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Casos corrigidos Empresarial III 1 ao 16 AV2

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1 - Carolina emitiu três cheques nominais, em favor de Móveis Nova Iorque Ltda.. Os títulos foram endossados pelo tomador em favor de Bacuri Fomento Mercantil Ltda. Vinte dias após a emissão dos títulos, a faturizadora apresentou os cheques ao sacado e este informou que havia ordem de sustação promovida pela emitente dentro do prazo de apresentação, fato este que impossibilitava o pagamento. Tentando uma cobrança amigável da devedora, o advogado da faturizadora procurou-a para receber o pagamento ou obter o cancelamento da ordem de sustação. Carolina se recusou a efetuar o pagamento ou cancelar a sustação, argumentando que os cheques foram emitidos em razão da aquisição de móveis, mas como não ficou satisfeita com a qualidade do produto, resolveu sustar o pagamento, sendo tal justificativa eficaz tanto para o endossante quanto para o endossatário. 
O advogado da faturizadora, insatisfeito com os argumentos da emitente do cheque, prepara petição inicial de ação executiva por título extrajudicial e, nas razões jurídicas da peça, tecerá argumentos para sustentar a legalidade da pretensão de seu cliente com base na teoria e legislação sobre títulos de crédito. 
Com base na hipótese apresentada, responda: 
Considerando os princípios da cartularidade, literalidade, autonomia e abstração, presentes nos títulos de crédito, qual deles pode ser utilizado pelo advogado para refutar o argumento apresentado por Carolina para o não pagamento dos cheques? Justifique.
Resposta: O advogado pode usar o Princípio da Autonomia, que diz que cada relação jurídica é independente, no caso houve a transferência do cheque via endosso.
Na transferência do cheque via endosso observamos também o Princípio da Abstração com relação à causa da emissão do cheque ou aquela que determinou a transferência anterior, princípio este que representa a desvinculação do negócio jurídico que lhe deu origem, ou seja,
Passando o título por endosso ao endossatário os vícios e questões do negócio entre as partes anteriores não podem ser opostos ao portador atual, no caso do cheque, a não ser que esteja de má-fé ou se tratar de vício de forma. Se no caso concreto houvesse má-fé da parte da loja de móveis, justificaria a sustação do cheque, se por exemplo não entregasse a mercadoria, mas no caso o que houve foi uma insatisfação de Carolina com relação á qualidade do produto, ou seja, uma exceção pessoal oponível, que não pode ser alegada para a faturizadora tendo em vista o caráter abstrato e não causal da natureza do cheque em relação a sua origem. (art. 25 da Lei do Cheque 7357/85)
2 - Pedro emitiu uma nota promissória em favor de Carlos, que circulou através de diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor original. Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré-executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos. 
1. A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa? 
Resposta; Não, pois quando o endossante opõe sua assinatura no título está vinculando sua obrigação de pagar como garantidor do crédito, segundo o princípio da Autonomia em que cada obrigação é autônoma com relação às demais independente da situação do obrigado, além o Princípio da Inoponibilidade das Exceções Pessoais onde qualquer questão pessoal dos obrigados não pode ser alegada como defesa.
2. Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em tela. 
Resposta: Princípio da Inoponibilidde das Exceções Pessoais, Subprincípio do Princípio da Autonomia. E o Princípio da Autonomia em si. (art. 77 c/c 7 e 17, anexo I, do Decreto 57663/66)
3 - Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, nas suas operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude da alta taxa de inadimplência. Procura você para consulta acerca das diferenças básicas entre tais títulos. 
Responda ao consulente de acordo com as classificações dos títulos de crédito. 
Resposta: 
Quanto à Estrutura o Cheque é uma Ordem de Pagamento e quanto a Duplicata Mercantil existe uma controvérsia doutrinária se seria Ordem ou Promessa de Pagamento.
Quanto às Hipóteses de Emissão o Cheque é um título não causal porque não está vinculado a uma situação específica em sua emissão e a Duplicata Mercantil é um título causal pois nasce obrigatoriamente ou da compra e venda mercantil ou prestação de serviço.
Quanto ao Modelo tanto o cheque como a Duplicata são títulos de modelo Vinculado, ou seja, padronizado, seguindo um modelo determinado por um órgão.
Quanto à Circulação o Cheque pode ter todas as opções: á ordem, não á ordem, nominativo e ao portador, enquanto que a Duplicata vai ser um título de crédito nominativo à ordem.
