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Contabilidade Gerencial

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
 
PROFª DÉBORA VIDES 
 
 
 
2 
 
1. Contextualização da Contabilidade Gerencial 
 
I. Campos de aplicação. 
a) Na indústria: 
 O custo de produtos vendidos; 
 O estoque de produtos em elaboração; 
 O estoque de produtos acabados (ou prontos); 
 O estoque de insumos (matérias-primas, materiais de embalagem, almoxarifado, 
etc.) 
 
b) No comércio: 
 O custo de mercadorias vendidas (CMV); 
 O estoque de mercadorias; 
 O estoque de bens não destinados á revenda (como matérias de consumo, etc.) 
 
II. Campo de aplicação: 
a) Nos prestadores de serviços: 
 O custo dos serviços vendidos; 
 O estoque de serviços em andamento; 
 O custo de matérias adquiridos e não incorporados a serviços em andamento 
(custo de serviços); 
 
b) Etapas entre a compra e a venda de mercadorias – Comércio: 
 
Balança Patrimonial 
 
 
 DRE 
Receita de 
Vendas 
(-) CMV 
= Lucro 
Bruto 
(-) 
Despesas 
= Lucro 
Líquido 
ATIVO 
CIRCULANTE 
Estoque de 
Mercadorias 
Compra de 
Mercadorias 
 
 
3 
 
c) Comércio – uma empresa comercial, ou seja, compra e vende mercadorias possui 
os seguintes procedimentos: 
 Compra de mercadorias; 
 Registro de mercadorias no estoque da empresa; 
 As mercadorias ficam em estoque aguardando o momento da venda; 
 Quando vendidas, a empresa deverá dar baixa no estoque (valor de custo) do valor 
correspondente as unidades vendidas, lançando este valo na DRE com o nome de 
CMV (Custo de mercadorias vendidas). Aí teremos o confronto com a Receita de 
venda com o seu custo associado. 
 
d) Etapas entre a compra de matéria-prima e venda de produtos – Indústria: 
 
 
e) Indústria – Uma indústria, ou seja, transforma matéria-prima em um produto 
possui os seguintes procedimentos: 
 Compra matéria-prima; 
 Registra a matéria-prima no estoque da empresa; 
 As matérias-primas ficam no estoque até serem requisitadas pela produção; 
 Na produção irá somar todos os gastos consumidos no processo de produção 
(matéria-prima, mão-de-obra, aluguel da fábrica) para formar o valor do produto. 
 O produto acabado irá para estoque ficar aguardando o momento da venda; 
 
 
4 
 Quando vendidas, a empresa deverá dar baixa no estoque (valor de custo) do valor 
correspondente as unidades vendidas, lançando este no DRE com o nome de CPV 
(custo de produtos vendidos). Aí teremos o confronto com a Receita de venda com seu 
custo associado. 
III. Comparação entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial. 
 
 A contabilidade gerencial não é obrigatória. Além disso, nem sempre a sua utilização é 
visível em uma empresa como é a contabilidade financeira, a contabilidade de custos e 
a administração financeira. 
 
IV. Demonstração do Resultado do Exercício – Método de Custeio Variável - 
Contabilidade Gerencial. 
 
Receita de Vendas 
(-) Custos Variáveis 
(-) Desp. Variáveis 
= Margem de Contribuição 
(-) Custos Fixos 
(-) Desp. Fixas 
= Lucro 
 
Financeira Gerencial
Utiliza o método de custeio de absorção Utiliza o método de custeio direto ou váriavel
Condiciona-se às imposições legais e requisitos fiscais Voltada a administração da empresa, não se condiciona a imposições legais
Segue os princípios fundamentais da contabilidade, fisco e orgãos reguladores Tem o objetivo de gerar informações úteis para tomada de decisão
Usuário externo - informa terceiros sobre o desempeho geral da empresa através 
das demonstrações contábeis
Usuário interno - mensura e relata informações financeiras, bem como outros 
tipos de informações que ajudam gerentes a atingir metas das organizações.
Gastos 
Variáve
is 
Gastos 
Fixos 
 
 
5 
 
 
 
 O método de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos 
variáveis e fixos, sendo também conhecido como Método de custo Custeio Direto. Os 
gastos variáveis envolvem os custos variáveis mais as despesas variáveis e os gastos 
fixos envolvem os custos fixos mais as despesas fixas. 
 
V. Demonstração do Resultado do Exercício – Método de Custeio Absorção - 
Contabilidade Geral (Financeira) e Custos. 
Receita de Vendas 
(-) CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 
= Lucro Bruto 
 (-) Despesas 
= Lucro Liquido 
 
 O método de custeio Absorção fundamenta-se na separação dos gastos em Custos e 
despesas; 
 Somente os custos passam pelo estoque; 
 As despesas são gastos do período. 
 Esse método serve para escrituração, demonstrações publicáveis, atendimento a área 
fiscal, atendimento aos investidores, bancos e instituições relacionadas e atendimento 
ao público interno. 
 
2. Classificação dos Custos, Despesas, 
Gastos Variáveis e Gastos Fixos 
 
I. Termologia de Custos. 
 
a) Custo: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. 
 
 
 
6 
Exemplos: 
 Salário do pessoal da produção; 
 Matéria-prima consumida (utilizada no processo produtivo); 
 Combustíveis e lubrificantes usados na máquina da fábrica; 
 Depreciação dos equipamentos da fábrica; 
 Gastos com a manutenção das máquinas da fábrica. 
 
b) Despesa: Bens e serviços consumidos no processo de geração de receitas e 
manutenção dos negócios da empresa. As Despesas estão diretamente ou 
indiretamente associadas à realização de Receitas. 
Exemplos: 
 Salário do pessoal de vendas; 
 Salários do pessoal do escritório da administração; 
 Energia elétrica consumida no escritório; 
 Conta telefônica do escritório de vendas. 
 
