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PLANOS DE AULA RESPONDIDOS DIR. FIN E TRIB 1

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
Plano de aula1
Título: Atividade financeira do Estado e Direito Financeiro
Tema: Introdução ao Direito Financeiro. Atividade financeira do Estado. Conceito. Elementos. Poder financeiro. Princípios do Direito Financeiro. Fontes do Direito Financeiro. Constituição financeira. Normas gerais de direito financeiro. Leis orçamentárias.
Caso Concreto: Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição? ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
a) Quais seriam estes argumentos? 
RESP: não, não é possivel edição de medida provisória em relação a leis orçamentárias, segundo art.62§1° d.
RESP.2: O principal argumento seria de que a CF/88, no seu art.62, §1° “d”, veda expressamente, a edição de MP para aprovação de lei orçamentária
b) Pode o governador editar medida provisória? RESP: Sim, pode desde que haja previsão na constituição estadual.
RESP.2: Sim, pode, não há proibição expressa para matéria. Mesmo sendo a MP uma atribuição do Presidente da República, a doutrina constitucional, pelo princípio da simetria, também seria do Governador.
c) Cabe medida provisória em Direito Financeiro. RESP: Em regra sim, somente não caberá em relação a leis orçamentárias que estão reservadas a lei complementar, art.62 §1° d.
RESP.2: Não, conforme disposição art. 62, §1°, “d”, da CF/88, que veda expressamente, a edição de MP para aprovação de lei orçamentária. Exceto em situações imprevisíveis e catastróficas, art.62, caput, CF/88.
OBJETIVA
Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro: 
a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil
b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual 
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro
d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
Plano de aula2
Título: Despesa, Receita, Crédito e Orçamento Públicos	
Tema: Despesa Pública. Conceito e classificações. Legalidade da despesa pública. Precatórios 
judiciais. Receita Pública. Conceito e classificações. Renúncia de receita. Crédito 
Público. Conceito e classificações. Técnicas instrumentais. Orçamento Público. 
Conceito. Processo de elaboração
Caso Concreto: Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. 
Indaga -se: 
A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso. 
R: Não, segundo o princípio do Equilíbrio: O montante das despesas não poderá ser superior às receitas previstas para o exercício. Propõe um equilíbrio financeiro. Para toda despesa, deve haver uma receita a financiá-la, evitando o surgimento de déficits. 
E segundo o princípio da universalidade: deve haver exatidão nas finanças do Estado, evitando omissões e imperfeições. Todas as receitas e despesas devem estar contidas no orçamento. Não se admite orçamentos secretos ou que não obedeçam a tramitação regular.
Como ficaria com base na legislação atual?
RESP.: Essa questão trata do princípio da exclusividade, previsto no art. 165, §8° da CF, onde a lei não pode conter dispositivo estranho à previsão da receita a à fiscalização de despesas. Entretanto, há uma exceção que não se inclui na proibição a autorização de crédito suplementares. 
Questão objetiva
Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta.
a) Todo tributo advém da Receita Originária. 
b) Ingresso e receita constituem sinônimos .
c) Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária. 
Xd) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
e) Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império
Plano de aula3
Título: Controle e Fiscalização da AFE	
Tema: Tribunal de contas. Conceito e função. Controle e fiscalização. Estrutura e organização. 
Lei de responsabilidade fiscal. Histórico. Natureza jurídica. Principais regras.
Caso Concreto: O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
1) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? RESP.: Sim, pois o Tribunal de Contas é órgão do Estado responsável por fazer a avaliação técnica das contas públicas, desta forma possui autoridade para aplicar multas e sanções para os que descumprirem as regras constitucionais de responsabilidade fiscal
RESP.2: O tribunal de contas é órgão gerador e fiscalizador da gestão pública. Entretanto pode ser órgão aplicador de multa. Art. 71 §3° CF.
2) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? RESP.: Estas multas aplicadas pelo Tribunal de Contas resultam em documentos que terá eficácia de título executivo, na forma do art.71, §3° da CF/88, porém uma vez que o Tribuna de Contas não exerce Jurisdição do Estado com atributo de definitividade, podem sim ser questionadas judicialmente.
RESP.2: Suas decisões não fazem coisa julgada, podendo ser apreciada pelo poder judiciário.
3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? RESP.: O caso em tela decorre de aplicação do Princípio da Transparência. Que se encontra no art.4, d (esta alínea d encontra-se vetada) e seguintes da Lei de Responsabilidade Fiscal.
RESP.2: Princípio a Transparência.
Questão objetivas
O Tribunal de Contas
(x) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas.
( ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
( ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.
( X ) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
( ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo. 
Plano de aula4
Título: Tributo e espécies tributárias	
Tema: Tributos: Conceito e Classificações. Distinção entre preço público (tarifa) e taxa; pedágio.
Caso Concreto: Caso Concreto
Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividadesdo contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida. 
RESP.: Na condição de Tributo que ostenta essas contribuições sociais só podem ser regradas quanto as normas gerais por Lei Complementar, o que redundou na declaração de inconstitucionalidade de dispositivos conflitantes com o CTN, previsto na Lei 8212/91. Este reconhecimento se deu a teor da sumula vinculante n8°, que diz que “são inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de credito Tributário”.
RESP.2: Toda legislação ordinária anterior a CF que trata de temas de matéria tributária poderia continuar sendo aplicadas se fosse recepcionada, é o caso do próprio CTN que é lei ordinária na sua forma, mas foi recebida como lei complementar pela constituição. 
A partir da CF/88 está claro que as contribuições sociais são tributos, portanto tem natureza jurídica tributaria, e se as contribuições tributarias são tributos, se sujeitam ao regime jurídico tributário e as mesmas limitações da constituição de matéria tributária, um dessas exigências diz respeito a lei complementar para alguns temas. Art.14 6, II, “b ”. 
Dessa forma, não teria cabimento que essa lei criada pela união estabelecesse por exemplo um prazo para cobrança de 10 anos se o prazo para cobrança de tributo é de 5 anos, e precisa ser estabelecido em uma lei complementar que é o CTN.
Questão objetiva
(CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admite previsão de restituição ao final de determinado período? 
A( ) Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
B ( ) Contribuição social. 
C ( ) Empréstimo compulsório.
D (X) Imposto.
E ( ) Taxa.
Plano de aula5
Título: Constituição Tributária.	
Tema: Constituição Tributária e Sistema Tributário Nacional. Federalismo Fiscal. Poder de tributar. Competência Tributária. Atributos da competência e espécies de competência tributária.
Caso Concreto: CASO CONCRETO
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.
A isenção tributária só pode ser concedida de maneira autonômica, pois é vedada a união a isenção heteronômica. Por isso a união não poderia aceitar tributo do estado. 
Questão objetiva
Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa inc orreta.
a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de guerra.
b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana.
Xc) Os Municípios não têm competência para instituir contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal.
d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de competência comum.
Plano de aula6
Título: Repartição de receitas tributárias	
Tema: Federalismo fiscal. Discriminação de receitas da Federação. Repartição de receitas 
tributárias. Reformas tributárias.
Caso Concreto: Caso Concreto
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado.
RESP.: O servidor tem razão, porque o estado é legitimado para atuar no polo passivo da ação, porque apesar do tributo ser de competência da união, quem se aproveita integralmente da reintegração da fonte é o estado, uma vez que o mesmo teria enriquecido sem causa. Art.157, I, CF c/c súmula 447, STJ.
Questão objetiva
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3): 
( 3) 50% do IPVA; 
( 1) 20% dos impostos de competência residual; 
( 2) 50% do ITR; 
( 1) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
( 3) 25% do ICMS; 
( 2) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
( 2) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial. 
