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Objetivos • Explicitar a importância da atuação de agentes ambientais para contenção das mudanças climáticas. • Analisar a evolução histórica das Conferências do Clima (COP) e promover uma reflexão crítica sobre os resultados da COP 16. • Discutir as atuais metas brasileiras frente aos diferentes setores econômicos. • Destacar as principais tecnologias disponíveis na atualidade para proteção dos ecossistemas e populações humanas frente as mudanças climáticas. Introdução As constantes e significativas agressões ao meio ambiente repercutem diretamente na vida das pessoas. Se torna cada vez mais urgente e necessária atingir uma integração harmônica entre o homem e a natureza. Este curso se propõe a discutir temas que despertarão a reflexão crítica sobre problemas socioambientais do Brasil, procurando sensibilizar os leitores para a importância do engajamento e atuação como agentes ambientais. O propósito é gerar uma grande mobilização comunitária para multiplicar novos conhecimentos para o maior número de pessoas que estão preocupados com o presente e o futuro do nosso planeta. Nesse sentido, a formação de agentes ambientais é um passo fundamental para alicerçar um mundo melhor. Mas o que faz um agente ambiental? Agentes ambientais são representantes da sociedade civil em ações de fiscalização do meio ambiente e deve, dentre outras tarefas: Tarefa dos agentes ambientais • Orientar a comunidade sobre as práticas de proteção, preservação e conservação dos recursos naturais. • Prevenir situações que possam causar danos ao meio ambiente. • Contribuir para o monitoramento e avaliação das condições ambientais locais, garantindo a qualidade do meio ambiente. • Atuar como agente de controle social numa sociedade democrática. A ação legal dos agentes ambientais está amparada pela Resolução do CONAMA, Nº 3, de 16/03/1998, que define critérios para a co-participação da sociedade civil em ações de fiscalização de unidades de conservação e demais áreas protegidas. Merece destaque uma iniciativa do IBAMA com a criação do programa de Agentes Ambientais Voluntários, que vem contribuindo para a formação de grande número de “fiscais do meio ambiente”. Como participar do programa Agentes Ambientais Voluntários • Ser maior de 18 anos e pertencer a uma entidade civil ambientalista ou afim, sem fins lucrativos. Caso não seja filiado a nenhuma entidade, você poderá identificar uma através do site da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG). • Caso já seja filiado a uma entidade civil ambientalista ou afim, sem fins lucrativos, você deverá procurar a unidade do IBAMA mais próxima e formalizar o pedido de parceria. Ao fazê-lo, você deverá apresentar um plano de trabalho simplificado, com informações sobre o local e a natureza do serviço voluntário a ser prestado. É necessário anexar cópia de comprovante de endereço e do CNPJ da entidade. Todas as temáticas ligadas ao meio ambiente confluem para a intervenção política das nações. No caso do Brasil, esse compromisso político já foi assumido com o estabelecimento de metas para colaborar na contenção do aquecimento global e contribuir na construção de um futuro melhor. javascript:; javascript:; Desse modo, inicia-se o curso revisitando as principais constatações históricas dos 15 anos de Conferência Mundial do Clima, as metas do Brasil e análise das principais tecnologias para proteção dos ecossistemas e populações humanas. Reflexão Esta breve introdução tem o propósito de dar uma ideia da importância da atuação do agente ambiental para a conservação das condições de vida no planeta Terra. Nos últimos 350 anos, os avanços dos conhecimentos científicos e tecnológicos e o desenvolvimento do capitalismo foram responsáveis pela degradação do meio ambiente. Você vai nos acompanhar ao longo dos fascículos, aprofundando conhecimentos sobre o que fazer, como fazer, por que adotar determinadas atitudes, desenvolver um conjunto de competências e aprender uma variedade de habilidades para exercer de forma consciente e comprometida o papel