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abordagem tradicional

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Abordagem tradicional dos Estudos de usuários da informação
Perspectiva tradicional: concentra-se no processo de busca, a partir do momento em que o usuário entra em contato com o sistema para uso de determinada informação, omitindo as causas que provocaram esse acontecimento e suas consequências. 
Estudos revelam uma busca por conhecimento dos serviços que os cientistas utilizavam, frequências com que usavam, e características relacionadas ao perfil demográfico do grupo que pertenciam.
Visão atômica do processo de necessidade, busca e uso da informação. 
Objetivo: generalização dos resultado obtidos. 
Ideia era quantificar, descrever e generalizar.
Tratamento estatístico.
Influência positivismo.
Modelo explicativo, tal como nas ciências naturais
Correlação de variáveis e busca do estabelecimento de relações causais.
Verificação pela manipulação de uma ou mais variáveis.
Possibilidade de replicar experimento.
Metodologia: questionário (categorias de perguntas e respostas pré-definidas), dados quantitativos.
Usuário: sujeito que faz uso do sistema, figura passiva. Excluído o seu papel ativo (sujeito cognoscente).
Foco: Centrado no sistema ou no uso da informação.
Informação: "neste cenário, a informação proporcionada pelo sistema estudado era proporcional a realidade externa que correspondia objetivamente com as necessidades informativas internas do usuário“.
Informação como algo objetivo, coisa, mercadoria, reflexo imediato e exato da realidade. Podia ser medida, quantificada, influência do modelo matemático da comunicação. 
Informação existe independente de qualquer processo interpretativo do usuário.
A informação tem mesmo valor para diferentes usuários.
"a informação existe em mundo ordenado que se pode descobrir, definir e medir" 
Paradigma tradicional:
um modelo em que a informação é vista como objetiva e os usuários como processadores de informação; que procura por proposições trans-situacionais sobre a natureza do uso de sistemas de informação; que faz isso enfocando as dimensões externamente observáveis do comportamento. Um estudo gerado dentro desse paradigma frequentemente pesquisa questões que começam com o sistema (...). Centra-se nas perguntas ‘o quê’ 
Variados foram os estudos desenvolvidos ao longo dos anos, a busca com o termos user survey ou user needs demonstra que: 
A LISA (Library and Information Science Abstract) é uma bibliografia corrente que indexa a literatura em Ciência da Informação, publicada em 68 países, em 20 línguas. Nessa bibliografia, a temática “Estudos de Usuários” é uma das mais volumosas.
pesquisa quantitativa caracteriza-se, tanto na fase de coleta de dados quando no seu tratamento, pela utilização de técnicas estáticas.
Nos estudos de usuários a pesquisa quantitativa teve papel preponderante durante as décadas de 40 a 80. 
O seu uso intensivo teve por objetivo garantir uma maior precisão na análise e interpretação dos resultados, tentando, assim, aumentar a margem de confiabilidade quanto às inferências dos resultados encontrados (BAPTISTA; CUNHA, 2007).
Limitações: não contribuem para a identificação das necessidades individuais dos sujeitos, anula aspectos subjetivos da experiência humana.
Os métodos de coleta de dados
Não é a metodologia que determina a pesquisa e sim o problema que se pretende resolver
Variação de métodos quantitativos e qualitativos
Os métodos não são exclusivos, eles tendem para um ou outro modelo
1. Questionário
Lista de questões formuladas pelo P para serem respondidas
Podem ser fechadas ou abertas
Método mais utilizado
Ausência do pesquisador implica em maior cuidado
Com as possibilidades digitais, aumentou muito o uso (qualquer dia/local, pouco tempo para envio e tabulação, permite inclusão de textos, imagem, som)
Vantagens do questionário
Rápida aplicação
Baixo custo
População dispersa
Maior grau de liberdade ao respondente
Menor distorção (menor grau de interpretação)
Dados superficiais (marcam x) 
Dados mais detalhados podem vir questões abertas.
Desvantagens do questionário
Dificuldade de esclarecer dúvidas
Não refletem os problemas e compreensões dos usuários
Terminologia inadequada
Baixo índice de respostas
Difícil saber se resposta foi espontânea
Muitos podem ser invalidados
Exemplo de pesquisa
Comportamento de busca na internet: um estudo exploratório em salas comunitárias
Estudo sobre o comportamento de busca de informação dos usuários das salas de internet existentes em duas instituições numa cidade do interior do estado de São Paulo. 
