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TRABALHO temas em psicologi social

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INTRODUÇÃO
A música até quando esperar é uma reflexão critica da desordem e má distribuição de bens econômicos, a letra é clara quando cita no primeiro refrão a frase, “com tanta riqueza por aí, onde é que está? Reformulando a frase do refrão! Porque um país tão rico com tanta desigualdade social? 
O tema da musica e consequentemente do trabalho desenvolvido, remete uma serie discussões e questionamentos, até quando esperar por transformações, por mudanças e uma esperada equidade social, um equilíbrio sócio econômico para toda população, até quando viver em meio a tanta desigualdade?
As questões a serem discutidas são voltadas para assuntos como a ideologia na visão de Guareschi, ideologia da meritocracia, produção e a distribuição de riqueza no sistema capitalista e o materialismo histórico-dialético sobre as religiões. 
LETRA DA MÚSICA
 [Estrofe 1]
Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa pela má distribuição
[Refrão 1]
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está, cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está, cadê sua fração?
Até quando esperar?
[Estrofe 2]
E cadê a esmola que nós damos sem perceber
Que aquele abençoado poderia ter sido você
[Refrão 2]
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus?
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus?
[Coro]
Posso vigiar teu carro?
Te pedir trocados?
Engraxar seus sapatos?
Posso vigiar teu carro?
Te pedir trocados?
Engraxar seus sapatos?
DESENVOLVIMENTO
Questão 1: (25% da nota). Explique a concepção crítica de “ideologia” defendida por Guareschi (2013).
De forma conceitual “Ideologia refere-se aquilo que seria ou é ideal”, existem muitas concepções sobre. Guareschi. (2013. p.22) em seu texto, trazendo as diversas concepções dos autores a cerca deste tema, subdivide essas teorias em quadrantes (Ideologia como algo positivo (material), ideologia como algo positivo (prática), ideologia como negativo (concreto) e ideologia como algo negativo (prática), concepção desenvolvida por Thompson e que para Guareschi fez mais sentido). Ele fala sobre a questão de não considerar a ideologia como materializada, pois trás um sentido automaticamente negativo. Como um todo precisamos analisar as situações, verificar se são ideais que enganam e escondem a realidade, se sim, podemos classificar como ideologia (relações de dominação), a preocupação dessa nova concepção, seria o sentido de visar se esses simbolismos ideológicos serviam para sustentar relações de dominação. GUARESCHI (2013, p. 23-28).
Em nossas vidas, a partir do momento que nascemos adquirimos ideologias, todos nós temos conforme nossa cultura e vida social. Mas o caráter da ideologia aqui citado, diz respeito a um sentido negativo, fenômeno enganador, essa então seria a forma crítica especificada por Guareschi. GUARESCHI (2013, p.28).
Questão 2: (25% da nota). Explique a que se referem às expressões “bênção” e “má-distribuição” na Estrofe 1 da letra da música e relacione esta estrofe com a ideologia da meritocracia.
“Benção” se refere ao berço, ou seja, quem já nasceu rico, “Má distribuição’’ já é autoexplicativo, o rico que já nasce rico ou o pobre que já nasce pobre, temos uma ideologia ilusória que prega que o sucesso depende de cada um, ou seja, ser rico ou pobre só depende de você, mascarando a luta de classes. Devido a desigualdade de condições, exigir competições entre desiguais, é ganhar de antemão. (Sawaia, Bader. (1999) Pag. 154).
O choque entre interesses diferentes ou contrários, que vai fazer com que as pessoas lutem, trabalhem, se esforcem para conseguir melhorar seu bem-estar, sua qualidade de vida, sua ascensão econômica. (Sawaia, Bader, (1999) Pág. 145) ou seja para meritocracia o ser humano é dono de si e por tanto tem autonomia para melhorar de vida independente de sua classe social, porem está implícito nessa ralação de competitividade a exclusão e a diferença de classes. O ser humano, pensado sempre fora da relação, é o único responsável pelo seu êxito ou pelo seu fracasso. Legitima-se quem vence e degrada-se o vencido o excluído. (Sawaia, Bader; (1999) Pág. 154). Então temos a ideologia de meritocracia, acreditasse que tudo é por mérito próprio, colocando o ser humano sempre como individual e nunca coletivo.