Plano de aula7
Título: Fontes do Direito Tributário.	
Tema: fontes formais primárias e secundárias do Direito Tributário: Constituição, Emenda 
Constitucional, CTN, lei complementar em matéria tributária; medida provisória e 
demais fontes principais e secundárias
Caso Concreto: Caso Concreto
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 
RESPOSTA: O Governador pode propor a ADI sobre a Emenda 
Constitucional, uma vez que a Emenda a Constituição não pode instituir tributo, apenas pode delimitar a Competência Tributaria pelos Entes tributáveis realizarem a criação ou majoração dos tributos
Questão objetiva:
(FGV -2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional com outros dois Estados soberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após tod os os trâmites legislativos impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar que o tratado é: 
A ( ) inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, III, da Constituição Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de trib utos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; 
B (X) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tratados e acordos internacionais de Direito Tributário;
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turn os, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais; 
D ( ) inconstitucional, pois somentelei complementar federal poderia estabelecer isenção de tributos estaduais e municipais; E ( )inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente conceder aos tributos de competência federal
Plano de aula8
Título: Hermenêutica tributária	
Tema: Hermenêutica Tributária. Previsão legal para as técnicas e sua crítica. Interpretação do direito tributo tributário: fontes, métodos e resultados. Integração do direito tributário: métodos e limites. 
Caso Concreto: 
O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a incidência do ITBI sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que esses bens são garantidos por hipoteca, o que demonstraria a natureza imobiliária das embarcações. Ester efetua alienação de uma embarcação para Moisés (ambos domiciliados naquele Município, mediante contrato lavrado em cartório no dia 30.05.2007. Firme na legislação municipal, a Fazenda Pública de Angra dos Reis efetua o lançamento de ofício do ITBI. Ester apresenta impugnação na via administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo em tela.
Examine o caso, em suas várias nuances, sob a ótica das normas do CTN sobre interpretação.
RESPOSTA: 
Usaremos para responder esta questão os métodos interpretativos, (interpretações 
literais, históricas, teleológicas, entre outras) para entendermos que não se pode 
tributar as embarcações que não são verdadeiros imóveis em sua essência e que seu 
alcance estaria apenas servindo ao interesse de ampliar o alcance da competência do 
Municipio.
Questão objetiva
(FAURGS-2015) No que se refere à legislação trib utária, assinale a alternativa que contém afirmativa correta.
A (x)Leis expressamente interpretativas não podem ser aplicadas a atos ou fatos pretéritos se contrariarem orientação favorável aos contribuintes já firmada pelos Tribunais Superiores.
B ( )Os conceitos utilizados pela Constituição da República para outorgar competência impositiva podem ser alterados pelo legislador do ente político que a titularizar, dada a sua autonomia tributária e financeira.
C ( )O Código Tributário Nacional admite a utiliza ção da analogia para a aplicação das hipóteses de incidência tributária a fatos juridicamente semelhantes àqueles por elas previstos, com vistas à promoção da igualdade.
D ( )O legislador ordinário pode estabelecer que multa tributária menos gravosa somente se aplique a fatos futuros. multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo. 
Plano de aula9
Título: Valor Segurança Jurídica	
Tema: Limitações constitucionais ao poder de tributar. Conceito e natureza jurídica. Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor segurança.
Caso Concreto: 
Lei federal, publicada no ano passado, majora alíquotas do Imposto de Renda incidente em determinadas importações e determina a incidência sobre o exercício passado cuja declaração será feita neste exercício. Neste caso, inicia-se forte discussão sobre o tema da segurança jurídica e dos princípios tributários atinentes. Para verificação da constitucionalidade do tema, apresente o entendimento do STF e sua evolução até os dias atuais. 
