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Prof. Valdecir Castor Galindo Filho AULA 3 – POTENCIAIS DE AÇÃO E NEUROTRANSMISSÃO SINÁPTICA BIOELETROGÊNESE →CONC EITO: Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana → Propriedade exclusiva de algumas células: - Neurônios; - Células musculares: esqueléticas; lisas; cardíacas. excitabilidade CARGAS ELÉTRICAS Íons importantes para o corpo humano: Na+, K+, H+, Ca++ e Cl-. MEMBRANA PLASMÁTICA E AS CARGAS ELÉTRICAS Não há diferença de potencial elétrico (ddp=0mV) quando os eletrodos está do lado de fora. Quando o eletrodo (vermelho) atravessa a membrana, o voltímetro acusa a existência de uma DDP de 60mV sendo que a face interna da membrana citoplasmática é negativa em relação à externa . Se o neurônio for estimulado (com corrente elétrica), o voltímetro registrará respostas de alteração transitória do potencial de membrana, seja em forma de ondas de despolarização de baixa amplitude ou na forma de um potencial de ação, conforme a intensidade do estimulo . Despolarização Potencial de ação Extracelular Intracelular CARGAS ELÉTRICAS NOS COMPARTIMENTOS INTRACELULAR E EXTRACELULAR DISTRIBUIÇÃO TÍPICA DOS ÍONS MAIS FREQÜENTES NOS COMPARTIMENTOS INTRACELUALR E EXTRACELULAR (mmol/l) Íon Intracelular Extracelular Valores normais no plasma K+ 150 5 3,5-5,0 Na+ 2 140 135-145 Cl- 10 105 100-108 Ânions orgânicos 65 0 ** ** Proteínas do plasma (não ionizado) = 60-80 g/l. QUAL A CONSEQÜÊNCIA DA DIFERENÇA DOS ÍOS NOS COMPARTIMENTOS INTRACELULAR E EXTRACELULAR? 1) Ambos os compartimentos não estão em equilíbrio elétrico; 2) Este desequilíbrio corporal é designado diferença de potencial da membrana em repouso. ↗Bomba de Na/K (ou ATPase Na/K dependente). ↗ Se ela for bloqueada por uma droga (oabaina), o gradiente se dissipará. ↗ O gradiente favorece fluxos passivos de íons através da membrana. ↗ No REPOUSO, a permeabilidade da membrana aos íons é diferente: K+ : altamente permeável Na+ : praticamente impermeável Cl- : altamente permeável Ca++ : praticamente impermeável Proteínas eletricamente carregadas: impermeantes COMO O GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO É CRIADO E MANTIDO? Extracelular Intracelular TERMINOLOGIA ASSOCIADAS COM MUDANÇAS NO POTENCIAL DE MEMBRANA TERMINOLOGIA ASSOCIADAS COM MUDANÇAS NO POTENCIAL DE MEMBRANA TERMINOLOGIA ASSOCIADAS COM MUDANÇAS NO POTENCIAL DE MEMBRANA TERMINOLOGIA ASSOCIADAS COM MUDANÇAS NO POTENCIAL DE MEMBRANA TRANSPORTE AXÔNICO DAS ORGANELAS MEMBRANOSAS SINAIS ELÉTRICOS NOS NEURÔNIOS A propriedade única dos neurônios e células musculares que os caracteriza como tecidos excitáveis é sua capacidade de gerar e propagar sinais elétricos. FATORES QUE INFLUENCIAM O POTENCIAL DE MEMBRANA 1) Gradientes de concentração de diferentes íons através da membrana plasmática; 2) Permeabilidade da membrana para estes íons. COMO A CÉLULA MUDA A SUA PERMEABILIDADE AOS ÍONS? A membrana plasmática dos neurônios contém muitos tipos de canais iônicos que se abrem e se fecham em resposta a estímulos específicos. CANAIS IÔNICOS Quando abertos os canais iônicos permitem que íons específicos se movimentem pela membrana plasmática, ao longo de seus GRADIENTES ELETROQUÍMICOS. CANAIS IÔNICOS GRADIENTES QUÍMICO: os íons se movem-se das