Estas instituições foram selecionadas por promovem o acesso gratuito à comunidade, contribuindo ativamente ao processo de inclusão digital. 
São elas: SESC (Serviço Social do Comercio) e CDCC (Centro de divulgação científica e cultural), ligado à USP.
 O estudo sobre o comportamento de busca de informação visou identificar a estratégia global de busca empregada, compreendendo a utilização da sintaxe e semântica de busca, as fontes de informação e os usos da internet. 
Em síntese, buscou analisar o "letramento digital" ou a "alfabetização digital" referente a um processo de busca e recuperação da informação, o como desse processo de busca e como avaliam a informação recuperada.
Problema: Como os usuários desses centros de acesso recuperam a informação que necessitam naquele momento? Qual a estratégia de busca empregada por esses usuários?
Modelo teórico - Wilson (1999)
Information behaviour (comportamento informacional): campo mais geral de investigação e relacionado ao comportamento da informação. Inclui a totalidade de fontes e canais de comunicação, incluindo busca de informação passiva (assistir a TV, por exemplo) e ativa (comunicação face a face);
Information seeking-behaviour (comportamento de busca da informação): sub-campo do campo de comportamento informacional, relativo à variedade de métodos que as pessoas empregam para ter acesso Às fontes de informação para atender a uma necessidade de satisfazê-la;
Information searching behaviour (comportamento de busca em sistema de informação): campo menor, relativo às interações entre usuário da informação (com ou sem intermediário) e sistemas de informação computadorizados. 
"A construção desse tipo de modelo facilita a compreensão sobre o objeto de pesquisa, advindo daí a importância da construção de modelos conceituais que, ainda não constituam teorias, são instrumentos válidos e capazes de orientar futuras pesquisas, a fim de auxiliar na elaboração de design de sistemas de informação e de programas de educação para o desenvolvimento de competências informacionais e outras pesquisas". (FURNIVAL, p.7).
Objetivo geral: compreender o comportamento de busca dos usuários das salas de internet comunitárias disponíveis no SESC e CDCC-USP, visando também delinear ainda que minimamente, o perfil desses usuários, a fim de, subsidiar políticas públicas locais que visam incentivar iniciativas de inclusão digital na cidade.
Objetivos específicos: 
identificar qual estratégia de busca global é empregada por este estes usuários;
examinar como tais usuários formulam suas expressões de busca de informação em vista da semântica e sintaxe das expressões;
identificar quais fontes de informação os usuários consultam para interagirem com o sistema;
identificar quantas vezes e como os usuários modificam (ou não) suas expressões de busca;
determinar quais modelos teóricos podem ser aplicados para compreensão dos comportamentos de busca desses grupos de usuários.
Instrumento de coleta de dados: questionário semi-aberto.
Foram aplicados 61 questionários com perguntas fechadas e abertas, sendo 37 no CDCC e 24 no SESC, durante o período de outubro a dezembro de 2005.
Considerações: No CDCC, os usuários foram mais receptivos e dispostos a responder ao questionário, não havendo muitas recusas e, logo, foi possível a aplicação no momento mesmo do acesso à internet. Isso talvez devesse ao fato de que o tempo de permanência
nas máquinas era de 1 hora, e os usuários sentavam em duplas ou trio, criando um ambiente mais informal. No SESC, o tempo de permanência era de 30 mim, período considerado curto para o usuário, assim houveram muitas recusas, levando a aplicação do questionário muitas vezes depois do uso da internet e não durante.
RESULTADOS 
PERFIL DA COMUNIDADE:
Comunidade de usuários predominantemente era de estudantes de 11 a 18 anos.
O SESC promove cursos de inclusão para a 3ºidade, por isso obteve mais respostas deste grupo no SESC.
A presença de adultos no SESC e CDCC, entre 27 e 50 anos, mostrou-se pequena e a coleta de informações junto a eles apontou que usavam a internet principalmente para procurar informações sobre emprego e elaborar currículos.
A presença de mulheres foi maior no CDCC (70%), diferente do SESC em que a presença de homens foi de (75%), possivelmente porque no SESC é permitido aos usuários baixarem jogos da internet, e no CDCC essa prática não é permitida.
GRAU DE ESCOLARIDADE: Predomínio do ensino médio, seguido do ensino fundamental
A ocupação dos usuários foi de mais de 60% só estudam
Entre os usuários que trabalham, observou-se que no SESC, predominou a incidência de profissionais liberais, fato que pode ser compreendido em razão do horário de aplicação dos questionários ter sido realizado durante o período de trabalho.
