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Radiologia Veterinária

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Radiologia Veterinária
Eloisa Santos
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Radiologia Veterinária
		A medicina veterinária é uma ciência que se dedica a prevenção, controle, erradicação e tratamento de doenças, traumatismo ou qualquer outro agravo à saúde dos animais.
		Sua aplicação tem se expandido em função da disponibilidade de técnicas avançadas e do diagnóstico por imagem, usualmente empregadas na rotina dos hospitais veterinários como exames radiográficos, simples e contrastados, ultra-sonografia e tomografia computadorizada. A escolha do método a ser adotado depende da suspeita clínica e da facilidade de execução do exame.
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		Além dos equipamentos fixos, existem hoje equipamentos portáteis de radiologia e ultrassonografia, adaptados para uso veterinário, que facilitam a realização dos exames, principalmente em animais grandes, como equinos. 
		A ultrassonografia é um método diagnóstico por imagem que permite a avaliação rápida e não invasiva de órgãos da cavidade abdominal, completando assim os achados das outras modalidades. No caso da ultrassonografia, aborda-se principalmente a região abdominal, para diagnóstico e acompanhamento de gestão.
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		Na radiologia convecional os casos mais frequentes estão relacionados aos problemas ortopédicos como fraturas, displasias coxo-femoral, hérnia de disco, tmabém favorece a pesquisa de metástase pulmonar, cardiomegalia, processos obstrutivos no trato gastrointestinal e urinário.
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		Em equinos, os problemas ortopédicos em cavalos atletas são frequentes, sendo as fraturas bastante comuns. Com os exames radiológicos, é possível acompanhar a evolução, remissão e cura de muitas doenças, podendo ser evitado o sacrifício do animal. Os exames deverão ser realizados por uma equipe de profissionais habilitados, possibilitando a obtenção do diagnóstico correto, sendo este o ponto de partida para o tratamento adequado.
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		O diagnóstico por imagem na medicina veterinária é um dos mais importantes meios de diagnósticos, pois, após uma avaliação radiológica e/ou ultrassonográfica várias decisões clínicas e cirúrgicas são determinadas.
		A atuação do técnico e/ou tecnólogo, na radiologia veterinária se assemelha em muito à radiologia pediátrica, pois os pacientes não são colaborativos e necessitam de acompanhamento. No nosso caso é mais complexo, pois necessitamos de dois acompanhantes e/ou de contenção química do paciente (anestesia) em diversos posicionamentos
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		Os exames radiográficos mais solicitados são os dos sistemas osteoarticular e cardiopulmonar.
		O exame radiológico músculo esquelético pesquisa várias anomalias ósseas e articulares, não só em suspeitas de fraturas e luxações, mas também em anomalias de desenvolvimento, neoplasias, processos degenerativos.
		O exame torácico permite diagnóstico de doenças cardiovasculares, do mediastino, doenças pulmonares e pesquisa de metástases.
		O exame do sistema digestório simples e contrastado visualizam obstruções, corpos estranhos, torção gástrica, enterites , ETC... 
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		O exame do sistema urogenital pesquisa alterações na prenhez ( é o ideal para contagem dos fetos), morte e retenção fetal, avaliação de bexiga urinária, uretra e rins.
		Em relação aos exames contrastados a maioria da rotina humana, exceto os relacionados a angiografia, são eles: mielografia, uretrocistografia, urografia excretora, esofagograma, transito gastrointestinal, enema baritado. Exames por Tomografia Computadorizada começam a ser realizados em serviços particulares e públicos. 
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Nomenclatura – Posicionamentos
	D-V : dorso ventral (feixe de raios incide no dorso e emerge no ventre do animal atingindo o filme) 
V-D : ventro dorsal 
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	L : lateral (incide de um lado e emerge no outro) L-D ou L-E ( também chamado de Latero-lateral)
Cr-Ca e Ca-Cr : Crânio-caudal e Caudo-cranial (usados para membros da porção proximal até o carpo ou tarso)
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Classificação
	Tendo em conta a grande diversidade da espécie canina, podemos classificar as raças de cães em função do seu formato ou da sua morfologia.
	Com base no peso temos:
 Raça pequena : < 10 kg
 Raça média : 11 – 25 kg
 Raça Grande: 26 – 45 kg
 Raça gigante : > 45 kg
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		Com base na morfologia temos:
 Longilíneos: cujos elementos de comprimento ulrapassam os da altura e espessura, com formas alongadas e esbeltas.
 Brevilíneos: cujos os elementos de largura e espessura são preponderantes sobre o comprimento, apresentando proporcções robustas e formas arredondadas
 Mediolíneos: caracterizam por apresentar proporções médias.
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Osteologia canina
		Esqueleto Axial : é formado pelo crânio, coluna vertebral e caixa torácica.
	O crânio apresenta 13 ossos chatos e pares que se articulam com a coluna vertebral, a qual é composta por 7 vértebras cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3 sacrais e um número variável de vértebras coccígenas. A cada vértebra torácica corresponde a um par de costelas, sendo os 10 primeiros pares ligados ao esterno e os 3 restantes sendo flutuantes.
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Posicionamentos Básicos
Estudo do tórax:
		VD
	O plano sagital do cão deve estar perpendicular ao receptor de imagem , e o esterno exatamente sobre à coluna torácica. Nas radiografias tiradas nessa posição, os pulmões aparecem maiores, facilitando a identificação de finas alterações estruturais no mediastino caudal e lobo acessório.
	O RC deve incidir perpendicularmente direcionado ao esterno a nível da 6ª vértebra torácica.
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Estudo do tórax:
		LL
	Para uma radiografia torácica padrão, incluindo exame do coração, o paciente deve ser colocado em posição lateral esquerda.
	O plano médio sagital deve estar paralelo ao receptor de imagem.
	O RC deve incidir perpendicularmente direcionado no meio da 5ª costela.
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Estudo do Abdômen:
		VD
	O plano sagital do cão deve estar perpendicular ao receptor de imagem , e o esterno exatamente sobre à coluna torácica.
	O RC deve incidir perpendicularmente ao receptor de imagem.
	O Raio Central é direcionado de acordo com a estrutura de interesse.
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		Direcionamento do feixe central:
	 Radiografias de rotina e dos intestinos: no centro da parede lateral do abdômen no nível da 3ª vértebra lombar.
	 Estômago: no centro da parede do tórax na junção dos terços ventral e médio no nível do 7º espaço intercostal.
	 Rins: na parede lateral do abdômen na junção dos terços médio e dorsal no nível da 2ª vértebra lombar.
	 Ovários: na parede lateral do abdômen na junção dos terços médio e dorsal no nível da 2ª vértebra lombar.
	 Útero: no centro da parede lateral do abdômen no nível da 5ª vértebra lombar.
	 Bexiga urinária: na parede lateral do abdômen na junção dos terços ventral e médio no nível da 7ª vértebra lombar
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Estudo da Pelve:
		VD
	A fim de obter uma radiografia simétrica de ambas as metades da pelve, o plano sagital do cão deve estar perpendicular ao receptor de imagem . Os membros pélvicos devem ser tracionados para trás , com abdução e ligeira rotação externa.
	O RC deve incidir perpendicularmente ao receptor de imagem direcionado na linha mediana a nível dos trocantes.
	* caso o estudo seja para displasia coxofemoral , deve-se rodar os membros pélvicos internamente até que as patas se toquem.

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