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Aula 1 1 a Questão (Ref.: 201504597050) Sobre o conceito de Literatura Comparada podemos afirmar que: Pode ser formulado com clareza, mas não em definitivo, uma vez que está sujeito à ação do tempo, do processo histórico, e pode vir a ser reformulado no futuro. Não pode ser formulado com clareza e em definitivo, tendo em vista que está sujeito à ação do tempo e à incapacidade de os teóricos chegarem a um acordo. Pode ser formulado com clareza e em definitivo, a despeito de sua complexidade, uma vez que os estudiosos já acumularam um vasto saber a respeito. Não pode ser formulado com clareza e em definitivo, uma vez que envolve múltiplos aspectos e seria impossível dar conta de tal riqueza numa explicação clara e precisa. Pode ser formulado em definitivo, mas não com clareza, pois trata-se de uma disciplina que lida com a complexidade, o que torna inviável qualquer tentativa de explicação clara. 2 a Questão (Ref.: 201504616689) O objetivo central da Literatura Comparada é: Analisar comparativamente textos de autores de diferentes nacionalidades. Analisar comparativamente textos de autores da mesma nacionalidade, mas de diferentes épocas. Nenhuma das opções acima. Todas as opções acima se combinam para compor o amplo espectro de objetivos da disciplina. Analisar comparativamente textos de autores de diferentes épocas e nacionalidades, tendo em vista não somente o universo do livro, mas também o de outras mídias. 3 a Questão (Ref.: 201504597069) A frase navegar é preciso, viver não é preciso é encontrada tanto na canção de Caetano como em texto mais antigo de Fernando Pessoa. Além disso, o próprio poeta português atribui a frase a marinheiros antigos... De tudo isso, podemos deduzir que: A canção de Caetano representa uma tentativa frustrada de recontar as aventuras dos marinheiros portugueses que colonizaram o Brasil. A canção de Caetano diz respeito, indiferentemente, aos mais variados tipos de pessoas que buscam enriquecer suas vidas com aventuras no mar. A canção de Caetano visa sobretudo homenagear Fernando Pessoa e, por consequência, os marinheiros portugueses. A canção de Caetano pode ser considerada um tributo à valentia dos marinheiros portugueses, que realizaram a aventura das grandes navegações. A canção de Caetano apenas se aproveita de um tema trabalhado por Pessoa, sem possuir vínculo de espécie alguma com a obra do poeta português. 4 a Questão (Ref.: 201504597096) O termo complexidade em Literatura Comparada pode ser definido como: É a dificuldade de se fazer entender por seus ouvintes ou leitores. O que reside na riqueza de detalhes, no emaranhado de diferentes informações a serem processadas por nosso cérebro. Nenhuma das respostas. O interesse pelo estudo diacrônico Pode ser explicada de modo claro e acessível. 5 a Questão (Ref.: 201504616697) A respeito dos possíveis contatos entre Literatura Comparada e Teoria da Literatura NÃO é possível afirmar que: Nenhuma das respostas acima. O comparatismo necessita constantemente de se enriquecer das contribuições metodológicas dos estudos teóricos. A Literatura Comparada sempre se enriquece nos momentos em que busca se atualizar com as conquistas mais recentes dos debates teóricos. A Literatura Comparada se alimenta da Teoria, da mesma forma como apresenta novos dilemas que passam a ser debatidos pelos teóricos, de forma que o diálogo entre os dois campos de estudo é uma via de mão dupla. A Literatura Comparada sempre mantém uma perspectiva historicista, ao passo que nas correntes teóricas do século XX predomina um interesse por análises de viés linguístico e psicológico. 6 a Questão (Ref.: 201504722158) Marque, entre as alternativas, abaixo aquela que não corresponde à compreensão de Literatura Comparada. É um campo de estudo bem mais do que uma disciplina. Dialoga com a Linguística, a Semiótica, a História, a Sociologia, a Psicanálise, a Filosofia etc. O conceito de Literatura Comparada está exposto ao tempo, ou seja, muda com o tempo, seguindo os rumos da História. Seu objeto de estudo é o texto, isolado de todos os outros saberes. Na Literatura Comparada, a comparação nunca é um fim em si, mas um meio que visa a uma melhor compreensão de nosso objeto de estudo. 7 a Questão (Ref.: 201504616692) Da frase ¿Navegar é preciso, viver não é preciso¿, compilada por Fernando Pessoa do folclore dos antigos navegantes, Caetano Veloso tirou o tema central de uma canção do começo da década de 1970, intitulada ¿Os argonautas¿. Neste caso, fica claro que: Ao passar do folclore dos antigos para as palavras de Fernando Pessoa, e depois para a canção de Caetano, a frase foi adquirindo novos sentidos, na medida em que passou a dialogar com diferentes contextos e veio a ser decodificada por diferentes tipos de leitor. Ao retomar dos antigos a frase, Pessoa quis apenas homenagear nos navegantes portugueses, valentes desbravadores dos mares antigos. Somente Caetano teria se preocupado em dar novos sentidos ao texto. Ao retomar dos antigos a frase, Pessoa deu novo sentido ao texto, na medida em que ¿navegar¿ é verbo polissêmico que tanto diz respeito às aventuras vividas no mar, como às demais peripécias que enfrentamos ao longo da vida. O mesmo se pode dizer de Caetano. Nenhuma das opções acima. Ao retomar a frase original de Fernando Pessoa, coube ao compositor brasileiro Caetano Veloso dar-lhe novos sentidos, uma vez que se dirigia a um público que se encontrava do outro lado do Atlântico. 8 a Questão (Ref.: 201504616687) Pelo que estudamos acerca do significado da Literatura Comparada, a única alternativa que não corresponde aos fatos é que: Trata-se de uma disciplina que ganhou novo corpo no contexto de um mundo em descolonização, na segunda metade do século XX, quando novas literaturas buscavam seu espaço nos debates globais. Não pode ser concebida como conjunto de práticas voltadas para estabelecer prioridades e hierarquias no que diz respeito à análise de Literatura de diferentes países. Trata-se de uma disciplina concebida dentro inicialmente dentro do contexto de uma Europa divida por conflitos nacionais, o que a levou a funcionar como oportunidade para um debate além de fronteiras políticas e culturais. Pode ser concebida como conjunto de práticas voltadas para estabelecer prioridades e hierarquias no que diz respeito à análise de Literatura de diferentes países. Trata-se de uma disciplina que foi concebida de maneiras diferentes ao longo de sua história, estando sujeita às transformações provocadas pelo transcurso do processo histórico. 9 a Questão (Ref.: 201504597063) O título da canção de Caetano Veloso, que usamos como exemplo na primeira aula, faz uma alusão a uma narrativa mitológica da Antiga Grécia. Deste fato, concluir que: O reaproveitamento de temas da tradição literária é uma prática que alimenta a criatividade dos autores de hoje, muito embora estes se mostrem incapazes de alcançar o mesmo nível dos clássicos. O reaproveitamento de temas da tradição antiga é uma prática que alimenta a criatividade dos autores de hoje, ainda que estes lancem mão, com muita frequência, de recursos próprios, para exprimir novas realidades. O reaproveitamento de temas da tradição antiga é uma prática indispensável para os novos autores, sendo ela o objeto privilegiado de estudo da Literatura Comparada. É impossível relacionar temas antigos com manifestações recentes. O caso específico da canção de Caetano elucida a realidade de que ostemas da antiguidade não podem ser retomados, uma vez que ninguém mais acredita nos mitos da antiguidade. 10 a Questão (Ref.: 201504597095) Conforme abordado na aula 1, que entre outros temas abordou o caráter múltiplo e transdisciplinar da Literatura Comparada, podemos afirmar que a Literatura Comparada, hoje em dia, é: Assinale a alternativa correta. História da literatura Método Disciplina Campo de estudos Método Comparativo 11 a Questão (Ref.: 201504597055) O ato de comparar é importante para o ser humano em seu processo de compreensão do mundo ao redor. No caso de comparar textos literários, podemos afirmar que: Comparar é uma ferramenta importante, ainda que não seja a única, a ser usada na compreensão de nosso objeto de estudo. Comparar é uma ferramenta importante, na medida em que nos leva a perceber o quanto os textos literários se repetem, e pouco acrescentam de novo ao que já foi dito antes. Comparar é totalmente dispensável, mas pode ser um exercício saudável de compreensão de nossos objetos de estudo Comparar tem o único propósito de verificarmos o nível de qualidade de nossos objetos de estudo Comparar é indispensável, única forma adequada de conhecer nossos objetos de estudo. 12 a Questão (Ref.: 201504597076) Dos exemplos que demos em nossa aula 1, de leituras em paralelo, a saber Caetano Veloso e Fernando Pessoa. Machado de Assis e William Shakespeare, podemos inferir que: Os autores mais recentes, Machado e Caetano pouco acrescentam ao modo como os temas já foram trabalhados pela tradição. Os autores mais recentes, Machado e Caetano se afastam por completo do modo como os temas já foram trabalhados pela tradição. Não se pode comparar a obra de Machado ou de Shakespeare com autores contemporâneos. Os autores mais recentes, Machado e Caetano passam também a fazer parte da tradição, ao acrescentar modos peculiares aos temas que recebem da tradição. Os autores mais recentes, Machado e Caetano abandonam a tradição, pelo modo bem diferentes como trabalham os temas. Aula 2 1 a Questão (Ref.: 201504597098) Na aula 2, O nascimento da Literatura Comparada, afirmamos que a história da Literatura Comparada vem acompanhando os rumos da... História social, política e cultural do Ocidente ao longo do tempo. História da literatura. Escrita e diferença da escrita nos livros. Evolução dos textos literários nascidos na Europa. Tendências importantes das Ciências Humanas. 2 a Questão (Ref.: 201504597101) Nos primeiros tempos, a disciplina foi dominada por pesquisas que punham em diálogo autores de nacionalidades diferentes. O objetivo era traçar paralelos, em busca de um saber capaz de ultrapassar fronteiras. A Literatura Comparada funcionaria, então, como uma instância intermediária entre cada literatura nacional, estudada em separado, e a literatura geral, objeto de estudo bem mais ambicioso, no qual poucos se aventuravam. Com base no texto acima, da nossa aula 2, marque a assertiva que é uma das limitações do comparativismo naquele período. Uma delas era a tendência a priorizar as literaturas de outros países que poderiam dialogar com a literatura matriz. Uma delas era a tendência a hierarquizar as literaturas, tendo como ponto de honra a superioridade das literaturas europeias sobre as demais e da francesa, em particular, sobre as outras do continente. Uma delas era priorizar, mas não hierarquizar as literaturas, tendo como ponto de honra a não superioridade das literaturas europeias sobre as demais e da francesa, em particular, sobre as outras do continente. Uma delas era a tendência a priorizar as literaturas de outros países que não poderiam dialogar com a literatura matriz. Uma delas era a tendência a priorizar as literaturas do seu país que não poderiam dialogar com a literatura matriz. 3 a Questão (Ref.: 201504616701) Uma das características marcantes dos Lusíadas, de Camões, é o fato de trabalhar o heroísmo numa perspectiva coletiva, fugindo ao padrão da antiguidade clássica de individualizar os heróis épicos. Por este motivo: Não é possível realizar uma análise comparativa entre a obra camoniana e os épicos da antiguidade, mesmo que se tome os devidos cuidados. É possível realizar uma análise comparativa entre a obra camoniana e os épicos da antiguidade, desde que se leve em conta que Portugal era uma nação secundária, do ponto de vista da produção literária, É possível realizar uma análise comparativa entre a obra camoniana e os épicos da antiguidade, desde que se leve em conta as diferenças de contexto que faziam a Europa renascentista ser diferente das antigas Grécia e Roma. Nenhuma das opções acima. Não é possível realizar uma análise comparatista, tendo em vista que a obra de Camões não é propriamente um épico, uma vez que não destaca os feitos heroicos de personagens individualizados. 4 a Questão (Ref.: 201504616694) A respeito das origens da Literatura Comparada, podemos afirmar que: Ainda que seja antigo, o hábito de comparar diferentes literaturas se via prejudicado pelo desconhecimento e desinteresse dos povos antigos por outros idiomas. O hábito de comparar literaturas nasceu no contexto da Europa do século XIX, mas só veio a ganhar corpo depois da metade do século XX, com o advento de um novo interesse pelos diálogos culturais. O hábito de comparar é recente, uma vez que os povos mais antigos viviam isolados em si mesmos, sem contato algum com o mundo ao redor. Nenhuma das opções acima. O hábito de comparar é tão antigo quanto os mais remotos contatos entre manifestações poéticas de povos diferentes, mas a disciplina começou a ser sistematizada como campo de pesquisa acadêmica na Europa do século XIX. 5 a Questão (Ref.: 201504616703) Por ter exercitado seus primeiros passos no período de vigência da estética romântica, a Literatura Comparada adquiriu certo interesse em: Um certo sabor pelo exótico, experimentado nas pesquisas que buscavam as contribuições literárias de povos diferentes. Nenhuma das opções acima. Romper com as tradições culturais, recusando-se a dar leitura aos textos da época do classicismo. A necessidade de corresponder aos ditames da lógica ideológica burguesa, com a máxima valorização do herói nas narrativas de ficção. A necessidade imperiosa de romper com os ditames da lógica ideológica burguesa, com a busca de novas maneiras de investigar as obras literárias, dando início a uma visão que traz a linguística para o centro das atenções. 6 a Questão (Ref.: 201504616700) Segundo Tânia Carvalhal, o interesse da Europa renascentista pelas obras poética da Poética Clássica se revela Um projeto bastante avançado para sua época, por já ter adiantado conquistas realizadas pelos estudos comparados nos séculos XIX e XX. Um projeto que possui evidente cunho comparatista, ainda que a disciplina ainda não tivesse se desenvolvido como um campo de estudos. Um projeto que não foi adiante justamente pela falta de um lastro teórico mais consistente, já que a Literatura Comparada, como disciplina acadêmica, ainda não existia. Nenhuma das opções acima. Um projeto que nada tem a ver com a Literatura Comparada, tendo em vista que a disciplina ainda não existia nos séculos XV e XVI. 7 a Questão (Ref.: 201504597116) Em nossa segunda aula, vimos que um autor mais recente pode ter como modelo mestres da tradição, sem que se configure seu trabalho como mera cópia. Diante deste fato, os dois últimos versosda citada estrofe, Cesse tudo o que a Musa antiga canta / Que outro valor mais alto se alevanta podem ser interpretados da seguinte maneira: Ainda que consciente da importância da tradição épica da antiguidade, o poema de Camões se propõe a afirmar novos valores, o que deixa claro que seu texto vai muito além da mera cópia dos padrões consagrados. Ainda que livre da necessidade de escrever em latim ou grego, Camões precisa se ater aos conceitos mais gerais da épica clássica, a fim de que o povo português pudesse ter o seu heroísmo reconhecido. Ainda que inspirado em modelos da tradição antiga, Camões se propõe a afirmar um novo valor, que seria justamente a excelência de seu próprio idioma natal. Ainda que livre da necessidade de escrever em latim ou grego, pois o idioma nacional lusitano estava se afirmando, Camões não consegue fugir a uma submissão aos procedimentos mais comuns dos poemas épicos antigos Ainda que inspirado em modelos da tradição antiga, Camões se propõe a afirmar um novo valor, fazendo questão de deixar claro que é preciso esquecer tudo o que escreveram os antigos, como fica claro em Cesse tudo o que a Musa antiga canta. 8 a Questão (Ref.: 201504616729) Até o começo do século XX, a Literatura Comparada se norteou por uma visão evolucionista, segundo a qual: Os países novos tinham um destino a cumprir, aproveitando as lições aprendidas com os europeus e desenvolvendo-as, buscando evoluir sempre mais. O ideal cosmopolita se estendeu a todos os lugares do planeta, contribuindo cada vez mais para erradicar preconceitos e particularismos nacionalistas. Uma visão etnocêntrica, segundo a qual seria destino dos demais povos do mundo imitar os europeus, para fazer jus ao status de povos civilizados. A conquista de novos territórios pelos europeus deixava clara a superioridade deste continente, de tal modo que passaram a ser modelos de civilização. Nenhuma das respostas acima. 9 a Questão (Ref.: 201504597089) A formalização da Literatura Comparada como disciplina acadêmica remonta à França do período romântico. Dentre os aspectos da mentalidade dominante no período, teve particular interesse para os estudos comparativos: A adesão entusiasmada aos valores oriundos da afirmação do capitalismo industrial. O gosto pelo exótico, que leva os intelectuais a começarem a se interessar pela produção cultural dos povos distantes. A afirmação do primado do indivíduo e sua capacidade inventiva, contra os valores da tradição clássica. A tendência à recusa da racionalidade burguesa, que faz muitos românticos optarem por um retorno a padrões bem próximos aos do classicismo. O retorno à Idade Média, traço determinante e característico de importantes autores românticos. 