NO CDCC, 86,4% dos usuários não possuem computador em casa e 13,5% possuem computador. No SESC, a situação foi mais equilibrada: metade dos usuários tem computador em casa. Em ambos os locais, dentre os 17 usuários que possuem computador em casa, 4 usuários não têm acesso a internet. Entre os usuários que possuem internet em casa, foi solicitado, informalmente que dissessem se utilizam-na diariamente. Sete usuários do CDCC, alegaram que em suas casas, seus pais permitem que acessem a internet apenas nos finais de semana.
Verificou-se que os usuários despendem de 1 a 2 horas na internet e tiveram o primeiro acesso à internet entre 2 e 4 anos anteriores à pesquisa.
Contudo, o acesso à internet não foi constante, porque a não havia possibilidade de acesso, segundo o depoimento de 20 respondentes
Os usuários acessam a internet de diferentes locais
A Biblioteca Pública foi citada apenas entre os usuários do CDCC talvez por esta localizar-se na região central da cidade próxima ao CDCC. Dentre os usuários que utilizam locais de acesso à Internet pagos como cybercafés os 7 usuários do SESC que afirmaram frequentar tais locais o faziam devido à possibilidade de baixar jogos da Internet.
Os usuários aprenderam a navegar na internet de 3 formas: 1) ajuda especializada, compreendendo curso de internet, assistência de monitores ou mesmo pela leitura de revistas especializadas no assunto; 2) ajuda informal, relativa ao aprendizado em que o usuário aprende a navegar na rede sozinho ou recebe a dica e auxilio de amigos e familiares; 3) aprenderam de ambas as formas.
Os usuários utilizam a internet predominantemente para pesquisas escolares e interesse pessoal (jogos, informação, curiosidades, passatempo, lazer).
COMPORTAMENTO DE BUSCA DE INFORMAÇÂO DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os usuários consultam de três a quatro fontes de informação. A maioria usa a internet como fonte de informação 
Os usuários iniciam as suas buscas na internet majoritariamente por uma ferramenta de busca. E houve predomínio do Google, Cadê, Yahoo
Ao analisar as expressões de busca que os usuários empregam, averiguou-se que os usuários formulam suas expressões de busca com uma palavra apenas ou com palavras após a outra, sem o uso de conectivos, e recuperam a informação que necessitam com duas expressões de busca.
Os usuários disseram estar satisfeitos com a internet, porque recuperam a informação que necessitam. Pode-se observar que os usuários atribuem às ferramentas de busca e à internet o mérito pela informação recuperada, colocando-se como agentes passivos no processo de busca de informação, isto é, como se a informação estivesse reunida em um só lugar, não sendo de seu responsabilidade a recuperação da informação disponível. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo permite afirmar que os usuários da Internet pesquisados que utilizam salas comunitárias de acesso possuem pouco conhecimento tanto do funcionamento da Internet, quanto de suas diferentes ferramentas e tipos de sites disponibilizados.
Apontou, também, que esses usuários adquirem – principalmente por meio de cursos pagos – as habilidades mínimas para navegar na web, mas que tais habilidades restringem-se a um conjunto muito limitado de estratégias de busca, as quais evidentemente comprometem os resultados da mesma.
Pesquisa de satisfação da Biblioteca
Objetivo: Analisar os pontes fortes e fracos da biblioteca e o grau de satisfação dos usuários. Obteve 685 respostas. Questionário feito no google drive. 
1º pergunta (PERFIL DO USUÁRIO):
Você é:
 Graduação
 Mestrado
 Doutorado
 Técnico administrativo
 Professor
 Especialização
Qual o seu curso?
Com que frequência você visita a Biblioteca do CT?
Você frequenta a biblioteca para:
Quais desses materiais são mais importantes para suas atividades?
Em geral, o livro/revista que você procura na biblioteca:
Os livros disponíveis na biblioteca do CT correspondentes à sua área estão:
O que você faz quando não encontra o livro procurado?
Sobre o horário de funcionamento da biblioteca
Quais desses serviços oferecidos pela biblioteca você conhece?
Como você prefere ser informado sobre os serviços e produtos da biblioteca?