Quanto a possibilidade de substituir o cheque por duplicatas não é possível porque a Duplicata por ser um título causal quanto a sua emissão, só pode ser usada em venda de atacado e no caso o empresário trabalha com venda a varejo, ele poderia continuar com o Cheque ou usar a Nota Promissório ou a Letra de Câmbio.
4 - Mário comprou de Fernanda um apartamento no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) que, com o crédito venda de seu imóvel, também comprou um apartamento, pelo mesmo valor, de seu amigo Carlos. Por ter ouvido falar em um título capaz de vincular todas as partes, Fernanda lhe procura para prestar as seguintes orientações: 
1. É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular Mário ao pagamento e ainda assim dar garantia a Cardoso? 
Resposta: No caso em questão o uso de uma Letra de Câmbio teria os seguintes elementos pessoais, o sacador seria Fernanda, o Sacado seria Mário e o Tomador seria Carlos. Tendo a Letra de câmbio quanto a sua estrutura uma natureza de Ordem de Pagamento, onde o Sacador Fernanda deve ao Tomador Carlos e o sacado Mário deve ao Sacador Fernanda, logo se o Sacado Fernanda ordena que o Sacador Mário pague o valor que é o mesmo ao Tomador Carlos cumpre a obrigação e as duas relações jurídicas ficam resolvidas.
2. Por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos requisitos necessários para validade do título em tela. 
Resposta: Os requisitos para validar uma Letra de Câmbio são:
Comuns – art. 104 do CC: Agente capaz, Objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e Forma prescrita e não defesa em lei.
Específicos – art. 1°, anexo I do Decreto 57663/66: a palavra Letra no texto do título e na língua empregada, mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada (a sua ordem), o nome do sacado (o que deve pagar), a época do pagamento, ao lugar onde se deve efetuar o pagamento, o nome do tomador (beneficiário a quem se deve pagar), data e lugar onde a letra é passada e a assinatura do sacador (emitente).
Supríveis (sua ausência não invalida a letra) – art. 2°, anexo I do Decreto 57663/66: o vencimento (se não tiver data será considerado pagamento à vista), lugar do pagamento (se não tiver considera o local ao lado do nome do sacado, ou seja, o domicílio do sacado será o lugar do pagamento, obrigação quesível) e o lugar da emissão (se não tiver considera o lugar ao lado do nome do sacador, ou seja o domicílio do sacador).
Não supríveis (aqueles cuja ausência invalidaria a letra), contudo a súmula 387 do STF tornou todos os requisitos supríveis, se o credor detentor estiver imbuído de boa-fé antes da cobrança ou do proteste, ele poderá completar as omissões e o que estiver em branco.
5 - João Garcia emite, em 17/10/2010, uma Letra de Câmbio contra José Amaro, em favor de Maria Cardoso, que a endossa a Pedro Barros. O título não tem data de seu vencimento. Diante do caso apresentado, na condição de advogado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Pedro poderá exigir o pagamento da letra de câmbio em face da omissão da data do seu vencimento? 
Sim,porque sendo o vencimento um requisito suprível, ou seja, sua ausência não invalida a letra, faz considera-lo como pagável à vista. Pedro poderá exigir o pagamento até o prazo de um ano a contar de emissão do título, ultrapassando o prazo de um ano o portador da letra só terá direito de ação contra o devedor principal. (Art. 33 e 53, anexo I do Decreto 57663/66).
b) Que efeitos podem ser verificados com a transmissão do título por meio do endosso? 
O endosso como regra geral transmite não somente a titularidade, propriedade do título, mas também todos os direitos emergentes da letra, mas se passado o prazo de um ano para apresentação do pagamento, o portador apenas terá direito de ação contra o devedor principal. (art. 14 e 53, anexo I do Decreto 57663/66).
6 - Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, uma TV de 32 polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de R$ 1.280,00. Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se de ser beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de R$ 1.000,00, com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem como endossar a aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, na qualidade de endossatária, procurar Mário Sérgio, o sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio, Maria concordou com as condições oferecidas e, uma semana depois, em 16 de novembro de 2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de João da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que Mário Sérgio só aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse era o valor devido a José. Sem saber como proceder dali em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com algumas indagações. 
Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado a pagar o valor total da letra de câmbio? 
Sim é valido, no caso trata-se de um aceite parcial limitativo porque o sacado recolhesse apenas uma parte da dívida. (art. 26, I , LUG)
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título? 