10 a Questão (Ref.: 201504597093) Para atender ao que se pede nesta questão, leve em consideração a terceira estrofe do Canto I de Os Lusíadas, de Luís de Camões: Cessem do sábio grego e do troiano. As navegações grandes que fizeram; Em seu longo poema épico, o poeta português demonstra claramente ter recebido influência direta da épica grega (a Ilíada e a Odisseia, de Homero) e da romana (a Eneida, de Virgílio). Isto fica demarcado no texto pela citação dos sábios grego e troiano, que são respectivamente Ulisses, herói central da Odisseia e um dos personagens principais da Ilíada, e Enéias, protagonista da Eneida. Apesar de ser visível tal influência, podemos afirmar que... Seu texto se propõe a destacar o heroísmo de todo um povo (¿o peito ilustre lusitano¿), o que se revela uma estratégia mal sucedida, pois os navegadores portugueses não reuniam as características necessárias para se tornarem heróis épicos. Seu texto se constrói exclusivamente em cima de fatos históricos, as grandes navegações, enquanto a epopeia antiga se construía sobre as tradições mitológicas dos povos grego e romano. seu texto apresenta características próprias, uma vez que a língua portuguesa de seu tempo já possuía suficientes recursos para se colocar no mesmo nível de qualidade, ou mesmo superar a epopeia antiga. Seu texto destaca o heroísmo de todo um povo (¿o peito ilustre lusitano¿), ao passo que na epopeia antiga se destacam as façanhas de heróis individuais, como os já referidos sábios grego e troiano. seu texto apresenta características próprias, uma vez que a língua portuguesa de seu tempo não possuía suficientes recursos para se colocar no mesmo nível de qualidade da epopeia antiga. 11 a Questão (Ref.: 201504597087) De acordo com o que estudamos em nossa segunda aula, a respeito do nascimento da Literatura Comparada, podemos afirmar que: O surgimento da nova disciplina, no começo do século XX, se ligou à tentativa de afirmar um espírito cosmopolita, capaz de se opor aos nacionalismos que emergiam na Europa daquele período. O surgimento da nova disciplina, no começo do século XIX, se ligou à tentativa de afirmar um espírito cosmopolita, capaz de se opor aos nacionalismos que emergiam na Europa daquele período. A emergência de um período de importantes transições históricas, no começo do século XIX, como o avanço da industrialização e o processo de afirmação do nacionalismo permitiam um vivo interesse pelo novo campo de estudos, que ainda lutava por afirmar-se. O processo de afirmação da nova disciplina se realizou a despeito dos acontecimentos históricos do período, tais como o avanço da industrialização e o processo de afirmação dos nacionalismos. A emergência de um período de importantes transições históricas, no começo do século XIX, como as revoluções burguesas e o processo de afirmação do nacionalismo permitiam um vivo interesse pelo novo campo de estudos, que ainda lutava por afirmar-se. 12 a Questão (Ref.: 201504616704) A Literatura Comparada assumiu, desde seus primeiros anos, uma perspectiva transnacional. Isso equivale a dizer que: Desde o começo da história do comparatismo, só é possível realizar estudos comparados se tivermos em conta obras de diferentes nacionalidades. Para os estudiosos dos primeiros tempos, só era possível realizar estudos comparados caso se trabalhe com obras de diferentes nacionalidades. Hoje, isso ainda é importante, mas já deixou de ser obrigatório. A presença de estudiosos interessados no comparatismo num determinado país do terceiro mundo sempre acompanhava a presença de empresas transnacionais. Somente após o fim das desavenças políticas entre os diferentes povos do mundo poderemos ter um comparatismo realmente sério. Nenhuma das opções acima. 13 a Questão (Ref.: 201504597091) Os estudos comparados oitocentistas se revestiam de uma dimensão política na medida em que: Colocavam em debate a necessidade de se aderir a uma visão transnacional, capaz de superar as barreiras impostas pela ótica dos nacionalismos extremados. Colocavam em debate a necessidade de se superar as contradições do capitalismo, rumo a novos modelos de organização social, capazes de livrar os homens das injustiças. Colocavam em debate a necessidade de se contrapor aos valores burgueses uma nova ótica, que libertasse os homens das injustiças sociais. Colocavam em debate a necessidade de se revalorizar o modo de vida dos homens antigos, pela via da afirmação dos textos literários clássicos, que passavam a ser vistos como modelares. Colocavam em debate a necessidade de se lutar por um modo de vida mais adequado aos novos valores, oriundos da consolidação da mentalidade burguesa e do processo de industrialização. 14 a Questão (Ref.: 201504597084) Pelo que estudamos em nossa segunda aula, as manifestações ancestraisda Literatura Comparada se caracterizavam por: Não se preocuparem, nem com o estudo da obra dos grandes autores da tradição literária, nem com a produção mais recente. Não possuírem qualquer tipo de projeto de comparatismo que se sustentasse num método capaz de ir além da observação empírica. Não possuírem ainda os instrumentos de análise trazidos pelos avanços da Teoria da Literatura no século XX, limitando-se a uma visão centrada na análise dos textos em diálogo com o determinismo do século XIX. Apesar de já estarem estabelecidos nas principais universidades europeias, eram ainda incapazes de um trabalho mais profundo de análise comparativa dos textos literários. Apesar de ainda não estarem estabelecidas nas principais universidades europeias, já demonstravam uma capacidade de análise comparativa considerável. 15 a Questão (Ref.: 201504722165) Sabe-se que a Literatura Comparada está ligada diretamente aos rumos da História do Pensamento, de um modo geral. Desse modo, é correto afirmar que: O hábito de comparar textos oriundos de diferentes tradições culturais é muito antigo, assim sendo, a Literatura Comparada, como um estudo sistemático, existe desde a Antiguidade. O Romantismo foi de extrema importância para a consolidação da Literatura Comparada: o gosto pelo exótico levará estudiosos a se interessar pelo estudo da produção literária de povos distantes, para além das fronteiras das nações mais ricas da Europa. Embora acompanhe os rumos da História do Pensamento, a Literatura Comparada está desvinculada das Ciências Humanas, ou seja, segue um caminho paralelo. A Literatura Comparada acompanha sempre de perto a história da Teoria Literária, por esta razão, costuma lidar com um único método. Havia, entre os antigos, um ¿projeto de comparatismo elaborado¿, ou seja, parâmetros teóricos que eram usados pelos estudiosos para alcançar resultados efetivos em seus esforços de compreensão do material pesquisado. Aula 3 1 a Questão (Ref.: 201504597172) De acordo com a formulação teórica de René Wellek, podemos afirmar que: Os estudos literários comparativistas não devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, levando em conta somente fatores que lhe são externos, ou seja, ele atribui mais importância ao contexto social, ou mesmo a aspectos da individualidade do autor, entre outros aspectos externos ao texto. Os estudos literários comparativistas devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, sem levar em conta somente fatores que lhe são externos, ou seja, ele atribui menos importância ao contexto social, ou mesmo a aspectos da individualidade do autor, entre outros aspectos externos ao texto. Os estudos literários comparativistas devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, procurando sempre levar em conta fatores que lhe são externos, com destaque para o contexto social. Os estudos literários comparativistas nem sempre devem ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, sem levar em conta somente fatores que lhe são externos, ou seja, ele atribui menos importância ao contexto social, ou mesmo a aspectos da individualidade do autor, entre outros aspectos externos ao texto. Os estudos literários comparativistas devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, e ao mesmo tempo buscar um diálogo com o contexto que supere os contornos do velho determinismo. 2 a Questão (Ref.: 201504597176) A influência das ideologias na construção dos discursos literários é um aspecto estudado com mais atenção pelos pesquisadores ligados: À escola francesa e à marxista. A somente alguns representantes de cada escola. À escola norte-americana. À escola norte-americana é à marxista À escola marxista. 3 a Questão (Ref.: 201504616713) As análises comparatistas de cunho determinista e positivista foram dominantes entre os adeptos da escola: ¿Soviética¿, tendo em vista que o marxismo punha a história no centro das atenções de todo e qualquer estudo dos fatos estéticos e sociais. ¿Norte-americana¿, uma vez que os teóricos desta escola se debruçavam em pesquisas para conhecer a história de todos os povos do mundo. Nenhuma das opções acima. ¿Francesa¿, ainda sob a égide de uma mentalidade forjada no século XIX e que ainda vigorou entre os comparatistas nas primeiras décadas do século XX. Todas elas, já que o estudo da história sempre é fundamental para uma conveniente apreciação dos fatos literários. 4 a Questão (Ref.: 201504616719) A respeito das relações entre Literatura e Ideologia, podemos afirmar que O discurso literário serve para confirmar os padrões ideológicos vigentes em seu tempo, uma vez que o escritor se vale de vantagens oferecidas por quem está no poder. Ao contrário de outros tipos de discurso, o literário encontra um modo de escapar das ideologias de seu tempo, por intermédio dos recursos criativos do autor O discurso literário pode, muitas vezes, mexer com aspectos que fogem aos padrões ideológicos de seu tempo, mas não consegue escapar por completo da presença destes padrões. Sua fuga, quando ocorre, sempre é parcial. Juntamente com outros tipos de discurso, o literário não tem como escapar às determinações ideológicas de seu tempo, servindo sempre para confirmar o domínio político de quem está no poder. Nenhuma das opções acima. 5 a Questão (Ref.: 201504597174) O binarismo, ou seja, a exigência de que os estudos de Literatura Comparada se concentrem em autores de apenas duas nacionalidades de cada vez, é um traço marcante da orientação teórica determinada... Tanto pela escola norte-americana como pela marxista, chamada de soviética por Tânia Carvalhal. Apenas da escola norte-americana. Tanto pela escola francesa como pela norte-americana. De nenhuma das escolas teóricas. Apenas da escola francesa. 6 a Questão (Ref.: 201504597171) Tomando como ponto de partida o conceito de influência do modo como é retrabalhado pelo pesquisador russo Zhirmunsky, o que é acertado dizer acerca da análise comparativa do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis com a peça teatral Otelo, de Shakespeare? A influência teria ficado notória, a partir do momento em que o próprio Machado citou Shakespeare, de modo que não devemos nos deixar levar pelos argumentos de Zhirmunsky. Mesmo considerando a capacidade de Machado de Assis de retrabalhar o tema do ciúme, ainda se pode falar em influência Tendo em vista a pobreza do meio cultural brasileiro no século XIX, teriam faltado a Machado condições de trabalhar a problemática do ciúme de modo peculiar. Desta forma, é adequado propor que houve influência. Tendo em vista a capacidade de Machado de Assis de retrabalhar o tema do ciúme, o que não demonstraria a capacidade de a literatura brasileira encontrar uma formulação própria para o tema, pode-se falar em influência propriamente dita. Tendo em vista a capacidade de Machado de Assis de retrabalhar o tema do ciúme, o que demonstraria a capacidade de a literatura brasileira encontrar uma formulação própria para o tema, não se pode falar em influência propriamente dita. 7 a Questão (Ref.: 201504597103) Para os pesquisadores da escola francesa, esta é uma das questões fundamentais do trabalho de um comparatista: verificar em que medida um autor de nacionalidade alemã, por exemplo, tem sua obra enriquecida no contato com a literatura inglesa, ou vice-versa. De acordo com o que foi discutido na aula 3, este enriquecimento é chamado de:Influência Escola Método comparativo Comparativismo Tendência 8 a Questão (Ref.: 201504597117) Seguindo a caracterização proposta por Tânia Carvalhal, a Literatura Comparada se consolidou num processo de debates que envolviam três escolas de pensamento, a saber: A francesa, que seguia os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX, a norte- americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos, e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos, ultrapassando as limitações do antigo determinismo. A francesa, que se propunha a ultrapassar os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na afirmação dos conceitos de progresso e evolução,; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos. A francesa, que teve como ponto de partida os fundamentos historicistas e não deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos. A francesa, que se propunha a ultrapassar os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos. A francesa, que seguia os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos, ainda fiéis aos contornos do antigo determinismo. 9 a Questão (Ref.: 201504597105) Podemos afirmar que a alternativa que define a Escola Francesa é: Pesquisadores que passaram a aplicar ao comparatismo as lições das grandes correntes de Teoria da Literatura. Pesquisadores sobre os estudos comparados na fronteira de uma única literatura. Pesquisadores orientados pelos padrões historicistas e deterministas. Pesquisadores que deram grande importância às contribuições que vários autores têm dado a uma renovação dos estudos literários. Pesquisadores que deram grande importância à contribuição de René Wellek. 10 a Questão (Ref.: 201504722176) O Estudo comparativo de textos literários sempre precisa ser guiado por métodos de análise que orientam os pesquisadores. Tais métodos são buscados nos fundamentos teóricos da Literatura Comparada. Sobre essa questão, é incorreto afirmar que: A escola francesa orientava-se pelos padrões historicistas e deterministas vigentes no século XIX. Outra exigência da ¿escola francesa¿ era a de somente levar em conta o diálogo entre produções literárias, não levando em conta a possibilidade de se analisar o diálogo entre textos literários, a produção de músicos, artistas plásticos, etc. Os autores da escola soviética se utiliza das ferramentas teóricas do marxismo para empreender análises literárias com viés histórico e sociológico; o teórico russo Zhirmunsky é um deles, como também o é o próprio Antonio Candido, um dos pioneiros do comparativismo brasileiro. A três importantes escolas que muito contribuíram, cada uma à sua maneira, para os estudos comparados na literatura: a escola francesa, a escola inglesa e a escola soviética. Um dos aspectos que mais chamam a atenção nas pesquisas realizadas pelos ¿franceses¿ é o fato de estes autores se interessarem somente pela comparação entre autores de nacionalidades diferentes. 11 a Questão (Ref.: 201504597119) Pelo que estudamos em nossa terceira aula, os estudiosos que seguiam as orientações da escola francesa se preocupavam sobretudo com: O conceito influência, por ele considerado um dos mais importantes fundamentos da disciplina. Uma leitura pormenorizada de cada obra, de modo a destacar elementos que fossem além das considerações puramente textuais. Uma leitura pormenorizada de cada obra, de modo a destacar os aspectos propriamente textuais, afastando as considerações de ordem contextual. A busca de novos conceitos teóricos que permitissem uma atualização dos procedimentos de análise comparatista. A formulação de conceitos capazes de ultrapassar as noções de fonte e influência, por eles consideradas um entrave ao estudo comparatista mais sério. 12 a Questão (Ref.: 201504616714) Se um comparatista analisa um romance de Graciliano Ramos, buscando enxergar nesta autor traços da influência de Eça de Queirós, então ele pertencerá a qual escola: A japonesa, uma vez que estes pesquisadores desenvolveram métodos inovadores sobre como sua própria cultura poderia se relacionar com o Ocidente. A italiana, uma vez que o estudo de sobre as influências já se fazia presente nas análises dos teóricos renascentistas, preocupados em saber como dialogar com a tradição da antiguidade clássica. A norte-americana, uma vez que estes buscavam manter as conquistas civilizatórias da Europa no contexto de um novo continente. A soviética, uma vez que o marxismo toma como tarefa uma revisão crítica e dialética da tradição cultural do Ocidente. A francesa, uma vez que os estudos sobre as influências preocupavam estes pesquisadores, que podem ser considerados os pioneiros do comparatismo. 13 a Questão (Ref.: 201504616717) O esforço de crítica às limitações teóricas da escola francesa, levou René Wellek, articulador central da escola ¿norte- americana¿ a combater, entre outros aspectos, o determinismo, segundo o qual: As condições de meio social, clima, bem como aspectos da vida pessoal do autor marcavam decisivamente a obra literária. As condições de meio social, clima e considerações de ordem linguística marcavam decisivamente, a obra literária. As condições de meio social, clima e considerações de ordem linguística marcavam de modo importante, porém não decisivo, a obra literária Nenhuma das opções acima. As condições de meio social, clima, bem como aspectos da vida pessoal do autor marcavam de modo importante, porém não decisivo, a obra literária. 