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750 aulademo [RETA FINAL]AULA 01 PROCESSO CIVIL MICHELY VIEIRA

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Direito 
Processual Civil 
 Prof. Michely Vieira Santos 
 
 
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Aula 
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Aula 
01 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO 
Direito Processual Civil – Aula Inaugural 
 
 
 
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AULA INAUGURAL 
1. OBSERVAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................................................... 3 
1.1 CRONOGRAMA DE AULAS¹ ............................................................................................................................................... 3 
2. JURISDIÇÃO E AÇÃO: CONCEITO, NATUREZA E CARACTERÍSTICAS; CONDIÇÕES DA AÇÃO. ................................................. 4 
3. PARTES E PROCURADORES: CAPACIDADE PROCESSUAL E POSTULATÓRIA; DEVERES E SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES E 
PROCURADORES. ................................................................................................................................................................... 8 
4. LITISCONSÓRCIO E ASSISTÊNCIA. ..................................................................................................................................... 15 
5. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: OPOSIÇÃO, NOMEAÇÃO À AUTORIA, DENUNCIAÇÃO À LIDE E CHAMAMENTO AO 
PROCESSO. ........................................................................................................................................................................... 18 
6. MINISTÉRIO PÚBLICO. ...................................................................................................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, 
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
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matrícula individualmente no site www.concurseiro24horas.com.br 
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1. Observações Iniciais 
Olá Concurseiro! 
Estamos iniciando nosso Reta Final (1001 Questões Comentadas) de Direito Processual Civil 
para o cargo de Analista Judiciário/área judiciária do Tribunal Regional do Trabalho de Minas 
Gerais com especificamente 120 questões comentadas da nossa matéria. 
É uma enorme satisfação poder estar aqui. Nosso compromisso com vocês é a preparação de 
alto nível. 
Meu nome é Michely Vieira Santos, 29 anos, graduada em Direto, especializada em Direito 
Público e com formação para Magistério Superior. Fui servidora pública por 4 anos, atuei como 
advogada em empresa privada por 3 anos. Atualmente exerço a advocacia e aguardo a 
nomeação para o cargo de Especialista em Regulação da Agência Nacional de Transportes 
Aquaviários – ANTAQ (concurso 2014/2015). 
 
1.1 Cronograma de Aulas¹ 
AULA DATA CONTEÚDO 
01 10/06/2015 
1 Jurisdição e ação: conceito, natureza e características; 
condições da ação. 2 Partes e procuradores: capacidade 
processual e postulatória; deveres e substituição das partes e 
procuradores. 3 Litisconsórcio e assistência. 4 Intervenção de 
terceiros: oposição, nomeação à autoria, denunciação à lide e 
chamamento ao processo. 5 Ministério Público. 
02 20/06/2015 
6 Competência: em razão do valor e da matéria; competência 
funcional e territorial; modificações de competência e 
declaração de incompetência. 7 Juiz. 8 Atos processuais: 
forma dos atos; prazos; comunicação dos atos; nulidades. 9 
Formação, suspensão e extinção do processo. 10 Processo e 
procedimento; procedimentos ordinário e sumário. 
03 30/06/2015 
11 Procedimento ordinário: petição inicial: requisitos, pedido e 
indeferimento. 12 Resposta do réu: contestação, exceções e 
reconvenção. 13 Revelia. 14 Julgamento conforme o estado do 
processo. 
04 10/07/2015 
15 Provas: ônus da prova; depoimento pessoal; confissão; 
provas documental e testemunhal. 16 Audiência: de 
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conciliação e de instrução e julgamento. 17 Sentença e coisa 
julgada. 18 Liquidação e cumprimento da sentença. 
05 15/07/2015 
19 Ação rescisória. 20 Recursos: disposições gerais. 21 
Processo de execução: execução em geral; espécies de 
execução – execução para entrega de coisa, execução das 
obrigações de fazer e de não fazer. 22 Embargos do devedor. 
23 Execução por quantia certa contra devedor solvente. 
06 20/07/2015 
24 Remição. 25 Suspensão e extinção do processo de 
execução. 26 Processo cautelar; medidas cautelares: 
disposições gerais; procedimentos cautelares específicos: 
arresto, sequestro, busca e apreensão, exibição e produção 
antecipada de provas. 27 Procedimentos especiais: ação de 
consignação em pagamento; embargos de terceiro; ação 
monitória. 
_______________________________________ 
1 O cronograma de aulas poderá sofrer alterações, previamente informado aos alunos matriculados. 
 