de agente ambiental. A história das Conferências Mundiais do Clima Para entender o tema do meio ambiente e a intervenção política das nações, é necessário voltar ao ano de 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo (Suécia), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). A conferência reuniu 113 países e 400 Organizações Não Governamentais (ONGs) do mundo inteiro, tornando-se um ponto de partida para discussões sobre a temática do meio ambiente no mundo. Vinte anos depois, em 1992, a ONU convocou nova reunião internacional no Rio de Janeiro (Brasil). Conhecida como Eco-92, Rio-92, Cúpula ou Cimeira da Terra, a conferência teve como um de seus principais resultados o acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) que causam o aquecimento global. O objetivo da Conferência era buscar meios que permitissem o desenvolvimento socioeconômico aliado à conservação da natureza. Foi consolidado o conceito de desenvolvimento sustentável, e houve uma popularização das questões ambientais no Brasil e em diversos países, conscientizando as nações ricas a ajudarem os países em desenvolvimento na implementação de uma economia sustentável. Como consequência da Eco-92 forma elaborados os seguintes documentos oficiais • A Carta da Terra. • Três convenções: Biodiversidade, Desertificação, Mudanças Climáticas. • Uma declaração de princípios sobre florestas. • A Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento. • A Agenda 21 (base para que cada país elabore seu plano de preservação do meio ambiente). Assinada inicialmente por 154 países, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) entrou em vigor em 1994, quando os países signatários passaram a se reunir anualmente. No ano seguinte, 1995, em Berlim (Alemanha), foi realizada a primeira Conferência das Partes da Convenção (COP). A COP vem sendo realizada em diferentes partes do mundo objetivando que ações diplomáticas tragam a solução para o problema climático. Essas Convenções sempre são esperadas com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da espécie humana. Principais resultados das conferências COP 1 Realizada em 1995, em Berlim (Alemanha). Estabeleceu dois anos de análises e avaliações sobre o combate as emissões de GEE. Esta fase resultou em um catálogo de javascript:; javascript:; javascript:; instrumentos, onde os países membros podiam compor um conjunto de iniciativas que correspondessem às suas necessidades. COP 2 Realizada em 1996, em Genebra (Suíça). Foi aprovado o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), com objetivo de criar a melhor base para lidar com decisões políticas sobre o aquecimento global. Nessa conferência foi acertado que cada país deveria ter a liberdade para escolher as soluções mais relevantes de acordo com a sua situação. COP 3 Realizada em 1997, em Kyoto (Japão). Foi aceito o Protocolo de Kyoto, e pela primeira vez foram incluídas metas obrigatórias para a diminuição das emissões de GEE de 2008 a 2012. Trinta e sete países industrializados ratificaram o protocolo. COP 4 Realizada em 1998, em Buenos Aires (Argentina). Esta COP estabeleceu um período de dois anos para esclarecer e desenvolver ferramentas para a implementação do Protocolo de Kyoto, visto que havia muitas questões pendentes desde a última Convenção. COP 5 Realizada em 1999, em Bonn (Alemanha). A conferência foi dominada por discussões técnicas sobre mecanismos do Protocolo de Kyoto. COP 6 Realizada em 2000, em Haia (Holanda). Foi marcada por incertezaquanto a aplicação de sanções aos países que não reduzissem as emissões de GEE. Os países da União Europeia se recusaram a assinar uma proposta de compromisso, fazendo as negociações fracassarem. COP 6 Realizada em 2001, em Bonn, (Alemanha). As negociações são retomadas como uma continuação da COP 5. COP 7 Realizada em 2001, em Marrakesh (Marrocos). As negociações a respeito do Protocolo de Kyoto estavam quase completas e os resultados foram reunidos em um documento chamado “Acordos de Marrakesh”. COP 8 Realizada em 2002, em Delhi (Índia). Os países da União Europeia, liderados