14 a Questão (Ref.: 201504616711) Por escola norte-americana do comparatismo entende-se: Um grupo bem restrito de teóricos, comandados por René Wellek, que buscavam revitalizar o interesse dos norte-americanos pelo formalismo russo em plena era da guerra fria, que opunha os governos dos EUA e da Rússia. Um grupo de teóricos de várias nacionalidades que buscavam testar seus argumentos com exemplos tirados de preferência da literatura norte-americana. Nenhuma das opções acima. Um conjunto de teóricos, de diversas nacionalidades, mas atuando em universidades dos EUA, que buscaram atualizar os estudos de Literatura Comparada tendoem vista as conquistas de algumas das principais correntes teóricas do século XX, como o formalismo russo e o neocriticismo. Um conjunto de teóricos norte-americanos, que se espalharam por universidades de todo o mundo, buscando atualizar os estudos de Literatura Comparada tendo em vista as conquistas de algumas das principais correntes teóricas do século XX, como o formalismo russo e o neocriticismo. 15 a Questão (Ref.: 201504597092) Dentre as limitações da Literatura Comparada do século XIX, encontra-se: A incapacidade atualizar seu discurso, tendo em vista o estágio evolutivo a que havia chegado a reflexão teórica sobre literatura. A tendência a hierarquizar as literaturas de diferentes nações, ou seja, preocupar-se em afirmar a superioridade de umas sobre outras. Em especial, a tendência a considerar os padrões europeus como modelares. A capacidade de atualizar seu discurso, tendo em vista o estágio evolutivo a que havia chegado a reflexão teórica sobre literatura A tendência a diluir os estudos na medida em que muitos textos de diferentes países eram levados em conta para efeitos de análise. A tendência manifesta em certos estudos de considerar a literatura das nações de outros continentes como digna da mesma atenção que se dispensava às europeias. 16 a Questão (Ref.: 201504597175) A busca de uma perspectiva crítica mais voltada para análise literária em diálogo com as contribuições da Linguística predomina: Em nenhuma das escolas Somente na escola francesa. Em qualquer uma das três escolas. Somente na escola marxista. Somente na escola norte-americana. Aula 4 1 a Questão (Ref.: 201505055976) "Ignorar a natureza do enunciado e as particularidades de gênero que assinalam a variedade do discurso em qualquer área do estudo linguístico leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a historicidade do estudo, enfraquece o vínculo existente entre a língua e a vida. A língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua. O enunciado situa-se no cruzamento excepcionalmente importante de uma problemática."(Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.) Mikhail Bakhtin não fez parte do movimento e não integrou os Círculos Linguísticos nascidos na Rússia, no século XX, mas seu legado é rico e variado. Assinale a única assertiva que contém uma das contribuições deste filósofo da linguagem aos estudos da Literatura Comparada. Foge às concepções formalistas, fechadas na análise do texto. Deve se perder o diálogo da literatura com o momento histórico em que a obra é produzida. Não perder de vista o que é próprio e único na literatura; Não resgata o estudo das relações do Texto Literário com a História Não separar a análise dos textos literários do estudo de outros fatos sociais; 2 a Questão (Ref.: 201505060492) Falar de Intertexto e de literatura comparada nos exige inicialmente perceber que ao lermos um texto (A) estamos lendo também um texto (B), e que este entrecruzamento de vozes percebidas ou levemente transparentes é algo que perpassa a escrita, e em especial a literatura, ao longo de todos os tempos. Assinale a alternativa que não se articula com o texto acima: Escrever é sempre rescrever, não difere de citar. Ler ou escrever é realizar um ato de citação. O dialogismo é um princípio constitutivo da linguagem e a condição de sentido do discurso. Somente o texto literário se constrói como um mosaico de citações e é absorção e transformação de outro texto. A palavra literária não é um ponto, um sentido fixo, mas um cruzamento de superfícies textuais. A intertextualidade se dá tanto na produção como na recepção da grande rede cultural, de que todos participam. 3 a Questão (Ref.: 201504759311) Como você pode notar, é possível preparar um texto novo a partir de um texto já existente. É deste modo que os textos "conversam" entre si. Tomando como base esta afirmação, os textos abaixo são exemplos de: Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Carlos Drummond de Andrade) Quadrilha da sujeira João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili. Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J.Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história. Ricardo Azevedo ("Você Diz Que Sabe Muito, Borboleta Sabe Mais¿, Fundação Cargill) Texto Literário Literariedade Evolução literária Estranhamento Intertextualidade 4 a Questão (Ref.: 201504597106) As ideologias estão presentes, sem pedir licença, em todos os discursos. A frase em destaque deve ser atribuída a qual estudioso? Vitor Zhirmunsky Julia Kristeva Iuri Tynianov Tânia Carvalhal Mikhail Bakhtin 5 a Questão (Ref.: 201505055971) Pertencente ao Círculo Linguístico de Moscou, ele trouxe para movimento que veio a ser conhecido como Formalismo Russo, o destaque para questões como a dos gêneros literários, da tradição e da história e, principalmente, a relação entre séries literárias e não literárias, com os clássicos estudos "Da evolução literária". Assinale o nome do formalista que fez estas contribuições e os estudos. Bóris Eikhembaum Roman Jakobson Iuri Tynianov Mikhail Bakhtin Vladimir Propp 6 a Questão (Ref.: 201504759035) Mikhail Bakhtin resgata a perspectiva diacrônica do texto literário, relegada pelos primeiros formalistas, anti- historicistas, reatando com a história. Bakhtin identifica os traços fundamentais da organização do romance, não só interpretando-o como uma construção polifônica, onde várias vozes se cruzam, num jogo dialógico, mas também considerando essa polifonia romanesca como um cruzamento de várias ideologias. Sobre essa contribuição de Bakhtin, seria incorreto afirmar: O texto literário escuta vozes da história e não mais as representa como uma unidade, mas como jogo de confrontações. A compreensão de Bakhtin do texto literário como um mosaico, construção caleidoscópica e polifônica, estimulou a reflexão sobre a produção do texto. A contribuição de Bakhtin nos ajudou a perceber alguns pontos básicos que agiram sobre a atuação comparativista, minando em suas bases as visões mecanicistas do processo de evolução literária. O conceito de intertextualidade, cunhado a partir da tese de Bakthin, em nada alterou os conceitos de fontes e influências do texto literário, uma vez que a dívida do texto influenciado sempre haverá em relação ao texto que o influenciou. Esse pensamento de Bakthin deu margem à elaboração do conceito de intertextualidade, por Julia Kristèva, cujo fundamento é que todo texto é absorção e transformação de outro. 7 a Questão (Ref.: 201504759330) Vimos em nossa aula que Chaplin, apósestabelecer uma relação entre a arte e o cinema, libertou o artístico da diversão mágica que predominava no cinema. Na ciência, Einstein mudaria para sempre a forma de pensar do mundo científico com a sua teoria da Relatividade. Ocorreu a Revolução Russa e a queda do czar, fato que fez surgir uma Rússia diferente em vários setores, principalmente no que concerne ao social e aos meios acadêmicos, culturais e artísticos; neste contexto desta nova Rússia, surgiu uma corrente crítica da literatura, muito importante. Qual das assertivas abaixo é a única que pode atender a afirmativa acima? New Criticism Nova Crítica Comparatismo Estudos Culturais Formalismo Russo 8 a Questão (Ref.: 201504616716) A respeito do diálogo entre Machado de Assis e Shakespeare, por conta da semelhança temática entre as obras ¿Dom Casmurro¿ e ¿Otelo¿, é certo afirmar que: a) Fica claro que Machado oferece uma releitura do tema shakespeareano, uma vez que ¿Otelo¿ se afirmou como uma referência para todos os escritores que abordam a problemática do ciúme. d) O ciúme é tema universal, inerente à condição humana. Contudo, o próprio romance ¿Dom Casmurro¿ deixa pistas claras de que Machado de Assis inspirou-se na peça de Shakespeare. b) Não fica claro que Machado oferece uma releitura do tema shakespeareano, uma vez que ¿Otelo¿ se afirmou como uma referência para todos os escritores que abordam a problemática do ciúme. e) Nenhuma das opções acima. c) O ciúme é tema universal, inerente à condição humana, de tal forma que é impossível ter como certa a influência de Shakespeare sobre Machado de Assis. 9 a Questão (Ref.: 201504722185) A contribuição da Teoria Literária para as pesquisas comparatistas é de um enorme significado. Um dos conceitos centrais usados pela Literatura Comparada, hoje em dia, é o de intertextualidade. A respeito deste conceito, não podemos afirmar que: O teórico russo, Tynianov, contribuiu para a formulação desse conceito, ao afirmar que o estudo isolado de uma obra literária não fornece elementos suficientes para a compreensão plena de sua construção, pois um mesmo elemento tem funções diferentes em sistemas diferentes. Embora os textos literários estejam em constante diálogo, a Literatura Comparada considera a possibilidade da originalidade de um texto literário, pois nisso estaria a capacidade artística do autor. Outro teórico que muito contribui para a elaboração do conceito de intertextualidade foi Bakhtin, afirmando que todo discurso é um campo que se abre ao debate, em que, muitas vozes diferentes se manifestam e se interpenetram. A contribuição de Bakhtin parte da própria experiência humana, à medida que afirma que não somos resultados dos conceitos que nós mesmos formulamos sobre nossa identidade, mas de um diálogo que mantemos com os que estão ao nosso redor. Intimamente ligada a este processo da intertextualidade está a interferência das ideologias, os discursos hegemônicos de cada momento histórico. 10 a Questão (Ref.: 201504616721) O dialogismo, marca central da contribuição teórica de Mikhail Bakhtin, se faz presente a partir do momento em que? b) Somente em textos literários de qualidade e valor duvidosos se percebe as marcas do diálogo com outros textos. c) Em todo e qualquer texto literário se fazem presentes as marcas do diálogo com outros textos. Nenhum das opções acima. d) Somente os textos literários desprovidos de originalidade deixam transparecer as marcas do diálogo com outros textos. a) Somente os textos literários mais bem elaborados guardam as marcas do diálogo com outros textos. 11 a Questão (Ref.: 201504616722) Acerca do conceito de intertextualidade, podemos afirmar que: Esteja presente apenas em obras literárias de autores consagrados, visto ser um objetivo difícil de alcançar. Esteja presente em qualquer tipo de texto literário, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com a tradição. Esteja presente em qualquer tipo de texto, ainda que seja um objetivo difícil de alcançar. Esteja presente em todos os textos literários, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com outros textos, mais nos de sua mesma época, do que nos da tradição. Esteja presente em todos os textos literários, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com outros textos, tanto os que de sua mesma época, como os da tradição. 12 a Questão (Ref.: 201504616720) Os críticos formalistas inauguram o século XX, em termos de estudos literários, afastando-se da perspectiva historicista que predominara no século XIX. Em vez disso, afirmam a necessidade de uma atenção maior no texto literário em si. Também buscaram afastar qualquer consideração centrada na vida pessoal dos autores. Influenciados pela linguística estrutural de Saussure, pregavam a criação de métodos que permitissem um esforço de análise centrado na sincronia do texto. Ainda que esta mudança de rumos tenha sido muito importante, logo alguns formalistas perceberam que não era possível deixar de lado por completo a consideração de outros fatos sociais para uma melhor compreensão do texto literário, dentre eles se encontrava: Roman Jakobson, com sua percepção de que as funções da linguagem se fazem simultâneas em qualquer tipo de texto. Antonio Candido, ao afirmar que a literatura se realiza plenamente como um sistema, que inclui o autor, a obra e o leitor. Roman Jakobson, com sua leitura centrada na presença de múltiplas vozes no texto, o que nos faz perceber que toda obra literária fala de várias épocas e lugares diferentes. Iuri Tinyanov, que destaca a importância do estudo a evolução literário, recolocando em destaque uma dimensão diacrônica. Iuri Tinyanov, com sua percepção de que as funções da linguagem se fazem simultâneas em qualquer tipo de texto. Aula 5 1 a Questão (Ref.: 201504597207) (ENADE- 2005) Atente para os textos I e II, abaixo: I O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus. (Jorge Luís Borges, A biblioteca de Babel, Ficções) II Sertão velho de idades. Porque serra pede serra e dessas, altas, é que o senhor vê bem: como é que o sertão vem e volta.Não adianta de dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, tão distantes. Rumor dele se escuta. Sertão sendo do sol e os pássaros: urubu, gavião que sempre voam, às imensidões, por sobre... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dele... (João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas) Encontram-se, nesses textos, dois espaços ficcionais bastante representativos, respectivamente, das obras de Borges e de Guimarães Rosa. Apesar das fortes diferenças entre esses espaços, eles apresentam uma característica essencial em comum. Qual é ela? O sentido de uma insuficiência: o espaço explorado não estimula o pensamento metafísico. O sentimento de auto-suficiência do indivíduo, confiante na razão O sentimento de superioridade do homem em relação à natureza. O sentido de umanacronismo: a biblioteca e o sertão expressam valores ultrapassados. O sentido de uma totalização: a biblioteca e o sertão são apresentados como universos de máxima abrangência. 2 a Questão (Ref.: 201504617274) Texto 1 Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. (¿Poema de sete faces¿, Carlos Drummond de Andrade) Texto 2 ¿ Quando nasci veio um anjo safado O chato de um querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída minha estrada entortou, Mas vou ate o fim, (¿Até o fim¿, Chico Buarque de Holanda) Uma leitura em paralelo dos dois fragmentos de textos acima é suficiente para determinar que: O texto da canção de Chico Buarque realiza uma paródia do poema drummondiano, por se prestar a uma releitura crítica do que diz a obra do modernista. Nenhuma das respostas acima. O texto da canção de Chico Buarque faz uma paráfrase do poema drummondiano, por se oferecer como uma releitura que não altera os fundamentos do texto original, centrado na ideia de um personagem que nasceu para estar fora dos padrões. O texto da canção de Chico Buarque faz uma paráfrase do poema drummondiano, por se prestar a uma releitura crítica do que diz a obra do modernista. O texto da canção de Chico Buarque realiza uma paródia do poema drummondiano, uma vez que não lança mão das mesmas palavras para dar conta do sentido de vida errante, fora dos padrões. 3 a Questão (Ref.: 201504617273) Canção do exílio ¿ Gonçalves Dias "Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Jogos Florais ¿ Antonio Carlos de Brito (Cacaso) Minha terra tem palmeiras onde canta o tico-tico. Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá. Dentre os poemas de nossa tradição literária, talvez seja a ¿Canção do Exílio¿, a que sofreu mais releituras. Acerca do poema de Cacaso, é possível afirmar que: Trata-se de uma paródia do texto de Gonçalves Dias, uma vez que rompe por completo com os pressupostos do autor romântico. Trata-se de uma paráfrase, por não se afastar dos fundamentos propostos na obra de Gonçalves Dias. Trata-se de uma paráfrase de Gonçalves Dias, uma vez que oferece um releitura crítica de elementos básicos da obra romântica, em especial a imagem simbólica do sabiá. Trata-se de uma parródia de Gonçalves Dias, uma vez que oferece um releitura crítica de elementos básicos da obra romântica, em especial a imagem simbólica do sabiá. Nenhuma das respostas anteriores. 4 a Questão (Ref.: 201504616723) A alusão e a citação direta se diferenciam pelo fato de que... Na citação direta, o autor retomado fala diretamente, uma vez que ele se torna coautor da nova obra, enquanto que na alusão, a retomada de trechos do texto original é insignificante. Nenhuma das respostas acima. Na alusão, o autor retomado se faz presente de modo mais claro, por se tratar de alguém de amplo conhecimento do público, enquanto na citação direta a presença do autor retomado é mais sutil. Na citação direta, é indispensável que o novo texto retome o anterior, estabelecendo um diálogo explícito com a tradição; enquanto na alusão a retomada é indireta, vaga e imprecisa. Tanto na alusão como na citação direta, temos o emprego de recursos sutis de retomada do texto anterior pelo mais recente. A diferença está no fato de que somente na citação direta dizemos de quem se trata. 