TÓPICO DE HOJE: 1 Jurisdição e ação: conceito, natureza e características; condições da ação. 2 Partes 
e procuradores: capacidade processual e postulatória; deveres e substituição das partes e 
procuradores. 3 Litisconsórcio e assistência. 4 Intervenção de terceiros: oposição, nomeação à autoria, 
denunciação à lide e chamamento ao processo. 5 Ministério Público. 
2. Jurisdição e ação: conceito, natureza e características; condições da ação. 
QUESTÃO 38 (FCC – 2009 – TJ – PA – Analista Judiciário – Área Judiciária). Jurisdição é 
 
a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que regulamentem 
situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. 
b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, estabelecendo, 
através das leis, as regras jurídicas de observância obrigatória. 
c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de dizer o direito no 
caso concreto. 
d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o Estado a solução 
de um conflito de interesses. 
e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando o Direito ao caso 
concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 
 
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COMENTÁRIOS: 
A questão quer saber se o candidato sabe o conceito de jurisdição. 
Sabemos que a jurisdição decorre do Poder Judiciário e quem a exerce são os juízes, conforme 
preconiza o art. 1º do CPC: 
Art. 1º A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território 
nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. 
Além disso, podemos afirmar que a jurisdição é o poder que aplica o direito (lei) ao caso 
concreto, sem que se possa submeter essa decisão ao controle de nenhum outro Poder. 
Analisando as alternativas, é possível concluir que o conceito está perfeitamente descrito na 
letra “c” queune o exercício da jurisdição com a aplicação do direito ao caso concreto. 
OBSERVAÇÃO: A alternativa “d” trouxe o conceito de ação, enquanto a alternativa “e” o 
conceito de processo. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra C. 
 
QUESTÃO 39 (FCC – 2015 – TJ – GO - Juiz). Nos procedimentos de jurisdição voluntária 
 
a) somente se exige citação quando o procedimento puder trazer prejuízo ao interessado. 
b) a sentença não pode ser modificada, ainda que ocorram circunstâncias supervenientes. 
c) a produção das provas compete exclusivamente às partes, vedado ao juiz investigar fatos de 
ofício. 
d) dispensa-se, como regra, a participação do Ministério Público. 
e) o juiz não está obrigado a observar a legalidade estrita, podendo adotar a solução que 
reputar mais conveniente ou oportuna para cada caso concreto. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa a: Nos procedimentos de jurisdição voluntária há a formação de uma relação 
jurídica processual entre os interessados e o juiz, razão pela qual não é dispensada a citação 
das partes para integrar o feito. 
Art. 1.105. Serão citados, sob pena de nulidade, todos os interessados, bem como o Ministério 
Público. 
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Alternativa b: A afirmativa vai de encontro ao que prevê, expressamente, o art. 1.111: “A sentença 
poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrem circunstâncias 
supervenientes". 
 
Alternativa c: A determinação da produção de provas, de ofício, pelo juiz, é admitida e prevista 
tanto nos procedimentos de jurisdição contenciosa quanto nos de jurisdição voluntária (art. 
1.107). 
Alternativa d: Ao contrário do que se afirma, a participação do Ministério Público é 
determinada, expressamente, pelo art. 1.105 como vimos na primeira alternativa. 
Alternativa e: A afirmativa está de acordo com o art. 1.109: 
Art. 1.109. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias; não é, porém, obrigado a observar 
critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente 
ou oportuna. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra E. 
 