pelo presidente da Dinamarca, tentaram sem sucesso obter uma declaração que pedia mais ação das partes em relação à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. COP 9 Acontecida em 2003, em Milão (Itália). O foco dessa Conferência foi esclarecer alguns dos últimos detalhes técnicos sobre o Protocolo de Kyoto. COP 10 Acontecida em 2004, em Buenos Aires (Argentina). Dá início as discussões em relação ao que acontecerá quando o Protocolo de Kyoto expirar em 2012. COP 11 MOP1 Realizada em 2005, em Montreal (Canadá). Ocorreu juntamente com a 1ª Conferência das Partes servindo de Reunião das Partes do Protocolo de Kyoto (COP/MOP1). Ambas representam uma nova etapa do regime internacional de combate ao efeito estufa, na qual se espera que os países desenvolvidos venham a ter metas mais significativas de redução das emissões de GEE e os países em desenvolvimento tenham opções de promover o desenvolvimento sustentável, reduzindo também suas emissões, seja através da transferência de tecnologias, mecanismos de mercado ou programa e ações voluntárias. javascript:; javascript:; javascript:; COP 12 MOP2 Realizada em 2006, em Nairóbi (Quênia). Prorrogação dos compromissos assumidos pelos países para o período posterior a 2012; revisão do texto do Protocolo Kyoto para que os países em desenvolvimento também assumissem compromissos de redução de emissões de GEE e a implantação do Fundo de Adaptação. COP 13 MOP3 Realizada em 2007, em Bali (Indonésia). O mais recente relatório do IPCC apresentou sinais inequívocos do aquecimento global, o que resultou na elaboração de documento buscando uma atuação mais rápida nessa área e, pela adoção do Plano de Ação de Bali. Este plano trouxe o cenário para as negociações de um novo acordo na Conferência de Copenhague. COP 14 Realizada em 2008, em Poznan (Polônia). As partes chegaram a um acordo sobre o programa de trabalho e plano de reunião para a Conferência de Copenhague e sobre a operacionalização do Fundo de Adaptação, que vai apoiar medidas de adaptação concretas nos países menos desenvolvidos. Em relação ao desmatamento, os países em desenvolvimento com florestas comemoraram o fato de um consenso de que o mecanismo de Redução de Emissões decorrentes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) deve entrar no acordo final a ser definido em 2009. A divergência entre as nações impediu a elaboração de um novo acordo climático global, com a definição de cortes no total das emissões. COP 15 Realizada em 2009, em Copenhague (Dinamarca). Reuniu chefes de 193 países com o objetivo de estabelecer um acordo com peso de lei internacional, capaz de traçar metas de redução das emissões de gases de efeito estufa e dar prosseguimento ao Protocolo de Kyoto (que expira em 2012). Seu principal objetivo foi aprovar um novo acordo climático que reduziria substancialmente as emissões de gases de efeito estufa após 2012, o que não ocorreu já que a Lei de Clima e Energia dos EUA ainda não estava aprovada. Também se discutiu parte do acordo de diretrizes para ações de adaptação às mudanças climáticas e a transferência de tecnologias dos países ricos às nações em desenvolvimento. Mereceu destaque países como a Noruega, que anunciou a meta mais elevada, um corte de 40% nas suas emissões até 2020 em relação a 1990. Em seguida, veio o Reino Unido (34%), Japão (25%) e União Europeia (20%), que poderia elevar sua meta a 30%, se os outros países desenvolvidos fizessem o mesmo através de acordo oficial. Reflexão Como você observou, as Conferências da ONU sobre meio ambiente tiveram um papel fundamental para chegarmos ao conjunto de compromissos que foram firmados por grande parte dos países. A história dessas conferências mostra que acordos sobre limitações de emissão de poluentes, proteção ambiental, conservação da biodiversidade não são fáceis de serem firmados, uma vez que há muitos interesses em jogo. Os países desenvolvidos não abrem mão de vantagens competitivas, nem aceitam fazer concessões econômicas. Os países em desenvolvimento, por sua vez, não concordam em condicionar seu desenvolvimento a