Questão 3: (25% da nota). Explique como se dá a produção e a distribuição de riqueza no sistema capitalista e então responda à questão feita por (SEABRA & X, 1986) no Refrão 1 “cadê sua fração? ”
O processo de produção tem início nas mãos que tem detém os meios de produção (fábricas, máquinas, terras, edificações), por tanto o capital possui um dono, este é uma propriedade privada. Esses são considerados “capitalistas” ou “burgueses”, investem em maquinários e tecnologia para a produção e compram a força produtiva, e em troca disso pagam uma ruína de salário. (LEFEBVRE, HENRI,2009. pg.80).
Em busca de lucro e sempre com este objetivo, o capitalista sempre procura investir em equipamentos para produzir, assim ele aumenta a sua produção, desvalorizando outras empresas (competição) e explorando ainda mais o proletariado ou diminuindo a mão-de-obra. Isso aumenta exacerbadamente a produção e não aumenta proporcionalmente o consumo, e a busca por mais equipamentos fica constante. (LEFEBVRE, HENRI, 2009. pg.81).
Visto que os meios de produção e o capital estão somente nas mãos dos burgueses que são uma minoria, a outra parte a maioria (operários) ficam com uma parcela miserável da economia. Na música o autor quer justamente fazer uma crítica a “má distribuição”, e diz: ” cadê sua fração? ”, a letra de fato é voltada para a maior parte da população que é explorada e não recebe um salário digno e justo. (LEFEBVRE, HENRI,2009. pg.80).
Questão 4: Explique a visão do materialismo histórico-dialético sobre as religiões, exemplificando com o que é descrito no Refrão 2 da letra da música.
A religião se mostra como um aparelho ideológico, uma instituição, que se encontra em uma posição no qual ela está alienada aos exploradores, atuando com um papel como o de um empresário. (GUARESCHI. 2013. p.22) 
As igrejas, porém, trazem as ideologias positivas que compõem um conjunto de valores e filosofias, dando-lhes o conformismo e a aceitação da realidade apresentada, com esperanças de que um dia haverá as enfim sonhadas mudanças, o que os levará a acreditar que há uma vida melhor após a morte se for esperar a ajuda de Deus. (GUARESCHI. 2013. p.10)
Além de tudo as igrejas sustentam a ideologia através das formas simbólicas, que são inseridas nos contextos sócios históricos, pois é transmitida a população e com isso o estado então usa do nome de Deus, como uma forma de oprimir a “plebe”, omitir as informações e apresentar as “meias verdades”, redirecionando as pessoas para os caminhos já pré-determinados. (GUARESCHI. 2013. p.14-16).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das questões abordadas e trazidas conforme o desenvolvimento do trabalho, podemos absolver uma ideia mais ampla do que viria a ser ideologia, percebe-se, que existe ainda hoje diversas concepções e embasamentos teóricos que se propõe a dar uma definição e formato a cerca do assunto. É uma grande realidade que todos nós nascemos e adquirimos ideologias conforme nosso meio social (Guareschi - p. 26), mas a grande preocupação é entender se isso é algo bom ou ruim. Por que será que se levantam tantas dúvidas? Sabemos que existem relações desiguais, que pessoas menos favorecidas são persuadidas por pessoas com melhores oportunidades e que buscam levar vantagem? Por que tanta dificuldade para nomear isso, ou melhor, ainda, por que não fazemos nada para modificar essa realidade.
Estamos indo contra a ideologias ou no fundo acreditamos que elas são necessárias para estabelecer divisões e separar pessoas “em seus devidos lugares”, afinal, muitas vezes o que nos convém é aquilo que nos diz respeito e talvez a maior ideologia de todas é do “eu como centro de todas as coisas”.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUARESCHI, P.A. (2013). Ideologia. In: STREY, M. N. Psicologia Social Contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes. Edição digital, pp. 78-90.
SEABRA, P. & X, A. (1986). Até quando esperar. In: Plebe Rude. O Concreto Já Rachou. Brasília: EMI. Produção: Herbert Vianna. Música: SEABRA, P.; X, A. & GUTJE. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1QCOe5bO6bg>. 
Sawaia, Bader. "As artimanhas da exclusão." Petrópolis: Vozes(1999): 8.
Referência: LEFEBVRE, H. Marxismo: 1.ed. Porto Alegre: L&PM POCKET,vol.784, 2009.

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