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GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA

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I Guia Prático de Antibioticoterapia: 
Raul Barros 
SESSÃO I: Antibióticos que Interferem na Síntese da Parede 
Celular 
1. Penicilinas: 
a. Penicilinas Naturais: 
Penicila G (parenterais) e Penicilina V (oral). Penicilina G pode ser Procaína, 
Cristalina ou Benzatina. 
Drogas Espectro e Indicações Resistência Uso 
 
 
Penicilina G 
Cristalina 
Gram positivos e alguns g-: 
estreptococos, meningococo 
(diplococo g-), leptospirose, 
treponema palidum (sífilis 
terciária e neurossífilis - 
escolha), tétano, fusobacterium 
(boca), endocardite. Não pega 
bem staphylo. 
Gonorréia, estaphylo, 
clostridium perfringens, 
pneumoco – geralmente são 
resistentes. Uso para infeções 
diversas por streptococos – 
amigdalites, escarlativa, 
impetigo, erisipela, meningite 
no RN (s. agalactiae). 
Uso EV de 4/4h (Baixa 
t1/2), até 30 milhões 
UI/dia (meningites), 
usual 2 a 5 mi/dose 
4/4h 
Penicilina G 
Benzatina 
Espectro semelhante à 
cristalina, porém com 
indicações mais restritas: 
Amigdalite bacteriana, profilaxia 
de doença reumática e de 
erisipela de repetição, Sífilis 
primária e secundária 
Também semelhante à 
cristalina. 
Uso IM de depósito – 
droga permanece 
circulando por até 21 
dias em baixas doses. 
600 mil a 2,4 mi de UI, 
podendo repetir 
semanalmente 
Penicilina G 
Procaína 
Semelhante; faringoamigdalites, 
escarlatina, impetigo, erisipela 
Também semelhante Uso IM, depósito de 
12h – em desuso: 
injeção dolorosa, não 
tem EV, outras são 
melhores. 300 A 600 
mil UI/dose IM 12/12h 
Penicilina V Mesmo espectro da PenG, mas 
uso apenas para infecções leves 
a moderadas. Profilaxia de febre 
reumática 
Semelhante Estável no pH gástrico 
– uso VO. 125 a 250mg 
VO 12/12h. Em desuso: 
Intolerância TGI! 
b. Penicilinas Anti-estafilocócicas: 
Penicilinas semissintéticas modificadas para ter ação anti-estafilococos aureus. 
Drogas: Meticilina (EUA), Oxacilina (BR); quando os estafilos são sensíveis 
(MSSA) é a melhor droga, mas eles podem ser resistentes (MRSA – tentar 
vancomicina, teicoplanina, linezolida) 
Drogas Espectro e Indicações Resistência Uso 
 
 
 
 
Oxacilina 
Gram positivos inclusive estafilocócos, 
alguns gram negativos (mas não amplia em 
relação às penicilinas naturais). 
Uso nas estafillococcias adquiridas na 
COMUNIDADE – infec partes moles, 
Não deve ser usada 
para infecções 
nosocomiais – 
MRSA! 
1g a 2g EV 6/6h 
(baixa t1/2 e baixa 
biodisponibilidade 
oral) 
abscessos, osteomielite e artrite séptica, 
pneumonias, meningentes com TCE 
c. Aminopenicilinas: 
Adição de um radical amina – tornou as drogas estáveis e mais toleráveis para 
VO, além de ampliar o espectro para gram negativos. 
Droga Espectro e Indicações Resistência Uso 
Ampicilina Gram positivos (não estafilo), 
alguns gram negativos – 
haemophilos (30% resistencia), 
moraxella, E. Coli (ITU nao 
complicada), meningococo, 
fusobacterium. Celulites faciais em 
crianças, otites, sinusistes (infec 
Vias aéreas superiores em geral), 
pneumonias não complicadas, 
meningite em crianças (mas não 
deve ser de uso empírico), 
infecções orais, alternativa para 
infecções do TGI. 
Haemophilus, staphylo e 
estreptococos 
Escolha para 
Enterococos 
(+Aminoglicosídeo), p/ 
meningite por Listeria 
monocytogenes; tratar 
portadores 
assintomáticos de 
Salmonella Typhis. Infec 
leve – 250 a 500mg VO 
6/6H; graves 150-
250mg/kg/dia EV : 6/6H 
Ampicilina + 
Sulbactam 
Resgatar contra Haemophilus, 
staphulo e estreptococos 
resistentes 
- 1,5 a 3g EV 6/6h 
Amoxicilina Espectro semelhante; escolha em 
infecções de vias aéreas superiores 
– otites, sinusites, 
faringoamigdalites. Pasteurella 
multocida (mordedura), morganela 
morgani (acidente ofídico) 
Haemophilus, estrepto e 
estafilo. 
250 a 500mg VO 6/6 ou 
8/8 ou 12/12h 
Amoxicilina + 
Clavulanato 
Resgatar contra Haemophilus, 
Staphylo e estreptococos 
- - 
 
d. Carboxipenicilinas: 
Penicilinas modificadas para terem ação antipseudomonas. BR: Ticarcilina e 
Piperacilina, sendo a última a mais utilizada e no BR só existe com 
Tazobactam. 
Droga Espectro e Indicações Resistência Uso 
 