áreas de maior concentração para as áreas de menor concentração. GRADIENTES ÉLETRICO: cátions carregados positivamente movem-se em direção a uma área carregada negativamente, e ânions carregados negativamente movem-se em direção a uma área carregada positivamente. CANAIS IÔNICOS Os canais iônicos se abrem e se fecham em razão da presença de “comportas”. A comporta é uma parte da proteína do canal que é capaz de selar o poro do canal, fechando-o, ou mover-se para o lado para abrir o poro. CANAIS IÔNICOS Existem quatro tipos de canais iônicos: Canal de vazamento; Canal controlado por ligante; Canal mecanicamente controlado; Canal controlado por voltagem. CANAIS IÔNICOS CANAL DE VAZAMENTO: Se alteram aleatoriamente entre as posições aberta e fechada; Canais de vazamento para o íon K+ do que para o Na+; Canais do íon K+ são mais permeáveis (mais mal vedados) do que os canais para o íon Na+; A permeabilidade para o K+ é maior do que para o Na+. CANAIS IÔNICOS CANAL CONTROLADO POR LIGANTE: Se abrem e se fecham em resposta a um ligante específico; Ligantes químicos: neurotransmissores, hormônios e íons; Acetilcolina abre os canais de cátions que permitem a difusão do Na+ e do C2+ para o interior e do K+ para o exterior. CANAIS IÔNICOS CANAL MECANICAMENTE CONTROLADO: Se abrem e se fecham em resposta a estímulos mecânicos; Relacionados aos neurônios sensoriais (vibração, toque, pressão ou estiramento do tecido; A força tira o canal de sua posição de repouso e abre a comporta. CANAIS IÔNICOS CANAL CONTROLADO POR VOLTAGEM: Se abrem e se fecham em resposta a uma alteração no potencial de membrana (voltagem) plasmática; Participam na geração e condução dos potencias de ação. MODELOS DOS CANAIS DE Na+ VOLTAGEM-DEPENDENTE CANAIS IÔNICOS DESPOLARIZAÇÃO CELULAR O movimento líquido da carga elétrica através da membrana despolariza ou hiperpolariza a célula, criando um sinal elétrico P o t e n c i a l d e a ç ã o d o s n e u r ô n i o s DESPOLARIZAÇÃO CELULAR POTENCIAIS GRADUADOS SUBLIMIAR E SUPRALIMIAR POTENCIAIS DE AÇÃO PERIODOS REFRATÁRIOS CODIFICAÇÃO DA INTRENSIDADE DE ESTÍMULO PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO AO LONGO DO AXÔNIO CONDUÇÃO DOS POTENCIAIS DE AÇÃO CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO Mielina CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO 1) Ponto-a-ponto ou Contínua; 2) Saltatória. TIPOS DE CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO CONDUÇÃO SALTATÓRIA – NÓDULOS DE RANVIER CONDUÇÃO SALTATÓRIA – NÓDULOS DE RANVIER CONDUÇÃO SALTATÓRIA – NÓDULOS DE RANVIER FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CONDUÇÃO FATORES QUÍMICOS QUE ALTERAM A ATIVIDADE ELÉTRICA DAS CÉLULAS EXCITÁVEIS Substâncias químicas podem-se ligar a canais de Na+, K+ ou Ca2+ presentes nas membranas dos neurônios. Neurotoxinas Anestésicos locais: procaína Hipercalemia Hipocalemia CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO Esclerose múltipla A importância da BM pode ser ilustrada pela Esclerose Múltipla, uma patologia auto-imune com reações inflamatórias locais que destroem a bainha de mielina de sítios diversos do SNC e SNP, resultando em redução dramática na velocidade de condução do impulso nervoso. Afeta sistemas sensoriais, motores e cognitivos produzindo