 Exercício – Classificar os itens a seguir como custo ou despesa: 
ITENS CLASSIFICAÇÃO 
Consumo de matéria-prima Custo variável 
Energia elétrica consumida pelas máquinas durante a produção Custo variável 
Mão-de-obra empregada na produção Custo variável 
Consumo de energia do prédio da fábrica Custo fixo 
Consumo de energia da administração Despesa fixa 
Depreciação das máquinas da produção Custo fixo 
Consumo de combustível dos veículos de entrega Despesa variável 
Aluguel mensal da fábrica Custo fixo 
Salário do Supervisor que cuida do setor produtivo Custo fixo 
Propaganda veiculada em televisão divulgando o produto Despesa fixa 
Aluguel do prédio utilizado pela administração Despesa fixa 
Depreciação dos móveis do escritório Despesa fixa 
Material de consumo do escritório Despesa fixa 
Embalagem durante o processo de produção Custo variável 
 
 
 
7 
 
 
 DRE – Método Variável ou Direto: 
Receita de Vendas 
(-) Custos Variáveis 
(-) Desp. Variáveis 
= Margem de Contribuição 
(-) Custos Fixos 
(-) Desp. Fixas 
= Lucro 
c) Custos/Despesas variáveis são aqueles gastos que variam em função do volume de 
atividade (vendas e produção) no período. 
 
d) Os Custos/Despesas fixas são aqueles gastos que não variam em função do volume de 
atividade (venda e produção) no período. 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 Observações importantes: não devemos confundir Custos/despesas fixos com valores 
repetitivos. A energia elétrica para iluminar a fábrica é um gasto fixo por não variar de 
acordo com a quantidade produzida, contudo poderá apresentar um valor diferente a 
cada mês. 
Os custos/despesas fixos totais só são fixo em relação a um determinado 
período e uma faixa determinada. 
 
e) Mão-de-obra Direta (MOD): 
 Não há necessidade de rateio; 
 Custo homem/hora; 
 Pessoal que trabalha diretamente sobre o produto – tempo despendido e quem 
executou; Inclusão dos encargos no custo horário. 
Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em 
elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a 
identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer 
apropriação indireta ou rateio. 
 
 
11 
 
 
 Tempo não produtivo – ociosidade normal sem aproveitamento – custo indireto 
rateado. 
 Parada obrigatória – produto específico – custo direto. 
 Tempo não utilizado devido a anormalidade – perda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 Exercício – Classificar os itens a seguir como custo variável ou custo fixo ou 
despesa variável ou despesa fixa: 
ITENS CLASSIFICAÇÃO 
Consumo de matéria-prima Custo variável 
Energia elétrica consumida pelas máquinas durante a produção Custo variável 
Mão-de-obra empregada na produção Custo variável 
Consumo de energia do prédio da fábrica Custo fixo 
Consumo de energia da administração Despesa fixa 
Depreciação das máquinas da produção Custo fixo 
Mão-de-obra direta Custo variável 
Salário da administração Despesa fixa 
Consumo de combustível dos veículos de entrega Despesa variável 
Aluguel mensal da fábrica Custo fixo 
Salário do Supervisor que cuida do setor produtivo Custo fixo 
Propaganda veiculada em televisão divulgando o produto Despesa fixa 
Telefone utilizado pelo diretor da empresa Despesa fixa 
Comissão de vendas Despesa variável 
Aluguel do prédio utilizado pela administração Despesa fixa 
Depreciação dos móveis do escritório Despesa fixa 
Salário dos vendedores Despesa fixa 
Material de consumo do escritório Despesa fixa 
Embalagem durante o processo de produção Custo variável 
 
 
 
3. Análise das Variações 
Dependendo da estrutura de produção, de venda e de custos do produto, uma 
variação, mesmo que aparentemente pequena, poderá provocar resultados desastrosos a 
empresa. É importante que se analise a influência das mudanças de valor e quantidade 
sobre o resultado. Desta forma, o administrador poderá tomar decisões de forma mais 
sensata e adequada, a fim de garantir uma boa estratégia para a empresa. 
Vejamos a Demonstração da MNO Ltda que servirá de BASE para as alterações: 
 
 
13 
 
 Alteração do Preço de venda para mais 2%: De $1700,00 para 1734,00. 
 
 
 
Para apurarmos o percentual de variação em relação a situação base, temos 
que fazer a seguinte conta: 
 240.000 ....100% 
 274.000..... X 
240.000X = 27.400.000 
X = 27.400.000/240.000 
X = 114% aproximadamente 
Passou de 100% para 114%, ou seja, um aumento de 14%. 
 Alteração da quantidade vendidade para mais 2%: De $1000,00 para 1020,00. 
 
 
14 
 
 
Para apurarmos o percentual de variação em relação a situação base, temos 
que fazer a seguinte conta: 
 240.000 ....100% 
 256.000..... X 
240.000X = 25.600.000 
X = 25.600.000/240.000 
X = 107% aproximadamente 
Passou de 100% para 107 %, ou seja, um aumento de 7%. 
 
 Alteração dos custos e despesas variáveis para mais 2%: De $900,00 para 918,00. 
 
 
 
 
15 
 
Para apurarmos o percentual de variação em relação a situação base, temos 
que fazer a seguinte conta: 
 240.000 ....100 % 
 222.000..... X 
240.000X = 22.200.000 
X = 22.200.000/240.000 
X = 92,5% 
Passou de 100% para 92,5%, ou seja, uma queda de 7,5%. 
 
 Alteração dos custos e despesas fixos para mais 2%: De $560,00 para 571,00. 
 
 
 
 
16 
Para apurarmos o percentual de variação em relação a situação base, temos 
que fazer a seguinte conta: 
 240.000 ....100% 
 228.800..... X 
240.000X = 22.880.000 
X = 22.880.000/240.000 
X = 95% 
Passou de 100% para 95%, ou seja, uma queda de 5%. 
 
1. Exemplo: Uma empresa é especializada em fazer transportes pesados a longa 
distância. Os dados resumidos para o próximo ano referem-se a um orçamento para 
serem percorridos 100.000 KM. 
 Frete - R$ 2/Km; 
 Custos Variáveis - R$ 1,00/Km; 
 Custos Fixos - R$ 80.000/Ano; 
 
Se houvesse um aumento no preço unitário em 10 %, de quanto deveria ser reduzida 
a quilometragem orçada para que não houvesse alteração no lucro projetado de R$ 
20.000. 
 
RESOLUÇÃO: No problema apresentado temos que encontrar a quantidade de depois 
calcularmos a sua redução em relação aos 100.000 KM iniciais.Podemos simplificar a 
Demonstração do Resultado do Exercício abaixo para facilitar os cálculo: 
 
 Receita de vendas 
(-) Custos Variáveis 
= Margem de Contribuição 
(-) Custos Fixos 
= Lucro 
Sua simplificação ficará: 
Receita – CV – CF = Lucro 
 
 
17 
Agora vamos desmembrá-la para calcularmos a quantidade. O Custo Fixo não 
será desmembrado pois, independe da quantidade. 
 