 
Piperacilina + 
Tazobactam 
Amplo espectro e penetração; alta 
afinidade por PBPs; ampliada para 
g+ e g-: Klebsiela, TGI, 
pseudomonas, infecções 
abdominais e pélvicas; neutropenia 
febril (droga empírica em alguns 
países) 
Pseudomonas não 
sensíveis. 
2g/250mg ou 4g/500mg de 
Piperacilina/Tazobactam 
EV 8/8 ou 6/6h 
 
 
 
2. Cefalosporinas: 
Drogas semissintéticas, formadas a partir de um anel cefêmico + anel betalactâmico; 
ampliação do espectro das penicilinas, melhor perfil posológico e de tolerabilidade. 
Dividas por geraçõe com características em comum de espectro. 
a. 1ª Geração: 
Oral – Cefalexina; Parenteral – Cefalotina, Cefazolina. Ativas para gram +; não 
ativas para gram – e streptococo pneumoniae. 
 
Cefalexina (Oral) Espectro semelhante ao das penicilinas – GRAM POSITIVOS: estreptococus e 
estaphylos penSensíveis – infecções de partes moles, pele, osteoarticulares (exceto 
mordeduras); não pegam pneumococo – não se deve usar em IVAS pois este é um 
importante agente; ação contra E. coli (e apenas contra esse g) – uso para ITU não 
complicada com CI à quinolonas (ex: gravidez). Uso apenas para tratamentos 
ambulatoriais 
Cefalotina, 
Cefazolina 
(Parenterais) 
Tratamentos hospitalares. Mesmo espectro da oral (mas deve-se preferir associar 
Penicilina + Oxacilina  usá-las em alérgicos ou pacientes que não toleram injeção de 
volume, pois podem ser usadas em bolus). Cefazolina – uso em profilaxia para cirurgias 
limpas em sítios estéreis (ou seja, aquelas que, se tiverem infecção, serão por vermes 
da pele), fazer EV junto com a indução anestésica (pele não infectada – cir plástica; 
torácicas com abordagem pulmonar, cirurgia vascular sem gangrena, etc) 
 
b. 2ª Geração: 
Oral – Cefaclor, Cefuroxima; Parenterais – Cefuroxima. Mantêm a atividade 
contra gram + e ampliam o espectro para g- de árvore respiratória superior, 
com uma ativida inscipiente para pneumococo. 
Cefaclor (Oral) G+ e G- de árvore aérea superior exceto pneumococo; uso em otites, sunusite e 
amigdalites – alternativo (preferir amoxicilina ou macrolídeo); não deve ser usado para 
pneumonias e meningites – não cobre bem pneumococo penicilinaR  preferir 3ª 
geração ou quinolona 
Cefuroxima 
(Parenterais) 
Uso para profilaxia cirúrgica com floras mais amplas – cirurgia de cabeça e pescoço 
(bactérias do trato resp superior), otorrino, transplante cardíaco, neurocirurgia pelos 
seis da face, cirurgias ortopédicas com pele de risco, revisão de artroplastia 
 
 Cefamicinas – Cefoxitina: não é uma cefalosporina, porém, por espectro se 
encaixa como uma intermediária entre a 2ª e a 3ª gerações; seu diferencial 
é o efeito ANAEROBICIDA – porém induz resistência quando usada por 
longos períodos – indicação restrita: profilaxia de cirurgias abdominais e 
ginecológicas. 
c. 3ª Geração: 
Perda da ação sobre gram +, com exceção do Pneumococo (que é bem 
coberto), além de grande ampliação do espectro sobre gram -. Uso apenas 
parenteral: Ceftriaxone e Cefotaxima; Ceftazidima (atividade anti-
pseudomonas) 
 