QUESTÃO 40 (FCC – 2007 – TRT – 23º Região – MT - Analista Judiciário – Área Judiciária). É 
totalmente correto afirmar que o direito de ação é um direito 
 
a) subjetivo, privado, autônomo e concreto. 
b) subjetivo, público, autônomo e abstrato. 
c) objetivo, público e vinculado ao resultado do processo. 
d) objetivo, privado e vinculado ao resultado do processo. 
e) objetivo, privado, concreto e abstrato. 
 
COMENTÁRIOS: 
A questão é muito objetiva e, portanto, precisamos ir direito a resposta para tecermos os 
comentários. 
A ação é um direito SUBJETIVO, PÚBLICO, AUTÔNOMO E ABSTRATO. 
Vamos relembrar: 
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SUBJETIVO: direito facultado ao sujeito (indivíduo) que possui um direito ameaçado ou 
violado. 
PÚBLICO: direito é público porque se dirige contra o Estado, exercitável pela parte para exigir 
a obrigação da prestação jurisdicional. 
AUTÔNOMO: é desvinculado do direito material. 
ABSTRATO: por não se tratar de um direito à uma sentença favorável, mas direito de expor 
pretensão. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra B. 
 
QUESTÃO 41 (FCC – 2014 – TRT – 18º Região – SC – Juiz do Trabalho). Para propor ou contestar 
ação é necessário ter interesse e legitimidade. O postulado refere-se 
 
a) às condições da ação do interesse processual de agir e da legitimidade para a causa, que 
em regra dirá respeito à legitimação ordinária. 
b) aos pressupostos processuais do interesse processual de agir e da legitimidade ordinária 
para a causa. 
c) às condições da ação do interesse processual de agir e da legitimidade para a causa, que 
em regra tratará da legitimação extraordinária. 
d) aos pressupostos processuais do interesse processual de agir e da legitimidade 
extraordinária para a causa. 
e) ao interesse processual em demandar e na legitimação para a defesa dos interesses próprios 
e alheios, tanto difusos como coletivos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa a: O “interesse" e a “legitimidade" a que se refere o enunciado é justamente o 
interesse processual (ou interesse de agir) e a legitimidade para a causa (ou legitimidade das 
partes) estabelecidos como condições da ação pelo art. 267, VI, do CPC. A legitimidade a que 
se refere o dispositivo, de fato, diz respeito, em regra, à legitimidade ordinária, ou seja, àquela 
que impõe que as partes da relação jurídico-processual sejam as titulares da relação jurídica 
de direito material que fundamenta a existência da própria ação. Exceção seria a hipótese de 
legitimação extraordinária, em que a lei autoriza o autor ou o réu estar em juízo tutelando 
interesse ou direito alheio (art. 6º, CPC). 
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Alternativa b: O interesse processual de agir e a legitimidade para a causa são condições da 
ação e não pressupostos processuais. 
Alternativa c: A legitimidade para a causa, uma das condições da ação, diz respeito, em regra, 
à legitimação ordinária, sendo a legitimação extraordinária excepcional, admitida apenas nos 
casos previstos em lei. 
Alternativa d: Mesmo raciocínio do comentário da alternativa b e d. 
Alternativa e: A defesa de interesses alheios em juízo constitui hipótese de legitimação 
extraordinária. A legitimidade das partes, condição da ação, refere-se, em regra, à legitimação 
ordinária. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra A. 
 