 
 
O preço a ser utilizado deverá ser o preço unitário de R$ 2 acrescido de 10 %, ou seja, 
R$ 2,20. 
 
 
 
4. Eliminação de departamentos 
 
 Ajuda na tomada de decisões quanto a eliminação ou não de um departamento. 
 Se a empresa poderá eliminar um departamento com prejuízo e ao contrário do que 
se possa imaginar, apresenta uma queda no resultado; 
 Para isso precisamos entender os conceitos de custos evitáveis e custos inevitáveis. 
 
I. CUSTOS EVITÁVEIS - são aqueles que deixarão de existir se o produto (ou o 
departamento) for eliminado, por exemplo, os custos de matérias-primas empregadas 
no produto, o valor do ordenado do gerente de produto, o custo de depreciação dos 
equipamentos específicos etc. Como esses custos podem ser evitados se o produto for 
extinto, seus valores devem estar diretamente relacionados com o mesmo. É 
interessante notar que todos os custos evitáveis são, também, específicos ao produto. 
 
 
18 
II. CUSTOS INEVITÁVEIS - são os que continuarão ocorrendo, independentemente 
da existência ou inexistência de qualquer produto. Por exemplo: se uma loja de 
departamentos pensa em eliminar a seção de produtos alimentícios, os gastos com 
materiais alimentícios e com os funcionários da sessão são custo evitáveis, porque 
deixarão de existir com a extinção desse departamento; mas o aluguel da loja é um 
custo inevitável, pois continuará existindo para servir aos outros departamentos da 
loja. E importante salientar que o custo rateado do aluguel para a seção de produtos 
alimentícios, numa decisão de preço, é um custo fixo específico. Já o custo com o ar-
condicionado é um custo comum e inevitável. Devemos, portanto, perceber que nem 
todos os custos específicos são evitáveis. 
1. Exemplo: Considere uma loja que tenha os seguintes departamentos: gêneros 
alimentícios (GA), mercadorias em geral (MG) e Remédios (RM). 
 Departamentos 
 Total GA MG RM 
Receita de Vendas 1.900 1.000 800 100 
(-) Custos Variáveis (1.420) (800) (560) (60) 
= Margem de Contribuição 480 200 240 40 
(-) Custos Fixos 
 Evitáveis (265) (150) (100) (15) 
 Inevitáveis (180) (60) (100) (20) 
= Resultado (lucro ou prej) 35 (10) 40 5 
 
A empresa resolveu fazer um estudo de como ficaria o seu resultado se: 
a) Eliminasse o departamento de gêneros alimentícios (GA). 
b) Eliminasse o departamento de remédios (MG). 
c) Eliminasse o departamento de remédios (RM). 
 
 
 
 
 
 
19 
Vejamos qual o impacto de cada uma das mudanças: 
 
 Eliminação do GA: 
 
Departamentos 
 Eliminando 
GA 
 Total GA MG RM MG + RM 
Receita de Vendas 1.900 1.000 800 100 900 
(-) Custos Variáveis (1.420) (800) (560) (60) (620) 
= Margem de Contribuição 480 200 240 40 280 
(-) Custos Fixos 
 Evitáveis (265) (150) (100) (15) (115) 
 Inevitáveis (180) (60) (100)(20) (180) 
= Resultado (lucro ou prej) 35 (10) 40 5 (15) 
 
Como podemos observar, com a eliminação do departamento de gêneros 
alimentícios (GA) a empresa apurou um prejuízo de R$ 15,00 no resultado global. 
 A explicação para a queda de R$ 50 (lucro de R$ 35 para o prejuízo de R$ 15) 
no resultado está na análise do próprio departamento eliminado. Isto ocorreu porque a 
empresa ganhou R$ 150 com a eliminação dos custos fixos evitáveis do GA, mas 
perdeu R$ 200 referente a margem de contribuição que o GA deixou de gerar para a 
empresa. 
 
 Deixou de ganhar – Perdeu (200) 
Deixou de gastar – Ganhou 150 
Diferença (50) 
 
 
20 
 Eliminação do MG: 
 Departamentos Eliminando MG 
 Total GA MG RM GA + RM 
Receita de Vendas 1.900 1.000 800 100 1.100 
(-) Custos Variáveis (1.420) (800) (560) (60) (860) 
= Margem de Contribuição 480 200 240 40 240 
(-) Custos Fixos 
 Evitáveis (265) (150) (100) (15) (165) 
 Inevitáveis (180) (60) (100) (20) (180) 
= Resultado (lucro ou prej) 35 (10) 40 5 (105) 
 
 Como podemos observar, com a eliminação do departamento de medicamentos 
em geral (MG) a empresa apurou um prejuízo de R$ 105,00 no resultado global. 
A explicação para a queda de R$ 140 (lucro de R$ 35 para o prejuízo de R$ 105) 
no resultado está na análise do próprio departamento eliminado.Isto ocorreu porque a 
empresa ganhou R$ 100 com a eliminação dos custos fixos evitáveis do MG, mas 
perdeu R$ 240 referente a margem de contribuição que o MG deixou de gerar para a 
empresa. 
 
 
 
 
Deixou de ganhar – Perdeu (240) 
Deixou de gastar – Ganhou 100 
Diferença (140) 
 
 
21 
 Eliminação do RM: 
 
 
Departamentos 
 Eliminando 
RM 
 Total GA MG RM GA + MG 
Receita de Vendas 1.900 1.000 800 100 1.800 
(-) Custos Variáveis (1.420) (800) (560) (60) (1.360) 
= Margem de Contribuição 480 200 240 40 440 
(-) Custos Fixos 
 Evitáveis (265) (150) (100) (15) (250) 
 Inevitáveis (180) (60) (100) (20) (180) 
= Resultado (lucro ou prej) 35 (10) 40 5 10 
 
A explicação para a queda de R$ 25 no resultado está na análise do próprio 
departamento eliminado. Com a eliminação do departamento de Remédios (RM) a 
empresa apenas apurou um lucro de R$ 10,00. Isto ocorreu porque a empresa ganhou 
R$15 com a eliminação dos custos fixos evitáveis do RM, mas perdeu R$ 40 referente a 
margem de contribuição que o RM deixou de gerar para a empresa. 
 