 
Ceftriaxona, 
Cefotaxima 
Tratamento empírico de meningites (cobre pneumococo e meningococo), dos g- não é 
capaz de cobrir os atípicos (associar macrolídeo para pneumonias de tratamento 
hospitalar); boa ação sobre enterobactérias – uso na ITU, infecções de vias biliares 
(cefotaxima, principalmente, que é de excreção renal), uso na peritonite bacteriana 
(Parenterais) espontânea (uso isolado, pois a maioria é E. coli); gonorréia, febre tifóide, salmonelose 
não-tifi, thigella, endocardites estreptococicas,osteomielites g- (tmt ambulatorial); 
infecções de pele mais complicadas (polimicrobianas) 
Ceftazidima Atividade anti-pseudomonoas. Descompensação de FC ou outra pneumopatia 
estrutural crônica, uso de corticóides cronicamente, meningites por pseudomonas 
(DVP, DVE) 
 
d. 4ª Geração: 
Cefepime (parenteral) – abrange todas as bactérias da terceira geração, g+, g-, 
pseudomonas e outras bactérias mais resistentes. Reservado para infecções 
graves hospitalares – infecções de Cateter venoso central, pneumonias 
associadas à VM, ITU complicadas, Infec partes moles; Neutropenia febril 
(tratamento empírico). Observar a sensbilidade da flora institucional! 
 
3. Carbapenêmicos: 
Antibióticos betalactâmicos de maior espectro e estabilidade perante os mecanismos 
de resistência – uso para infecções graves por bactérias multirresistentes 
(nosocomiais) – alta afinidade por PBPs, afluxo rápido por porinas específicas. 
- Espectro: gram +, gram – sensíveis às cefalosporinas; estafilo MSSA, pseudomonas, 
anaeróbios (gram + orais e gram – intestinais) – exceto Clostridium dificile (colite 
pseudomembranosa – podem até causá-la). 
- Drogas: Imepenem, Meropenem, Ertapenem 
Meropenem (8/8h) Mais ativo contra as bactérias – inclusive pseudomonas e outros bacilos 
gram negativos; menos neurotóxico (causa menos convulsões, apesar das 
boas concentrações no SNC), CIM menor, maior custo – mais usado. 
Imepenem (6/6h) Parecido com o Meropenem, porém menos ativo e mais neurotóxico 
Ertapenem Não é ativo contra pseudomonas! – não deve ser usado empiricamente 
em infecções graves. Uso apenas quando já se tem o agente isolado – em 
dose única diária, IM, pode ser usado para continuar ambulatorialmente 
tratamento hospitalar 
 
4. Monobactâmicos: 
Aztreonam: única droga; ação basicamente anti-pseudomonas/gram negativos 
aerobios (enterobactérias). Alto custo – pouco usado no BR. 
 
5. Glicopeptídeos: 
Atuam inibindo as ligações dos peptideoglicanos ao se ligar nos aminoácidos terminais 
– ou sejam, inibem a síntese da parede, porém por mecanismo distindo dos 
betalactâmicos (não usam as PBPs). O espectro é para GRAM POSITIVOS, geralmente 
usados para os resistentes (staphylococcus MRSA). 
 
 
 
 
Vancomicina 
Principal droga, uso parenteral geralmente. Dose habitual 1g 12/12h (2g 
por dia, mas pode ampliar para até 3g em infecções de SNC, pois a 
penetração liquórica é baixa – atualmente, prefere-se usar a dose 
ajustada pelo peso (30mg/kg de ataque se a infecção for grave, seguir 
com 15mg/kg/dose 12/12h e ajustar conforme a vancocinemia, 
mantendo-a entre 15-20mg). Espectro: gram + - estreptococos, 
staphyloccus. Gram -: corynebacterium, clostridium (todos, mas é mais 
usada no C. difficile, para tratamento da colite pseudomembranosa, 
quando é usado por VO, 125mg 6/6h, preferencialmente, geralmente nos 
casos de falha do metronidazol); de forma geral: infecções graves pelo 
estafilo MRSA – endocardites, pneumonias, sepse, osteomielites, 
neutropenias febris, uso de dispositivos invasivos (associar rifampicina + 
retirar o device), DVP, DVE; enterococus resistentes à ampicilina, PBE em 
paciente em diálise peritoneal, tromboflebites associadas a cateter, 
stafilo MSSA alérgicos à penicilinas. 
Teicoplanina Espectro semelhante ao da vanco; pode ser usada em Dose única diária; 
preferida em pacientes renais crônicos, pois é menos nefrotóxica do que 
a vanco! (Adversos de ambas: hipersensibilidade, sindrome do homem 
do pescoço vermelho – diminuir a velocidade de infusão -, 
ototoxicidade). 
* Daptomicina: lipossolúvel, age na membrana celular alterando os potenciais de ação 
e desequilibrando o mecanismo osmótico, sendo bactericida. Espectro parecido, 
também para gram + principalmente; reservada para casos de resistência à 
vanco/beta-lactâmicos. 
 