vários sinais e sintomas neurológicos. BAINHA DE MIELINA E ESCLEROSE MÚLTIPLA Figura 8: Bainha de mielina normal e danificada SINAPSE ELÉTRICA SINAPSE QUÍMICA TRANSMISSÃO SINÁPTICA Não necessitam de células contíguas (unidas); Possuem um espaço entre as células – FENDA SINÁPTICA; Ocorrem em todo o SNC e SNP; Ocorrem apenas entre neurônios (SNC); Pode ocorrer entre neurônios ou entre uma terminação axônica (neurônio) e uma célula muscular esquelética (SNP). Ex: Junção Neuromuscular. CARACTERÍSTICAS DAS SINAPSES QUÍMICAS TIPOS DE SINAPSES QUÍMICAS CARACTERÍSTICAS: 1. Terminação Pré-sináptica– Botões Pré-Sinápticos; 2. Fenda sináptica; 3. Terminação Pós-sináptica. CARACTERÍSTICAS DAS SINAPSES QUÍMICAS Potencial de ação desce pelo axônio e despolariza o terminal axônico A despolarização abre os canais de Ca2+ voltagem-dependentes e o Ca2+ entra na célula O Ca2+ que entrou induz a exocitose do conteúdo das vesículas sinápticas Os neurotransmissores se difundem através da Fenda sináptica e ligam-se com receptores presentes na membrana da célula pós- sináptica. EVENTOS DA SINAPSE QUÍMICA SINAPSE QUÍMICA NEUROTRANSMISSORES NEUROMODULADORES NEURO-HORMÔNIOS Os neurotransmissores e neuromoduladores atuam como substâncias parácrinas, com células-alvo próximas do neurônio que os secreta. Os neuro-hormônios são secretados dentro do sangue e distribuídos por todo o corpo. NEUROTRANSMISSORES NEUROTRANSMISSORES RECEPTORES PÓS-SINAPTÍCOS 1. Receptor Ionotrópico: O neurotransmissor abre o canal iônico diretamente. Efeito rápido. 2. Receptor Metabotrópico: O neurotransmissor abre o canal iônico indiretamente, necessita de um segundo mensageiro para modificar a excitabilidade do neurônio pós-sináptico. Efeito mais demorado. RESPOSTA RÁPIDA E LENTA DAS CÉLULAS PÓS-SINÁPTICAS SÍNTESE E RECICLAGEM DA ACETILCOLINA NA SINAPSE INATIVAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES VIAS NEURAIS Divergência Convergência PLASTICIDADE SINÁPTICA A modulação da atividade nas sinapses é chamada de plasticidade sináptica. Pode amentar a atividade na sinapse – facilitação ou potenciação. Pode diminuir a atividade – inibição ou depressão. POTENCIAL EXCITATÓRIO (PEPS) Qualquer estímulo que faz um neurônio disparar um potencial de ação é conhecido como estímulo excitatório, gerando um potencial excitatório pós-sináptico (PEPS). Causa despolarização na membrana pós-sináptica. Ex: entrada de Na+. O neurotransmissor é excitatório. PEPS POTENCIAL INIBITÓRIO (PIPS) Um potencial graduado que causa hiperpolarização move o potencial de membrana para mais longe do valor limiar, e faz com que o neurônio fique menos suscetível a desencadear um potencial de ação. Potenciais graduados de hiperpolarização são denominados de potenciais Inibitórios pós-sinápticos (PIPS). Causa hiperpolarização na membrana pós-sináptica. Ex: Entrada de Cl- ou K+. O neurotransmissor é inibitório. PIPS SOMAÇÃO ESPACIAL SOMAÇÃO TEMPORAL REPRISANDO INIBIÇÃO PRÉ-SINÁPTICA E PÓS-SINÁPTICA A transmissão ocorre sem retardo sináptico. São importantes para respostas de natureza rápida (Ex: Respostas reflexas). Ocorrem em todo o SNC e SNP. Ocorrem também no miocárdio, células da glia e células beta do pâncreas. SINAPSES ELÉTRICAS
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