 
 
 
Deixou de ganhar – Perdeu (40) 
Deixou de gastar – Ganhou 15 
Diferença (25) 
 
 
22 
 
1. Exercício: A padaria CAPIVARA que é dividida nos departamentos: Doces, Pães e 
Lanches. No entanto, o seu gerente pensou em acabar com a parte dos Lanches que 
estava apresentando prejuízo. Os resultados dos departamentos estão abaixo: 
 
 
 
 
5. Pedido especial de vendas 
Os gestores das empresas devem analisar a possibilidade de aceitar um pedido de 
venda especial a clientes diante de uma capacidade produtiva disponível. Os pedidos 
de venda especiais representam as vendas esporádicas e não repetitivas de produtos 
da empresa. 
Exemplo 1: O Sr. Queiroz possui um estaleiro, Estaleiro TITAN Ltda. O Sr. Menezes é 
o principal cliente do Sr. Queiroz. Num determinado mês, o Sr. Menezes resolveu 
encomendar 2 lanchas acima das 10 unidades pedidas inicialmente. Entretanto, 
somente pagaria 20.000 por cada lancha. As informações referem-se ao pedido das 10 
lanchas são: 
 
 
 
23 
Responda: 
a) Vale a pena para o TITAN aceitar o pedido especial das 2 unidades 
b) Compare a Demonstração de Resultado pelo Método Variável com e sem as 2 
unidades. 
 
 O primeiro passo é reorganizar os dados e montar a DRE pelo Método Variável. Foi 
solicitada a comparação da Demonstração de Resultado pelo Método Variável com e 
sem as 2 unidades. 
 
 
 Receita – Repito a Receita para as 10 lanchas no valor R$ 300.000 e acrescento 
Receita que terei com apenas 2 lanchas adicionais, onde o cliente pagará apenas R$ 
20.000 por cada uma. Assim terei, R$300.000 + R$ 40.000 = R$ 340.000. 
 
 Custos Variáveis – Repito os Custos Variáveis para as 10 lanchas no valor R$ 100.000 e 
acrescento Custo Variável que terei com apenas 2 lanchas adicionais. Para isso, 
precisamos calcular o Custo unitário dividindo R$ 100.000 pelas 10 lanchas 
correspondentes. Encontraremos um Custo Variável por unidade de R$ 10.000. Este 
custo unitário não muda em relação ao pedido especial. Assim, teremos R$100.000 + 
R$ 20.000 = R$ 120.000. 
 
 
 
24 
 
 
 Despesas Variáveis – o exemplo não mencionou nada sobre o não pagamento de 
comissão de vendas. Neste caso, haverá comissão também sobre o pedido especial. A 
maneira mais fácil de realizar este cálculo quando a comissão é apresentada em 
percentual, é achar direto a nova comissão total diante da nova Receita de R$ 
340.000. Assim, 6% de R$ 340.000 irá fornecer o valor final da nova Receita que é 
de R$ 6.800. 
 
 
 
25 
 A empresa tem capacidade ociosa e irá atender o pedido especial sem que haja 
alteração em seus gastos fixos. Assim, repito os valores dos Custos Fixos e das 
Despesas Fixas. 
 
 Respondendo a pergunta (a), vale apena para a empresa aceitar o pedido especial 
tendo em vista que o seu resultado irá passar de R$ 124.000 para R$ 143.200. A 
pergunta (b) já foi respondida com a montagem do quadro. 
 
Exemplo 2: Uma empresa tem a capacidade anual de 2.400 unidades. Sua previsão 
de operações para este ano para 2.000 unidades é a seguinte: 
 
 
 
Calcule: Se a empresa aceitasse um pedido especial de 200 unidades ao preço de 
venda de R$ 19 cada, o que aconteceria com o lucro líquido total previsto do ano? 
 
 O exemplo NÃO solicitou a comparação com e sem as unidades adicionais utilizando a 
Demonstração de Resultado pelo Método Variável. Nem foi fornecido no exemplo uma 
DRE estruturada. Entretanto, elaboramos todos os cálculos pelo Método Variável para 
facilitar o entendimento. 
 
 
 
26 
 Receita – Repito a Receita para as 2.000 unidades no valor R$ 90.000 e acrescento 
Receita que terei com 200 unidades adicionais, onde o cliente pagará apenas R$ 19 
por cada uma. Assim terei, R$90.000 + R$ 3.800 = R$ 93.800 
 
 
 
 Custos Variáveis – Primeiramente calculo os Custos Variáveis para as 2.000 unidades 
multiplicando pelo Custo Variável unitário de R$ 13. Encontraremos o Custo Variável 
Total de R$ 26.000. 
 
Para montar o quadro com o pedido especial, repito os Custos Variáveis para as 2.000 
unidades no valor R$26.000 e acrescento Custo Variável que terei com apenas 200 
unidades adicionais. Este custo unitário não muda em relação ao pedido especial e já 
está calculado. Assim, teremos R$26.000 + R$ 2.600 = R$28.600 
 
 
 
 Despesas Variáveis – Primeiramente calculo as Despesas Variáveis para as 2.000 
unidades multiplicando a Despesa Variável unitária de R$ 4. Encontraremos a Despesa 
Variável unitária Total de R$ 8.000. 
 
Para montar o quadro com o pedido especial, repito as Despesas Variáveis para as 
2.000 unidades no valor R$8.000 e acrescento a Despesa Variável que terei com 
apenas 200 unidades adicionais. Este valor unitário não muda em relação ao pedido 
especial e já está calculado. Assim, teremos R$ 8.000 + R$ 800 = R$8.800 
 
 
27 
 
 
 A empresa tem capacidade ociosa e irá atender ao pedido especial sem que haja 
alteração em seus gastos fixos. Assim, repito os valores dos Custos Fixos e das 
Despesas Fixas. Respondendo a pergunta: a empresa ao aceitar o pedido especial o seu resultado irá 
passar de R$11.000 para R$ 11.400. 
 