6. Polimixinas: 
Não atuam na parede celular; atuam nas membranas plasmáticas, gerando poros e 
exercendo efeito bactericida direto – porém, não é específico para a membrana das 
bactérias: alta toxicidade renal e neural. Surgidas em 1947, abandonadas pela 
toxicidade e trazidas de volta com o surgimento de bactérias resistentes a 
carbapenêmicos. Tipos B e E (colestina – mais usada por ser menos tóxica). 
Ação: GRAM NEGATIVOS MULTIRRESISTENTES. Pseudomonas, Klebsiella, 
Enterobactérias. Preparações tópicas para infecções de pele, otite, conjuntivites. Deve 
ser sempre reservadas para casos mais graves nos quais não há outra opção menos 
tóxica disponível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SESSÃO II: Antibióticos que Interferem na Síntese Proteica 
 
7. Macrolídeos: 
Antibióticos que agem inibindo a síntese proteica, interferindo com o RNA 
ribossômico. Sua importância reside na capacidade de agir contra bactérias atípicas, 
ou seja, aquelas que não têm parede celular – chlamydias, legionella -, além de outras 
gram positivas e gram -. Porém, são BACTERIOSTÁTICOS – inibem a reprodução e 
curam o doente quando as bactérias morrem naturalmente: não devem ser usados 
isoladamente para infecções graves (preferir agentes bactericidas) 
Droga Características Administração 
Eritromicina Única droga natural (as outras são semissintéticas, 
modificadas a partir dela). Não penetra SNC, boa penetração 
brônquica, penetração intracelular (macrófagos e neutrófilos) 
– útil em alguns agentes. Espectro: gram positivos de pele 
(strepto, stafilo MSSA), nos quais pode ser usada como 
alternativa. Droga de escolha para: Coqueluxe (Bordatella 
pertussis), Difteria (Corynebacterium diphteriae). Ativo 
também contra Chlamydias (todas), legionella, 
mycobacterium MAC, m. Leprae, mycoplasma pneumoniae, 
neisseria meningitidis (profilaxia de contactantes de paciente 
com meningite). Uso clínico: faringoamigdalite, 
estreptococcias (alternativa), nao serve para pneumococo; 
coqueluxe, cancro mole, uretrite nao gonocócica, difteria, 
legionela, sífilis (alérgicos à penicilina, exceto neurossífilis), 
formas tópicas para acne 
Uso por via ora, 
6/6h. Porém a baixa 
absorção, 
tolerabilidade ruim e 
posologia ruim 
fazem a droga ter 
pouco uso 
atualmente 
Azitromicina Semissintética, espectro semelhante ao da eritromicina, 
porém mais ativa – pode ser usada para pneumococo. Mais 
atividade para Haemophilus influenzae, Moraxella, 
Mycoplasma pneumoniae, chlamydia, legionella. Uso clínico: 
IVAS, pneumonias (PAC ambulatorial, isoladamente; PAC 
grave internados, associado à cefalosporinas de 3ª), uretrites. 
Uso VO, 1x dia 
500mg ou Dose 
única (1g – 
uretrites). Boa 
tolerabilidade, baixo 
custo. 
Claritromicina Mesmo espectro, melhor para Micobacterium avium-
intracelulare, M. Leprae, Toxoplasma gondii. Culturalmente 
mais usada no BR para tratar H. Pylori 
Uso VO, 12/12h 
Espiramicina Espectro mais restrito; ainda é usada para tratamento de 
Toxoplasmose, principalmente em gestantes (alta 
concentração placentária, previne a infecção fetal mas não a 
trata – se comprovada esta, mudar esquema para Sulfadiazina 
+ Pirimetamina + Ac Folínico) e recém-nascidos. 
VO, 1g 8/8h até o 
termo 
 
8. Oxazolidinonas: 
A droga é a Linezolida, droga de alto custo (proibitivo na maioria dos casos); é 
bacteriostática, droga contra bactérias GRAM POSITIVAS APENAS. Uso: 
Enterobactérias VancomicinaR (resistentes à beta-lactâmicos e glicopeptídeos). Uso 
oral ou parenteral. 
 
 
9. Tetraciclinas: 
Naturais ou semissintéticas, têm em comum um anel tetracíclico na estrutura. Inibem 
a interação do RNAt com o ribossomo, impedindo assim a síntese proteica, sendo, 
portanto, bacteriostáticos. Drogas: Tetraciclina (pouco usada no Brasil, precisar de 
6/6h e é muito tóxica), Doxiciclina (mais usada – pode ser 12/12h, mais tolerável), 
Aminociclina. 
 