Grau de satisfação em relação ao acervo da Biblioteca:
Grau de satisfação em relação ao espaço físico da biblioteca:
Grau de satisfação com o atendimento oferecido:
NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO DOS VEREADORES DE FLORIANÓPOLIS: estudo de usuário
Objetivo: realizar um estudo das necessidades e usos da informação (estudo sobre o comportamento de busca e uso da informação centrada nas reais necessidades do político catarinense - representado pelos vereadores de Florianópolis).
objetivo específico: traçar o perfil dos vereadores; 
detectar suas reais necessidades de informação; 
verificar as formas de busca e uso da informação; 
averiguar se estes, além de consumidores, são produtores de informação.
Instrumento de coleta de dados: questionário e entrevista.
Universo: 21 vereadores. Esse número constitui a totalidade máxima de vereadores, determinados proporcional ao número de habitantes, pela Constituição Federal, promulgada em 1988.
Grupo de estudo: Políticos -> grupo que demanda grande quantidade de informação para a tomada de decisão, mas são poucos os estudos sobre ele. Representante do povo! Os vereadores são eleitos, mandato de quatro anos, e tem a função de legislar, confeccionar leis de interesse municipal, fiscalizar e controlar os atos do poder executivo.
Necessidade de informação -> carência de informação que o individuo deve suprir para realizar uma pesquisa, para sua educação e atualização pessoal, ou para uma tomada de decisão em seu desempenho profissional. 
A necessidade de informação varia de indivíduo para indivíduo e de grupo para grupo e pode ser transformada, ou não, em demanda, isto é, na formulação expressa de um desejo, ou na solicitação de uma informação, por parte de um usuário, a uma Unidade de Informação (arquivo, biblioteca, museu, rede ou sistema de informação).
A necessidade de informação depende de inúmeras variáveis, e pode ser satisfeita ou resultar na frustração do indivíduo.
RESULTADOS
Perfil dos vereadores
90,5% nasceram no Estado de Santa Catarina, em seis municípios, o que demonstra ser uma amostra bastante representativa da comunidade catarinense. 
Os demais 9,5% constituem-se de dois vereadores, sendo um proveniente do Rio Grande do Sul e o outro do Estado de Sergipe.
Faixa etária: a maioria dos vereadores, 62% tem entre 25 e 50 anos, sendo que a maior incidência, 28,8%, ocorreu na faixa de 46 a 50 anos.
Sexo: 95,2% dos vereadores são do sexo masculino, e 4,8% do sexo feminino, uma mulher/divorciada. 
A quase totalidade dos homens, ou seja, 76,2% são casados, 14,2% divorciados, e 4,8%, representa um que é solteiro.
pode-se afirmar que há uma predominância de um coletivo de vereadores maduros. 
Estes percentuais demonstram que há uma certa marginalidade cultural da mulher na vida política ativa.
O nível de escolaridade dos vereadores pode ser considerado bom, inclusive com predominância de pós-graduados. 33,3% deles têm o segundo grau completo e 66, 7% estão no nível superior, sendo que um deles não chegou a concluir nenhum curso universitário.
A profissão de maior incidência foi a de funcionário público, que representa 23,6% do total, seguido dos advogados, administradores, engenheiros mecânicos e farmacêuticos, com 9,5% cada uma. As demais profissões: bancário, comerciante, economista, engenheiro agrônomo, fiscal de tributo aposentado, gerente de compras, professor universitário e psicólogo, cada uma com 4,8%.
A diversidade de profissão dos vereadores reitera a afirmativa de que os políticos se constituem de um grupo heterogêneo de profissionais, usuários potencias da informação.
Na distribuição dos vereadores, por partido político, o de maior representatividade é o Partido Progressista Brasileiro (PPB), com 23,8% do total. Em seguida, vem o Partido da Frente Liberal (PFL), com 19,0%, o Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB) e o Partido dos Trabalhadores (PT), ambos com 14,3%. Também o Partido Comunista do Brasil (PC do B), e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ambos com 9,5%. O Partido Social Liberal (PSL) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) representam cada um apenas 4,8% dos filiados. Embora haja diferenças acentuadas, em termos percentuais, nota-se uma diversidade partidária bastante representativa.
Atualização Pessoal e profissional
A atualização pessoal e profissional do indivíduo é feita através de contatos pessoais ou institucionais, pela participação em eventos, assim como, por meio de publicações disponíveis ou não, em Unidades de Informação. 
No que diz respeito aos contatos pessoais, 66,7% dos vereadores afirmam mantê-los freqüentemente com especialistas, enquanto o contato com políticos de outros estados não é tão freqüente, foi citado por apenas 23,8% dos vereadores.76,2% dos vereadores participam de eventos freqüentemente, e os demais 23,8%, regularmente.