 
6. Comparação entre o Método de Absorção e o método 
Variável 
Quando a quantidade produzida for diferente da quantidade vendida, o 
Resultado apresentado Custeio Absorção será diferente do Resultado apresentado no 
Custeio Variável (Direto). 
Exemplo 1: A Cia VIVA realizou os seguintes gastos referentes a produção de 40.000 
unidades: Custos Fixos R$ 980.000, Custos Variáveis R$ 20 a unidade, Despesas 
Fixas R$ 120.000 e Despesas Variáveis R$ 5 a unidade. Considerando que a empresa 
vendeu 28.000 unidades a R$ 65 a unidade, pede-se: 
 
a) Apresente as Demonstrações de Resultado pelo Custeio por Absorção e pelo 
Custeio Variável. 
b) Pelo Custeio por Absorção, qual o valor do Estoque Final? 
c) Pelo Custeio Variável, qual o valor do Estoque Final? 
 
 
28 
MÉTODO DE CUSTEIO ABSORÇÃO 
 
Passo 1: 
 
Passo 2: 
 
 
 
29 
 
Passo 3: 
 
 
Passo 4: 
 
 
 
 
 
 
 
30 
MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO 
 
 
Passo 1: 
Passo 2: 
 
 
 
 
31 
Passo 3: 
 
Passo 4: 
 
Passo 5: 
 
 
 
 
32 
Passo 6: 
 
Exemplo 2: Durante o mês a Cia VERÃO, realizou os seguintes custos e despesas: 
 
 Custos fixos: R$ 20.000,00 
 Custos Variáveis: R$ 30.000,00 
 Despesas Fixas: R$ 10.000,00 
 Despesas Variáveis: R$ 3,00 unitário 
 
A companhia fabricou no ano, 10.000 unidades do produto S, das quais 6.000 
unidades foram vendidas nesse período, ao preço unitário de R$ 9,00. Com base 
nestes dados, responda as questões abaixo: 
 
a) Qual valor da Margem de Contribuição? 
b) Qual o valor do Lucro Bruto? 
c) Qual valor do Estoque Final pelo Custeio Absorção? 
d) Qual valor do Estoque Final pelo Custeio Variável? 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
MÉTODO DE CUSTEIO ABSORÇÃO 
 
Passo 1: 
 
Passo 2: 
 
 
 
34 
Passo 3: 
 
Passo 4: 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO 
 
 
Passo 1: 
 
Passo 2: 
 
 
 
36 
Passo 3: 
 
Passo 4: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
7. Ponto de equilíbrio 
Ponto de Equilíbrio é aquele nível de operação da empresa nos quais gastos e 
receitas se equivalem, resultando em lucro zero. 
Acima do ponto de equilíbrio a empresa terá lucro e abaixo dele a empresa terá 
prejuízo. 
 Podemos encontrar em quantidade e em valor. 
 O primeiro representa a quantidade mínima que deverá ser vendida pela empresa 
para que não ter nem lucro e nem prejuízo. 
 O segundo corresponde a Receita de Equilíbrio que significa o mínimo de 
Receita que a empresa deverá obter para não ter nem lucro e nem prejuízo. 
 Permite que a gerência avalie o desempenho atual da empresa com relação ao nível 
de operação de lucro zero, alertando-a para a eventual necessidade de medidas 
corretivas urgentes. 
 Planejamento. 
 Visão do relacionamento entre gastos, vendas e volumes (quantidade). 
O ponto de equilíbrio poderá ser encontrado através: 
 Fórmula; 
 Demonstração Contábil; 
 Representação gráfica. 
No ponto de equilíbrio o Lucro é igual a zero então, a quantidade no ponto de 
equilíbrio é igual a : 
 
 
 
 
 
38 
 Para o cálculo da Receita no ponto de equilíbrio: 
Receita no ponto de equilibro = preço unitário x quantidade no ponto de 
equilibrio 
Exemplo 1: A Cia Famosa possui os seguintes dados: 
 
 
 
Pede-se: 
a) Determine o ponto de equilíbrio em quantidade e em valor. 
 
 
Para encontrar a Receita no ponto de equilíbrio: 
Recequil = preço unit. x quantidade no ponto de equilíbrio 
Recequil = R$0,50 x 60.000 
Recequil = R$ 30.000 
 
 
 
 
39 
 
I. Ponto de equilíbrio contábil – É o ponto que estamos vendo até agora, ou seja, a 
quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesa relativos aos 
produtos vendidos. 
II. Ponto de equilíbrio econômico: 
 
 
É a quantidade que iguala a Receita Total com a soma dos custos e despesas 
acrescida da remuneração mínima sobre o capital investido pela empresa. 
O Custo de Oportunidade representa a remuneração que a empresa obteria se 
aplicasse seu capital no mercado financeiro, ao invés de no seu próprio negócio. 
III. Ponto de equilíbrio financeiro: 
 
É a quantidade que iguala a Receita Total com a soma dos custos e despesas 
que representam desembolso financeiro para a empresa. 
Os encargos de depreciação são excluídos no cálculo do PEF por não 
representarem desembolso para a empresa. 
 Exemplo: 
A Cia VINE Ltda apresenta um Preço de Venda unitário para seu produto de R$ 15,00. 
Apresenta, também Gastos Fixos no valor de R$ 100,00 e Gastos Variáveis por 
unidade de R$ 10,00. Considerando ainda a empresa VINE, suponhamos que: 
1. Capital empregado pela empresa: R$ 400,00 
2. Taxa de juros do Mercado: 15% 
3. Custo de Oportunidade = R$ 400,00 x 15% = R$ 60,00 
4. Encargos de Depreciação = R$ 20,00 (estão incluídos nos CF apresentados no valor 
de R$ 100,00) 
 
 
40 
O Ponto de Equilibrio Econômico é encontrado, somando-se o Custo de Oportunidade 
aos custos fixos. 
 
 
 
 
Pode-se generalizar a seguinte relação entre os Pontos de Equilíbrio apresentados: 
PEE > PEC > PEF 
 Assim, o Econômico é maior que o Contábil que é maior que o Financeiro. 
Exercício 2: A companhia Amianto fabrica telhas para todo o Brasil. Cada telha é 
vendida por 8,00, sendo que os gastos são: 
 
 Custos Fixos – R$ 100.000,00 
 Diversos custos variáveis - R$ 3,00 a unidade 
Além disso, considere as seguintes informações: 
 Capital empregado pela empresa: R$ 50.000,00 
 Taxa de juros do Mercado: 9 % 
 Encargos de Depreciação = R$ 100,00 
 
Pede-se o ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico em unidade física e 
monetária. 
 