 
 
Doxiciclina, 
Tetraciclina,Aminociclina 
Metabolização hepática, eliminação fecal inativa, apenas 10% de 
metabolismo renal. Usos: acne, brucelose (associada com estreptomicina 
por 45 dias), cólera (tetra 3d ou doxi DU), DSTs – granuloma inguinal, 
linfogranuloma, chlamydia, ureaplasma, cervicites, uretrites, 
epididimites, vaginitis por 7 dias; DIP (assoc com ceftriaxone e 
metronidazol), sífils nos alérgicos à penicilinas; peste bubônica, doença 
de lyme, Vibrio vulnificus (relacionada à acidentes com peixes), 
pasteurella multocida (mordedura de cães e gatos), malária por p. 
Falciparum, febre maculosa, profilaxia da leptospirose 
 
10. Aminoglicosídeos: 
Antibióticos formados por aminocarboidratos ligados por ligações glicosídicas que 
atuam apenas em AERÓBIOS, sendo bactericidas que agem na síntese proteica, 
interferindo com os RNAm e RNAt, gerando proteínas defectivas, que, quando 
incorporadas à membrana celular levam à morte celular. Drogas: Estreptomicina, 
gentamicina, neomicina, tobramicina (naturais) e Amicacina (semi-sintética). 
Tem baixa biodisponibilidade oral, não são muito usadas. Tem boa penetração nos 
tecidos, inclusive na secreção brônquica (utilidade na TB); são concentração-
dependente – esquemas de DUD são bons. São muito NEFROTÓXICA!, usar com 
cuidado (lesão direta com necrose tubular aguda). Espectro: principalmente gram -, 
enterobactérias, pseudomonas (genta e amicacina). Podem ser associados à beta-
lactâmicos para exercer efeito sinérgico em infecções graves. Também ativos contra 
gram +, como estrepto viridans, estaphylo e enterococus – uso em endocardites (em 
associação com Penicilinas). Podem ser usados em infecções polimicrobianos como 
agentes anti-gram negativos (ex: Beta-lactâmico para g+, Aminoglicosídeo como Genta 
para g-, Anaerobicida). Ação contra micobactérias – amicacina, estreptomicina (usada 
na TB). NÃO SÃO ATIVOS PARA Estrepto pyogenis e S. Pneumoniae, neisseria, 
treponema, chlamydia, riquetsias e anaeróbios em geral. 
Drogas Características 
Estreptomicina Primeira droga do grupo; indicações restritas – TB no hepatopata, esquemas para 
endocardite (+Ampi ou PenG), peste bubonica e brucelose (junto à Doxiciclina nos 
primeiros 15 dias do esquema) 
Neomicina O usos sistêmico é extremamente tóxico; restrita ao uso tópico geralmente. Para 
infecções cutâneas leves e superficiais, queimaduras, feridas inflamatórias. Solução oral – 
uso para efeito tópico no intestino (“desinfecção pré-operatória” – pouco usada; 
tratamento da encefalopatia hepática) 
Gentamicina Potente droga anti gram-, exerce grande efeito sinérgico com beta-lactâmicos – 
associação preferida nas endocardites. Endocardites: 1. Strepto viridans – Penicina G + 
Gentamicina; 2. S. Aureus – Oxacilina + Gentamicina; 3. Enterococus sp. – Ampicilina + 
Gentamicina; 4. Empírico – Vancomicina + Gentamicina. Usada também para ITU, além 
de infecções abdominais secundárias (associada à droga para g+ e anaerobicida). 
Amicacina Droga mais estável perante mecanismos de resistencia (inativação enzimática, alterações 
ribossômicas). Usada para infecções graves por gram -; TB multirresistente. 
Tobramicina Também de uso tópico – soluções oftalmológicas. Conjuntivites e ceratites. Via inalatória 
– associada a polimixinas, para pneumonias graves. 
 