critérios e princípios ambientais limitantes. O desenvolvimento sustentável ainda é um desafio em escala global. Protocolo de Kyoto Em dezembro de 1997, cerca de 10.000 delegados, observadores e jornalistas participou desse evento realizado em Kyoto, Japão. A conferência culminou na decisão, por consenso, de adotar um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de GEE em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. Esse compromisso, com vinculação legal, promete produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos. O Protocolo de Kyoto foi aberto para assinatura em 16 de março de 1998, entrando em vigor 90 dias após a sua ratificação por pelo menos 55 Partes da Convenção, incluindo os países desenvolvidos que contabilizavam pelo menos 55% das emissões totais de dióxido de carbono em 1990. Enquanto isso, as Partes da Convenção sobre Mudança do Clima continuariam a observar os compromissos assumidos sob a Convenção e a preparar-se para a futura implementação do Protocolo. A emissão destes poluentes deve ocorrer em vários setores econômicos e ambientais e os países devem colaborar entre si para atingirem as metas. Aumento no uso de fontes de energias limpas (biocombustíveis, energia eólica, biomassa e solar). Ações sugeridas pelo Protocolo de Kyoto • Aumento no uso de fontes de energias limpas (bicombustíveis, energia eólica, biomassa e solar). • Proteção de florestas e outras áreas verdes. • Otimização de sistemas de energia e transporte, visando o consumo racional. • Diminuição das emissões de metano, presentes em sistemas de depósito de lixo orgânico. • Definição de regras para a emissão dos créditos de carbono (certificados emitidos quando há a redução da emissão de gases poluentes). A COP 16 em síntese A COP 16 foi realizada no período de 29 de novembro a 10 de dezembro de 2010 em Cancun, contando com 25 mil participantes de 194 países. No primeiro momento a presidente da COP apelou aos representantes governamentais para avançar em áreas onde consenso era possível, especialmente com relação à definição de um marco legal para as negociações e enfatizou que o processo deve garantir transparência. As negociações foram norteadas pela tentativa de obrigar os países desenvolvidos a reduzir ainda mais as emissões de gases do efeito estufa. Apesar do clima de otimismo do governo mexicano, no início foi difícil prever se haveria algum acordo definitivo para obrigar os países ricos a definirem metas mais ousadas para os cortes na emissão do CO2 entre 2012 e 2020. Existia também a expectativa da conferência poder se transformar na primeira reunião sobre o clima a permitir a criação de novos instrumentos que combatam o aquecimento no planeta também nos países em desenvolvimento. Após duas semanas de discussões, os países participantes da COP 16, aprovaram dois documentos sendo que apenas a Bolívia posicionou-se contra os mesmos. Apesar de algumas ressalvas, osresultados, assim como a transparência nas negociações comandadas pela presidente da Cúpula, foram saudados por ambientalistas. O melhor resultado da conferência foi evitar que o Protocolo de Kyoto fosse enterrado prematuramente, porque o Japão, a Inglaterra e outros países se cansaram de fazer esforços para cumprir as metas fixadas neste documento, enquanto os Estados Unidos e a China (os maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa, que respondem por mais de 50% do total) não fizeram o mesmo. Abandonar o Protocolo de Kyoto - que se encerra em 2012 - sem substituí-lo por outro seria um desastre, porque os mecanismos do Protocolo deixariam de ser atrativos e o valor dos certificados de reduções de emissões, que são objeto de transações comerciais, cairia à zero. Atualmente, esse mecanismo movimenta bilhões de dólares, que beneficiam muitos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. A solução encontrada em Cancún foi adiar o problema para a COP 17, a ser realizada em 2011 em Durban, na África do Sul. Enquanto isso, o Protocolo de Kyoto continua válido. Outro resultado da Conferência foi o reconhecer a necessidade de cortar