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CONFORTO AMBIENTAL - CLIMA Prof ͣ : Melina C. de Medeiros Campanha Arquitetura e Urbanismo 17/08/2017 Conceito de Conforto • Segundo a ASHRAE (2005), Conforto Térmico é um estado de espírito que reflete a satisfação com o ambiente térmico que envolve a pessoa. Se o balanço de todas as trocas de calor a que está submetido o corpo for nulo e a temperatura da pele e suor estiverem dentro de certos limites, pode-se dizer que o homem sente Conforto Térmico. • Conforto ato ou efeito de confortar. • Inicialmente o conceito à conforto térmico foi evoluindo e ganhando novas nuances, abrangendo o ✓ Aconchego; ✓ Bem estar físico; ✓ Intimidade; ✓ Privacidade; ✓ Estilo. Adaptação da arquitetura: • Telhado para evitar a chuva, neve e os raios solares; • Paredes para bloquear as ações dos ventos, a perda de calor nos dias frios; • Aberturas que permitissem a entrada de uma determinada quantidade de iluminação e também ventilação nos dias quentes. Importância do clima para o conforto ambiental • O clima não é o único responsável pelo ambiente adequado à sobrevivência, ao conforto e a segurança do ser humano. • Temos também à cultura, região e condição socioeconômica. Função do Arquiteto Satisfação• do cliente; Exigência• nos conhecimentos de novos materiais; Satisfação• na boa qualidade de vida. Variáveis Climáticas • São quantificadas em estações meteorológicas e descrevem as características gerais de uma região em termos de sol, nuvens, temperatura, ventos, umidade e precipitações. • É fundamental o conhecimento destas variáveis para o projeto de edificações mais adequadas ao conforto de seu ocupante e mais eficientes em termos de consumo e energia. Radiação solar Mas• o que é radiação solar? É a principal fonte de energia para o planeta. Tanto como fonte de calor como fonte de luz, o Sol é um elemento de extrema importância no estudo a eficiência energética na arquitetura. É possível tirar partido ou evitar a luz e o calor solar em uma edificação, e o critério mais sábio para definir o fazer é ter como premissas básicas o conforto térmico e visual dos ocupantes e a economia de energia. Dentro do contexto da radiação solar, temos as trocas térmicas ou transferência térmica. Troca térmica ou transferência térmica é a transferência de energia térmica entre moléculas de um mesmo meio, mas que estão em temperaturas diferentes. Este fluxo ocorre sempre da maior temperatura para a menor temperatura. Fig.01 – Fluxo de calor. As trocas térmicas podem ser secas ou úmidas. As trocas térmicas secas são aquelas em que as variações de temperatura não ocorrem em presença de água. Elas podem acontecer por convecção, radiação ou condução. A troca por condução se dá entre dois matérias que possuem uma ou mais superfícies em contato, ou seja, a vibração das moléculas de um mesmo material passa diretamente ao outro material. Fig.02– Condução. A troca por convecção se dá entre um sólido e um fluido, que pode ser liquido ou um gás. O fluido é aquecido, fazendo com que suas moléculas vibrem mais e se afastem, dessa forma, uma mesma quantidade de massa molecular para a ocupar mais o espaço, ou seja, sua densidade diminui. Esse “fluido mais leve” sobe e ocupa o lugar do “fluido mais pesado”. Agora é a vez do “fluido mais pesado” ser aquecido e se tornar um “fluido mais leve” e ascender. A repetição dessas etapas gera o que chamamos de correntes de convecção, que continuam enquanto tiver uma fonte geradora de energia térmica (calor). Fig.03 – Convecção. A troca de Radiação ocorre entre dois corpos sem contato, independente do material entre eles, podendo acontecer no vácuo, através de ondas eletromagnéticas. Fig.04 – Radiação. As trocas térmicas úmidas são as que ocorrem pela mudança de estado físico da água, ou seja por evaporação e condensação. A evaporação é proveniente da mudança do estado liquido para o gasoso. A condensação é a mudança de estado gasoso do vapor d’agua contido no ar para o estado líquido. VENTOS São o fluxo de gás em uma curta escala, ou seja, são correntes de convecção na atmosfera, que tendem a igualar o aquecimento diferencial das diversas