 
 
 
41 
Exercício 3 : Com base nos dados abaixo, responda as questões a e b. 
 
 Preço unitário = R$ 400/unid. 
 Custo variável unitário = R$ 120 por unid. 
 Despesa variável unitária = R$ 30 por unid. 
 Custo Fixo = R$ 8.000 
 Despesa Fixa = R$ 12.000 
 
Pede-se: 
 
a) Qual a quantidade no ponto de equilíbrio? 
b) Qual o ponto de equilíbrio em valor? 
 
8. Gráfico do Ponto de Equilíbrio 
 
Abaixo se encontra o quadro na integra, após todos os cálculos: 
 
 
Em relação ao comportamento dos valores totais e unitários: 
• Gasto Variável Total - variam na mesma proporção da variação da quantidade 
produzida, em se tratando dos custos variáveis constantes. 
• Gasto Fixo Total – o seu valor é constante pois, independe do volume de atividade. 
• Gasto Variável Unitário – não se modificou, pois cada unidade produzida recebe a 
mesma carga desses custos. 
• Gasto Fixo Unitário – modificou-se, pois é conseqüência da divisão de um valor fixo 
pela quantidade produzida; quanto maior a quantidade, maior a distribuição dos gastos 
fixos entre as unidades produzidas, gerando um gasto fixo unitário cada vez menor. 
 
 
 
42 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Os Gastos fixos podem ser localizados no Gráfico. 
Qde Receita CVT (Custo Variável 
Total) 
CFT (Custo Fixo 
Total) 
CT (Custo Total) 
0 0 0 4.800 4.800 
 
 Na quantidade zero, o valor do Gasto Fixo se iguala ao valor do Gasto Total. 
 O primeiro ponto da reta do Gasto Total (gráfico) é o mesmo valor do Gasto 
Fixo. 
 
 
O gráfico abaixo enfoca na área abaixo do ponto de equilibrio (prejuízo)e na 
área acima do ponto de equilíbrio (lucro): 
 
Acima do ponto de equilíbrio a empresa passa a ter Lucro (área amarela) e 
abaixo do ponto de equilíbrio ela terá prejuízo (área vermelha) 
 
 
43 
 
No gráfico podemos observar a margem de segurança em valor de R$ 1.000 , 
referente a Receita gerada pela empresa (última do gráfico de R$ 6.000) e a Receita 
no ponto de equilíbrio (R$ 5.000). 
A margem de segurança em quantidade é de 100 unidades, baseada na 
subtração da quantidade vendida pela empresa (600 unidades) pela quantidade de 
equilíbrio (500 unidades). 
A Margem de Segurança pode ser definida como o volume de vendas que 
excede às vendas calculadas no ponto de equilíbrio. 
O volume de vendas excedente para analisar a margem de segurança em 
relação ao valor real das vendas: 
Margem de segurança = vendas reais – vendas no ponto de equilíbrio. 
Exercício 1: Assinale a alternativa correta: 
a) Os custos/despesas fixos são fixos por unidade e no total. 
b) Os custos/despesas fixos são variáveis por unidade e fixos no total. 
c) Os custos/despesas variáveis são variáveis por unidade e no total. 
d) Os custos/despesas variáveis são variáveis por unidade e fixos no total. 
e) Nenhuma das alternativas acima. 
 
 
 
 
 
44 
 Exercício 2: 
 
Vejamos um outro exemplo onde o gráfico cartesiano abaixo é a imagem 
geométrica da relação custo x volume x lucro das operações de uma empresa. 
 
 
I) O Ponto de Equilíbrio entre a receita e os custos, em reais e em quantidades, está 
representado pelo(s) segmentos(s): 
 
a) DC do eixo das ordenadas. 
b) ED do eixo das ordenadas. 
c) CB e BA do eixo das ordenadas. 
d) ED e DC do eixo das ordenadas. 
e) ED e DC do eixo das ordenadas; e EF do eixo das abscissas. 
 
 
II) A Margem de Segurança com que uma empresa opera é função do montante de 
receita que ela pode perder até atingir o ponto de equilíbrio. Assim, na situação 
indicada pelo gráfico, a Margem de Segurança está representada, em valores de 
receita, pelo(s) segmento(s) do eixo das ordenadas: 
 
a) CB 
b) DC 
c) ED 
d) CB e BA 
e) ED e DC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 Exercício 3: Suponha que a Guaíba Posters, um pequeno varejista de posters, 
tenha custos operacionais fixos de R$ 3.000,00, que seu preço de venda por unidade 
(poster) seja de R$ 15,00, e seus custos operacionais variáveis sejam de R$ 5,00 por 
unidade. Conforme o gráfico acima, de quantas unidades, aproximadamente, é o ponto 
de equilíbrio da empresa? 
 
 
 
 
9. Lucro para atingir uma determinada quantidade 
 
FÓRMULAS PARA O CÁLCULO DA QUANTIDADE: 
 
 
 
 
Para o Cálculo da Receita será apenas a fórmula abaixo: 
 
Receita = preço unitário x quant. 
 
 Se quiser calcular a Receita total para atingir um determinado Lucro é só usar na 
fórmula a quantidade total para o mesmo Lucro. 
 
 
46 
 Se quiser calcular a Receita total no ponto de equilíbrio é só usar na fórmula a 
quantidade no ponto de equilíbrio. 
 Se quiser calcular a Receita acima do ponto de equilíbrio para atingir um determinado 
Lucro é só usar na fórmula a quantidade acima do ponto de equilíbrio para o mesmo 
Lucro. 
 
 Exercício 1: 
Tomando como base os dados da Cia Famosa abaixo, responda as questões. 
 
a) Qual a quantidade que deverá ser vendida pela empresa para obter um lucro de R$ 
480,00? 
 
b) Qual a Receita que deverá ser obtida pela empresa para ter um lucro de R$ 480,00? 
 
 
 
 
47 
 Exercício 2: 
Tomando como base os dados da Cia Chuva abaixo, responda as questões. 
 
Pede-se: 
a) Qual a quantidade que deverá ser vendida pela empresa para obter um lucro de R$ 
500,00? 
b) Qual a Receita que deverá ser obtida pela empresa para ter um lucro de R$ 500,00? 
c) Com 10.000 unidades, qual o Lucro esperado ? 
 