O emitente sacador é responsável por todo o valor do título e ele garante tanto a aceitação com o pagamento do valor da letra . (art. 9, I da LUG)
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao pagamento? 
Como houve uma recusa do aceite parcial de pagamento, vai ser necessário protestar o título para comprovar a falta do aceite (art. 44, I da LUG) e aí posteriormente uma Ação de Cobrança.
7 – Alan saca uma letra de câmbio contra Bernardo, tendo como beneficiário Carlos. Antes do vencimento e da apresentação para aceite, Carlos endossa em preto a letra para Eduardo, que, na mesma data, a endossa em preto para Fabiana. De posse do título, Fabiana verifica que na face anterior da letra há a assinatura de Gabriel, sem que seja discriminada a sua responsabilidade cambiária. 
Com base nessa questão, responda aos itens a seguir. 
A) Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário? 
Trata-se de um endosso em branco que corresponde a um aval em branco, pois o aval é considerado pela simples assinatura do dador na face anterior da letra (não sendo esta a assinatura do sacado ou sacador será a do avalista).
Logo Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário da letra, já que houve a concessão do aval em branco, cumpre ressaltar que o aval em branco dado por Gabriel é considerado outorgado ao sacador. (art. 31, anexo I do Decreto 57.663/66).
B) Caso Fabiana venha a cobrar o título de Gabriel e ele lhe pague, poderia este demandar Eduardo em ação cambial regressiva? Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
Não, porque Eduardo é Endossante, portanto obrigado posterior ao avalista do sacador que é o Gabriel. O pagamento feito pelo avalista do sacador desonera os coobrigados posteriores, dentre eles os endossantes (art. 32, anexo I da LUG e art. 24 caput do Decreto 2044/1908).
8 - Na cidade de Malta, uma nota promissória foi emitida por João em benefício de Maria. A beneficiária, Maria, transfere o título para Pedro, inserindo no endosso a cláusula proibitiva de novo endosso. Em função de acordos empresariais, Pedro realiza novo endosso para Henrique, e este um último endosso, sem garantia, para Júlia. Com base no caso apresentado, responda aos questionamentos a seguir, indicando os fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
A) Júlia poderia ajuizar ação cambial para receber o valor contido na nota promissória? Em caso positivo, quais seriam os legitimados passivos na ação cambial? 
Sim, Julia poderia ajuizar Ação Cambial, pois a cláusula de proibição do novo endosso não impede a circulação futura da Nota Promissória, sendo possível seu endosso à terceiro, acontece que fica afastada a responsabilidade cambiária do endossante em relação aos portadores posteriores ao seu endossatário.
O endosso com cláusula proibitiva feito por Maria e o posterior feito por Pedro são válidos, contudo Julia poderá cobrar dos devedores João e Pedro, mas não poderá cobrar de Maria, pois esta só responderá pelo seu endossatário Pedro.
Júlia não poderá cobrar de Henrique pois este realizou o endosso sem garantia.
B) Caso Pedro pague o valor da nota promissória a Henrique e receba o título quitado deste, como e de quem Pedro poderá exigir o valor pago?
Pedro poderá ajuizar Ação de Regresso Cambial por falta de pagamento contra Maria e João.
9 - Lauro emitiu uma nota promissória com vencimento a dia certo em favor da sociedade empresária W Corretora de Imóveis Ltda. Embora o título esteja assinado pelo emitente, nele não constam a data e o lugar de emissão. Há cláusula de juros remuneratórios, com fixação de taxa anual de 12%. Antes do vencimento, o título recebeu aval em branco prestado por Pedro, irmão de Lauro. Sendo certo que os dados omitidos na nota promissória não foram preenchidos pela sociedade empresária antes da cobrança judicial. Analise a questão com base no estudo do Direito Cambiário.
Com base no art. 76, anexo I da LUG o avalista poderá alegar vício de forma como exceção ao pagamento perante a sociedade, tendo em vista que a data de emissão do título não é requisito suprível.
Na NP alguns dados omitidos são tidos como supríveis, conforme o art 76, anexo I da LUG, a data do pagamento, por exemplo, se não estiver expressa será considerada como à vista, bem como o lugar da emissão que se não expresso será considerado o mesmo do lugar do pagamento e ao mesmo tempo o lugar do domicílio do subscritor da NP. Porém a data de emissão do título não e suprível.