3. Partes e procuradores: capacidade processual e postulatória; deveres e 
substituição das partes e procuradores. 
QUESTÃO 42 (FCC – 2014 – DPE – PB - Defensor Público). "Toda pessoa que se acha no exercício 
dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo". Este conceito é 
 
a) falso, porque é preciso ser advogado para se ter a capacidade processual e para se estar em 
juízo. 
b) verdadeiro e diz respeito à capacidade postulatória, a ser exercida em regra por meio de 
advogados que representem a parte. 
c) verdadeiro e diz respeito à legitimação processual, conceito que se confunde com o de 
capacidade para estar em juízo. 
d) falso, porque é preciso a maioridade civil para se estar em juízo e poder exercer 
pessoalmente a capacidade postulatória nos autos. 
e) verdadeiro e diz respeito à capacidade processual, que não se confunde com a capacidade 
postulatória. 
 
COMENTÁRIOS: 
A afirmativa faz referência à literalidade do art. 7º, do CPC/73, que diz respeito à capacidade 
processual. 
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Art. 7º Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
A capacidade processual não se confunde com a capacidade postulatória. A primeira, 
capacidade processual, corresponde à capacidade de estar em juízo, pessoalmente, ou seja, 
independentemente de estar representado ou assistido por alguém. A segunda, capacidade 
postulatória, diz respeito à capacidade para atuar como procurador em juízo, capacidade esta 
atribuída, em regra, somente aos advogados. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra E. 
 
QUESTÃO 43 (FCC – 2012 – TRF –5ª Região – Analista Judiciário – Execução de Mandados). 
Com relação à capacidade processual é correto afirmar: 
 
a) no atual sistema jurídico pátrio, os cônjuges não necessitam do consentimento do outro para 
a propositura de ação de qualquer natureza. 
b) ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, em nenhuma hipótese. 
c) a jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes e pelos integrantes do 
Ministério Público, nos termos da lei. 
d) o juiz dará curador especial ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora 
certa. 
e) ambos os cônjuges serão citados, necessariamente, para as ações que versem sobre direitos 
pessoais mobiliários. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa a: O cônjuge NECESSITA do consentimento do outro para propor ações que 
versem sobre direitos reais IMOBILIÁRIOS (Art. 10 CPC). 
 
Alternativa b: Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, SALVO quando 
autorizado por lei (Art. 6º CPC). 
 
Alternativa c: A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida SOMENTE pelos juízes. Os 
integrantes do Ministério público NÃO exercem jurisdição. (Art. 1º CPC). 
 
Alternativa d: Literalidade do art. 9º, II: 
Art. 9º O juiz dará curador especial: 
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I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; 
II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa. 
Alternativa e: No caso de ações que versem sobre direito mobiliários não há que se falar em 
consentimento do outro cônjuge (Art. 10 CPC). 
CUIDADO!!!! PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO COM O “PEGA” DA LETRA “E”!! 
EM UMA LEITURA RÁPIDA O CANDIDATO PODE NÃO PERCEBER QUE SE TRATA DE 
DIREITOS MOBILIÁRIOS E PENSAR OU LER AUTOMATICAMENTE DIREITOS 
IMOBILIÁRIOS. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra D. 
 
QUESTÃO 44 (FCC – 2013 – TRT – 5ª Região – BA - Analista Judiciário – Área Judiciária). 
Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos legais, havendo ainda 
irregularidade na representação processual do autor, deverá o julgador 
 
a) extinguir o processo de imediato, sem resolução do mérito, pois não há como sanar os dois 
defeitos simultaneamente. 
b) determinar em dez dias que o autor complete ou emende a petição inicial e, suspendendo 
o processo na mesma decisão, fixar prazo razoável para ser sanada a irregularidade na 
representação processual. 
c) determinar em cinco dias que o autor emende a petição inicial e, sem suspender o processo, 
fixar prazo de quinze dias para sanar a irregularidade na representação processual. 
d) determinar desde logo a citação do réu, a quem caberá levantar as irregularidades, em 
obediência ao princípio dispositivo ou inercial. 
e) conceder quinze dias para que ambas as irregularidades sejam sanadas, sob pena de 
extinção do processo, sem resolução do mérito, pelo não atendimento a ambas as situações. 
 