10. Formação de Preços 
 
 POLÍTICA DE PREÇOS 
 
É um assunto de vital importância, complexidade e responsabilidade o 
estabelecimento de uma política de preços na empresa. Há várias questões 
qualitativas, quantitativas, incertezas e fatos futuros a considerar, além de aspectos 
internos e externos inerentes a empresa. 
Uma política de preço tem relação direta com marketing através da imagem da 
empresa, marca, reputação, posicionamento do produto no mercado, entre outros. 
Além disso, há um impacto no volume produzido e vendido, na capacidade de 
produção e o resultado da empresa. 
O Consumidor recebe várias influências e estímulos para decidir por uma compra. 
Por isso, há a necessidade numa política de preços eficiente questões devem ser 
consideradas: quem decide a compra e como funciona o processo decisório? 
A análise da perspectiva envolve: reações dos consumidores, dos concorrentes, 
hábitos de consumo, aumento da oferta e produtos similares. Tudo isso aumenta a 
complexidade da formação do preço. 
 
 
48 
Conceitos relacionados ao passado devem ser reavaliados, tais como: menor 
oferta, poucos produtos similares, consumidores menos exigentes, menor 
concorrência, proteções de mercado, demanda aquecida, composição do custo, dentre 
outros. Até o que foi considerado, deverá ser reavaliado. 
Uma política de preços representa um desafio aos hábitos, usos e costumes. O 
foco poderá ser conservador, agressivo, defensivo, em busca de novos mercados, 
dentre outros. 
O preço é um fator decisivo na escolha de um produto e para a decisão de 
compra. Esta questão acentua-se com o aumento da oferta, pelo grau de exigência e 
pelo aumento do poder de negociação do consumidor. 
Para estabelecer preços e uma política adequada requer métodos e processos 
bem estruturados e definidos. 
 
 OBJETIVO E BASE PARA FIXAÇÃO DO PREÇO 
 
 Objetivo do Preço 
 
A fixação do preço é um aspecto importante em uma empresa e poderá ser 
determinante para a sua continuidade. 
Os principais objetivos em relação a formação de preços: 
 Longo Prazo: preços voltados a perpetuidade da empresa. 
 Curto Prazo: somente deverão ser aplicadas em condições especiais. 
 Aumento na participação do mercado: a Receita e o Lucro da empresa 
(Receita – Gastos) deverão ser maximizados. 
 Maximizar a capacidade produtiva: os preços devem levar em 
consideração a capacidade produtiva da empresa. Preços baixos podem 
ocasionar elevação de vendas e o comprometimento da qualidade no 
atendimento ou prazo de entrega. Preços elevados ocasionam diminuição das 
vendas e aumento da ociosidade na produção e de pessoal. 
 
 
49 
 Maximizar o capital empregado: o retorno do capital investido vem 
através do Lucro gerado pela empresa. Somente com a adequada fixação do 
fixo, o retorno desejado poderá ser auferido. 
 
Base para a Fixação do Preço 
 
Para a definição de preços podem ser basear em três processos diferentes: 
a) Base nos Custos 
 
Representa o valor do custo acrescido com algum valor ou percentual. Por 
exemplo, uma empresa apresenta uma proposta de serviço e uma margem de lucro é 
acrescida a proposta. Um ponto forte a este processo é a simplicidade. Não são 
levados em conta vários fatores como a demanda e ao mercado consumidor 
(concorrência). Por exemplo, uma empresa possui o seguinte planejamento: 
 Quantidade produzida: 10.000 unidades 
 Custo Fixo Mensal: 50.000,00 
 Custo Variável unitário: 8,00 
O custo total representa o custo fixo e o custo variável ( 50.000,00 + 8 x 
10.000,00) igual a 130.000,00. 
O custo unitário é a divisão do custo total pela quantidade produzida:130.000,00 
por 10.000 iguais a 13,00. 
Acrescentando o multiplicador de 1,50 sobre o custo unitário de 13,00 temos o 
preço de 19,50. 
No entanto, o mercado está praticando o valor entre 18,00 e 21,00 para 
produtos similares. 
E se a empresa produzir 5.000 unidades ao invés das 10.000 projetadas 
inicialmente? Refazendo os cálculos iniciais tempos a nova realidade: 
O custo total representa o custo fixo e o custo variável ( 50.000,00 + 8 x 
5.000,00) igual a 90.000,00. 
 
 
50 
O custo unitário é a divisão do custo total pela quantidade produzida: 90.000,00 
por 5.000 iguais a 18,00. 
Acrescentando o multiplicador de 1,50 sobre o custo unitário de 18,00 temos o 
preço de 27,00. 
Na segunda situação, temos um preço bem acima do praticado pelo mercado. 
b) Base no consumidor 
 
Nesta metodologia empregam a percepção que os consumidores têm o valor do 
produto e não o custo do vendedor. Por exemplo, o consumidor pagar R$ 400,00 na 
roupa de uma determinada marca e R$ 50,00 na mesma roupa sem a referida marca. 
c) Base na concorrência 
 
Nesta metodologia as empresas prestam pouca atenção em seus custos e em 
sua demanda. A concorrência determina o preço que será praticado podendo ser de 
oferta (a empresa possui um preço aproximado aos seus concorrentes) ou de proposta 
( os preços são baseados por como os concorrentes irão fixar seus preços). 
MARK-UP NA FORMAÇÃO DE PREÇO 
 Conceitos Iniciais para a Formação de Preços 
Neste tópico iremos apresentar uma abordagem quantitativa da formação de 
preços através da utilização do Mark-up. Para tanto, vamos conhecer os componentes 
do preço. 
 
 
 
 
 
 
LUCROS 
IMPOSTOS 
DESPESAS 
CUSTOS 
PREÇO 
GASTOS 
 
 
51 
O preço pode ser apresentado em função de seus quatro componentes 
caracterizados na figura acima onde: 
 
 Os custos (que correspondem aos gastos produtivos ou incorporados no 
produto) 
 As despesas (que correspondem aos gastos não incorporados ao estoque 
dos produtos, representando gastos comerciais ou de vendas, 
administrativos ou financeiros), 
 Os impostos (diversos são os tributos incidentes sobre o preço, como o 
Impostos sobre o Produto Industrializado – IPI - ,o Imposto sobre 
circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS –, o Programa de Integração 
Social – PIS –, e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade 
Social – COFINS) e o lucro (que representa a remuneração do 
empresário). 
 