10 - João da Silva sacou um cheque no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), em 26 de março de 2012, para pagar a última parcela de um empréstimo feito por seu primo Benedito Souza, beneficiário da cártula. A praça de emissão é a cidade "X", Estado de Santa Catarina, e a praça de pagamento a cidade "Y", Estado do Rio Grande do Sul. O beneficiário endossou o cheque para Dilermando de Aguiar, no dia 15 de agosto de 2012, tendo lançado no endosso, além de sua assinatura, a data e a menção de que se tratava de pagamento "pro solvendo", isto é, sem efeito novativo do negócio que motivou a transferência. No dia 25 de agosto de 2012 o cheque foi apresentado ao sacado, mas o pagamento não foi feito em razão do encerramento da conta do sacador em 20 de agosto de 2012. Considerando os fatos e as informações acima, responda aos seguintes itens. 
A) O endossatário pode promover a execução do cheque em face de João da Silva e de Benedito Souza? Justifique com amparo legal. 
Com relação a João da Silva sim pode, mas não pode promover ação de execução em face de Benedito Souzauma vez que o endosso para Dilermando de Aguiar ocorreu após o prazo de apresentação e como tal tem efeito de cessão de crédito.
Benedito não pode ser acionado porque o cheque não foi apresentado objetivando o pagamento no prazo legal, ou seja, 60 dias, logo o portador não poderá executar o endossante.
B) Diante da prova do não pagamento do cheque é possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque por Benedito Souza? Justifique com amparo legal.
Sim, porque o endosso efetuado foi em caráter pró solvendo, sem efeito novativo e assim, salvo prova de novação, a emissão ou a transferência do cheque não exclui ação fundada na relação causal feita a prova do não pagamento.
11 - Aragominas Jardinagem e Paisagismo Ltda. EPP sacou duplicata de prestação de serviços à vista em face de Bernardo Sayão no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). O título foi endossado antes da apresentação a pagamento para o Banco Filadélfia S.A. Na data da apresentação ao sacado, para pagamento, este solicitou prorrogação da apresentação por dois meses, o que foi aceito pelo credor. Foi firmada declaração escrita na duplicata, assinada por mandatário do endossatário com poderes especiais, concedendo a referida prorrogação. O sacado não efetuou o pagamento da duplicata na data acordada. O endossatário exigiu o pagamento do endossante, que se recusou a fazê-lo alegando que não anuiu com a prorrogação do vencimento, fato inconteste.
A) Sendo certo que o endosso em favor do Banco Filadélfia é translativo e não houve aposição de cláusula sem garantia, é cabível a exceção ao pagamento apresentada? 
Sim, porque em caso de prorrogação do prazo de vencimento, para manter a coobrigação do endossante é preciso a anuência expressa deste, o que não houve no caso concreto.
B) A anuência com a prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, firmada por mandatário com poderes especiais, poderia ser invalidada por não ter sido dada pelo próprio credor?
Não, a declaração autorizando a prorrogação do prazo de vencimento também pode ser firmada pelo representante com poderes especiais.
12 - Quanto a contratos mercantis, Julgue os itens abaixo: 
FALSO - (A) Os contratos serão considerados mercantis quando pelo menos um dos contratantes for empresário. Esses contratos podem ser regulados por dois regimes jurídicos, o Código Civil, quando as duas partes estiverem em posição de igualdade, ou o CDC, quando uma das partes estiver em situação de vulnerabilidade econômica em relação à outra. Não se aplica o CDC, é uma relação entre dois empresários, o comprador é um empresário que vai comprar no atacado e vender no varejo fazendo a mercadoria circular.
FALSO - (B) No contrato de prestação de serviços, se o serviço for prestado por quem não possua título de habilitação ou não satisfaça requisitos estabelecidos em lei, não poderá o prestador cobrar a retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado, mas, se da prestação dos serviços resultar benefício para a parte contratante, o juiz atribuirá a quem o prestou uma compensação razoável, ainda que tenha ocultado dolosamente sua falta de habilitação. Isso ocorre porque o direito repudia o enriquecimento sem causa. Uma vez que prestou o serviço tem que receber.
FALSO - (C) No contrato de compra e venda mercantil, é defeso às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, ainda que estes sejam suscetíveis de determinação objetiva. Regra de compara e venda pura e simples, as partes acordam preço, a coisa e as condições, ou seja, as partes podem pactuar. Exceção o contrato internacional por dólar.