COMENTÁRIOS: 
A questão trata do art. 13 do CPC, onde a verificação da incapacidade processual ou 
irregularidade da representação das partes acarreta a suspensão do processo, pelo juiz, por 
tempo razoável para que o defeito seja sanado. Vejamos: 
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Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o 
juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito. 
No tocante ao prazo razoável, preconiza o art. 284 que este deverá ser de 10 (dez) dias: 
Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 
283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, 
determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra B. 
 
QUESTÃO 45 (FCC – 2015 – TCM – GO – Auditor Controle Externo -Jurídica). No que se refere 
aos deveres das partes e seus procuradores, é INCORRETO afirmar: 
 
a) a parte deverá pleitear provas pertinentes à demonstração de seus direitos, fugindo à 
probidade processual produzir provas ou praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração 
ou defesa desse direito. 
b) é dever processual da parte não formular pretensões, nem alegar defesa, ciente de que são 
destituídas de fundamento. 
c) é dever da parte cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços 
à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. 
d) quanto aos deveres processuais, o termo “parte” deve ser entendido em seu sentido amplo, 
significando todo aquele que participa do processo, inclusive os terceiros intervenientes e 
assistentes. 
e) é defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos 
apresentados no processo, cabendo ao juiz, somente se requerido pela parte ofendida, mandar 
riscá-las, por se trará de direto personalíssimo do réu. 
 
COMENTÁRIOS: 
Observem que o comando da questão pede a alternativa INCORRETA!!!!! 
O assunto é “deveres das partes e seus procuradores” e todas as alternativas são dispositivos 
do nosso Código de Processo Civil. Vejamos: 
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Alternativa a: Regra prevista expressamente no art. 14, IV: “não produzir provas, nem praticar 
atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito”. 
 
Alternativa b: Regra prevista expressamente no art. 14, III: “não formular pretensões, nem alegar 
defesa, cientes de que são destituídas de fundamento”. 
 
Alternativa c: Regra prevista expressamente no art. 14, V: “cumprir com exatidão os provimentos 
mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza 
antecipatória ou final”. 
 
Alternativa d: Conforme o “caput” do art. 14 os deveres são de todos que de QUALQUER forma 
participem do processo. 
 
Alternativa e: Caso as partes ou seus advogados empreguem expressões injuriosas nos escritos 
apresentados no processo, o juiz pode de ofício mandar riscá-las, AINDA QUE NÃO HAJA 
REQUERIMENTO DA PARTE OFENDIDA (art. 15). 
 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra E. 
 
QUESTÃO 46 (FCC – 2011 – TRT – 14ª Região – RO e AC – Técnico Judiciário). A condenação 
por litigância de má-fé 
 
a) implicará no pagamento de multa não excedente a 1% do valor da causa, devidamente 
atualizado. 
b) depende de requerimento da parte contrária, não podendo o juiz decidir de ofício. 
c) não implicará em indenização à parte contrária, estando os prejuízos que sofreu incluídos 
na multa fixada pelo juiz ou tribunal. 
d) não inclui pagamento de honorários advocatícios. 
e) depende de requerimento da parte contrária, não podendo o tribunal decidir de ofício. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa a: Observem o art. 18: “O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará 
o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa (...)”. 
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Alternativa b: O Juiz poderá condenar também de ofício como aduz o art. 18: “O juiz outribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé (...)”. 
 
Alternativa c: Afirmação contrária ao dispositivo do art. 18: “(...) e a indenizar a parte contrária 
dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que 
efetuou”. 
Alternativa d: A alternativa diz não incluir pagamento de honorários o que está em desacordo 
com o art. 18: “(...) mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. 
Alternativa e: Alternativa repetida (idem alternativa “b”). 
 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra D. 
 