11. Lincosamidas e Cloranfenicol: 
Lincosamidas – apenas uma droga, a Clindamicina; atua por ligação ribossômica, 
impedindo a síntese proteica (bacteriostática). Cloranfenicol não se encaixa em 
nenhum grupo. 
Droga Características Uso 
Clindamicina Droga potente e com boa biodisponibilidade oral; seu espectro é 
de gram + (mas não pega pneumococo) e anaeróbios (não pega C. 
difficile – pode inclusive selecioná-lo, induzindo Colite 
Pseudomembranosa; nem o bacteróides fragilis) – deve ser 
preferida como droga anaerobicida nas infecções acima do 
diafragma (nas quais a flora de anaeróbios predominante é 
derivada de anaeróbios da boca; abaixo do diafragma – deve-se 
cobrir o bacteróides fragilis, então prefere-se o Metronidazol); as 
concentrações em SNC são subterapêuticas 
Dose habitual: 
600mg 6/6h VO; mas 
pode ser 150 a 
600mg 6/6 ou 8/8h 
VO ou 150-900 8/8 
ou 12/12h EV 
Cloranfenicol Bom espectro porém pouco usado devido à toxicidade – risco de 
aplasia medular (rara, porém grave e irreversível) -, ainda usada 
devido ao extremo baixo custo. Uso clínico (lembrar que quase 
sempre há drogas melhores disponíveis): H. Influenzae, celulites, 
epiglotites, artrites, osteomielite, meningite por haemophilus, 
gastroenterites por salmonella, linfogranuloma venéreo e 
granuloma inguinal, sífilis latente, brucelose, peste bubônica que 
acometa SNC. 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SESSÃO III: Antibióticos que Interferem com Síntese/Metabolismo 
dos Ácidos Nucleicos 
 
12. Quinolonas: 
Antimicrobianos totalmente sintéticos derivados do Ácido nalidíxico. Agem inibindo as 
DNAs girases (topoisomerases, responsáveis pela estrutura de dupla hélice do DNA). O 
espectro é bastante amplo, incluindo gram negativos e gram positivos. Bacilos gram 
negativos aeróbios, principalmente – enterobactérias (E. coli, proteus, klebsiela, 
citrobacter, serratia), patogênicas do TGI (salmonella, shigella, yersinia) -, neisseria 
gonorrheae, H. Influenzae, moraxella, pseudomonas (para infecções não complicadas, 
usar a ciprofloxacina); cocos gram +: estaphylos, estrepto, porém induz rápida 
resistência em infecções de pele e partes moles (não são drogas de escolha), 
pneumococo (preferir as chamadas Fluoroquinolonas ou Quinolonas Respiratórias, 
capazes de atingir altas concentrações pulmonares – Levofloxacino, Moxifloxacino, 
Gemifloxacino), atípicos (legionella, chlamydia, ureaplasma, mycoplasma), vibrio 
colera, mycobacterium tuberculosis (alternativo em hepatopatas). 
 Indicações clínicas gerais: ITU, pele e partes moles, TGI/abdominais, IVAS e 
pneumonias, Infecções de corrente sanguínea por gram negativos, prostatites e 
DSTs (exceto sífilis). 
Droga Características Uso 
Norfloxacino Baixa absorção oral, mantendo baixa concentração sanguínea. Porém, boa 
concentração urinária – principal uso: ITU não complicada. Pode ser usada 
como profilaxia de PBE no ascítico (se HDA ou PBE prévia está indicada). 
400mg 
12/12h VO 
Ciprofloxacino Alta concentrações em sangue, urina, via biliar e luz intestinal na VO. 
Usos: ITU baixa ou alta, infecções de vias biliares e abdominais 
secundárias (associada com anaerobicida), infecções intestinais 
(gastroenterites, colites). É anti-pseudomonas, usada nos casos não 
complicadas (otite externa maligna, bronquiectasias – atinge boa 
concentração na secreção brônquica, mas não no parênquima, por isso 
nao é usada para pneumonias), atividade anti-estafilo (mas não é 
escolha), DSTs – gonorréia, cancro mole em DU; CI para meningites pois 
não penetra líquor, mas pode ser usada como alternativa para profilaxia. 
250-500mg 
12/12h VO 
Ofloxacino Tratamento da tuberculose no hepatopata (mas mesmo nessas situações 
é pouco usada, preferindo-se a Levofloxacino). Espectro semelhante ao da 
cipro. 
- 
F 
L 
U 
O 
R 
Q 
U 
I 
N 
O 
L 
O 
N 
A 
S 
Levofloxacino Uso principal: contra pneumococos – PAC. Alta concentração sérica, 
biodisponibilidade na VO > 90%, alta concentração pulmonar (até 5x 
maior que a sérica), pega Haemophilus, Moraxella, Legionelas, 
Chlamydias, mycoplasmas. 
500mg/dia 
VO 7-14 d 
Moxifloxacino Dose única diária, grande ação contra pneumococo, pode prolongar o QT 
no ECG – cuidado ao usar em pacientes com distúrbios do rítmo cardíaco 
400mg/dia 
VO 7-14d 
Gemifloxacino A de maior ação antipneumococos, a mais recente. Porém, seu custo é 
ainda proibitivo. 
- 
 
