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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1 ÍNDICE Noções de Sustentabilidade – Política Nacional Sobre Mudanças Climáticas I – Lei Nº12.187/2009 – Parte I .................................................................................................................................................................2 Política Nacional de Mudanças Climáticas ....................................................................................................................2 Protocolo de Kyoto ........................................................................................................................................................2 Os Créditos de Carbono ...............................................................................................................................................2 Tratado de Kyoto ...........................................................................................................................................................2 Conceitos Relevantes ....................................................................................................................................................4 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 2 Noções de Sustentabilidade – Política Nacional Sobre Mudanças Climáticas I – Lei Nº12.187/2009 – Parte I Política Nacional de Mudanças Climáticas A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) oficializa o compromisso voluntário do Brasil junto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de redução de emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% das emissões projetadas até 2020. Ela foi insti- tuída em 2009 pela Lei nº 12.187, buscando garantir que o desenvolvimento econômico e social con- tribuam para a proteção do sistema climático global. Mesmo sendo um país componente do grupo sem obrigatoriedade de reduzir suas emissões (Não Anexo I do Protocolo de Kyoto), o Brasil, de forma inovadora, comprometeu-se no plano interno. Os objetivos alcançados pela PNMC devem se harmonizar com o desenvolvimento sustentá- vel buscando o crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais. Para viabilizar o alcance destes objetivos, o texto institui algumas diretrizes, como fomento a práticas que efetivamente reduzam as emissões de gases de efeito estufa e o estímulo à adoção de atividades e tecnologias de baixas emissões desses gases, além de padrões sustentáveis de produção e consumo. Protocolo de Kyoto O Protocolo de Kyoto, anexado à Convenção sobre Mudanças Climáticas Globais, em 1997, re- presentou uma importante alteração nas políticas globais para o meio ambiente. O protocolo de Kyoto previa que os países mais industrializados do planeta deveriam reduzir suas emissões de CO2 até 2012 em 5,2% em relação aos níveis de 1990. Além disso, o protocolo criou ainda um sistema de comércio de emissões entre os países, porém, somente entre os países desenvolvidos, que passaram a ter duas opções: • Investir na redução das emissões. • Comprar de outros países créditos de carbono. Os Créditos de Carbono Créditos de carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no país, e são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. As empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progres- siva estabelecidas por lei tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais. Disponível em <www.ambientebrasil.com.br>. Acesso em 4 de jul.2007. Tratado de Kyoto O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, passando a ser um tratado, com 141 assinaturas e o compromisso dos países signatários – dentre os quais o Brasil – na redução da emissão de gases intensificadores do efeito estufa em 5,2%, até 2012. As regras do Tratado de Kyoto estabelecem cotas de redução de gases maiores para os países industrializados do primeiro mundo e, cotas menores, para os países em desenvolvimento. O Tratado de Kyoto também permite – por meio dos MDLs (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) – que empresas do primeiro mundo invistam em países pobres, financiando entidades ambientais, em projetos ecologicamente “limpos” nos campos de geração de energia e de meio ambiente. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 3 Esses investimentos possibilitam que essas empresas compensem a poluição que produzem e ainda permitem a essas mesmas empresas aumentarem suas emissões de CO2 para cada 6 dólares investidos em projetos no terceiro mundo . Contudo, vale lembrar que só serão aceitos projetos e in- vestimentos aprovados pela ONU e outros órgãos de certificação. O MDL é um dos mecanismos de flexibilização criados pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) ou de captura de carbono (ou Se- questro de Carbono) por parte dos países do Anexo I. O propósito do MDL é prestar assistência às Partes Não Anexo I da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC, ou com a sigla em inglês UNFCCC) para que viabilizem o desenvolvimento sustentável por meio da implementação da respectiva atividade de projeto e contribuam para o objetivo final da Convenção e, por outro lado, prestar assistência às Partes Anexo I para que cumpram seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões de gases do efeito estufa. O primeiro projeto de MDL, aprovado pela ONU, no mundo, foi o do aterro sanitário de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, que utiliza tecnologias bastante precisas de engenharia sanitá- ria, tendo os créditos de carbono sido negociados diretamente com os Países Baixos. Em março de 2001, George W. Bush contestou o acordo de Kyoto, alegando que as determinações do acordo seriam prejudiciais à economia norte-americana principalmente, pelo fato de o país estar atravessando uma grave crise energética. Bush alegou ainda que o acordo era pouco rigoroso com os países em desenvolvimento, portanto ele não ratificaria o protocolo de Kyoto. A posição norte-ame- ricana reduziu substancialmente a chance de sucesso do acordo. A primeira etapa de Kyoto venceu em 2012 sem alcançar inúmeros de seus objetivos. Apesar da discordância de alguns