QUESTÃO 47 (FCC – 2012 – TRF – 2ª Região – Técnico Judiciário). A procuração geral para o 
foro conferido por instrumento público ou particular, assinado pela parte, habilita o advogado 
a praticar todos os atos do processo, inclusive: 
 
a) transigir. 
b) receber e dar quitação. 
c) firmar compromissos. 
d) recorrer. 
e) desistir. 
 
COMENTÁRIOS: 
Sobre a procuração, podemos afirmar que ela se divide em GERAL E ESPECIAL. 
Observem o que dispõe o art. 38: 
Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado 
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação 
inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre 
que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso. 
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A primeira parte do artigo se refere a procuração geral, enquanto que a segunda diz respeito 
a procuração especial. 
DICA: 
 
 
Sendo assim, no caso em tela, a única alternativa que não exige procuração especial é a letra 
d. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra D. 
 
QUESTÃO 48 (FCC – 2014 – Prefeitura de Cuiabá – MT – Procurador Municipal). Marli ajuizou 
ação contra Gustavo reivindicando a propriedade de um imóvel. Depois da citação, vendeu o 
imóvel a Lucas, que requereu seu ingresso em Juízo. Lucas 
 
a) somente poderá ingressar no processo com o consentimento de Gustavo, mas suportará os 
efeitos da sentença mesmo que o feito prossiga apenas entre as partes originárias. 
b) não poderá ingressar no feito mesmo que haja consentimento de Gustavo e não suportará 
os efeitos da sentença que vier a ser proferida contra Lucas. 
c) ingressará no feito como decorrência lógica da alienação do bem, sendo irrelevante a 
aquiescência de Gustavo. 
d) somente poderá ingressar no processo com o consentimento de Gustavo e de Marli, não 
suportando os efeitos da sentença se o feito prosseguir apenas entre as partes originárias. 
e) não poderá ingressar no feito mesmo que haja consentimento de Gustavo, mas suportará 
os efeitos da sentença que vier a ser proferida contra Lucas. 
 
• Tudo, exceto o que for 
de procuração 
especial.
Procuração 
Geral
•Rol taxativo.
•Receber citação inicial, confessar,
reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito
sobre que se funda a ação, receber, dar
quitação e firmar compromisso.
Procuração 
Especial
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COMENTÁRIOS: 
A questão exige do candidato o conhecimento da regra disposta no art. 42: 
 
Art. 42. A alienação da coisa ou do objeto litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não altera 
a legitimidade das partes. 
 
§1º. O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o 
cedente, sem que o consinta a parte contrária. 
§2º. O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante 
ou o cedente. 
§3º. A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os seus efeitos ao adquirente ou ao 
cessionário. 
Alternativa a: A afirmativa está perfeitamente de acordo com o disposto no art. 42, caput e §3º. 
Alternativa b: Ao contrário do que dispõe a afirmativa, o adquirente poderá ingressar no feito 
se houver consentimento da parte contrária. Ademais, ingressando ou não, suportará os efeitos 
da sentença por expressa determinação de lei (art. 42, §§1º e 3º). 
Alternativa c: O ingresso no feito não é uma decorrência lógica e exige o consentimento da 
parte contrária (art. 42, §1º). 
Alternativa d: Ao contrário do que dispõe a afirmativa, além de o ingresso do feito estar 
condicionado ao consentimento apenas da parte contrária (Gustavo), o adquirente sofrerá os 
efeitos da sentença, por expressa determinação de lei (art. 42, §§1º e 3º). 
Alternativa e: Ao contrário do que dispõe a afirmativa, o adquirente poderá ingressar no feito 
se houver consentimento da parte contrária (art. 42, §1º). 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra A. 
 
4. Litisconsórcio e assistência. 
QUESTÃO 49 (FCC – 2013 – TRT – 5ª Região – BA – Analista Judiciário – Área Judiciária). Duas 
ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, 
quando 
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I. entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide. 
II. os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito. 
III. entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir. 
IV. ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
a) I e III, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) II, III e IV, apenas. 
d) I, II, III e IV. 
e) I, II e IV, apenas. 
 