5 a Questão (Ref.: 201504597199) (ENADE- 2011) Leia o fragmento da canção abaixo: Iracema voou Iracema voou Para a América Leva roupa de lã E anda lépida Vê um filme de quando em vez Não domina o idioma inglês Lava chão numa casa de chá Tem saído ao luar Com um mímico Ambiciona estudar Canto lírico Não dá mole pra polícia Se puder, vai ficando por lá Tem saudade do Ceará Mas não muita Uns dias, afoita Me liga a cobrar: É Iracema da América BUARQUE, C. 1998. Disponível em: <www.chicobuarque.com.br/construcao/ mestre.asp?pg=iracema_98.htm>. Acesso em: 11 ago. 2011. A canção de Chico Buarque reproduzida acima mostra que personagens e temas da literatura permanecem presentes em formas e suportes diversos. Nessa perspectiva, como se estabelece a relação entre essa canção e o romance Iracema, de José de Alencar? A relação de intertextualidade que se estabelece entre o texto contemporâneo e o romântico confirma a predominância da cultura colonizada em relação ao colonizador português na América. Embora a canção reaproveite da obra de Alencar a figura do indígena, exílio e busca pela modernidade, ela o faz em uma perspectiva de desconstrução desses elementos caracterizadores do período. Os temas viagens, natureza e novo mundo, bem como a linguagem, convergentes tanto na canção quanto na obra de Alencar, retratam anseios nacionalistas em criar uma literatura portadora da identidade brasileira. A (re)valorização e a fixação da identidade nacional constituem a antítese que fundamenta a escrita da canção, o que explica a negação do passado nacional e artístico revelada por Chico Buarque. Ampliado pelo gênero musical, o texto de Chico Buarque apresenta aspectos culturais semelhantes aos da obra alencariana, relacionados ao projeto de construção da identidade nacional, sob a influência do movimento emancipatório iniciado no século XIX. 6 a Questão (Ref.: 201504616725) É possível dizer que há paráfrase quando: Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas sofrem visíveis modificações, devido a um impulso de releitura crítica. Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas recontadas de tal modo que fiquem irreconhecíveis aos olhos do leitor. Algumas ideias de uma obra original são retomadas, de tal modo que o novo texto consiga manter-se fiel ao que há de essencial nelas. Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas sofrem profundas alterações, de tal modo que fiquem quase irreconhecíveis. Nenhuma das opções acima. 7 a Questão (Ref.: 201504702320) 1. O filme A vida de Pi é uma adaptação de um livro canadense, de Yann Martel. No entanto, esse autor está sendo acusado de ter plagiado a obra Max e os Felinos, do brasileiro Moacyr Scliar, lançado em 1980 e traduzido na Inglaterra em 1990. A questão do plágio é muito séria e é considerada crime. Caso fôssemos convidados a examinar as duas obras, que aspecto deveríamos considerar como plágio: Se o novo autor subverte o sentido geral do que se pretendia a princípio. Se o texto que não é fiel ao original, mas modifica as noções nele expostas, a mensagem transmitida. Se o escritor se vale de um tema já trabalhado por um autor consagrado pela tradição, mas não altera o sentido do que se pretendia comunicar no texto original. Se fragmentos de um texto são copiados pura e simplesmente, sem nenhuma transformação ou acréscimo. Se o autor se apropriou de um trecho de outro do passado, fazendo-se passar por ele, como forma de homenagem. 8 a Questão (Ref.: 201504722193) Sabe-se que um texto literário se enriquece no contato com o conjunto dos textos que formam a tradição literária, não somente de seu povo, como de toda a humanidade. Tal diálogo pode se realizar de maneiras diversas: alusão, citação, paráfrase, estilização, paródia e o pastiche, como vimos em nossas aulas. Quando, num texto, o autor dar a entender que está falando de alguém, sem a necessidade de citar o nome desta pessoa, ele está utilizando: Do plágio Da paródiaDa alusão Da estilização Do pastiche 9 a Questão (Ref.: 201504597188) (ENADE-2008) TEXTO 1 Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas uma infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham o pé na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensação de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas, fazendo compras. Aluísio Azevedo. O cortiço. (São Paulo: Ática, 1989, p. 28-9). TEXTO 2 Aliás, o cortiço andava no ar, excitado pela festa, alvoroçado pelo jantar, que eles apressavam para se dirigirem a Montsou. Grupos de crianças corriam, homens em mangas de camisa arrastavam chinelos com o gingar dos dias de repouso. As janelas e as portas escancaradas por causa do tempo quente deixavam ver a correnteza das salas, transbordando em gesticulações e em gritos o formigueiro das famílias. Émile Zola. Germinal.( São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 136.) TEXTO 3 Aluísio Azevedo certamente se inspirou em L¿Assommoir (A Taberna), de Émile Zola, para escrever O Cortiço (1890), e por muitos aspectos seu texto é um texto segundo, que tomou de empréstimo não apenas a idéia de descrever a vida do trabalhador pobre no quadro de um cortiço, mas um bom número de pormenores, mais ou menos importantes. Mas, ao mesmo tempo, Aluísio quis reproduzir e interpretar a realidade que o cercava e sob esse aspecto elaborou um texto primeiro. Texto primeiro na medida em que filtra o meio; texto segundo na medida em que vê o meio com lentes de empréstimo. Se pudermos marcar alguns aspectos dessa interação, talvez possamos esclarecer como, em um país subdesenvolvido, a elaboração de um mundo ficcional coerente sofre de maneira acentuada o impacto dos textos feitos nos países centrais e, ao mesmo tempo, a solicitação imperiosa da realidade natural e social imediata. Antonio Candido. De cortiço a cortiço. In: O discurso e a cidade. São Paulo / Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004, p.106-7/128-9 (com adaptações) Assinale a opção em que a relação intertextual entre O Cortiço e Germinal é interpretada pelos parâmetros críticos apresentados no texto de Antonio Candido acerca da relação entre a obra de Aluísio Azevedo e a de Émile Zola. O texto de Aluísio Azevedo, por suas condições de produção, está submetido ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que atende a demandas da realidade nacional. A presença de elementos do naturalismo francês em O Cortiço é indicativo da troca cultural que ocorre no espaço do intertexto, independentemente das realidades locais de produção. O texto de Aluísio Azevedo é um texto primeiro em relação ao de Zola porque foi escrito anteriormente e influenciou a produção naturalista do escritor francês. A relação de proximidade entre o texto de Azevedo e o de Zola evidencia que o diálogo entre os textos desassocia-os da realidade social em que foram produzidos. O Cortiço é um texto segundo em relação ao texto de Zola porque é, sobretudo, a duplicação do modelo literário francês e da realidade social das classes operárias européias. 10 a Questão (Ref.: 201504616724) As epígrafes, que encontramos ao início de muitos textos, é um exemplo de: Paródia Alusão Pastiche Citação Direta Paráfrase 11 a Questão (Ref.: 201504597112) Em terra de cego, quem tem um olho é estrangeiro (Millôr Fernandes). A frase de Millôr Fernandes pertence a que modalidade discursiva? Plágio Paródia Alusão Estilização Citação 12 a Questão (Ref.: 201504597114) ...faz-se necessário chamar a atenção para um procedimento discursivo que não se pode considerar exatamente como intertextual, mas que pode ser confundido com algumas das modalidades a serem estudadas. De acordo o alerta feito na aula 5, esta modalidade é... Alusão Citação Plágio Paródia Estilização 13 a Questão (Ref.: 201504597202) (ENADE- 2005- adaptada) TEXTO 1 Antefinal noturno Dorme, Alonso Quejana. Pelejaste mais do que a peleja (e perdeste). Amaste mais que amor se deixa amar. O ímpeto o relento a desmesura fábulas que davam rumo ao sem-rumo de tua vida levada a tapa e a coice d´armas, de que valeu o tudo desse nada? Vilões discutem e brigam de braço enquanto dormes. Neutras estátuas de alimárias velam a areia escura de teu sono despido de todo encantamento. Dorme, Alonso, andante petrificado cavaleiro-desengano Carlos Drummond de Andrade TEXTO 2 Consolo na praia A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te de vez nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. ( Carlos Drummond de Andrade -A rosa do povo) Os versos dos poemas Antefinal noturno e Consolo na praia têm fortes pontos de contato. Entre os poemas, há em comum a expressão dos sentimentos da amargura amorosa e da vingança reparadora da indignação inútil e do consolo na fé da impotência do indivíduo e do malogro do ideal. da hipocrisia social e da culpa pessoal. do ideal religioso e da perseverança inútil. Aula 6 1 a Questão (Ref.: 201504614422) Em que consistia a visão etnocêntrica, que entrou em declínio no período que seguiu à 2ª guerra mundial? Considerar que o Ocidente funcionava como uma padrão de cultura viável, que outros povos do mundo poderiam copiar com proveito. Nenhuma das respostas acima. Considerar que o Ocidente estava predisposto a controlar a economia mundial, porém se mostrava vivamente interessado em pesquisar e conhecer as obras literárias dos demais povos. Considerar os modos e procedimentos da cultura e da literatura do Ocidente como exemplares e superiores, em relação aos demais povos do mundo, ainda que houvesse pesquisas acerca da produção literária de nações colonizadas. Considerar seriamente a possibilidade de qualquer outra nação do mundo atingir o nível de sofisticação da literatura das potências ocidentais. 2 a Questão (Ref.: 201504597177) A respeito da relação entre o texto literário e o contexto social, um novo parâmetro de análise se verifica na proposição de certos autores, entre os quais um dos pioneiros do comparatismo no Brasil, o professor Antonio Candido. Para eles... Separar o texto do contexto social é possível, apesar de que o meio social pode se transformar num dos elementos internos do texto, para não falar da problemática das ideologias, os discursos que refletem os modos de agir e pensar dominantes em cada época. Separar o texto do contexto social é impossível pelo simples fato de que a artista está inserido num meio social e não tem como fugir ao determinismo social. Separar o texto do contexto social nem sempre é possível, uma vez que o contexto pode ser aproveitado como um elemento interno do texto, para não falar da problemática das ideologias, os discursos por meio dos quais cada autor diz o que pensa. Separar o texto do contexto social é impossível, tanto que de uma forma ou de outra o meio social sempre se transforma num dos elementos internos do texto, para não falar da problemática das ideologias, os discursos que refletem os modos de agir e pensar dominantes em cada época. A separação entre texto e contexto não somente é possível como desejável, a firm de que opesquisador mantenha uma saudável neutralidade diante dos debates sociais. 3 a Questão (Ref.: 201505060550) A produção literária do Romantismo Brasileiro oscila entre o imperativo de trabalhar pela afirmação de nossa identidade no campo das letras, por um lado, e o impulso ao cosmopolitismo, ou seja, a tendência a dialogar com o mundo, por outro. Sobre o impulso ao cosmopolitismo, por parte da produção literária brasileira, é incorreto afirmar: Segundo Antônio Candido, durante o período neoclássico, a literatura brasileira era mais fortemente influenciada pela produção europeia, em vista da perspectiva universalista dos intelectuais do século XVIII. O romântico Álvares de Azevedo não se furtava a um diálogo constante com seus autores europeus de predileção, como o francês Alfred de Musset e o inglês Byron. Nossos principais autores viviam constantemente a dialética entre o local e o universal cosmopolita. Para os românticos brasileiros uma literatura com perspectivas universais só podia existir nas nações cultas, pois somente elas tinham obras capazes de resistir ao confronto severo dos intercâmbios culturais. No século XIX, eram as nações cosmopolitas europeias que ditavam os modelos de civilização a serem copiados e seguidos pelos demais povos que pretendessem se livrar do atraso. 4 a Questão (Ref.: 201505056828) "O período colonial é o período entre a chegada dos primeiros portugueses ao Brasil, em 1500, e a Independência, no ano de 1822. Nos primeiros trinta anos de descobrimento, os portugueses não fizeram nada pelas terras conquistadas, pois estavam mais interessados pelas colônias situadas nas Índias. Esse período é denominado Pré-Colonial, pois apenas foram encaminhados para o país pessoas que pudessem reconhecer suas regiões e territórios." http://brasil-colonia.info/ O fato de o Brasil ser uma nação colonial deixou marcas profundas, pois as produções literária e cultural acontecem em debate com as obras vindas de outras terras e que foram lidas por nossos autores. Assinale a única alternativa que contém uma destas marcas. Isso trouxe muitos problemas no que se refere à conquista de uma identidade, uma das preocupações centrais de nossos intelectuais em várias etapas da história cultural do país. Um processo constante que se perpetuou até o Romantismo de releitura do material importado. A prática constante até a independência de se mirar em exemplos externos para dimensionar a qualidade do que era feito. Um processo constante que se perpetuou até o Romantismo de se mirar em exemplos externos para dimensionar a qualidade do que era feito. A prática constante até a independência no que se refere à conquista de uma identidade, uma das preocupações centrais de nossos intelectuais em várias etapas da história cultural do país. 5 a Questão (Ref.: 201504759040) Independente de seu estatuto institucional, a Literatura Comparada existe no Brasil há muito tempo: desde que se começou a refletir sobre a formação da literatura brasileira e sobre a criação de um projeto de literatura nacional, no século XIX. Em outras palavras, desde que os intelectuais e escritores da antiga colônia de Portugal começaram a tomar consciência da necessidade de se pôr em busca de sua identidade (Sandra Nitrini). Sobre a história da Literatura Comparada no Brasil, não se pode afirmar que: Otto Maria Carpeaux se especializou em procurar, nos textos analisados, afinidades, elementos comuns e convenções, prática que o levava diretamente a assumir uma perspectiva comparativista. João Ribeiro concebeu a produção cultural nas suas relações entre dois polos: o culto (a literatura erudita) e o espontâneo (a literatura popular). Entre os pioneiros podemos falar de João Ribeiro, que entendia a Literatura Comparada como uma crítica histórica, não se interessando pelo jogo dos confrontos entre literaturas. Tobias Barreto usou pela primeira no Brasil a expressão Literatura Comparada; este pensador brasileiro afirmava que a Literatura Comparada só podia existir nas nações cultas. Eugênio Gomes veio a ser reconhecido pelos modernistas de 1922 como um importante precursor dos ideais de renovação estética propostos pelo grupo, o que frisa sua importância como um inovador no campo da reflexão estética. 6 a Questão (Ref.: 201504722196) Sobre a presença da Literatura Comparada no Brasil, é válido afirmar: Desde o Brasil colônia, já havia a presença da Literatura Comparada no Brasil, quando teóricos comparavam a obra de Gregório de Matos com o que era produzido em Portugal. e) Embora a Europa fosse a referência e ditava normas literárias e culturais a serem seguidas, os autores brasileiros procuravam o que era genuinamente nosso, ignorando o modelo europeu. No período romântico, século XIX, a necessidade de afirmar o Brasil como nação, de mostrar o que tínhamos de peculiar, o que vinha a ser o nosso perfil como povo, o que nossos autores tinham de diferente e único, tudo isso nos punha a todo tempo em comparação com o que era produzido em outras terras. Independente de seu estatuto institucional, a Literatura Comparada chegou ao Brasil muito tardiamente, no século XX, despertada pelos preceitos do modernismo, expostos no Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade. O debate levado a cabo por intelectuais brasileiros, no século XIX, acerca da identidade nacional, nada tem a ver com a existência da Literatura Comparada no Brasil, pois tratava-se de uma questão apenas cultural. 7 a Questão (Ref.: 201505056838) "Literatura Comparada só podia existir nas nações cultas, pois somente elas tinham obras capazes de resistir ao confronto severo dos intercâmbios culturais". (FARIA, Gentil Gomes de Anais do II Congresso ABRALIC. Belo Horizonte, UFMG, v. 1, p. 27, 1991). A citação é do primeiro "crítico" a usar, no país, a expressão "Literatura Comparada", em ensaio escrito em 1886, mas jamais concluído. Assinale o nome do autor do ensaio. Augusto Meyer Tasso Silveira João Ribeiro Otto Maria Carpeaux Tobias Barreto 8 a Questão (Ref.: 201505056846) Qual das assertivas não podemos citar como um novo campo de atuação acadêmica, quase inexplorado antes por estudiosos de Literatura. Clássicos Programas de TV Histórias em quadrinhos Cinema Canção popular 9 a Questão (Ref.: 201504614406) A Literatura Comparada no Brasil sempre foi marcada pelo fato de sermos um país de passado colonial, uma vez que... Nossos escritores sempre mantém um forte vínculo com as informações culturais importadas das nações de mais prestígio cultural, como a França, a Inglaterra e os Estados Unidos. Nossos escritores com frequência mantém um forte vínculo com as informações culturais importadas das nações de mais prestígio cultural, como a França, a Inglaterra e os Estados Unidos. Nenhuma das respostas acima. Nossos escritores sempre se mostram incapazes de elaborar uma estética própria, unicamente nossa, muito embora se esforcem para enaltecer os aspectos peculiares de nossa cultura. Nossos escritores nem sempre se mostram capazes de elaborar uma estética própria, unicamente nossa, muito embora se esforcem para enaltecer os aspectos peculiares de nossa cultura. 