RESP.: O caso deve ser trabalhado analisando a súmula 584 do STF que autoriza a aplicação da legislação tributária vigente no exercício da declaração ainda que alcance fatos geradores ocorridos no exercício financeiro anterior. Como forma de concluir o tema, deve serabordadooRecursoExtraordinário592.396 que reconheceu a inconstitucionalidade da aplicação retroativa da lei, que no caso era o art. 1o da Lei 7.988/89
Questão objetiva
(FUNDATEC-2015) Quanto aos princípios da legalidade e da anterioridade tributária, analise as assertivas abaixo: 
I. O princípio da legalidade tributária aplica -se a todos os tributos, mas se admite a alteração da alíquota de certos impostos federais, de caráter extrafiscal, desde que sejam atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. 
II. Reserva absoluta de lei tributária designa a exigência de que a Administração Tributária se paute rigorosamente pelos ditames legais, não adotand o condutas contrárias à legislação tributária. 
III. A anterioridade de exercício e a nonagesimal são aplicáveis a todos os tributos, de forma cumulativa, excetuadas hipóteses previstas taxativamente no texto constitucional. 
IV. Majoração de alíquota do ICMS, determinada por lei publicada em 1º de novembro de um ano, pode ser aplicada em 1º de janeiro do ano subsequente. 
Após a análise, pode-se dizer que: 
A ( ) Está correta apenas a assertiva I.
B ( ) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
C (x) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
D ( ) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
E ( ) Todas as assertivas estão corretas.
Plano de aula10
Título: Valor Justiça Tributária	
Tema: Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor justiça: isonomia (generalidade, universalidade), capacidade contributiva (aplicações e técnicas).
Caso Concreto: 
O Estado do Rio de Janeiro decide alterar a sua legislação tributária relativa ao ITCMD para aumentar as alíquotas do imposto e, portanto, aumentar sua arrecadação. Em função disso, aumenta a alíquota do imposto para 4,5% (quando se tratar de transferências realizadas em montante de até 400.000 unidades fiscais de referência) e de 5% (quando se tratar de transferências em montante superior a 400.000 unidades ficais de referência). Contribuinte questiona a alíquota progressiva do tributo diante de falta de autorização expressa da Constituição neste sentido. Assim tratando, analise como se posiciona o Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.
RESP.: O caso deve ser trabalhado relacionando a Súmula 656 do STF e o Recurso Extraordinário (RE) 562045 que alterou o entendimento de que deve haver expressa autorização na Constituição para alíquotas progressivas em tributos reais. OSTF hoje entende eu todos s impostos devem se submeter, na medida em que possível, ao princípio da capacidade contributiva. 
Questão objetiva
O Decreto nº 3.000/99, conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 1º , que: 
“O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e fiscalizado de conformidade com o disposto neste Decreto. ”Ao contemplar a cobrança do Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de renda e provento, nos limites da Lei, o artigo está contemplando o critério da
A ( ) anterioridade.
B ( ) capacidade contributiva.
C ( X) generalidade.
D ( ) legalidade.
E ( ) universalidade.
Plano de aula11
Título: Valor Justiça Econômica
Tema: Limitações constitucionais vinculadas ao valor justiça na economia: não confisco, neutralidade, extrafiscalidade e não-cumulatividade.
Caso Concreto:
O Supermercado Vende Bem propõe uma ação para anular uma cobrança de ICMS que desconsiderava créditos de ICMS decorrentes do consumo de energia elétrica que, segundo o contribuinte, a energia elétrica utilizada para a comercialização de seus produtos não podia ser confundida com aquela utilizada para o uso ou consumo, pois a energia elétrica utilizada nas áreas comerciais (dentro dos supermercados) seria indispensável ao desempenho das atividades do estabelecimento, tais como na conservação de produtos congelados e refrigerados, na fabricação de pães e biscoitos, sendo posta em uso para proveito dos consumidores finais que não podem comprar às escuras. Neste sentido, como deve se manifestar o tribunal?