COMENTÁRIOS: 
A questão é literalidade do art. 46: 
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou 
passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; 
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; 
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. 
Estamos falando do LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO, onde a formação é opcional. É uma 
faculdade do autor no momento da propositura da ação. 
Exemplos: 
Inciso I: cinco irmãos são proprietários de um terreno (imóvel). 
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Inciso II: acidente de trânsito (fato) que atropela várias pessoas. O direito das pessoas 
atropeladas deriva de um mesmo fato (acidente de trânsito). 
Inciso III: credor (locador) aciona locatário (inquilino) e o fiador pelos aluguéis atrasados. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra D. 
 
QUESTÃO 50 (FCC – 2012 – TRT – 11ª Região – AM – Analista Judiciário – Área Administrativa). 
Paulo, aderindo ao pedido formulado por uma das partes, interveio e foi admitido num 
processo cuja sentença irá influir na relação jurídica entre ele e o adversário desta. Paulo atuará 
no processo na condição de 
 
a) assistente litisconsorcial. 
b) assistente simples. 
c) opoente. 
d) litisdenunciante. 
e) nomeante à autoria. 
 
COMENTÁRIOS: 
Vejam o que diz o art. 54 do CPC: 
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a sentença houver 
de influirna relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 
O art. 54 nos mostra que há relação jurídica entre o assistente e o adversário do assistido, 
tratando-se de uma assistência qualificada. Quando isto não ocorrer, será caracterizada a 
assistência simples. 
Observem e relembrem os conceitos: 
ASSISTÊNCIA SIMPLES OU ADESIVA: o assistente aqui não é parte, mas apenas 
coadjuvante, não ocorrendo litisconsórcio. 
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL OU QUALIFICADA: aqui, o assistente é tratado como se 
parte fosse. 
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OPOSIÇÃO: terceiro deduz pretensão nova. Pressupõe um objeto litigioso, contra autor ou 
réu 
DENUNCIAÇÃO: é aquela que pode ser provocada pelo réu e pelo autor, tem natureza de 
uma ação, mas não implica a formação de um processo, e todas as hipóteses são associadas 
ao direito de regresso. 
NOMEAÇÃO À AUTORIA: Visa sair do processo (substituição da parte), ou em casos em que 
a prática de determinado ato se deu a ordem de outrem. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra A. 
 
5. Intervenção de terceiros: oposição, nomeação à autoria, denunciação à lide 
e chamamento ao processo. 
QUESTÃO 51 (FCC – 2014 – TRT – 16ª Região – MA – Analista Judiciário – Área Judiciária). Petrus 
adquiriu, através de compromisso particular de venda e compra, um apartamento, sabendo 
tratar-se de coisa litigiosa, face à existência de ação judicial proposta por terceiro que se diz 
proprietário do imóvel. Nesse caso, Petrus 
 
a) poderá intervir no processo através de denunciação da lide. 
b) não poderá intervir no processo. 
c) poderá ingressar em juízo substituindo o alienante, sem o consentimento da parte contrária. 
d) poderá intervir no processo na qualidade de opoente. 
e) poderá intervir no processo, assistindo o alienante. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa a: A denunciação da lide constitui uma modalidade de intervenção de terceiro 
provocada, em que o terceiro é chamado a integrar o processo porque uma demanda lhe é 
dirigida (hipóteses de denunciação da lide descritas no art. 70, I a III do CPC). Não se trata da 
hipótese sob análise, em que o próprio terceiro requer a sua participação na ação. 
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: 
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a 
fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; 
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II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos 
como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça 
a posse direta da coisa demandada; 
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o 
prejuízo do que perder a demanda. 
Alternativa b: É possível a participação do terceiro interessado no feito, na qualidade de 
assistente conforme previsão expressa no art. 50 e, também, no art. 42, §2º. 
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico 
em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. 
 