10 a Questão (Ref.: 201505056840) No início do século XX, os estudos comparatistas dispersos nas obras de críticos brasileiros adquirem uma feição ligeiramente diferenciada, no que tange às orientações da chamada "Escola Francesa". http://artculturalbrasil.blogspot.com.br/2009/06/pagina-de-teste.html. Em "Páginas de Estética"(1905), este autor é o primeiro a se afastar desta perspectiva tradicional, eurocêntrica. Assinale o nome deste autor. Tobias Barreto Tasso Silveira Otto Maria Carpeaux Augusto Meyer João Ribeiro 11 a Questão (Ref.: 201504614421) Em que se fundamenta o conceito de ¿transcriação¿, proposto pelos irmãos Haroldo e Augusto de Campos ? Uma visão nova acerca da criação literária que se vale de influências externas, transpondo as fronteiras da expressão em Língua Portuguesa. Nenhuma das respostas anteriores Uma visão nova acerca da criação literária que se vale de influências externas, transpondo as fronteiras da expressão nas modalidades locais de Língua Portuguesa. Uma visão nova acerca da tradução, como algo mais do que a mera transposição de uma mensagem original em outro idioma, particularmente no terreno da poesia. Uma visão nova acerca da tradução, como algo mais do que a mera transposição de uma mensagem original em outro idioma, exceto no terreno da poesia. 12 a Questão (Ref.: 201504614415) Em Formação da Literatura Brasileira ¿ Momentos decisivos, cuja primeira edição é de 1957, Antonio Candido não faz uma referência direta à Literatura Comparada, mas assume uma postura de comparatista, porque... Afirma ser possível conhecer profundamente nossa própria Literatura sem considerar seu diálogo com as Literaturas de outras nações, a despeito de nosso caráter de nação de longo passado colonial. Afirma ser impossível conhecer profundamente nossa própria Literatura sem considerar seu diálogo com as Literaturas de outras nações, tendo em vista nosso caráter de nação de longo passado colonial. Nenhuma das respostas acima. Afirma que o destino de uma nação colonizada, como o Brasil, seria ter que conviver sempre com a dificuldade em criar seus próprios rumos. Considera difícil a criação de uma Literatura genuinamente brasileira, tendo em vista nosso caráter de nação de longo passado colonial. 13 a Questão (Ref.: 201504614418) Tendo conhecido profundamente as tendências principais da Literatura Comparada no mundo, Antonio Candido assume a postura de: Filiar-se à escola francesa, tendo em vista a importância do diálogo com a cultura europeia para a melhor compreensão e análise de nossas próprias letras. Nenhuma das respostas acima. Filiar-se à escola norte-americana, uma vez que se mantém atualizado quando à contribuição das mais recentes correntes da Teoria da Literatura. Não se filiar a nenhuma destas duas escolas, uma vez que a Literatura Brasileira, para ele, estava a exigir instrumentos de análise que fossem especificamente nossos. Não se filiar a nenhuma destas duas escolas, uma vez que concebe o estudo da Literatura em seu diálogo com uma análise dos contextos históricos, o que o aproxima mais de uma perspectiva marxista. 14 a Questão (Ref.: 201504614407) A respeito da contribuição pioneira de Tobias Barreto, podemos afirmar que: Embora tenha sido o primeiro a usar a expressão ¿Literatura Comparada¿ no Brasil, o autor se contradisse ao se filiar a modelos filosóficos em moda em outro continente, o que não era regra entre os intelectuais brasileiros. Nenhuma das respostas acima. Além de ter sido o primeiro a usar a expressão ¿Literatura Comparada¿ no Brasil, o autor consegue estabelecer um espaço de autonomia, para além da visão de mundo importada da Europa. Por ter sido o primeiro a usar a expressão ¿Literatura Comparada¿ no Brasil, o autor vai além de uma visão de mundo importada da Europa. Mesmo tendo sido o primeiro a usar a expressão ¿Literatura Comparada¿ no Brasil, o autor se mantém preso a uma visão de mundo importada da Europa. 15 a Questão (Ref.: 201504614411) A obra de João Ribeiro, Páginas de Estética (1905), representa um passo no desenvolvimento de nosso comparatismo porque Nenhuma das respostas acima. O autor faz um estudo crítico que busca se afastar dessa perspectiva tradicional, eurocêntrica, mas se mostra incapaz de propor que a literatura comparada se constitua como uma atividade de "crítica histórica". Além disso, ignora por completo a produção literária do povo. Além de o autor fazer um estudo crítico que busca se afastar da perspectiva mais tradicional, eurocêntrica, propondo que a literatura comparada se constitua como uma atividade de "crítica histórica", ele também apresenta a original proposta de se estudar a produção cultural nas suas relações entre dois polos: o "culto" (a literatura erudita) e o "espontâneo" (a literatura popular). O autor faz um estudo crítico incapaz de se afastar da perspectiva tradicional, eurocêntrica, e postula que a literatura comparada se constitua como uma atividade de "crítica histórica", ao mesmo tempo em que concebe a produção cultural nas suas relações entre dois polos: o "culto" (a literatura erudita) e o "espontâneo" (a literatura popular). O autor faz um estudo crítico que busca se afastar dessa perspectiva tradicional, eurocêntrica, quando propõe que a literatura comparada se constitua como uma atividade de "crítica histórica", embora permaneça mais atento às manifestações literárias cultas, oriundas das camadas letradas da população. Aula 7 1 a Questão (Ref.: 201504702321) 2. Quando estudamos a relação de nossa literatura com a de Portugal ou com a de outras nações, coloca-se em jogo a comparação. Para Antônio Candido, o começo da consciência de nosso subdesenvolvimento se dá a partir dos anos 1930, com os romances regionalistas. Identifique a alternativa que justifica a afirmação de Candido: Havia uma euforia desenvolvimentista, que exigia uma postura combativa e heroica do autor. A Geração de 1930 repetiu a visada cosmopolita do Primeiro Modernismo As regiões mais recônditas são tratadas de forma idealizada, revelando a intenção de mascarar as agruras do presente. Nesse período nasce a consciência de nação aculturada, desprovida de originalidade. A partir da geração de 1930, a noção de país do futuro foi cedendo lugar a uma consciência cada vez maior da condição de pobreza e atraso do presente. 2 a Questão (Ref.: 201504616727) Os irmãos Haroldo e Augusto de Campos dão o nome de ¿transcriação¿ a: Nenhuma das opções acima. a) Um método de análise literária que consiste em submeter os textos importados a uma análise criativa. Um método de tradução que parte do pressuposto de que a melhor forma de transpor um texto de um idioma para outro é seguir uma lógica racional. b) Um método de tradução, mais importante em poesia, que consiste em assumir o fato de que a transposição de uma obra de um idioma para outro pressupõe uma dose substancial de criação. Um método de análise literária que se fundamenta numa leitura de diferentes textos segundo procedimentos similares de transposição. 3 a Questão (Ref.: 201504616730) De todos os acontecimentos decorrentes do fim da 2ª Guerra Mundial, o que provocou maior impacto nos estudos comparatistas foi: A desestruturação das correntes teóricas dominantes até então, que trabalhavam com o dado de que a Europa era o centro da produção cultural do mundo. Nenhuma das opções acima. O desmantelamento da supremacia dos franceses, o que facilitou o florescimento da escola teórica norte- americana. O esfriamento das relações entre os povos de diferentes regiões do mundo, o que dificultou as pesquisas dos comparatistas. O esfacelamento dos impérios coloniais, que colocou em questão a supremacia cultural da Europa. 4 a Questão (Ref.: 201504614432) Para atender ao que sepede, considere o texto dos dois poemas abaixo: Texto 1 - Canção do exílio- Gonçalves Dias : Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar ¿sozinho, à noite¿ Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Texto 2 - Canto de regresso à pátria - Oswald de Andrade: Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo. Uma leitura comparativa dos dois poemas, com suporte nas proposições de Antonio Candido, em Literatura e Subdesenvolvimento, nos leva a reconhecer que: Nenhuma das respostas anteriores. O texto de Gonçalves Dias não poderia escapar à verve crítica dos modernistas, que a ele acrescentam não somente a visão regionalista como a proposta concreta de se lutar pelo progresso industrial. O texto de Gonçalves Dias não escapa à verve crítica dos modernistas, que a ele a consciência do subdesenvolvimento e a vontade de transformação, que se manifesta na troca do substantivo ¿palmeiras¿ por ¿palmares¿, clara alusão a uma das mais antigas revoltas populares de nosso país. O texto de Gonçalves Dias não poderia escapar à verve crítica dos modernistas, que a ele nada acrescentam, a não ser o livre jogo da ironia. O texto de Gonçalves Dias não poderia escapar à verve crítica dos modernistas, que a ele nada acrescentam além da visão regionalista, uma vez que o segundo poema se reporta apenas a São Paulo como sendo a terra do sujeito lírico. 5 a Questão (Ref.: 201504722268) Considere a afirmativa: A Literatura Comparada nasceu etnocêntrica, ou seja, foi concebida dentro de uma visão que tinha o Ocidente como centro do mundo, habituando-se a enxergar tudo o que acontecia nos demais continentes dentro de um ponto de vista europeu. Marque entre as alternativas abaixo a afirmação que não se relaciona com a citada acima: Do ponto de vista do problema de como a Literatura Brasileira deveria se comportar diante das novidades importadas do estrangeiro, o Movimento Modernista foi importante, por se colocar de maneira critica e aberta diante do problema. No caso do Brasil, o teórico Antônio Cândido, desde a sua obra sobre a Formação da Literatura Brasileira, já argumentava que o contato com a produção literária de outros povos é uma constante em nossa história. A produção literária desses países ex-colônias, em grande parte produzida em idiomas europeus, passa a chamar a atenção de estudiosos de todo o mundo, após a Segunda Guerra Mundial. Por terem iniciado seu processo de descolonização bem antes, ainda no século XIX, os países da América Latina não tiveram um papel irrelevante neste debate. Silviano Santiago busca desenvolver uma reflexão que ponha em destaque o que fazemos de diferente, em vez de privilegiar o que temos em comum com os europeus. 6 a Questão (Ref.: 201504616733) Em seu interessante ensaio ¿O entrelugar no discurso latino-americano¿, Silviano Santiago argumenta que os escritores deste continente possuem, como uma de suas características mais marcante, a capacidade de: Reescrever os textos alheios, retomando os temas e procedimentos criados em outros continentes e dando- lhes novas leituras e novas escrituras. Copiar e também contestar os modelos padronizados pelos centros de produção cultural mais prestigiados. Nenhuma das opções acima. Reescrever os textos alheios tendo por base as proposições contidas no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. Copiar os modelos padronizados pelos centros de produção cultural mais prestigiados, a Europa e os Estados Unidos. 7 a Questão (Ref.: 201504616731) Em ¿Literatura e Subdesenvolvimento¿, Antonio Cândido defende que: Ainda que o debate sobre a nacionalidade datasse do período árcade, a consciência de nosso atraso, importante para a compreensão de quem somos, data do período modernista, mais precisamente na década de 1930, com o florescimento de uma literatura de crítica social. A consciência de nosso atraso em relação aos países centrais ainda não existe, ainda que alguns intelectuais brasileiros trabalhem a problemática de como resolver este problema desde os primeiros tempos. Nenhuma das opções acima. A consciência de nosso atraso em relação aos países centrais remonta aos primeiros tempos da colonização, pois os intelectuais brasileiros trabalham a problemática de como resolver este problema desde os primeiros tempos. Ainda que o debate sobre a nacionalidade datasse do período romântico, a consciência de nosso atraso, importante para a compreensão de quem somos, data do período modernista, mais precisamente na década de 1930, com o florescimento de uma literatura de crítica social. 8 a Questão (Ref.: 201504614429) A leitura do Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, publicado em 1928, foi retomada no contexto do debate da descolonização cultural porque: Mostra que as literaturas dos países antes colonizados pode se alimentar das informações culturais vindas das antigas metrópoles e outras nações modelo, mas dificilmente pode fazê-lo de um modo crítico e criativo. Mostra que a literatura dos países antes colonizados raramente se alimenta das informações culturais vindas das antigas metrópoles e outras nações modelo, mas quando o faz tem a possibilidade de realizar tal tarefa de um modo crítico e criativo. Mostra que as literaturas dos países antes colonizadas com frequência se alimenta das informações culturais vindas das antigas metrópoles e outras nações modelo, mas pode fazê-lo de um modo crítico e criativo. Mostra que a literatura dos países antes colonizados sempre se alimenta das informações culturais vindas das antigas metrópoles e outras nações modelo, mas só pode fazê-lo de um modo crítico e criativo. Nenhuma das respostas acima. 9 a Questão (Ref.: 201504614424) O processo de descolonização literária se tornou uma tendência global a partir... Do final da revolução industrial, que completa seu ciclo no final do século XIX, tornando todas as nações do mundo igualmente livres do jugo do poder feudal. Do final da 2ª guerra mundial, que provocou a retomada do diálogo entre as diferentes nações do mundo, após o trauma do conflito internacional. Do final da 2ª guerra mundial, que provocou o esfacelamento dos antigos impérios coloniais e precipitou a independência das antigas colônias da África e da Ásia. Nenhuma das respostas anteriores. Do final da guerra fria, na década de 80 do século XX, que acarretou a retomada do diálogo entre as diferentes nações do mundo. 10 a Questão (Ref.: 201504614426) No que diz respeito aos debates sobre a descolonização cultural, é preciso considerar que a América Latina Nenhuma das respostas acima. Ainda que tenha conseguido a independência mais cedo, guardava profundas marcas do período colonial, o que não a deixava em grandevantagem em relação às novas nações dos outros continentes. Por ter se antecipado no processo de alcançar sua independência, passou a servir como modelo de referência para as novas nações da África e da Ásia. Mesmo tendo vivas recordações do período colonial, oferece uma grande vantagem por acumular um rico passado de lutas e conquistas,sendo capaz de criar, ainda no século XIX, uma literatura rica e autônoma. Por ter se antecipado no processo de alcançar sua independência, não se viu capaz de servir como modelo de referência para as novas nações da África e da Ásia. 11 a Questão (Ref.: 201504614430) Sobre a questão da formação de uma consciência de identidade nacional da Literatura Brasileira, pode-se afirmar que: Nenhuma das respostas anteriores. Foi um processo iniciado no Romantismo, retrabalhado no Parnasianismo, mas somente consolidado no Modernismo. Foi um processo iniciado no Arcadismo e consolidado no Modernismo Foi um processo iniciado no Romantismo, retrabalhado no Modernismo e ainda não consolidado Foi um processo iniciado no Barroco e repensado tanto ao longo do Romantismo, como do Parnasianismo. 12 a Questão (Ref.: 201504614428) Em seu importante ensaio Literatura e Subdesenvolvimento, Antonio Candido afirma que a literatura brasileira modernista, sobretudo a partir dos anos de 1930, trouxe um avanço na compreensão de que: O Brasil era um ¿país novo¿, mesmo tendo que conviver com as marcas do atraso, que se tornaram patentes a partir do surgimento da consciência de nosso subdesenvolvimento. O Brasil era um ¿país novo¿, como se supunha antes, mas a esta visão se vinha somar a percepção de que éramos uma nação subdesenvolvida, numa interpretação que se articulava uma certa consciência catastrófica do atraso. O Brasil não era propriamente um ¿país novo¿, como se supunha antes, mas uma nação subdesenvolvida, numa interpretação que se articulava à uma certa consciência catastrófica do atraso. O Brasil era um ¿país novo¿, porém ainda não plenamente capaz de acompanhar o ritmo de crescimento de outras nações mais bem sucedidas. Nenhuma das respostas acima. Aula 8 1 a Questão (Ref.: 201504614444) Fado Tropical ¿ Chico Buarque e Ruy Guerra Oh, musa do meu fado Oh, minha mãe gentil Te deixo consternado No primeiro abril Mas não sê tão ingrata Não esquece quem te amou E em tua densa mata Se perdeu e se encontrou Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal A canção acima, do repertório da peça teatral Calabar nos remete a pensar sobre o novo papel do Brasil no cenário mundial neste início de século. A respeito disso, é possível afirmar que: O texto da canção afirma de modo incontestável que nossa condição atual de potência emergente nos transforma de influenciados a influenciadores, vindo a se tornar num centro de difusão de cultura, como foi Portugal, no passado. O texto na verdade nos remete a aceitar o fato de que estamos preparados para exercer um novo papel no cenário internacional. Nenhuma das respostas acima. O texto na verdade nos remete a questionar se estamos preparados para exercer um novo papel no cenário internacional, na medida em que o texto da canção, antes de falar em nos tornarmos ¿um imenso Portugal¿, destaca as incertezas do processo, no momento em fala que o país ¿se perdeu e se encontrou¿. O texto da canção afirma de modo incontestável que nossa condição atual de potência emergente nos transforma de colonizados em colonizadores, vindo a se transformar no centro de um império, como foi Portugal, no passado. 