Foram mencionados eventos em Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, São Paulo, e no exterior, um em Punta del Este, no Uruguai, e outro, na França.
Outras fontes de atualização:
Dos programas de rádio e TV, citados pelos deputados, destacam-se: os noticiários, citados dezessete vezes; CBN Diário, citado seis vezes; TV Senado, citado três vezes; e, citados apenas uma vez, os documentários, entrevistas, Globo News, programa César Souza, programas religiosos, programas rurais, rádio Eldorado, rádio Guarujá, TV Assembléia e TV Com.
Dos vinte e um vereadores entrevistados, dezenove assinam jornais de circulação em geral, e estes, não especificaram os referidos títulos. Apenas dois vereadores assinam jornal especializado, sendo que um assina dois títulos.
Quanto às revistas especializadas, 71,4% dos vereadores não assinam nenhuma, apenas 28,6% assinam as seguintes revistas: Debate, Exame, Isto É, Dinheiro, Movimento Negro, Movimento Sem Terra, Princípios, Reportagem Revista Trimestral do Legislativo, Ser Humano e Teoria e Debate.
Quanto ao hábito de leitura:
33,3% dos vereadores se consideram bons leitores; 61,9%, leitores razoáveis, e 4,8%, ou seja, um não leitor.
Foram alegados como motivos que impedem ou dificultam o hábito da leitura: a falta de incentivo dos pais quando crianças; o não despertar pelo gosto da leitura, por parte da escola; e a falta de tempo e excesso de trabalho. Houve o caso de um vereador que afirmou “não ler por preguiça”.
Na Tabela 6, pode-se constatar que 33,3% dos vereadores costumam ler dez horas por semana, 19,0% quatorze horas, e 14,5%, apenas três horas. Enquanto há vereadores que leem até vinte horas semanais, outros alegaram não poder dedicar mais tempo à leitura, por falta de tempo devido aos seus compromissos.
Quanto a busca de informação nas Unidades de Informação
Quanto às bibliotecas particulares, doze vereadores, que representam 57,14% do total, possuem uma. A maioria afirmou ter seu acervo em casa, alguns disseram ter no local de trabalho, e outros têm parte da biblioteca em casa e parte no trabalho.
Com relação à autonomia na busca e localização de fontes documentais, 47,6% dos vereadores afirmaram ter autonomia para localizar as fontes documentais que satisfazem suas necessidades de informação. Apenas quatro vereadores, isto é, 19,1% disseram não ter autonomia, e 33,3% responderam que nem todas as fontes são acessadas devido às restrições do local.
O político como candidato
Quando candidatos, as necessidades de informação dos vereadores dizem respeito a: conhecer o perfil de seus eleitores; e para elaboração do plano de campanha política. Para conhecer o perfil de seus eleitores, os vereadores buscaram informações em um ou mais diferentes meios, destacando-se os contatos pessoais
As fontes de apoio utilizadas pelos vereadores para a elaboração do plano de campanha foram tanto pessoais e planos políticos quanto fontes impressas e audiovisuais.
As fontes de informações documentais mais citadas pelos vereadores na elaboração de seu plano de campanha política, conforme Tabela 11, foram jornais e revistas citadas treze vezes.
As fontes audiovisuais utilizadas pelos vereadores, na elaboração do plano de campanha, incluem também as só de áudio e as só de vídeo conforme Tabela 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS
perfil -> é de um político predominantemente do sexo masculino, contra uma minoria feminina de 4,8%. São profissionais relativamente jovens, com experiência política no cargo, cuja capacidade e nível de escolaridade são condizentes com a função que exercem. 
Em maioria, graduados e pós-graduados, inclusive, doutores. A diversidade de profissões e respostas e a variedade de locais de busca e fontes de informação utilizada, demonstram como é amplo o universo informacional dos vereadores e comprovam a heterogeneidade do grupo.
Para sua atualização, além dos contatos com especialistas e participação em eventos, os vereadores preferem os programas de Rádio e TV, principalmente os noticiários, de cunho político e social, o que, por um lado, demonstra o interesse pelo contexto político da atualidade.
80,6% dos vereadores afirmaram já terem feito algum tipo de pesquisa, no entanto só 28,6% publicaram os resultados, podendo ser considerados consumidores, e não produtores de informação.

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