VERDADEIRO - (D) No contrato de leasing, uma pessoa jurídica é proprietária de um bem de interesse de seu cliente e, em seguida, transfere a posse direta desse bem ao interessado mediante pagamento periódico de certo valor, por um prazo previamente determinado. Ao final desse prazo, aquele que usufrui o bem pode optar por renovar o contrato por igual prazo, adquirir o bem em definitivo, mediante pagamento de certo valor residual previamente definido, ou simplesmente devolver o bem. Leasing ou arrendamento mercantil, característica é a tríplice opção, o arrendatário no final do contrato pode devolver o bem, renovar o contrato ou optar pela compra do bem pagando o valor residual.
13 - Contrato oneroso, em que alguém assume, em caráter profissional e sem vínculo de dependência, a obrigação de promover, em nome de outrem, mediante retribuição, a efetivação de certos negócios, em determinado território ou zona de mercado. A definição acima corresponde a que tipo de contrato empresarial? Analise de acordo com a Legislação vigente.
Corresponde ao Contrato de Agência ou de Representação, art. 710 do CC.
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada.
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão dos contratos.
14 - Uma sociedade empresária, com problemas em capital de giro, celebra com uma outra sociedade empresária, financeira não banco, contrato de antecipação de crédito, mediante entrega dos títulos emitidos a seu favor, e recebimento antecipado de um percentual do valor de emissão de cada cambial. 
1. Determine a modalidade de contrato celebrado. 
Se é financeira e não banco, se trata de Contrato de Fomento Mercantil, ou seja, Factory.
2. Em caso de inadimplência do título pelo devedor principal, a financeira poderá cobrar o valor da sociedade empresária?
 
Não, porque a faturizadora assume os riscos do negócio e vai cobrar apenas o devedor principal.
15 - Silva Jardim é sócio minoritário da Companhia Saquarema de Transportes de Carga, com sede em Volta Redonda/RJ. Em razão de dificuldades financeiras, a sociedade empresária recebeu empréstimo no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) de Silva Jardim, com pagamento integral após dois anos da data da transferência do crédito. A taxa de juros remuneratórios pactuada é de 12% ao ano. Com escopo de garantia do pagamento do mútuo, a companhia transferiu ao credor dois caminhões de sua propriedade, sob condição resolutiva do adimplemento. Também foi estabelecido pacto comissório em favor de Silva Jardim, em caso de não pagamento da dívida no vencimento. Ao tomar conhecimento da celebração do contrato, o sócio Cardoso suscita a nulidade do pacto comissório em assembleia geral ordinária da companhia. 
Com base na hipótese narrada, responda aos itens a seguir. 
A) Tem razão o sócio Cardoso em considerar nulo o pacto comissório? 
Sim, já que o pacto comissório consiste em cláusula que autoriza o credor a ficar com o bem se a dívida não for paga no vencimento. Com se refere à propriedade fiduciária disciplinada pelo Cod. Civil é nula tal cláusula. O fiduciário deverá vender judicial ou extrajudicialmente a coisa a terceiro. 
B) O contrato que instituiu o gravame sobre os caminhões em favor do credor deve ser levado ao Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor para sua validade?
Não, para sua validade não. O registro no RTD do documento que instituiu o direito real de aquisição sobre o caminhão não é requisito de validade do negócio jurídico pactuado, pois a eficácia depende da anotação no certificado do registro do veículo na repartição competente para o licenciamento.
16 - Uma letra de câmbio foi sacada tendo como beneficiário Carlos e foi aceita. Posteriormente, Carlo s endossou a letra em preto para Débora, que, por sua vez, a endossou em branco para Fábio. Após seu recebimento, Fábio cedeu, mediante tradição, sua letra para Guilherme. Na data do vencimento, a letra não é paga e Guilherme exige o pagamento de Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que endossou a letra de câmbiopara Débora e não para Guilherme e de que Débora é sua devedora, de modo que as dívidas se compensam. Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
A) Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio? Contra quem Guilherme terá direito de ação cambiária? 
Não existe nenhuma irregularidade na cadeia de endosso, logo Guilherme é considerado legítimo da LC podendo promover Ação Cambial em face do sacador, do aceitante e dos endossantes, Carlos e Débora. Fábio não pode ser acionado porque não endossou o título, apenas realizou a transferência do mesmo e pelo Princípio da Literalidade não se obriga com devedor cambiário.
B) A alegação de Carlos é correta?
Não, pois está fundamentada no Princípio da Inoponibiidade das Exceções Pessoais, possível somente com relação á Débora, mas não em face de Guilherme.

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