2 a Questão (Ref.: 201504614436) Dentre os múltiplos recursos expressivos utilizados pelos autores da África de língua portuguesa para transgredir as regras de um contexto desfavorável, pode-se destacar... A iniciativa de evitar o diálogo com comunidades resultantes da diáspora, ou seja, da imigração forçada dos africanos para a América, mais precisamente o Brasil. A iniciativa de dialogar com comunidades resultantes da diáspora, ou seja, da imigração forçada dos africanos para a América, mais precisamente o Brasil. A necessidade de buscar uma expressão literária genuinamente africana, o que resultaria numa relativa exclusão de diálogos com literaturas de outros continentes. Nenhuma das respostas anteriores. A necessidade de buscar uma expressão literária genuinamente africana, o que resultaria na completa exclusão de diálogos com literaturas de outros continentes. 3 a Questão (Ref.: 201504614439) Para responder ao questionamento abaixo, considere a leitura do seguinte fragmento de poema: Saudade fina de Pasárgada ¿ Osvaldo Alcântara Em Pasárgada eu saberia onde é que Deus tinha depositado o meu destino... E na altura em que tudo morre... (Cavalinhos de Nosso Senhor correm no céu; a vizinha acalenta o choro do filho rezingão; Tói Mulato foge a bordo de um vapor; o comerciante tirou a menina de casa; os mocinhos da minha rua cantam: indo eu, indo eu a caminho de Viseu...) Na hora em que tudo morre, esta saudade fina de Pasárgada é um veneno gostoso dentro do meu coração. Um dos exemplos interessantes do diálogo África ¿ Brasil, a releitura feita em Cabo Verde do poema ¿Vou-me embora pra Pasárgada¿, aponta para: A consciência da dificuldade de se seguir o exemplo do Brasil, nação onde se construía uma identidade cultural ao mesmo tempo multiétnica e unificada. Nenhuma das respostas anteriores. A plena adesão dos escritores africanos ao projeto evasionista, de fuga da realidade, de Manuel Bandeira. A busca algo utópica de seguir o exemplo do Brasil, nação onde se construía uma identidade cultural ao mesmo tempo multiétnica e unificada. A pouca adesão dos escritores africanos ao projeto evasionista, de fuga da realidade, de Manuel Bandeira. 4 a Questão (Ref.: 201504614440) No conhecido poema ¿Você, Brasil¿, podemos destacar a busca de elementos que reforçam a identidade entre o Brasil e a África portuguesa nos seguintes elementos: As semelhanças no que diz respeito às condições climáticas e às dimensões do território. As semelhanças que estão assinaladas unicamente no que diz respeito ao registro coloquial do idioma, com destaque para o problema da colocação dos pronomes pessoais oblíquos no começo das frases. Nenhuma das respostas acima. As semelhanças no que diz respeito à busca de uma modernidade contida nas grandes cidades. As semelhanças no que diz respeito ao registro coloquial do idioma usado nos dois lados do Atlântico, bem como das festas e da música. 5 a Questão (Ref.: 201504722279) Desde o século XIX, a literatura brasileira desperta grande interesse em intelectuais e escritores da África lusófona. O contato entre essas duas regiões colonizadas hoje se faz sem a intermediação direta das antigas metrópoles. Sobre os diálogos culturais entre Brasil e a África de língua portuguesa, é correto afirmar que: Segundo Tânia Carvalhal, a leitura de autores do Modernismo brasileiro foi catalizador importante para a literatura angolana, afirmado no movimento dos Novos Intelectuais de Angola. Esse diálogo se inicia antes da Independência do Brasil que, embora ainda colônia, já era visto como referência importante entre os autores africanos. Os movimentos de luta anticolonial na África, recebeu apoio limitado dos escritores brasileiros, visto que essa luta se dava na mesma época em que se lutava, no Brasil, contra a ditadura militar. A prática do tarzanismo é comum entre os escritores brasileiros românticos, quando se iniciou o referido diálogo. De toda África lusófona, os escritoresde Cabo Verde foram os que menos se aproximaram dos poetas brasileiros. 6 a Questão (Ref.: 201504614434) O que vem a ser ¿tarzanismo¿, na concepção do escritor português Manuel Ferreira? Uma interpretação da realidade que valoriza as contribuições culturais deixada pelos europeus que colonizaram a África. Uma interpretação da realidade segundo a qual a presença de brancos na África representa sério perigo para a autonomia das novas nações do continente. Uma interpretação da realidade que olha para o africano sob uma visão estereotipada, obra de colonizadores que levam ao continente as luzes do progresso. Nenhuma das respostas acima. Uma interpretação da realidade que deprecia as contribuições culturais deixadas pelos europeus que colonizaram a África. 7 a Questão (Ref.: 201504614435) O movimento dos Novos Escritores de Angola inspiraram-se em que movimento literário brasileiro? Realismo Naturalismo Regionalismo Romantismo Modernismo 8 a Questão (Ref.: 201504702324) 4. O escritor moçambicano Mia Couto tem forte ligação com o Brasil. Segundo o autor, a literatura brasileira influenciou um momento de ruptura na literatura de Moçambique, principalmente por intermédio da obra de Jorge Amado. A relação entre as literaturas africanas de língua portuguesa e a literatura brasileira se se evidencia de várias formas, EXCETO por: O Tarzanismo, ou seja, o olhar do estrangeiro sobre a África, nela enxergando o estereótipo etnocêntrico. O fato de ser um país autônomo fez do Brasil uma referência para os países africanos lusófonos. O Movimento de Passargadismo cabo-verdiano aponta a releitura da obra de Manuel Bandeira, por uma perspectiva que busca driblar a censura. A realização do Movimento Novos Intelectuais de Angola, inspirados no Modernismo brasileiro. A presença de um autor angolano em nossas terras, no período do Romantismo brasileiro, colocou-o em contato com a nossa poesia. 9 a Questão (Ref.: 201504614438) Já no período romântico, os contatos entre escritores africanos e a literatura brasileira começaram de modo incipiente, por iniciativa de Nenhuma das respostas acima. Jorge Barbosa, poeta caboverdiano, autor do poema ¿Você, Brasil¿, que manteve proveitoso contato com a obra de Gonçalves Dias O angolano, José da Silva Maia Ferreira, autor de Espontaneidade da minha alma: às senhoras africanas, que manteve proveitoso contato com a obra de Gonçalves Dias Jorge Barbosa, poeta caboverdiano, autor do poema ¿Você, Brasil¿, que manteve proveitoso contato com a obra não somente de Gonçalves Dias, mas também de Álvares de Azevedo e Castro Alves. O moçambicano Mia Couto, autor de Espontaneidade da minha alma: às senhoras africanas, que manteve proveitoso contato com a obra de Gonçalves Dias. Aula 9 1 a Questão (Ref.: 201504614453) No campo dos Estudos Culturais, a palavra usada para designar a categoria que se contrapõe ao conceito de ¿hegemonia¿ é: Subdesenvolvido Minoritário Emergente Marginal Sublaterno 2 a Questão (Ref.: 201504614455) A canção popular, ainda que tenha um valor todo especial no Brasil, passa a ser um campo de diálogo entre a literatura e a música em todo o mundo. Neste tipo de obra artística, é indispensável considerar: que o texto da canção, de tal modo é enriquecido em contato com a música e potencializado pela atuação do intérprete, que torna-se inviável qualquer tentativa de análise em separado. que o texto da canção, ainda que enriquecido em contato com a música e potencializado pela atuação do intérprete, presta-se a um trabalho de análise em separado. que o texto da canção, ainda que se enriqueça em contato com a música, presta-se a um trabalho de análise literária em separado. Nenhuma das opções acima. que o texto da canção nem sempre aw articula com a música para formar um todo, de forma que se torna difícil qualquer tentativa de analisar o texto, a letra da canção, em separado. 3 a Questão (Ref.: 201504722288) Sobre a relação entre Literatura Comparada e os Estudos Culturais, não é válido afirmar que: No nascimento dos Estudos Culturais, tem destaque o leavisismo, que defendia a proposta de fazer com que todos os produtos culturais, inclusive a literatura, se restringissem apenas à elite, visto que se tratava da grande tradição. Com o passar do tempo, os Estudos Culturais passam dos estudos das comunidade para os estudos dos grupos étnicos, de mulheres, raciais, tornando-se a voz do outro na academia e, ao mesmo tempo, afetando a produção literária que se volta a transformar a preocupação que envolve esses estudos em literatura. Essa relação deu à Literatura Comparada a oportunidade para abordar uma criação literária mais complexa, que convive com outras linguagens, entre elas a que chamamos de multimidiática. Os Estudos Culturais permitiram, à Literatura Comparada, um diálogo mais abrangente com a história, com a antropologia e com outras linguagens artísticas como a canção, o cinema, a história em quadrinhos, sem levar ao abandono de sua perspectiva central, a produção literária contemporânea. a) O mundo pós-Segunda Guerra trouxe transformações decisivas, como, por exemplo, o crescente questionamento das fronteiras entre o popular e o erudito, como consequência da aceitação de produtos culturais de povos como dignos de estudos, do ponto de vista estético; assim, os Estudos Culturais abrem um novo campo de atuação acadêmica para a Literatura Comparada. 4 a Questão (Ref.: 201504614446) Segundo Nestor Canclini, o hibridismo cultural vem a ser: Nenhuma das respostas anteriores. A mistura de elementos que caracteriza a produção literária e cultural de vários países espalhados pelo mundo, marcados pela forte presença do sangue negro. A mistura de elementos que caracteriza a produção literária e cultural de certos países latino-americanos, onde é marcante a presença de sangue indígena e negro. A mistura de elementos que caracteriza a produção literária e cultural de certos países do Terceiro Mundo, onde é marcante a presença de sangue indígena e negro. A mistura de elementos que caracteriza a produção literária e cultural de um modo geral os países latino- americanos, onde é marcante a presença de sangue indígena e negro. 5 a Questão (Ref.: 201504616838) Uma história em quadrinhos em que se exploram recursos poéticos coloca em debate a relação da Literatura com as novas mídias, uma tendência marcante da segunda metade do século XX e que se mantém, com todo o vigor no novo século. Qual corrente teórica, dentro dos estudos comparatistas, tem uma atenção toda especial voltada para semelhantes manifestações? Os estudos culturais O estruturalismo Nenhuma das respostas acima O formalismo russo O neocriticismo 6 a Questão (Ref.: 201505060562) O crítico literário Sérgio Medeiros afirma que os estudos culturais são a tendência mais forte da crítica literária contemporânea, questionando os critérios unívocos de abordagem do artefato literário em nome de uma multiplicidade de paradigmas críticos, caracterizados pelo diálogo com diversas áreas das ciências humanas e pela valorização da voz dos excluídos e das minorias políticas. Acerca da relação entre Literatura Comparada e os Estudos Culturais, não é válido afirmar: Os Estudos Culturais ampliam a dinâmica do comparatismo literário. Um estudo do romance Dom Casmurro, considerando a transposição midiática de uma linguagem cultural para outra, por exemplo,na minissérie Capitu, resultaria de diálogo entre Literatura Comparada e os Estudos Culturais, ampliando o já dito sobre o texto. Bem antes do surgimento dos Estudos Culturais, a prática de incluir a canção popular entre as criações humanas dignas de atenção, por parte da crítica literária, sempre foi aceita pelas correntes de pensamento mais antigas nos estudos literários. O diálogo entre Literatura Comparada e os Estudos Culturais levou à inclusão de textos contemporâneos não- canônicos e não-literários aos estudos do comparatismo literário. No contato com os Estudos Culturais, de certa forma, o comparatismo literário destitui a literatura de seu patamar clássico, canônico e reconstrói as leituras do literário, resgatando produções culturais colocadas em segundo plano pela tradição. 7 a Questão (Ref.: 201504759051) A presença da Literatura Comparada, num mundo descolonizado, está inserida em um contexto de diversas mudanças importantes, que deram origem a um novo contexto histórico. O avanço da participação das mulheres na vida social é um fato marcante, com importantes consequências para a Literatura Comparada. O mesmo se pode afirmar do advento das políticas das minorias, voltadas para a luta pelos direitos de segmentos desfavorecidos da sociedade, como os negros, os índios, os homossexuais, dentre outros. Tudo isso está contido no campo de atuação acadêmica que vem sendo chamado de Estudos Culturais. A respeito da relação entre a Literatura Comparada e os Estudos Culturais, não se pode afirmar que: Provocou um progressivo abandono, por parte da Literatura Comparada, de sua perspectiva central, que é o estudo da produção literária no mundo contemporâneo. Os pesquisadores da literatura erudita deixaram de considerar os textos escritos como sendo mais nobres o que os não escritos. Antes dos Estudos Culturais, a literatura oral, como um todo, e a canção eram negligenciadas pelos estudos literários comparados. Propiciou o diálogo entre a Literatura Comparada e formas de manifestações artísticas de amplo apoio popular. Ampliou-se o campo de abordagem da Literatura Comparada. 8 a Questão (Ref.: 201505060571) Os Estudos Culturais possibilitaram à Literatura Comparada um trânsito maior entre disciplinas, linguagens e áreas do saber, o que propicia, ao ato comparatista nos estudos literários, a condição de arriscar-se por terrenos até então desconhecidos ou desconsiderados, revelando situações que de outra forma não seriam contempladas. Sobre essa assertiva, não se pode afirmar: Um dos resultados mais significativos das transformações sofridas pela Literatura Comparada é o deslocamento do foco de ação da disciplina para regiões até então consideradas marginais, como Ásia, África e América Latina e para os grupos minoritários (étnicos e sexuais). Este perfil da ação comparatista, diferente de sua posição clássica, resulta das transformações que a Literatura Comparada sofreu, desde meados da década de 70, em grande parte em decorrência da importância que adquirem os Estudos Culturais e Pós-Coloniais. A Literatura Comparada passa de um discurso coeso e unânime, com forte propensão universalizante, para outro plural e descentrado, situado historicamente, e consciente das diferenças que identificam cada obra envolvido no processo da comparação, diz Eduardo Coutinho. A literatura comparada que se mantivera até então fiel a dois alicerces inabaláveis (a pretensão universalizante e o discurso apolítico) passa a assumir como uma de suas preocupações, justamente, a indagação destas posturas. A dimensão política dos Estudos Culturais, ou seja, a análise das inter-relações entre discurso e poder, em nada ameaça a postura de neutralidade sedimentada nos estudos das Letras. 9 a Questão (Ref.: 201505056844) Após as mudanças ocorridas no mundo depois da 2ª Guerra Mundial, abre-se um campo de atuação acadêmica novo, quase inexplorado antes por estudiosos de Literatura. Entre os quais merece destaque: O questionamento entre as fronteiras da cultura popular e erudita. O questionamento entre alta cultura e baixa cultura. A divisão entre alta cultura e baixa cultura. A divisão entre cultura popular e baixa cultura. A união entre alta cultura popular e erudita. 10 a Questão (Ref.: 201505056842) Leia o texto abaixo e assinale a única alternativa que atende ao que está contido no campo de atuação acadêmica que vem sendo chamado de "Estudos Culturais". "Os estudos culturais são a tendência mais forte da crítica literária contemporânea, questionando os critérios unívocos de abordagem do artefato "literário" em nome de uma multiplicidade de paradigmas críticos, caracterizados pelo diálogo com diversas áreas das ciências humanas e pela valorização da voz dos excluídos e das minorias políticas." - Sérgio Medeiros - http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/politeismo-critico/ O avanço da participação das mulheres na vida social é o único fato marcante com importantes consequências para os Estudos Culturais. Somente o que merece destaque é o crescente questionamento das fronteiras entre a cultura erudita e a popular. A evolução da participação das mulheres e homossexuais na vida social é o único e importante fato marcante com significativas consequências para os Estudos Culturais. O advento das políticas das minorias específicas e com representação, voltadas, somente, para a luta pelos direitos de segmentos desfavorecidos da sociedade, como os negros e homossexuais. O advento das políticas das minorias, voltadas para a luta pelos direitos de segmentos desfavorecidos da sociedade, como os negros, índios e homossexuais, entre outros. 