 
13. Sulfamídeos 
Drogas que interferem como metabolismo do ácido fólico ao inibir o PABA (acido 
paraminobenzólicos), impedindo a formação do DNA. Têm amplo espectro natural, 
porém, com os anos, a maioria das bactérias se tornaram resistentes. 
Sulfametoxazol/Trimetoprima 
(Bactrim) 
Mais usado, só existem em associação no BR, dose 5:1 (400/80 ou 
800/160mg, nas quais são bactericidas), uso VO mas existe também EV. 
Metabolização hepática, mas tem boas concentrações urinárias (pode ser 
usada na ITU não complicada); usos atuais: paracoccidiomicose, 
pneumocistose (principal indicação), isosporíase, nocardiose, 
stenotrophomonas e burkholderia cepacieae (podem ser resistentes aos 
carbapenêmicos e sensíveis ao bactrim; profilaxia de pneumocistose e 
neurotoxoplasmose no imunodeprimido. 
Sulfadiazina Usada principalmente na Toxoplasmose, nos casos muito sintomáticos ou 
em gestantes para tratar a infecção fetal. Pode ser necessário associar o 
uso de Ácido Folínico pois é usada em altas doses. Também na 
paracocídiodomicose. 
Dapsona Compõe o esquema de tratamento da Hanseníase, profilaxia de PNC/NTX 
(alternativo para alérgicos ao Bactrim). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sessão IV: Fundamentos do Uso de Antibióticos 
 
14. Grupos Bacterianos: 
Classificar as bactérias conforme os grupos estruturais e local de flora 
habitual/infecçãos é fundamental para a decisão correta do uso de antibióticos. 
 
 Cocos Bacilos 
 
 
 
 
Gram 
Positivos 
Streptococcus pyogenes (Grupo A, C, G), 
Streptococcus viridans, S. Agalactiae (Grupo 
B), S. Bovis, S. Pneumoniae (pneumococo); 
Staphyloccus bovis, S. Haemolyticus, S. 
Hominis, S. Aureus, S. Epidermidis, S. 
Saprophyticus; Enterococus faecium, E. 
faecalis 
Bacillus antracis, B. Cereus, B. Subtilis; 
Corynebacterium diphtheriae, Lactobacilos, 
Diphtheroides, Erysipelothrix rhosiophatide, 
Listeria Monocytogenes 
Anaeróbios: Peptococus, Peptoestreptococos Clostridium difficile, C. tetani, C. perfringens, C. 
botulinico; Actinomices, Bifidobacterias, 
Lactobacilus bifidus, Eubactérias e 
Propionobactérias 
 
 
 
 
 
 
Gram 
Negativos 
Neisseria gonorrheae, Neisseria meningitidis, 
Moraxella Catarrhalis 
Entéricos aeróbios: Acinetobacter (coco-bacilo), 
Aeromonas, Bartonella, Brucella, Burkholderia 
malley, Calymmatobacterium, Citrobacter, 
Enterobacter, E. coli, Helicobacter pilory, 
Klebsiella Pneumoniae, Morganella, Proteus 
Mirabilis, Proteus vulgaris, Pseudomonas 
aeruginosa, Salmonela typhi, Salmonellas não-
typhi, Stenotrophomonas maltophila, vibrio 
colera, Yersinia enterocolitica, Y. Pestis 
 
Anaeróbios: Veilonella 
Entéricos anaeróbios: Bacteroides, 
Campylobacter jejuni, C. fetus; Fusobacterias 
Não entéricos aeróbios: Bordetella, Brucella, H. 
Influenzae, Francisella tularensis, Pasteurella 
multocida 
Não entéricos anaeróbios: Actinobacilos 
Espiroquetas 
Borrelia burgdorferi, B. Recorrentis; Leptospira; Treponema pallidum; T. Pertenue 
Actinomicetos 
Actinomyces israelii, Nocardia asteroides, Rodococcus equi 
Bacilos Álcool-Ácido Resistentes 
Mycobacterium avium-intracellulare (MAC), M. Fostuitum/chelonae; M. Tuberculosis, M. Kansasii, M. Leprae, M. 
Marinum 
Atípicos (sem parede celular) 
Chlamydia psitaci, C. trachomatis, C. pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Rickettsia, Pneumocystis carinii, 
Ureaplasma urealyticum, Ehrlichia, Legionella pneumophila 
 
 
 
 
 
