pois o Fisco tinha o prazo decadencial de 5 anos a contar do fato gerador para efetuar o lançamento, como houve a impugnação presume-se ter ocorrido o lançamento pelo Fisco, excluindo-se com isso a Decadência. O início dadecadência ocorreu em 01/01/2000, final em 31/12/2004. Foi feito dentro prazo,não houve decadência.
b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido? Procede a alegação de prescrição pois a contar da decisão administrativa publicada em 15.10.2010 o Fisco teria cinco anos para cobrar a dívida ou conseguir o Cite-se do juízo de execução, o que só ocorreu depois de ter caducado o prazo prescricional, ou seja, a prescrição ocorreu no dia 15.10.2015. Prescrição, início em 23/10/2001(impugnação, suspensão art. 151 do CTN) e o fimem 22/10/2006. Ocorreu prescrição já que ultrapassado o prazo de cinco anos do174 do CTN
c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário? Ocorre a interrupçãodo prazo prescricional pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; pelo protesto judicial; por qualquer ato judicional que constitua em mora o devedor e por qualquer ato inequivoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor e, suspendem-se a exibilidade do crédido a moratória, o depósito do seu montante integral, as reclamações e os recursos, a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, o parcelamento. Art. 174, p.único, art. 2, p. 3, art. 40 da LEF e art. 151 do CTN.
 d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue?
A pretensão do Fisco de cobrar a dívida do contribuinte e extingue-se o crédito tributário segundo respectivamente os art. 174 e 156, V, ambos do CTN. e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? Respostas fundamentadas. Sim, conforme art. 921, §5º do CPC, podendo ser reconhecida de ofício. No direito tributário ocorrerá o afastamento de ambosos institutos. S.409 do STJ
Questão objetiva
 (FGV-2016) Em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da declaração do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos geradores ocorridos no mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal, na sua integralidade. No entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do IRPJ, vencido em dezembro de 2015. Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá E (x) ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020.
Caso Concreto Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos. Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu uma outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN. Responda: 
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção? Isenção contratual ou onerosa. 
b) Pode esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)? Em regra, as isenções contratuais ou onerosas não podem ser livremente suprimidas, conforme art. 178, do CTN e súm. 544, do STF. Entretanto a isenção poderá ser revogada caso as partes deixem de cumprir os requisitos estabelecidos no contrato de concessão de isenção assinado por ambas as partes. Em relação a lei que autorizou as isenções, estas podem ser revogadas a qualquer tempo. Em respeito ao princípio há uma controvérsia jurisprudencial entre respeitar o princípio da anterioridade, porém a doutrina entende que não é necessário respeitar tal princípio, já que não se trata de tributo novo. 
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)? Mandado de segurança, caso esteja dentro do prazo de 120 dias e provas pré-constituídas e a isenção tenha sido concedida dentro do prazo da validade da lei autorizadora.
Questão objetiva
 O Tribunal de Contas (x) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu ex-contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Perguntase:
 a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias? Depende. Em princípio, o ato de alienação após a inscrição em dívida ativa é considerado fraude conforme art. 185, do CTN. Entretanto, serão válidos se houver reservas suficientes para a satisfação do crédito tributário, conforme art. 185, parágrafo único, do CTN. 
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade? A fazenda pública não pode requerer a falência da sociedade, pois não possui legitimidade e não há interesse em acabar com a empresa pelo fato social, econômico e preservação dos empregos. 
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as irregularidades, independente de autorização judicial? Sim, atualmente o STF permite a migração do sigilo fiscal, já que o sigilo dos dados bancários permanece em poder da Receita Federal e continua resguardado em relação a terceiros.
Questão objetiva
 Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário constituído antes da decretação da falência de determinado contribuinte que deve também créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil reais; créditos trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros, equivalentes a quinze mil reais; crédito garantido com hipoteca até o limite do valor do bem gravado; remuneração devida ao administrador judicial equivalente a cinco mil reais, corresponderá ao D (x) quarto pagamento.
João Guimarães é sócio da empresa Imobiliária Irmãos Guimarães Ltda. e recebe uma citação em execução fiscal em razão de ser sócio gerente desta. O fiscal pediu o redirecionamento da execução fiscal por haver identificado que o que levou ao não pagamento do tributo foi escrituração fiscal irregular atribuída ao sócio gerente, responsável por este ato de gestão. João, depois de garantido o juízo, oferece embargos alegando a indispensabilidade de incidente de desconsideração da personalidade jurídica para redirecionamento da execução fiscal com fulcro no art. 135 do CTN. É necessário o incidente de desconsideração da personalidade jurídica? Res: Iniciada a execução contra a pessoa jurídica e, posteriormente, redirecionada contra o sócio-gerente, que não constava da CDA, cabe ao Fisco demonstrar a presença de um dos requisitos do art. 135 do CTN. Pela teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, deveria caber ao fisco a prova da regular inscrição do crédito tributário em dívida ativa, pela da juntada da respectiva decisão administrativa que reconheça a responsabilidade tributária do sócio com poderes de gerência.

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