RESP.: Partindo do pressuposto que o caso concreto se refere ao ano de 1994, ficou definido judicialmente que não poderia se pautar na norma geral de ICMS introduzida por Lei Complementar em 1996. Além disso a Legislação já foi alterada por outras Leis Complementares que não permitem tal compensação desta energia elétrica consumida nas áreas comerciais do estabelecimento. Tal a sua relevância esse tema teve repercussão geral etodos os processos que versam sobre o assunto deverão ser tratados e decididos da mesma maneira.
Questão objetiva
O princípio da não cumulatividade é 
A ( ) um atributo exclusivo do ICMS e do IPI. 
B (X) princípio de tributação por meio do qual se pretende evitar a assim chamada “tributação em cascata” que onera as sucessivas operações e prestações com bens e serviços sujeitos a determinado tributo. 
C ( ) técnica de tributação aplicável também aos impostos reais, tais como o ITR e o IPTU. 
D ( ) suscetível apenas de interpretação restritiva e literal, à medida que institui um benefício fiscal ao contribuinte.
E ( ) um instrumento de transferência de riqueza indireta entre as Unidades da Federação inserido no pacto federativo, à medida que o crédito de ICMS a ser suportado pela Unidade da Federação de destino dos bens e serviços está limitado ao valor do imposto efetivamente recolhido em favor do Estado de origem.
Plano de aula12
Título: Valor liberdade
Tema: Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor liberdade: vedação de limitação ao tráfego de pessoas e bens, proibição de diferença tributária em razão da origem ou destino, livre iniciativa, transparência, imunidades. 
 Caso Concreto: O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação tributária e ampliar a sua receita, decide criar alíquota diferenciada para veículos de fabricação estrangeira importados ao Brasil. Esta alíquota é maior do que as dos veículos nacionais. Desta forma, encaminha a proposta à sua assessoria jurídica que após pesquisa à jurisprudência das Côrtes Superiores lhe dá parecer. O parecer mais adequado deve ser em que sentido? 
RESP: Não pode, pelo princípio da vedação à concessão de isenções heterônomas. O tributo não é Estadual e sim Federal. Portanto, os Estados e DF não podem estabelecer alíquotas de IPVA. 
Questão objetiva
Sobre as limitações ao poder de tributar, assinale a alternativa correta:
A ( ) O Município pode tributar imóveis de instituições de ensino, sem fins lucrativos, que estiverem locados a terceiros não alcançados pela imunidade tributária.
B ( ) É vedada a utilização de tributo com efeito de confisco, vedação que não alcança as multas tributárias.
C ( ) O Município pode instituir taxa para a entrada e circulação de pessoas e bens no seu território, de modo a preservar as vias e o patrimônio público.
D (X) É vedado ao Município de Vila Velha instituir tributo diferenciado sobre serviços prestados por estabelecimentos domiciliados no Município de Vitória.
E ( ) As imunidades criada s pela Constituição têm natureza subjetiva, ou seja, visam beneficiar pessoas e não coisas.
Plano de aula13
Título: Valor Federativo	
Tema: Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor federação: uniformidade geográfica, vedação de isenção heterônoma, imunidade recíproca
Caso Concreto: 
A prefeitura do município de Rio Branco enviou carnê de IPTU para a Locadora de Veículos Localizada em terreno da Infraero ao lado do Aeroporto Internacional Plácido de Castro. A Locadora promoveu ação anulatória e o processo se encontra hoje no STF aguardando julgamento de recurso extraordinário. Neste sentido, apresente os argumentos favoráveis ao fisco e ao contribuinte.
RESP.: O caso concreto ainda encontra-se em análise no STF e ganhou repercussão geral . Na visão do fisco deveria incidir IPTU sobre imóvel Público quando cedido para explorá-lo comercialmente. Na visão do contribuinte, aparentemente abraçada pelo ministro relator não caberia a cobrança com o argumento de que a empresa teria imprópria a “titulo precário” a titulo de cessão. Esta posse não possui “animus de definitividade”, o que impediria seu alcance pelo IPTU.