zonas. Ou seja, o ar é aquecido pela energia solar, suas moléculas vibram mais, expandindo seu volume e, consequentemente, ficando menos denso. Este ar aquecido sobe e um ar frio e mais denso toma o seu ugar. Este ciclo se repete, pois o ar quente ao se elevado resfria e desce, e assim são formados os ventos. Fig.05 – Formação dos Ventos Na zona tropical do planeta, o aquecimento é maior do que na zona polar, desta forma, o ar aquecido nessa zona eleva-se e caminha em direção aos polos. No entanto, à medida que o ar aquecido caminha, ele perde energia e acaba se tornando mais frio. O ar frio, por ser mais denso, desce. O ciclo continua, dando origem ao que chamamos de ventos alísios (ventos úmidos que sopram dos trópicos para o Equador) e ventos contra- alísios (ventos secos que sopram do Equador para os trópicos). Os ventos alísios são os responsáveis por transportar umidades das zonas tropicais para a zona equatorial provocando chuvas nessa região. Eles influenciam de forma marcante as regiões costeiras e de baixa latitude. No hemisfério norte, ele sopra de nordeste para sudoeste, enquanto que, no hemisfério sul, sopra do sudeste para o noroeste. Já os ventos contra-alísios levam o ar seco para as zonas tropicais. Estes ventos secos dissipam a cobertura de nuvens, permitindo que mais luz do sol aqueça o solo. Os maiores desertos da Terra ficam justamente nessas zonas, principalmente no hemisfério norte. Existem ainda os ventos de oeste (originados nas regiões subtropicais) e os ventos polares (originados das massas de ar frio nas regiões polares e árticas), mas são de menor importância para o Brasil. Fig.06 – Esquema dos Ventos no globo terrestre UMIDADE Nada mais é que a quantidade de vapor de água na atmosfera num dado momento e é resultante do processo de evaporação das águas da superfície terrestre e da transpiração das plantas. Já o termo umidade relativa (expressa em porcentagem) se refere à relação entre a quantidade de vapor existente na atmosfera e a quantidade de vapor de água que essa atmosfera comporta a uma determinada temperatura. Muito utilizada na previsão do tempo, está diretamente relacionada a formação das chuvas, uma vez que, quanto maior seu valor, maior será a probabilidade de precipitação (chuva, neve, entre outros), orvalho ou nevoeiro. Para que ocorram as precipitações, o vapor d’água tem de se condensar (resfriando), o que acontece com a queda de temperatura. Em contrapartida, se a umidade relativa do ar for constante ou estiver diminuindo, dificilmente ocorrerão precipitações. Esse resfriamento tem varias causas, sendo as principais: ✓ precipitações convectivas: ocorre pela elevação das massas de ar em regiões de baixa pressão, por exemplo, na faixa do Equador; ✓ precipitações frontais: ocorre pela chegada de uma frente fria à região; ✓ precipitações orogênicas: ocorre pela subida da massa de ar ao passar por uma elevação, por exemplo, as chuvas na encosta da Serra do Mar. Fig.07 – Tipos de chuva A umidade relativa do ar tende a se elevar quando há uma redução da temperatura e a diminuir quando a temperatura aumenta. Em lugares com alta umidade, a transmissão de radiação solar é reduzida porque o vapor de água e as nuvens a absorvem e a redistribuem na atmosfera, refletindo uma parcela de volta ao espaço. Em lugares com ar muito seco, os dias tendem a ser muito quentes e as noites frias; em compensação, em locais úmidos, as temperaturas extremas tendem a ser amenizadas.TEMPERATURA É uma palavra derivada do latim e que é associada com o nível de calor que existe no ambiente, resultante, por exemplo, da ação dos raios solares ou nível de calor existente num corpo. Em arquitetura, há um conceito associado à temperatura que é o conceito de inércia térmica, que nada mais é do que a resistência oferecida pelos materiais às mudanças de sua temperatura e tem origem em sua capacidade de armazenar calor. BIBLIOGRAFIA FROTA, A. e SCHIFFER, S. Manual do Conforto • térmico, São Paulo, Studio Nobel, 8 ͣed. 2009. LAMBERTS, R; DUTRA, L; PEREIRA, F. Eficiência • Energética na Arquitetura. São Paulo: PW/Procel.
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