países desenvolvidos chegou-se a uma conclusão em Durban, COP 17: o prazo de validade da primeira etapa do Protocolo de Kyoto será 2017. Assinou-se, então, a Platafor- ma Durban, um documento que fixou uma agenda que culminará na criação, em 2015, de um novo acordo que obriga todas as nações – e não apenas aquelas listadas em Kyoto – a cumprir metas de redução nas emissões a partir de 2020. Na prática, a Plataforma Durban é só uma promessa. AlfaConConcursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 4 O Poder Executivo, seguindo as diretrizes da PNMC, estabelece os Planos setoriais de mitiga- ção e adaptação à mudança do clima para a consolidação de uma economia de baixo consumo de carbono. Os Planos visam a atender metas gradativas de redução de emissões antrópicas quantifi- cáveis e verificáveis, considerando diversos setores, como geração e distribuição de energia elétrica, transporte público urbano, indústria, serviços de saúde e agropecuária, considerando as especifi- cidades de cada setor, inclusive por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e das Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas (NAMAS). Os instrumentos para sua execução são, entre outros: o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e a Comunicação do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A tabela abaixo apresenta os resultados totais e em termos de setores e gases das estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, publicadas em 2014 (últimos dados disponíveis). → A Lei nº 12.187/2009 traz alguns princípios que devem ser observados: • precaução; • prevenção; • participação cidadã; • desenvolvimento sustentável • responsabilidades comuns, porém diferenciadas (este último no âmbito internacional). Conceitos Relevantes → GEEs (GASES DE EFEITO ESTUFA): constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na at- mosfera, absorvem e reemitem radiação infravermelha; → EFEITO ESTUFA: é um dos principais fatores para a manutenção da temperatura do planeta. Mas sua intensificação se acelerou no século XX, o que está alterando ciclos biológicos. Um exemplo perturbador é o do ozônio (O3), que existe em todas as camadas do ar. O aumento da quantidade do gás em baixas altitudes agrava o efeito estufa, pois aumenta a retenção de energia solar. Porém, a relação entre o aumento das emissões de CO2 e as alterações climáticas não é consenso entre os pesquisadores. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 5 → MUDANÇAS CLIMÁTICAS: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuí- da à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela pro- vocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis; → SEQUESTRO DE CARBONO E/OU SUMIDOURO: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa. O aumento do dióxido de carbono na atmosfera tem sido uma preocupação de governantes, cien- tistas e da sociedade como um todo, por ser este um dos constituintes da atmosfera responsáveis pelo aumento do efeito estufa e da temperatura global. Este aumento de dióxido de carbono deve-se, principalmente, a atividades antropogênicas, seguidas pela mudança o uso da terra, com redução da capacidade de armazenamento de carbono na biomassa. O conceito de Sequestro de Carbono foi consagrado pela Conferência de Kyoto, em 1997, com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera, visando à diminuição do efeito estufa. A conservação de estoques de carbono nos solos, florestas e outros tipos de vegetação, a pre- servação de florestas nativas, a implantação de florestas e sistemas agroflorestais e a recuperação de áreas degradadas são algumas ações que contribuem para a redução da concentração do CO2 na atmosfera. Os resultados do efeito Sequestro de Carbono podem ser quantificados por meio da estimativa da biomassa da planta acima e abaixo do solo, do cálculo de carbono estocado nos produtos madei- reiros e pela quantidade de CO2 absorvido no processo de fotossíntese. Para se proceder à avaliação dos teores de carbono dos diferentes componentes da vegetação (parte aérea, raízes, camadas de- compostas sobre o solo, entre outros) e, por consequência, contribuir para estudos de balanço ener- gético e do ciclo de carbono na atmosfera, é necessário, inicialmente, quantificar a biomassa vegetal de cada componente da vegetação. O aumento de formações vegetais implica maior consumo de gás carbônico pelos vegetais, por meio do processo de fotossíntese, diminuindo o acúmulo de gás car- bônico na atmosfera, como podemos observar no ciclo do carbono representado na figura a baixo. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 6 EXERCÍCIOS Com relação à Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) julgue os itens subsequentes: 01. Uma das ausências detectadas na PNMC e que deve ser inserida em futuras revisões diz respeito às ações que poderiam promover o sequestro dos gases do efeito estufa. Certo ( ) Errado ( ) 02. A PNMC estabelece que o país assumirá o compromisso voluntário de reduzir a emissão de gases do efeito estufa projetada para 2020 entre 36% e 39%. Certo ( ) Errado ( ) 03. O objetivo principal da PNMC é reduzir as emissões de gases do efeito estufa no território nacional por meio da redução de atividades de desmatamento na Amazônia. Certo ( ) Errado ( ) 04. Fenômeno natural, o efeito estufa tem-se intensificado pela ação do homem, o que acarreta sérias consequências para o meio ambiente. Uma dessas consequências mais conhecidas é: a) Desmatamento descontrolado. b) Intensificação das queimadas. c) Aquecimento global. d) Ampliação das geleiras. e) Poluição dos mares e oceanos. 05. Nos termos da Lei Federal n° 12.187/2009, o processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa denomina-se a) impacto. b) vulnerabilidade. c) adversidade. d) mitigação. e) sumidouro. GABARITO 01 – ERRADO 02 – CERTO 03 – ERRADO 04 – C 05 – E Noções de Sustentabilidade – Política Nacional Sobre Mudanças Climáticas I – Lei Nº12.187/2009 – Parte I Política Nacional de Mudanças Climáticas Protocolo de Kyoto Os Créditos de Carbono Tratado de Kyoto Conceitos Relevantes
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