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CASOS CONCRETOS TEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL

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FACULDADE NATALENSE DE ENSINO E CULTURA
TEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL
 CELSO JOSE PAULO DE FARIAS 
QUESTÕES 
Uma ação ordinária ajuizada em desfavor da UNIÃO FEDERAL teve sentença procedente. A UNIÃO foi intimada no dia 14 de abril de 2017. Quando é o último dia do prazo para interposição de recurso de apelação?
R: O último dia é 26 de maio.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Desse modo, sábados, domingos e feriados (e pontos facultativos) não serão considerados na contagem dos prazos.
Trata-se de uma inovação bastante salutar, tendo em vista que se contabilizam como prazo somente os dias em que há expediente normal. Assim, para todos os que postulam em juízo (Advogados, Procuradores, Defensores, Promotores etc.), apenas serão considerados os dias úteis para a contagem dos prazos, desprezando-se os dias não-úteis.
Ademais, manteve-se a regra da exclusão do dia de início e inclusão do dia de final.
Aliás, tendo em vista que houve a relativa unificação dos prazos para contestação e recursos (os quais são de 15 dias úteis), a Advocacia Pública possuirá, a partir do início da vigência do novo CPC/2015, 30 dias úteis para contestar (art. 335), apelar (art. 1009), agravar internamente (art. 1021) etc.
Numa ação onde a parte requerida é formada por um litisconsórcio de duas pessoas, a parte autora propôs negócio jurídico processual para que os atos processuais sejam praticados em prazos reduzidos. Um dos réus concordou, enquanto o outro réu se opôs. Nesse caso, ocorrerá o negócio jurídico processual? Justifique.
R: Não ocorrerá o negócio Jurídico. Pois em litisconsórcio, o ato ou omissão de qualquer dos litisconsortes beneficia todos os demais, não podendo, porém, prejudicá-los (art. 117, segunda parte).
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar
No último dia para a apresentação de contestação em processo judicial. A parte ré, através de advogado, compareceu ao fórum para o protocolo da peça contestatória. Trata-se de processo físico. O advogado ao chegar ao fórum foi informado que naquele dia em razão de um vazamento de gás o prédio foi fechado duas horas mais cedo, portanto, não havia como receber a contestação. Neste caso, o prazo para apresentar a defesa processual restará exaurido e o réu será considerado revel? Explique.
R: Não será considerado revel, tendo em vista que até mesmo quando o réu deixa de apresentar a contestação no prazo hábil irá torna-lo revel, o simples fato de inexistir contestação ou, como na espécie, contestação intempestiva, não induz, necessariamente, a procedência da demanda, bem como não impede eventual produção de provas. Veja-se que, nos termos do art. 322, parágrafo único do Código de Processo Civil, o réu revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Inclusive, na hipótese de este intervir no processo antes de encerrada a fase instrutória, poderá requerer a produção de provas, cabendo ao magistrado aferir sua pertinência ao deslinde da controvérsia. As normas processuais não determinam, como efeito da revelia, a impossibilidade de o réu, ainda que tardiamente, apresentar contestação, não havendo norma que determine o desentranhamento da contestação extemporânea. Ausente norma legal que determine o desentranhamento, a conclusão, em uma interpretação literal, seria no sentido da impossibilidade de desentranhamento da peça.
	Pode ainda o réu justificar encontrando respaldo no Art. 1.004 do Novo CPC: 
Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.
Maria Alice, professora do curso de letras da UFRN, fluente no idioma espanhol, foi procurada por Antônio Martins para traduzir documento produzido na Espanha com a finalidade de juntar em ação judicial como prova. Maria Alice realizou o trabalho, declarou a responsabilidade pela fiel tradução ao texto original e, mesmo assim, o juiz recusou o documento traduzido. Antônio Martins procedeu de acordo com o que determina o Código de Processo Civil? A recusa do juiz tem respaldo legal? Explique.
R: Sim tem respaldo no Art. 162 do Novo CPC:
Art. 162 O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para:
I – traduzir documento redigido em língua estrangeira;
II – verter para o português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;
III – realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado.
Os prazos processuais, segundo o Código de Processo Civil, são suspensos durante o período de férias forenses. Qual é diferença entre suspensão e interrupção de prazo processual?
R: Na INTERRUPÇÃO o prazo volta a contar por inteiro, ou seja, do zero, devolve ao interessado o prazo integral para a prática do ato processual. É como se o prazo nunca tivesse fluído.
Na SUSPENSÃO o prazo volta a fluir de onde parou. Conta o prazo que sobrou. O prazo para a prática do ato será devolvido ao interessado pelo quanto faltava para seu término.
A parte pode, sem anuência da parte contrária, renunciar prazo processual? Se a resposta for positiva, justifique.
R: Sim, desde que seja em seu favor, e de maneira expressa, conforme Art. 225 do Novo CPC:
		Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.
7) Sobre contagem de prazo, informe qual é a data do início da contagem do prazo processual nas seguintes hipóteses:
Quando ocorrer a citação ou intimação por ato de chefe de secretaria.
R: Quando a citação ou intimação for por ato do escrivão ou do chefe da secretária: 
1 - Conta-se da data da ocorrência da citação ou intimação;
2 - Quando a citação ou intimação for por cumprimento de carta: Conta-se da Data da juntada do comunicado da carta precatória, rogatória ou de ordem, o qual os atos de comunicação da citação ou intimação é informado imediatamento por meio eletrônico, pelo juiz deprecante ao juiz deprecado (artigo 232 ncpc) ou, não havendo esse, a data da juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida;
3 - Quando a citação ou intimação for pelo diário da justiça impresso ou eletrônico: Conta-se da data da publicação;
4 - Quando a citação ou intimação for por edital: Conta-se do dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz;
5 - Quando a citação ou intimação for por meio eletrônico: Conta-se do dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê;
6 - Quando a citação ou intimação for feita pelo oficial de justiça: Conta-se da data da juntada aos autos do mandado cumprido.
7 - Quando a intimação se der pela retirada dos autos em cartório: Conta-se do dia da carga.
Quando ocorrer a citação ou intimação através de correio.
R: Quando a citação ou intimação for por cumprimento de carta: Conta-se da Data da juntada do comunicado da carta precatória, rogatória ou de ordem, o qual os atos de comunicação da citação ou intimação é informado imediatamento por meio eletrônico, pelo juiz deprecante ao juiz deprecado (artigo 232 ncpc) ou, não havendo esse, a data da juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida
Quando ocorrer a citação ou intimação através de oficial de justiça.
R: Quando a citação ou intimação for feita pelo oficial de justiça: Conta-se da data da juntadaaos autos do mandado cumprido.
Segundo o Código de Processo Civil, o juiz tem quantos dias para proferir uma decisão interlocutória? É possível ocorrer prorrogação? Explique. 
R: 10 dias, podendo exceder por igual tem, conforme Arts. 226 e 227 do Novo CPC:
Art. 226. O juiz proferirá:
I – os despachos no prazo de cinco dias;
II – as decisões interlocutórias no prazo de dez dias;
III – as sentenças no prazo de trinta dias.
Até aqui, nenhuma novidade, pois o Código em vigor também possui previsão semelhante:
Art. 189. O juiz proferirá:
I - os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias;
II - as decisões, no prazo de 10 (dez) dias.
Como se percebe, a fixação de prazos impróprios para que o magistrado profira decisões ou exare despachos já está inserida no Código Buzaid.
A inovação é encontrada no art. 227 do projeto de novo CPC:
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido.

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