“animus d e defini tividade” , o q ue imped iria se u alca nce pelo IP TU . 
Questão objetiva
Na hipótese da União, mediante tratado internacional, abrir mão de tributos de competência de Estados e Municípios, nos termos do decidido pelo Supremo Tribunal Federal (RE 229096), é correto afirmar que
A ( ) se caracteriza a denominada isenção heterônoma, vedada nos termos do art. 151, III, da Constituição Federal.
B ( ) se caracteriza violação ao princípio federativo, objeto de cláusula pétrea, nos termos do art. 60, § 4º , I, da Constituição Federal.
C ( ) o tratado é válido desde que acompanhado de medidas de “compensação tributária” em favor dos Estados e Municípios prejudicados.
D (X) se insere a medida na competência privativa do Presidente da República, sujeita a referendo do Congresso Nacional, com prevalência dos tratados em relação à legislação tributária interna.
Plano de aula14
Título: Obrigação Tributária	
Tema: Obrigação: conceito e relação com a obrigação do direito privado. Espécies de obrigação tributária: obrigação principal, obrigação acessória e dever jurídico instrumental.
Caso Concreto: Caso Concreto
A legislação do Imposto de Renda da Pessoa Física atribui ao contribuinte uma série de obrigações e deveres. Analise os dispositivos abaixo elencados e indique sua natureza específica. Em seguida, identifique o ato normativo que pode tratar de cada uma das matérias e o regime jurídico ao qual devem se submeter. 
Lei 7.713/1988 Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9º a 14 desta Lei.
RESPOSTA: Nesta lei nota-se a Obrigação tributária principal que é a obrigação de pagar o tributo propriamente dito (portanto, obrigação de dar), eventualmente acrescido de juros e multas. Além da obrigação acessória que são as prestações de fazer ou não fazer determinados atos em cumprimento do interesse do exercício fiscalizatório do Estado. 
Tratam-se de deveres instrumentais, que auxiliam o Fisco nas suas atividades 
B) Lei 7.713/1988Art. 53. Os juros e as multas serão calculados sobre o imposto ou quota, observado o seguinte:
a) quando expresso em BTN serão convertidos em cruzados novos pelo valor do BTN no mês do pagamento;
b) quando expresso em BTN Fiscal, serão convertidos em cruzados novos pelo valor do BTN Fiscal no dia do pagamento.
RESPOSTA: Obrigação tributária principal de prestação de tributo. Deve ser instituída por Lei Ordinária. Submete-se às regras do Direito Tributário.
C) Instrução Normativa 1613/2016Art. 2º Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2016, a pessoa física residente no Brasil q ue, no ano-calendário de 2015: I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três reais e noventa e um centavos);
RESPOSTA: Obrigação Tributaria acessória ou dever jurídico instrumental. Comportamento do contribuinte de prestar declarações
Questão objetiva
(FUNDATEC-2014) É correto afirmar que:
A ( ) Dado que a obrigação tributária seja acessória, não é possível a sua ocorrência sem a existência de obrigação tributária principal a ela relacionada.
B (X) O objeto da obrigação tributária é a prestação, variando essa apenas em relaçã o ao seu objeto
C ( ) No caso de haver uma obrigação tributária principal, somente poderá haver uma prestação como seu objeto.
D ( ) Na hipótese de ter sido pago o tributo previsto em lei, não é necessário o atendimento a exigência de obrigação tributária acessória.
E ( ) As penalidades pecuniárias tributárias são oriundas apenas dos casos de pagamento em atraso. 
Plano de aula15
Título: Elementos da obrigação tributária	
Tema: Elementos da obrigação tributária: hipótese de incidência e consequente.