15. Principais Bactérias de Importância Clínica: 
a. Cocos Gram Positivos: 
- Streptococcus pyogenes: Grupo A – causador de faringoamgdalite e outras 
IVAS, capaz de gerar a Febre Reumática; importante também como causador 
de piodermites; otites, sinusites, IVAS em geral, capaz de gerar 
Glomerulonefrite difusa aguda; 
- Streptococcus pneumoniae – importante agente de IVAS, Pneumonias 
(principal causador, sempre pensar nele) e Meningites (coco gram positivo no 
líquor confirma a etiologia); pode ser sensível ou resistente à penicilina 
(geralmente resistente), além de outros betalactâmicos. 
- Staphyloccus aureus – importante agente de infecções de pele (além de 
qualquer infecção que possa ter flora originária da pele), podendo ser sensível 
à penicilinas naturais/cefalosporinas 1ªG, à Oxacilina (MSSA) ou apenas à 
Vancomicina (MRSA – resistentes à Oxacilina); 
- Enterococus – faecium e faecalis, são importantes agentes da Endocardite; 
- Peptoestreptococos – bactérias anaeróbias típicas da flora oral; são tratadas 
com Clindamicina. 
 
b. Coco Gram Negativos: 
- Neisseria meningitidis – importante agente de meningites bacterianas (cocos 
gram negativos no líquor), pode ser sensível à penicilinas (após o isolamento 
do agente em caso de meningite, pode-se passar a utilzar essa droga para o 
tratamento); 
- Neisseria gonorrheae – causadora de Gonorréia, não é sensível à penicilina – 
deve ser tratada com quinolonas; 
- Moraxella catarrhalis – importante agente de IVAS/amigdalites, é sensível à 
aminopenicilinas ou mesmo à penicilinas naturais. 
 
c. Bacilos Gram Positivos: 
- Gênero clostrídium – podem causar gangrena gasosa, tétano, botulimos e 
colite pseudomembranosa. O agente da CPM é o Clostridium difficile, sensível 
ao Metronidazol (1ª escolha) e à Vancomicina (alternativa para resistência). 
 
d. Bacilos Gram Negativos: 
- Gram negativos entéricos aeróbios: importante grupo causador de infecções 
abdominais (gastroenterites, colites, infecções de vias biliares); inclui E. coli, 
Proteus, Klebsiella, H. Pylori, Yersina, Salmonella, Shigella. São sensíveis 
principalmente às quinolonas; 
- Pseudomonas aeruginosa: gram negativo entérico, importante bactéria que 
pode ser multirresistente. Sua sensibilidade pode ser para ciprofloxacino 
(casos não complicados), cefalosporinas de 3ª ou 4ª geração (ceftazidima e 
cefepime) ou apenas à carbapenêmicos; as pseudomonas resistentes à 
carbapenêmicos devem ser abordadas com Polimixina. 
- Anaeróbios: fusobacterium e bacteróides fragilis – devem ser tratados com 
Metronidazol (Clindamicina não tem ação); importantes em infecções 
abdominas secundárias e do trato biliar (nunca deixar de cobrí-los nesses 
casos), além de infecções pélvicas (DIPA). 
- Haemophilus influenzae: não-entérico; importante causador de IVAS – 
principalmente até os 4 anos; já foi muito importante em diarréias e 
meningites (até os 4 anos também). 
 
e. Outras Bactérias: 
- Treponema pallidum: agente causador da sífilis; é sensível à penicilina (Droga 
de escolha); 
- Chlamydia, Legionela, Mycoplasma: não possuem parede celular portanto os 
beta-lactâmicos não agem sobre eles, nem outros agentes de parede; as 
drogas de escolha são os Macrolídeos. 
 
16. Regras para Uso dos Antibióticos: 
 
1. Diagnosticar de forma correta e precoce a presença de infecção, e avaliar o risco; 
2. Estabelecer se a infecção é bacteriana ou não e qual a bactéria mais provável; 
3. Diagnóstico sindrômico/topográfico – pneumonia, ITU, meningite, etc.; 
4. Decidir sobre o tratamento empírico adequado considerando-se o diagnóstico 
topográfico e as bactérias mais provável; 
5. Avaliar status imune do paciente, além da presença de comorbidades – alterações 
da flora; 
6. Preferir sempre os agentes mais ativos contra as bactérias consideradas, os de 
administração conveniente, os de menor custo, os eficazes em monoterapia, os 
riscos do antibiótico, preferir os agentes bactericidas nos casos graves, usar o 
espectro mais restrito possível que seja efetivo; 
7. Solicitar os exames de cultura conforme indicação, antes de iniciar o antibiótico; 
8. Ajuste do tratamento conforme os resultados da cultura; 
9. Reduzir custos – usar antibióticosmais antigos, os de T1/2 mais longa, preferir os 
que possam ser feitos em bolus, os que não necessitam monitoramento de nível 
sérico, usar apenas o tempo necessário, guiar-se pela cultura quando possível, 
conhecer os custos.

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