É importante considerar os custos na definição dos preços de venda, sendo que 
os principais métodos aplicáveis no processo de formação de preços com base nos 
custos costumam empregar os seguintes fatores: 
 Custo pleno; 
 Custo de transformação; 
 Custo marginal; e 
 A taxa de retorno exigida sobre o capital investido. 
 
Aplicação do Mark-up na Formação de Preço 
O Mark-up ou taxa de marcação como é também conhecido, é um multiplicador 
aplicado sobre os gastos de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. A 
taxa demarcação pode ser empregada de diferentes formas: 
 Sobre os custos diretos; 
 Sobre os custos variáveis; 
 Sobre os custos totais (custos diretos e custos indiretos);e 
 Sobre os gastos variáveis (Custo/Despesas Variáveis). 
 
 
 
52 
Esse multiplicador é obtido através de uma fórmula que considera os quatro 
componentes do preço: custos, despesas, impostos e lucros. É um índice muito 
utilizado para precificação, sendo mais comum a sua utilização em operações 
comerciais. 
Segundo o autor Bruni (2006), o processo envolvido na aplicação das taxas de 
marcação inicia-se com a definição de uma base que será empregada na formação dos 
preços. Esta base costuma ser representada pelos custos diretos. Os outros 
componentes do preço, como os custos indiretos, as despesas e os impostos e lucros 
são incorporados na taxa de marcação. 
A Figura a seguir apresenta a composição do Mark-up: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Bruni, 2006, p. 237 
 
 
 
 
IMPOSTOS 
LUCRO 
DESPESAS 
CUSTOS 
INDIRETOS 
CUSTOS 
DIRETOS 
BASE TAXA DE 
MARCAÇÃO 
PREÇO 
X = 
 
 
53 
Como pode ser visto, a taxa de marcação é um multiplicador aplicado a uma 
base, que neste caso são os custos diretos, que possibilita a obtenção do preço de 
venda. Caso a base fosse composta pelos custos totais (Custos diretos e indiretos), na 
taxa de marcação só estariam inseridos o lucro, os impostos e as despesas, conforme 
mostra a figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os componentes que não estiverem inseridos na base devem ser apresentados 
na forma de percentuais sobre os preços. 
Portanto, podemos encontrar o preço utilizando a seguinte fórmula: 
 
 
 1 
 (1 – Soma %) 
 
 
 
 
IMPOSTOS 
LUCRO 
DESPESAS 
CUSTOS 
DIRETOS E 
INDIRETOS BASE TAXA DE 
MARCAÇÃO 
PREÇO X = 
PREÇO = BASE X 
MARK-UP (Taxa de Marcação) 
 
 
54 
 
Sendo a composição da soma demonstrada na figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, caso queira calcular apenas a taxa de marcação ou Mark-up é só utilizar 
aparte azul da fórmula: 
 1 
 (1 – Soma %) 
 
 
 
Para fixar o preço com base no mark-up é só multiplicar a taxa encontrada pela 
base, ou seja utilizar a fórmula completa. 
Veremos agora um exemplo resolvido de cálculo do Mark-up: Uma revendedora 
de roupas deseja aplicar um mark-up considerando ICMS igual a 18%,comissão igual a 
4%, despesas iguais a 23% e margem de lucro igual a 15%. Qual o valor da taxa de 
marcação que ela deve usar? 
 
Primeiro, vamos encontrar as somas dos percentuais dos impostos, lucros e despesas: 
 
Soma % = 18% + 4% + 23% + 15% 
LUCRO 
IMPOSTOS 
DESPESAS 
FATURAMENTO 
% 
% 
% 
MARK-UP (Taxa de Marcação) 
 
 
55 
Soma % = 60% 
 
Em seguida aplicaremos o percentual de 60 % na fórmula do Mark-Up = 1 / (1 – Soma 
%), onde teremos: 
 
Mark-Up = 1/(1-0,60) 
Mark-Up = 2,50 
 
Vejamos a aplicação do Mark-up para calcular preço (base custos diretos): 
 
Se os custos diretos para a fabricação de determinado produto somam R$ 50,00, 
aplicando essa taxa de marcação, qual será o preço de venda do mesmo? 
 
Preço = Base x Mark-up Preço 
Preço = R$ 50,00 x 2,50 
Preço = R$ 125,00 
 
FÓRMULA DIRETA PARA O CÁLCULO DO PREÇO: 
 
Preço = 50 x 1 _ 
 (1-0,60) 
 
Preço = 50 x 1 _ 
 0,40 
 
Preço = 50 x 2,50 
Preço = 125,00 
 
 
56 
 
Esta é a base mais comumente utilizada, onde o Mark-up tem a finalidade de 
cobrir contas não consideradas no custo: impostos sobre vendas; taxas variáveis sobre 
vendas; despesas administrativas fixas; despesas de vendas fixas; custos indiretos 
fixos; e o lucro desejado pela empresa. 
Vejamos um exemplo para melhor fixação: 
A empresa RIOS compra e revende roupas. Sabendo-se que a empresa desejaria 
obter um lucro igual a 20% do preço de venda, qual seria o preço praticado sabendo-
se que: 
 Custo de aquisição das roupas de R$ 340,00 
 ICMS de9% 
 Comissão de vendas de 10% 
 Despesas Fixas de 31% 
RESOLUÇÃO: 
 
 
 1 
 (1 – Soma %) 
 
 
Primeiro, vamos encontrar as somas dos percentuais dos impostos, lucros e despesas: 
 
Soma % = 9% + 20% + 10% + 31% 
Soma % = 70% 
 
Em seguida aplicaremos o percentual de 70 % na fórmula do Mark-Up = 1 / (1 – Soma 
%), onde teremos: 
PREÇO = BASE X 
MARK-UP (Taxa de Marcação) 
 
 
57 
 
Mark-Up = 1/(1-0,70) 
Mark-Up = 3,33 
 
Vejamos a aplicação do Mark-up para calcular preço (base custos diretos): 
Preço = Base x Mark-up Preço 
Preço = R$ 340,00 x 3,33 
Preço = R$ 1.133,33 
 
 
 
 
 
FÓRMULA DIRETA PARA O CÁLCULO DO PREÇO: 
 
Preço = 340 x 1 _ 
 (1-0,70) 
 
Preço = 340 x 1 _ 
 0,30 
 
Preço = 340 x 3,33 
Preço = 1.133,33 
 
 
58

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