11 a Questão (Ref.: 201504614458) O campo de atuação dos estudos culturais tem crescido nas últimas das útlimas décadas, num contexto marcado pelos seguintes fatores: Crescimento da participação dos povos antes colonizados como produtores de literatura, incremento da luta de negros e índios por direitos básicos em seus países de origem, tendência da literatura a desaparecer frente à concorrência de outras artes. Crescimento dos movimentos de direitos civis, investimento cada vez maior de governos de nações novas no incremento da produção cultural, tendência da literatura a dialogar com outras artes. Crescimento da participação das mulheres na vida social, incremento da luta de povos colonizados por afirmar sua literatura em suas línguas de origem, tendência da literatura a desaparecer frente à concorrência das outras artes. Nenhum das respostas anteriores. Crescimento da participação das mulheres na vida social, incremento das iniciativas de luta das minorias pelos direitos básicos da cidadania, tendência da literatura a dialogar com outras artes. Aula 10 1 a Questão (Ref.: 201504759052) Um dos aspectos mais importantes no que diz ao diálogo entre a literatura e as novas artes que emergem do universo do audiovisual é a questão das adaptações de obras literárias, principalmente de romances, para outras linguagens. Isto pode se dar quando se transpõe uma narrativa ficcional para vários meios, como o rádio, a TV, as histórias em quadrinhos. Considerando a afirmativa acima, não se pode dizer que: Desde as primeiras décadas do século XX, a adaptação de obras literárias para o cinema já ocupava um lugar importante no conjunto da produção cinematográfica. A despeito do diálogo da literatura com o cinema, este tem uma linguagem própria, na qual os enquadramentos de câmeras são fundamentais. Obras literárias sem grande expressão sempre darão origem a filmes medíocres.Um roteiro de cinema adaptado de uma obra literária não é obrigado a manter uma relação de estrita fidelidade ao texto literário. O tempo e a natureza da linguagem do cinema são impeditivos de uma fidelidade rigorosa do filme, em relação à obra literária adaptada para o cinema. 2 a Questão (Ref.: 201504741109) A adaptação de uma obra de arte literária para a televisão sofre diversas alterações no texto original produzido pelo escritor. Ao transferir para a tela uma cena presente em um romance, por exemplo, é comum que o roteirista e o diretor promovam: a criação de um narrador que explique em detalhes o transcorrer da cena. o uso de cores fortes não presentes no texto literário, devido ao fato de a televisão ser um meio visual de comunicação. a inserção de expressões coloquiais como as gírias, a fim de que a obra se popularize e atinja um maior número de espectadores. um acréscimo de diálogos para melhor compreensão do espectador. a supressão de passagens explicativas da cena literária, tendo em vista que o espectador é capaz de inferir os acontecimentos pelas imagens transmitidas. 3 a Questão (Ref.: 201504722295) No contexto que envolve a produção literária e a era da cultura digital, a Literatura Comparada vê ampliada as suas possibilidades de análise, pois, no ambiente virtual, o texto impresso sofre uma transformação a qual influencia na forma como a leitura é feita, visto que o referido texto faz do leitor um coautor que interage com esse texto por meio de escolhas. Esse tipo de texto é denominado: Digitalização Intertexto Hipertexto Imprensa de tipos móveis Supertexto 4 a Questão (Ref.: 201504741299) Sobre o diálogo entre literatura e cinema, é incorreto afirmar que: Um filme pode ser avaliado pela crítica positivamente, mesmo sem manter a fidelidade ao texto adaptado. Se o filme capta a essência da mensagem contida no texto literário, isso já pode ser considerado como um dado positivo. Um filme que é uma adaptação de uma obra literária, à luz do conceito de intertextualidade, é outro texto. O ideal de um roteiro adaptado para o cinema é que não se faça uma transposição para as telas da narrativa literária, com vistas a se realizar plenamente em sua realidade de obra cinematográfica. O cinema deve ser subserviente à literatura. 5 a Questão (Ref.: 201505056847) Podemos apontar como um dos aspectos mais importantes no diálogo que ocorre entre a Literatura e as novas Artes que surgem do mundo audiovisual: O uso exclusivo dos romances pelo cinema. A revelação de textos que não eram conhecidos do grande público. O seu uso pela internet que propaga de forma democrática as obras. O uso das adaptações feitas pelas histórias em quadrinhos. As adaptações de obras literárias, principalmente de romances, para outras linguagens. 6 a Questão (Ref.: 201504741292) Um dos aspectos mais gerais no que diz respeito ao diálogo entre literatura e as artes visuais são as adaptações de obras literárias para outras linguagens. Sobre isso é incorreto afirmar que: O roteiro adaptado de cinema é obrigado a manter uma relação de fidelidade ao texto literário. Muitas vezes, obras literárias sem grande expressão podem originar filmes bem elaborados. O diálogo pode se dar quando se transpõe uma narrativa ficcional para vários meios como o rádio, a TV, as histórias em quadrinhos. Um primeiro contato que surge entre o cinema e a literatura é a manipulação de cenas, feitas pela montagem, à propósito de um universo ficcional. Em suas primeiras tentativas de contar histórias por imagens, o cinema foi se abrindo a experiências de expressão estéticas novas, que tinham relação com outras linguagens, como a do teatro. 7 a Questão (Ref.: 201504741111) Segundo o crítico Jorge Steiner, na obra Linguagem e silêncio: ensaios sobre a crise da palavra (2002, p. 36), a Internet não põe a literatura em risco, pois ela é um meio, assim como o cinema e a televisão, que está recuperando para as diferentes telas os autores clássicos da literatura universal. Dessa forma, podemos concluir que: a literatura perde seu público para as mídias digitais, porque, com o avanço das tecnologias, a arte de ler se perdeu. as mídias digitais recuperam textos clássicos que estavam esquecidos, possibilitando que o livro readquira a importância devida. a literatura é uma arte datada e, como tal, tem seu fim previsto com o crescimento das mídias digitais. a literatura está perdendo espaço para outras mídias digitais, pois estas utilizam recursos que possibilitam uma maior assimilação da mensagem transmitida. a literatura não perderá espaço para outras mídias digitais, visto que estas possuem um público diferente daquele que se dedica à leitura. 8 a Questão (Ref.: 201504741112) A literatura gerada por computador ou ciberliteratura diferencia-se da literatura tradicional, impressa na forma de livros, principalmente por: não possuir prefácio. utilizar signos sonoros e visuais. apresentar um resumo que estimula o leitor a não se dedicar à leitura integral da obra. utilizar uma linguagem que ficou conhecida como internetês. impedir o recorte de passagens que mais interessem ao leitor. 9 a Questão (Ref.: 201504616736) A presença da tela dos computadores e da internet como realidades no mundo atual faz surgir o conceito de hipertexto, que pode ser conceituado como: Nenhuma das opções acima. Uma forma de escrita seqüencial ¿ um texto que se espalha em ramificações e permite ao leitor escolher caminhos, preferencialmente lido em uma tela interativa. Uma forma de escrita seqüencial ¿ um texto que não se espalha em ramificações, mas permite ao leitor escolher caminhos, preferencialmente lido em uma tela interativa. Uma forma de escrita não seqüencial ¿ um texto que se espalha em ramificações e permite ao leitor escolher caminhos, preferencialmente lido em uma tela interativa. Uma forma de escrita não seqüencial ¿ um texto que se espalha em ramificações, mesmo que não tenha como permitir ao leitor escolher caminhos, 10 a Questão (Ref.: 201504616735) Dentre as dificuldades encontradas em todo processo de adaptação de uma obra literária para o cinema, podemos destacar: O fato de que no cinema deve-se ter em conta a importância das imagens como principais transmissoras da mensagem, o que coloca o texto em segundo plano. O fato de que o tempo precisa ser muito bem administrado para que seja possível narrar toda a trama de um romance. O fato de que no cinema há muito pouco tempo para o desenvolvimento da trama de um romance, o que leva os diretores a sempre produzirem obras incompletas. O fato de que o tempo, muitas vezes, é curto para dar conta de toda a trama de um romance, aliado ao fato de que as imagens estão, no cinema, aliadas ao texto, para comunicar as mensagens. Nenhuma das opções acima. 11 a Questão (Ref.: 201504741294) Entre as alternativas abaixo, marque a que corresponde ao principal impedimento da fidelidade do filme em relação ao texto literário: O foco narrativo O tempo O espaço Os personagens O enredo SIMULADO I 1 a Questão (Ref.: 201504616689) Acerto: 1,0 / 1,0 O objetivo central da Literatura Comparada é: Analisar comparativamente textos de autores da mesma nacionalidade, mas de diferentes épocas. Nenhuma das opções acima. Todas as opções acima se combinam para compor o amplo espectro de objetivos da disciplina. Analisar comparativamentetextos de autores de diferentes épocas e nacionalidades, tendo em vista não somente o universo do livro, mas também o de outras mídias. Analisar comparativamente textos de autores de diferentes nacionalidades. 2 a Questão (Ref.: 201504597069) Acerto: 1,0 / 1,0 A frase navegar é preciso, viver não é preciso é encontrada tanto na canção de Caetano como em texto mais antigo de Fernando Pessoa. Além disso, o próprio poeta português atribui a frase a marinheiros antigos... De tudo isso, podemos deduzir que: A canção de Caetano apenas se aproveita de um tema trabalhado por Pessoa, sem possuir vínculo de espécie alguma com a obra do poeta português. A canção de Caetano representa uma tentativa frustrada de recontar as aventuras dos marinheiros portugueses que colonizaram o Brasil. A canção de Caetano pode ser considerada um tributo à valentia dos marinheiros portugueses, que realizaram a aventura das grandes navegações. A canção de Caetano diz respeito, indiferentemente, aos mais variados tipos de pessoas que buscam enriquecer suas vidas com aventuras no mar. A canção de Caetano visa sobretudo homenagear Fernando Pessoa e, por consequência, os marinheiros portugueses. 3 a Questão (Ref.: 201504597089) Acerto: 1,0 / 1,0 A formalização da Literatura Comparada como disciplina acadêmica remonta à França do período romântico. Dentre os aspectos da mentalidade dominante no período, teve particular interesse para os estudos comparativos: A adesão entusiasmada aos valores oriundos da afirmação do capitalismo industrial. O retorno à Idade Média, traço determinante e característico de importantes autores românticos. A tendência à recusa da racionalidade burguesa, que faz muitos românticos optarem por um retorno a padrões bem próximos aos do classicismo. O gosto pelo exótico, que leva os intelectuais a começarem a se interessar pela produção cultural dos povos distantes. A afirmação do primado do indivíduo e sua capacidade inventiva, contra os valores da tradição clássica. 4 a Questão (Ref.: 201504597116) Acerto: 1,0 / 1,0 Em nossa segunda aula, vimos que um autor mais recente pode ter como modelo mestres da tradição, sem que se configure seu trabalho como mera cópia. Diante deste fato, os dois últimos versos da citada estrofe, Cesse tudo o que a Musa antiga canta / Que outro valor mais alto se alevanta podem ser interpretados da seguinte maneira: Ainda que livre da necessidade de escrever em latim ou grego, Camões precisa se ater aos conceitos mais gerais da épica clássica, a fim de que o povo português pudesse ter o seu heroísmo reconhecido. Ainda que consciente da importância da tradição épica da antiguidade, o poema de Camões se propõe a afirmar novos valores, o que deixa claro que seu texto vai muito além da mera cópia dos padrões consagrados. Ainda que inspirado em modelos da tradição antiga, Camões se propõe a afirmar um novo valor, que seria justamente a excelência de seu próprio idioma natal. Ainda que inspirado em modelos da tradição antiga, Camões se propõe a afirmar um novo valor, fazendo questão de deixar claro que é preciso esquecer tudo o que escreveram os antigos, como fica claro em Cesse tudo o que a Musa antiga canta. Ainda que livre da necessidade de escrever em latim ou grego, pois o idioma nacional lusitano estava se afirmando, Camões não consegue fugir a uma submissão aos procedimentos mais comuns dos poemas épicos antigos 5 a Questão (Ref.: 201504597176) Acerto: 1,0 / 1,0 A influência das ideologias na construção dos discursos literários é um aspecto estudado com mais atenção pelos pesquisadores ligados: À escola norte-americana é à marxista À escola francesa e à marxista. À escola norte-americana. A somente alguns representantes de cada escola. À escola marxista 6 a Questão (Ref.: 201504616713) Acerto: 1,0 / 1,0 As análises comparatistas de cunho determinista e positivista foram dominantes entre os adeptos da escola: ¿Norte-americana¿, uma vez que os teóricos desta escola se debruçavam em pesquisas para conhecer a história de todos os povos do mundo. ¿Francesa¿, ainda sob a égide de uma mentalidade forjada no século XIX e que ainda vigorou entre os comparatistas nas primeiras décadas do século XX. Nenhuma das opções acima. ¿Soviética¿, tendo em vista que o marxismo punha a história no centro das atenções de todo e qualquer estudo dos fatos estéticos e sociais. Todas elas, já que o estudo da história sempre é fundamental para uma conveniente apreciação dos fatos literários. 7 a Questão (Ref.: 201504722185) Acerto: 1,0 / 1,0 A contribuição da Teoria Literária para as pesquisas comparatistas é de um enorme significado. Um dos conceitos centrais usados pela Literatura Comparada, hoje em dia, é o de intertextualidade. A respeito deste conceito, não podemos afirmar que: Intimamente ligada a este processo da intertextualidade está a interferência das ideologias, os discursos hegemônicos de cada momento histórico. O teórico russo, Tynianov, contribuiu para a formulação desse conceito, ao afirmar que o estudo isolado de uma obra literária não fornece elementos suficientes para a compreensão plena de sua construção, pois um mesmo elemento tem funções diferentes em sistemas diferentes. A contribuição de Bakhtin parte da própria experiência humana, à medida que afirma que não somos resultados dos conceitos que nós mesmos formulamos sobre nossa identidade, mas de um diálogo que mantemos com os que estão ao nosso redor. Embora os textos literários estejam em constante diálogo, a Literatura Comparada considera a possibilidade da originalidade de um texto literário, pois nisso estaria a capacidade artística do autor. Outro teórico que muito contribui para a elaboração do conceito de intertextualidade foi Bakhtin, afirmando que todo discurso é um campo que se abre ao debate, em que, muitas vozes diferentes se manifestam e se interpenetram. 8 a Questão (Ref.: 201505055976) Acerto: 1,0 / 1,0 "Ignorar a natureza do enunciado e as particularidades de gênero que assinalam a variedade do discurso em qualquer área do estudo linguístico leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a historicidade do estudo, enfraquece o vínculo existente entre a língua e a vida. A língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua. O enunciado situa-se no cruzamento excepcionalmente importante de uma problemática."(Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.) Mikhail Bakhtin não fez parte do movimento e não integrou os Círculos Linguísticos nascidos na Rússia, no século XX, mas seu legado é rico e variado. Assinale a única assertiva que contém uma das contribuições deste filósofo da linguagem aos estudos da Literatura Comparada. Não perder de vista o que é próprio e único na literatura; Deve se perder o diálogo da literatura com o momento histórico em que a obra é produzida. Foge às concepções formalistas, fechadas na análise do texto. Não resgata o estudo das relações do Texto Literário com a História Não separar a análise dos textos literários do estudo de outros fatos sociais; 9 a Questão (Ref.: 201504616725) Acerto: 1,0 / 1,0 É possível dizer que há paráfrase quando: Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas sofrem visíveis modificações, devido a um impulso de releitura crítica. Algumas ideias de uma obra original são retomadas, de tal modo que o novo texto consigamanter-se fiel ao que há de essencial nelas. Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas sofrem profundas alterações, de tal modo que fiquem quase irreconhecíveis. Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas recontadas de tal modo que fiquem irreconhecíveis aos olhos do leitor. Nenhuma das opções acima. 10 a Questão (Ref.: 201504597112) Acerto: 1,0 / 1,0 Em terra de cego, quem tem um olho é estrangeiro (Millôr Fernandes). A frase de Millôr Fernandes pertence a que modalidade discursiva? Paródia Estilização Alusão Plágio Citação SIMULADO II 1 a Questão (Ref.: 201504597063) Acerto: 1,0 / 1,0 O título da canção de Caetano Veloso, que usamos como exemplo na primeira aula, faz uma alusão a uma narrativa mitológica da Antiga Grécia. Deste fato, concluir que: É impossível relacionar temas antigos com manifestações recentes. O reaproveitamento de temas da tradição antiga é uma prática que alimenta a criatividade dos autores de hoje, ainda que estes lancem mão, com muita frequência, de recursos próprios, para exprimir novas realidades. O reaproveitamento de temas da tradição literária é uma prática que alimenta a criatividade dos autores de hoje, muito embora estes se mostrem incapazes de alcançar o mesmo nível dos clássicos. O caso específico da canção de Caetano elucida a realidade de que os temas da antiguidade não podem ser retomados, uma vez que ninguém mais acredita nos mitos da antiguidade. O reaproveitamento de temas da tradição antiga é uma prática indispensável para os novos autores, sendo ela o objeto privilegiado de estudo da Literatura Comparada. 