Art. 42. § 2o O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, assistindo o 
alienante ou o cedente. 
Alternativa c: A substituição de uma das partes pelo adquirente do bem em litígio somente 
poderá ocorrer com o consentimento da outra: “O adquirente ou o cessionário não poderá 
ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária” 
(art. 42, § 1º). 
Alternativa d: A oposição, prevista no art. 56, “é demanda por meio da qual terceiro deduz em 
juízo pretensão incompatível com os interesses conflitantes de autor e réu de um processo 
cognitivo pendente”. Conforme explicado acima, na questão, o terceiro tem interesse em que 
a demanda seja julgada favoravelmente à parte que lhe alienou o bem, não sendo a sua 
pretensão incompatível com a dela. 
Alternativa e: O art. 50 prevê a participação do terceiro interessado no feito, senão vejamos: 
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico 
em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. 
Sendo assim, é possível concluir que se trata do instituto da assistência processual. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra E. 
 
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QUESTÃO 52 (FCC – 2012 – TRE – CE – Analista Judiciário – Área Administrativa). Quem 
pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, 
poderá, até: 
 
a) o trânsito em julgado, oferecer oposição contra ambos. 
b) ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. 
c) o último dia do prazo de contestação, denunciar a lide. 
d) o trânsito em julgado, denunciar a lide. 
e) a realização de audiência de instrução, oferecer oposição contra ambos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Conceito de oposição: o terceiro intervém para pleitear a coisa do litígio sobre a qual 
controvertem autor e réu. 
Podemos observar que o conceito da oposição é exatamente o que está descrito no enunciado 
da questão. 
A próxima análise é o momento para oferecer a oposição: 
Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor 
e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. 
O art. 56, permite que a oposição seja oferecida até ser proferida a sentença e contra ambos, 
o que significa contra o autor e réu. 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra B. 
QUESTÃO 53 (FCC – 2014 – TRT – 16ª Região - MA – Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Avaliador). Lucius, em razão de contrato de prestação de serviços médicos através de seguro-
saúde, está obrigado a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo que a empresa titular do 
seguro-saúde terá se perder ação de reparação de danos morais e materiais proposta por 
paciente que foi vítima de erro médico. Lucius será convocado para intervir no processo através 
 
a) da denunciação da lide. 
b) do chamamento ao processo. 
c) da nomeação à autoria. 
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d) da oposição sucessiva. 
e) da assistência simples. 
 
COMENTÁRIOS: 
O caso em tela está previsto no art. 70, que dispõe: 
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: 
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a 
fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; 
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos 
como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça 
a posse direta da coisa demandada; 
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o 
prejuízo do que perder a demanda. 
Sendo assim, estamos falando de um caso de denunciação à lide. 
Vamos relembrar: 
Conceito: Consiste na citação de terceiro, que o autor ou réu considerem “garante” de seudireito no caso de perderem a demanda. 
É ação de regresso (antecipada) provocada pelo autor ou pelo réu. 
 
Objetivo: Trazer para o processo o terceiro para que responda regressivamente pelos prejuízos 
que o denunciante possa vir a sofrer, se perder a causa, ressarcindo-o de eventuais prejuízos. 
 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra A. 
 
6. Ministério Público. 
QUESTÃO 54 (INÉDITA). Compete ao Ministério Público intervir: 
 
I - nas causas em que há interesses de incapazes; 
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II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, 
casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade; 
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em 
que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
a) somente I. 
b) somente II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) I, II e III. 
 
COMENTÁRIOS: 
Elaborei essa questão para podermos falar sobre as competências do Ministério Público. 
Vejamos: 
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: 
I - nas causas em que há interesses de incapazes; 
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, 
casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade; 
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que 
há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte 
GABARITO DA QUESTÃO: Letra E. 
 
 
 
 
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