Caso Concreto: Em processo administrativo discute-se a base de cálculo do ISSQN incidente sobre a prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros. O ponto central do problema é se a base de cálculo para efeito do recolhimento do ISSQN seria o preço efetivamente pago pelo usuário no ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-transporte ou passagem escolar), posição adotada pelocontribuinte ou se o vigente no momento posterior em que se dá a efetiva prestação, posição adotada pelo Fisco. Considerando que no momento em que se deu a efetiva prestação o preço já estaria majorado, qual o seu parecer jurídico sobre o tema? qual dos elementos referente ao fato gerador integral está em discussão?
RESP.: Na análise do caso deve ser trabalhado o elemento quantitativo - base de cálculo. A base de cálculo do ISS incidente sobre a prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros é o preço efetivamente pago pelo usuário no ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-transporte ou passagem escolar), não o vigente no momento posterior em que se dá a efetiva prestação. Assim, mostra-se indevido o recolhimento do tributo sobre a diferença verificada quando da majoração da tarifa de transporte ocorrida entre a compra do bilhete antecipado e a efetiva prestação do serviço, pois o momento da incidência do fato gerador é o da compradas passagens. Precedentes citados: AgRgno AREsp 89.695-RS,DJe 8/3/2012;AgRg noREsp1.172.322-RS,DJe5/10/2010,eREsp922.239-MG,DJe3/3/2008.AgRgno AREsp 
112.288-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 20/9/2012.
Questão objetiva
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta.
A (X) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil.
B ( ) Não haverá incidência tributária sobre atividades ilícitas.
C ( ) A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do fato gerador.
D ( ) Fato gerador corresponde ao momento abstrato previsto em lei que habilita o início da relação jurídico -tributária.
E ( ) A denominação do tributo e a destinação legal do produto de sua arrecadação são essenciais para qualificá-lo.
Plano de aula16
Título: Responsabilidade tributária	
Tema: Responsabilidade tributária: conceito e espécies. Responsabilidade por substituição, Responsabilidade por transferência e Responsabilidade por infrações: natureza e denúncia espontânea.
Caso Concreto: Filipe sócio da sociedade FILIPE & FERNANDA LTDA com intuito de prestigiar seus funcionários resolveram pagar o 15º salário (criado por eles). Diante disso a sociedade por falta de planejamento ficou em dificuldades financeiras motivo que levou ao inadimplemento do IRPJ. O patrimônio da sociedade não era suficiente para arcar com a dívida tributária e a Receita Federal do Brasil resolveu redirecionar a execução fiscal contra o sócio Filipe. Responda se Filipe é parte legitima para figurar no polo passivo da execução invocando os fundamentos que sustentam a relação jurídica de direito material.
RESP.: O caso deve ser trabalhado relacionando o estudo da responsabilidade tributária. O professor deverá abordar o teor da Súmula 430 do STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
Aproveitar e comentar também a Súmula 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o 
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
Questão objetiva
A responsabilidade tributária por sucessão
A ( ) é pessoal do es pólio pelos tributos devidos pelo de cujus, desde a data da abertura da sucessão até a data da partilha ou adjudicação; também é pessoal a responsabilidade do cônjuge meeiro e sucessores a qualquer título, nos limites da meação, do quinhão ou legado, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação.
B ( ) abrange o tributo e as penalidades por infração à legislação tributária porventura cometidas pelo contribuinte e que não foram pagas, desde que tenha havido transmissão de bens i móveis por ato oneroso sem prova da quitação.
C ( ) é absoluta no caso de aquisição de imóvel em hasta pública para o adquirente, ora arrematante, desde que não se trate de processo de falência, pois, neste caso, a responsabilidade é afastada se o adquirente for parente do falido na linha reta ou colateral até terceiro grau.
D (X) é solidária com o contribuinte nas hipóteses de fusão, cisão e incorporação de empresa, salvo se havia prova de quitação dos tributos no ato e não entraram como passivo no negóc io jurídico.
E ( ) pode ser atribuída por ato normativo e decorrer de analogia, pois existe supremacia do interesse público sobre o particular na arrecadação tributária.

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