2 a Questão (Ref.: 201504597050) Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre o conceito de Literatura Comparada podemos afirmar que: Não pode ser formulado com clareza e em definitivo, tendo em vista que está sujeito à ação do tempo e à incapacidade de os teóricos chegarem a um acordo. Pode ser formulado em definitivo, mas não com clareza, pois trata-se de uma disciplina que lida com a complexidade, o que torna inviável qualquer tentativa de explicação clara. Não pode ser formulado com clareza e em definitivo, uma vez que envolve múltiplos aspectos e seria impossível dar conta de tal riqueza numa explicação clara e precisa. Pode ser formulado com clareza e em definitivo, a despeito de sua complexidade, uma vez que os estudiosos já acumularam um vasto saber a respeito. Pode ser formulado com clareza, mas não em definitivo, uma vez que está sujeito à ação do tempo, do processo histórico, e pode vir a ser reformulado no futuro. 3 a Questão (Ref.: 201504597091) Acerto: 1,0 / 1,0 Os estudos comparados oitocentistas se revestiam de uma dimensão política na medida em que: Colocavam em debate a necessidade de se superar as contradições do capitalismo, rumo a novos modelos de organização social, capazes de livrar os homens das injustiças. Colocavam em debate a necessidade de se revalorizar o modo de vida dos homens antigos, pela via da afirmação dos textos literários clássicos, que passavam a ser vistos como modelares. Colocavam em debate a necessidade de se aderir a uma visão transnacional, capaz de superar as barreiras impostas pela ótica dos nacionalismos extremados. Colocavam em debate a necessidade de se lutar por um modo de vida mais adequado aos novos valores, oriundos da consolidação da mentalidade burguesa e do processo de industrialização. Colocavam em debate a necessidade de se contrapor aos valores burgueses uma nova ótica, que libertasse os homens das injustiças sociais. 4 a Questão (Ref.: 201504616694) Acerto: 1,0 / 1,0 A respeito das origens da Literatura Comparada, podemos afirmar que: O hábito de comparar é tão antigo quanto os mais remotos contatos entre manifestações poéticas de povos diferentes, mas a disciplina começou a ser sistematizada como campo de pesquisa acadêmica na Europa do século XIX. O hábito de comparar literaturas nasceu no contexto da Europa do século XIX, mas só veio a ganhar corpo depois da metade do século XX, com o advento de um novo interesse pelos diálogos culturais. O hábito de comparar é recente, uma vez que os povos mais antigos viviam isolados em si mesmos, sem contato algum com o mundo ao redor. Nenhuma das opções acima. Ainda que seja antigo, o hábito de comparar diferentes literaturas se via prejudicado pelo desconhecimento e desinteresse dos povos antigos por outros idiomas. 5 a Questão (Ref.: 201504616711) Acerto: 1,0 / 1,0 Por escola norte-americana do comparatismo entende-se: Um conjunto de teóricos norte-americanos, que se espalharam por universidades de todo o mundo, buscando atualizar os estudos de Literatura Comparada tendo em vista as conquistas de algumas das principais correntes teóricas do século XX, como o formalismo russo e o neocriticismo. Um conjunto de teóricos, de diversas nacionalidades, mas atuando em universidades dos EUA, que buscaram atualizar os estudos de Literatura Comparada tendo em vista as conquistas de algumas das principais correntes teóricas do século XX, como o formalismo russo e o neocriticismo. Um grupo de teóricos de várias nacionalidades que buscavam testar seus argumentos com exemplos tirados de preferência da literatura norte-americana. Um grupo bem restrito de teóricos, comandados por René Wellek, que buscavam revitalizar o interesse dos norte-americanos pelo formalismo russo em plena era da guerra fria, que opunha os governos dos EUA e da Rússia. Nenhuma das opções acima. 6 a Questão (Ref.: 201504722176) Acerto: 1,0 / 1,0 O Estudo comparativo de textos literários sempre precisa ser guiado por métodos de análise que orientam os pesquisadores. Tais métodos são buscados nos fundamentos teóricos da Literatura Comparada. Sobre essa questão, é incorreto afirmar que: A três importantes escolas que muito contribuíram, cada uma à sua maneira, para os estudos comparados na literatura: a escola francesa, a escola inglesa e a escola soviética. Os autores da escola soviética se utiliza das ferramentas teóricas do marxismo para empreender análises literárias com viés histórico e sociológico; o teórico russo Zhirmunsky é um deles, como também o é o próprio Antonio Candido, um dos pioneiros do comparativismo brasileiro. A escola francesa orientava-se pelos padrões historicistas e deterministas vigentes no século XIX. Um dos aspectos que mais chamam a atenção nas pesquisas realizadas pelos ¿franceses¿ é o fato de estes autores se interessarem somente pela comparação entre autores de nacionalidades diferentes. Outra exigência da ¿escola francesa¿ era a de somente levar em conta o diálogo entre produções literárias, não levando em conta a possibilidade de se analisar o diálogo entre textos literários, a produção de músicos, artistas plásticos, etc. 7 a Questão (Ref.: 201504616720) Acerto: 1,0 / 1,0 Os críticos formalistas inauguram o século XX, em termos de estudos literários, afastando-se da perspectiva historicista que predominara no século XIX. Em vez disso, afirmam a necessidade de uma atenção maior no texto literário em si. Também buscaram afastar qualquer consideração centrada na vida pessoal dos autores. Influenciados pela linguística estrutural de Saussure, pregavam a criação de métodos que permitissem um esforço de análise centrado na sincronia do texto. Ainda que esta mudança de rumos tenha sido muito importante, logo alguns formalistas perceberam que não era possível deixar de lado por completo a consideração de outros fatos sociais para uma melhor compreensão do texto literário, dentre eles se encontrava:Iuri Tinyanov, que destaca a importância do estudo a evolução literário, recolocando em destaque uma dimensão diacrônica. Roman Jakobson, com sua leitura centrada na presença de múltiplas vozes no texto, o que nos faz perceber que toda obra literária fala de várias épocas e lugares diferentes. Iuri Tinyanov, com sua percepção de que as funções da linguagem se fazem simultâneas em qualquer tipo de texto. Roman Jakobson, com sua percepção de que as funções da linguagem se fazem simultâneas em qualquer tipo de texto. Antonio Candido, ao afirmar que a literatura se realiza plenamente como um sistema, que inclui o autor, a obra e o leitor. 8 a Questão (Ref.: 201504759330) Acerto: 1,0 / 1,0 Vimos em nossa aula que Chaplin, após estabelecer uma relação entre a arte e o cinema, libertou o artístico da diversão mágica que predominava no cinema. Na ciência, Einstein mudaria para sempre a forma de pensar do mundo científico com a sua teoria da Relatividade. Ocorreu a Revolução Russa e a queda do czar, fato que fez surgir uma Rússia diferente em vários setores, principalmente no que concerne ao social e aos meios acadêmicos, culturais e artísticos; neste contexto desta nova Rússia, surgiu uma corrente crítica da literatura, muito importante. Qual das assertivas abaixo é a única que pode atender a afirmativa acima? Formalismo Russo New Criticism Estudos Culturais Nova Crítica Comparatismo 9 a Questão (Ref.: 201504616723) Acerto: 1,0 / 1,0 A alusão e a citação direta se diferenciam pelo fato de que... Na citação direta, é indispensável que o novo texto retome o anterior, estabelecendo um diálogo explícito com a tradição; enquanto na alusão a retomada é indireta, vaga e imprecisa. Na alusão, o autor retomado se faz presente de modo mais claro, por se tratar de alguém de amplo conhecimento do público, enquanto na citação direta a presença do autor retomado é mais sutil. Na citação direta, o autor retomado fala diretamente, uma vez que ele se torna coautor da nova obra, enquanto que na alusão, a retomada de trechos do texto original é insignificante. Tanto na alusão como na citação direta, temos o emprego de recursos sutis de retomada do texto anterior pelo mais recente. A diferença está no fato de que somente na citação direta dizemos de quem se trata. Nenhuma das respostas acima. 10 a Questão (Ref.: 201504702320) Acerto: 1,0 / 1,0 1. O filme A vida de Pi é uma adaptação de um livro canadense, de Yann Martel. No entanto, esse autor está sendo acusado de ter plagiado a obra Max e os Felinos, do brasileiro Moacyr Scliar, lançado em 1980 e traduzido na Inglaterra em 1990. A questão do plágio é muito séria e é considerada crime. Caso fôssemos convidados a examinar as duas obras, que aspecto deveríamos considerar como plágio: Se o novo autor subverte o sentido geral do que se pretendia a princípio. Se o texto que não é fiel ao original, mas modifica as noções nele expostas, a mensagem transmitida. Se o escritor se vale de um tema já trabalhado por um autor consagrado pela tradição, mas não altera o sentido do que se pretendia comunicar no texto original. Se fragmentos de um texto são copiados pura e simplesmente, sem nenhuma transformação ou acréscimo. Se o autor se apropriou de um trecho de outro do passado, fazendo-se passar por ele, como forma de homenagem. SIMULADO III 1 a Questão (Ref.: 201504597095) Acerto: 1,0 / 1,0 Conforme abordado na aula 1, que entre outros temas abordou o caráter múltiplo e transdisciplinar da Literatura Comparada, podemos afirmar que a Literatura Comparada, hoje em dia, é: Assinale a alternativa correta. Método Campo de estudos Método Comparativo História da literatura Disciplina 2 a Questão (Ref.: 201504616697) Acerto: 1,0 / 1,0 A respeito dos possíveis contatos entre Literatura Comparada e Teoria da Literatura NÃO é possível afirmar que: Nenhuma das respostas acima. A Literatura Comparada sempre se enriquece nos momentos em que busca se atualizar com as conquistas mais recentes dos debates teóricos. A Literatura Comparada sempre mantém uma perspectiva historicista, ao passo que nas correntes teóricas do século XX predomina um interesse por análises de viés linguístico e psicológico. A Literatura Comparada se alimenta da Teoria, da mesma forma como apresenta novos dilemas que passam a ser debatidos pelos teóricos, de forma que o diálogo entre os dois campos de estudo é uma via de mão dupla. O comparatismo necessita constantemente de se enriquecer das contribuições metodológicas dos estudos teóricos. 3 a Questão (Ref.: 201504597084) Acerto: 1,0 / 1,0 Pelo que estudamos em nossa segunda aula, as manifestações ancestrais da Literatura Comparada se caracterizavam por: Apesar de já estarem estabelecidos nas principais universidades europeias, eram ainda incapazes de um trabalho mais profundo de análise comparativa dos textos literários. Não se preocuparem, nem com o estudo da obra dos grandes autores da tradição literária, nem com a produção mais recente. Apesar de ainda não estarem estabelecidas nas principais universidades europeias, já demonstravam uma capacidade de análise comparativa considerável. Não possuírem qualquer tipo de projeto de comparatismo que se sustentasse num método capaz de ir além da observação empírica. Não possuírem ainda os instrumentos de análise trazidos pelos avanços da Teoria da Literatura no século XX, limitando-se a uma visão centrada na análise dos textos em diálogo com o determinismo do século XIX. 4 a Questão (Ref.: 201504616703) Acerto: 1,0 / 1,0 Por ter exercitado seus primeiros passos no período de vigência da estética romântica, a Literatura Comparada adquiriu certo interesse em: A necessidade imperiosa de romper com os ditames da lógica ideológica burguesa, com a busca de novas maneiras de investigar as obras literárias, dando início a uma visão que traz a linguística para o centro das atenções. Um certo sabor pelo exótico, experimentado nas pesquisas que buscavam as contribuições literárias de povos diferentes. Romper com as tradições culturais, recusando-se a dar leitura aos textos da época do classicismo. Nenhuma das opções acima. A necessidade de corresponder aos ditames da lógica ideológica burguesa, com a máxima valorização do herói nas narrativas de ficção. 5 a Questão (Ref.: 201504597105) Acerto: 1,0 / 1,0 Podemos afirmar que a alternativa que define a Escola Francesa é: Pesquisadores sobre os estudos comparados na fronteira de uma única literatura. Pesquisadores que passaram a aplicar ao comparatismo as lições das grandes correntes de Teoria da Literatura. Pesquisadores que deram grande importância às contribuições que vários autores têm dado a uma renovação dos estudos literários. Pesquisadores orientados pelos padrões historicistas e deterministas. Pesquisadores que deram grande importância à contribuição de René Wellek. 6 a Questão (Ref.: 201504597117) Acerto: 1,0 / 1,0 Seguindo a caracterização proposta por Tânia Carvalhal, a Literatura Comparada se consolidou num processo de debates que envolviam três escolas de pensamento, a saber: A francesa, que seguia os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudoshistóricos, ainda fiéis aos contornos do antigo determinismo. A francesa, que se propunha a ultrapassar os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos. A francesa, que seguia os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX, a norte- americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos, e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos, ultrapassando as limitações do antigo determinismo. A francesa, que teve como ponto de partida os fundamentos historicistas e não deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na contribuição das correntes teóricas do começo do século XX, como o formalismo russo e os estruturalismos; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos. A francesa, que se propunha a ultrapassar os fundamentos historicistas e deterministas dos estudos literários do século XIX; a norte-americana, que buscava atualizar as pesquisas com base na afirmação dos conceitos de progresso e evolução,; e a soviética, formada por pesquisadores de orientação marxista, que buscavam reatar o diálogo dos estudos literários com os estudos históricos. 7 a Questão (Ref.: 201504597106) Acerto: 1,0 / 1,0 As ideologias estão presentes, sem pedir licença, em todos os discursos. A frase em destaque deve ser atribuída a qual estudioso? Tânia Carvalhal Mikhail Bakhtin Vitor Zhirmunsky Julia Kristeva Iuri Tynianov 8 a Questão (Ref.: 201504759035) Acerto: 1,0 / 1,0 Mikhail Bakhtin resgata a perspectiva diacrônica do texto literário, relegada pelos primeiros formalistas, anti- historicistas, reatando com a história. Bakhtin identifica os traços fundamentais da organização do romance, não só interpretando-o como uma construção polifônica, onde várias vozes se cruzam, num jogo dialógico, mas também considerando essa polifonia romanesca como um cruzamento de várias ideologias. Sobre essa contribuição de Bakhtin, seria incorreto afirmar: A compreensão de Bakhtin do texto literário como um mosaico, construção caleidoscópica e polifônica, estimulou a reflexão sobre a produção do texto. O texto literário escuta vozes da história e não mais as representa como uma unidade, mas como jogo de confrontações. A contribuição de Bakhtin nos ajudou a perceber alguns pontos básicos que agiram sobre a atuação comparativista, minando em suas bases as visões mecanicistas do processo de evolução literária. O conceito de intertextualidade, cunhado a partir da tese de Bakthin, em nada alterou os conceitos de fontes e influências do texto literário, uma vez que a dívida do texto influenciado sempre haverá em relação ao texto que o influenciou. Esse pensamento de Bakthin deu margem à elaboração do conceito de intertextualidade, por Julia Kristèva, cujo fundamento é que todo texto é absorção e transformação de outro. 9 a Questão (Ref.: 201504597114) Acerto: 1,0 / 1,0 ...faz-se necessário chamar a atenção para um procedimento discursivo que não se pode considerar exatamente como intertextual, mas que pode ser confundido com algumas das modalidades a serem estudadas. De acordo o alerta feito na aula 5, esta modalidade é... Paródia Alusão Citação Estilização Plágio 10 a Questão (Ref.: 201504617273) Acerto: 0,0 / 1,0 Canção do exílio ¿ Gonçalves Dias "Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Jogos Florais ¿ Antonio Carlos de Brito (Cacaso) Minha terra tem palmeiras onde canta o tico-tico. Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá. Dentre os poemas de nossa tradição literária, talvez seja a ¿Canção do Exílio¿, a que sofreu mais releituras. Acerca do poema de Cacaso, é possível afirmar que: Trata-se de uma paródia do texto de Gonçalves Dias, uma vez que rompe por completo com os pressupostos do autor romântico. Trata-se de uma paráfrase, por não se afastar dos fundamentos propostos na obra de Gonçalves Dias. Trata-se de uma paráfrase de Gonçalves Dias, uma vez que oferece um releitura crítica de elementos básicos da obra romântica, em especial a imagem simbólica do sabiá. Nenhuma das respostas anteriores. Trata-se de uma parródia de Gonçalves Dias, uma vez que oferece um releitura crítica de elementos básicos da obra romântica, em especial a imagem simbólica do sabiá. PROVA – AV PROVA - AVS