as emissões de gases de efeito estufa de modo a evitar que a temperatura da Terra aumente mais de 1,5º C. O valor usado como referência até agora era de 2º C. A decisão, contudo, necessita ainda de estudos para serem avaliados em 2015. As etapas a serem cumpridas para que isso ocorra não foram estipuladas e provavelmente não ocorrerá na COP 17, em Durban, em 2011. Uma possibilidade é que ocorra em 2012, no Rio de Janeiro, local natural para a COP 18, quando será comemorado o 20º aniversário da Convenção do Clima. Mesmo com todos os entraves, outro progresso foi o fortalecimento do Fundo Verde do Clima, criado por ocasião da COP 15. Trata-se de um fundo de financiamento que visa fomentar ações de combate ao aquecimento global nos países em desenvolvimento. Inicialmente serão destinados US$ 28 milhões por meio de repasses até 2012 e a partir de 2020 a verba será de US$ 100 bilhões por ano. Quanto à administração do Fundo, os países ricos querem que o Banco Mundial esteja à frente, porém muitos países preferem que fique a cargo de um novo organismo a ser criado pelas Nações Unidas. Até agora as contribuições financeiras foram pequenas e incluem programas já em andamento, de modo que não se sabe realmente quanto é "dinheiro novo". Além disso, também foi aprovado um mecanismo para compensar os países tropicais, como o Brasil, pela redução de suas taxas de desmatamento, a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD). Outras medidas adotadas foram o estabelecimento de ações concretas para proteger as florestas, o fortalecimento da cooperação internacional de tecnologia e o amparo a populações vulneráveis a se adaptarem às mudanças do clima e suas consequências, como migração climática. Os ambientalistas pronunciaram-se moderadamente satisfeitos com os resultados da conferência da ONU. Porém o consenso é que o acordo alcançado não bastará para combater de forma eficaz as mudanças do clima global. O Greenpeace classificou o documento de encerramento como um sinal de esperança. Já a Aliança para Meio Ambiente e Proteção da Natureza da Alemanha (BUND) registrou pequenos avanços na direção certa, ressaltando o fundo para o clima. Metas Brasileiras na COP 16 Da atmosfera de euforia que rondava a COP 15 realizada em 2009, em Copenhague, na Dinamarca, pouco restou para Cancún. O desfecho da COP 15 foi considerado um fracasso de negociações. As expectativas da comunidade internacional para o encontro de 2010 eram baixas, enquanto o Brasil chegou bastante otimista: o país se vê como participante que não só promete, mas que já fez muito. Há de fato razões para o Brasil chegar de cabeça erguida diante dos demais participantes. O mundo se admirou quando, voluntariamente, ao final da COP 15, o presidente Lula comunicou a meta voluntária de redução de emissões de carbono até 2020 por meio de cinco ações: controle do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, siderurgia, energia e agricultura. No fim de outubro de 2010, o presidente Lula anunciou que a meta de redução de 80% do desmatamento na Amazônia será alcançada já em 2016, com quatro anos de antecedência. Mas é possível assegurar que a redução de até 38,9% das emissões brasileiras, como anunciado na COP 15, acontecerá nas demais áreas diante do boom econômico brasileiro? Tem muita coisa para ser feita no Brasil e a gente vai fazer. O desafio é mudar a mentalidade e pensar sempre sob uma perspectiva de que nós vamos implantar primeiro as ações que possam significar um desenvolvimento de baixo carbono. Não estamos pensando em criar uma restrição ao desenvolvimento, mas criar novas oportunidades de desenvolvimento que sejam de baixo carbono, sem sacrifício da população, sem sacrifício do desenvolvimento (Branca Bastos, MMA) Depois de um vácuo de anos, o governo brasileiro apresentou em outubro de 2010 o segundo inventário das emissões nacionais. O relatório mostra que a emissão dos gases do efeito estufa javascript:; aumentou 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 Gt para 2,192 Gt. O desmatamento continua sendo a principal fonte de gases: 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19%, e o setor de energia é responsável por outros 15%. Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) Durante a COP 16, o presidente Lula assinou o decreto Nº 7.390 que regulamenta a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) no país. Com isso, o Brasil tornou-se o primeiro país a apresentar um cenário concreto de redução de emissões. Com a PNMC, o governo pretende implementar um conjunto de medidas para que o país chegue em 2020 com uma emissão máxima de 2,1 bilhões de toneladas de CO2 equivalente (dióxido de carbono), por ano. O decreto define como principais estratégias: corte de 36% a 39% até 2020 sobre o que seria emitido se nada fosse feito. Isso significa que o máximo que o Brasil vai emitir em 2020 será 2 bilhões de toneladas dos gases do efeito estufa. Em 2010, as emissões estavam em torno de 1,8 bilhão, segundo o consultor do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo. Se nada fosse feito, a um crescimento da economia estimado de 5% ao ano, este número chegaria a 3,2 bilhões. Vale lembrar que a meta de redução para 2020 é apenas 6% menor do que o índice de 2005, quando o Brasil era o terceiro país com maior emissão de gases do efeito estufa, atrás de China e EUA, segundo dados do World Resources Institute. O decreto prevê ainda que 12 setores da economia nacional incorporem medidas para que a meta nacional seja alcançada. Cada setor terá que apresentar um plano de ação até o final de 2011. Esses planos serão revisados a cada três anos e poderão servir de base para um mercado nacional de créditos de carbono. As projeções de emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) levaram em conta quatro setores: mudança de Uso da Terra, Energia, Agropecuária e Processos Industriais e Tratamento de Resíduos. A expansão da oferta hidroelétrica, da oferta de fontes alternativas renováveis, notadamente centrais eólicas, pequenas centrais hidroelétricas e bioeletricidade, da oferta de biocombustíveis, e incremento da eficiência energética são pontos considerados fundamentais para que o país atinja seus objetivos climáticos. Por fim, é necessário que todos torçam e colaborem ativamente para que estas medidas acordadas e outras adicionais sejam implementadas, com a brevidade possível, pois já estamos sofrendo as consequências dos danos causados ao planeta. Não se trata somente da responsabilidade das autoridades, mas de cada um de nós, tomando medidas de economia dos recursos escassos, aumentando a reciclagem possível dos materiais, preservando parte da natureza, divulgandoos bons exemplos já em uso, evitando o uso de materiais poluentes. O todo vai ser resultado da ação individual de cada um de nós. Reflexão O Protocolo de Kyoto representa um grande avanço no que se refere à proteção ambiental. Com validade até 2012, o grande desafio das Conferências realizadas nos últimos anos, tem sido elaborar um novo documento que tenha aceitação da maioria dos países. Embora não tenha obtido a aprovação de alguns países importantes como os Estados Unidos, o Protocolo de Kyoto chamou a atenção do mundo para os problemas ambientais e conseguiu frear a emissão de alguns poluentes. A COP 16 deu continuidade as negociações em torno de um novo Protocolo, embora os avanços sejam lentos e de difíceis negociações. O Brasil se antecipou e foi um dos primeiros países do mundo a estabelecer metas para emissões de poluentes. Isso aconteceu em 2009, com a criação da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC). javascript:; Tecnologias de preservação ambiental A seguir serão apresentadas e discutidas as principais tecnologias disponíveis na atualidade para proteção dos ecossistemas e populações humanas frente às mudanças climáticas, baseadas respectivamente na energia, nos transporte e na engenharia. Energia O consumo mundial de energia aumentou a uma taxa anual de 1,3% entre 1990 e 1998, mas se considerar somente os países em desenvolvimento suas taxas se situam entre 2,3 a 5,5% ao ano para o mesmo período. Mesmo com essas altas taxas, os países em desenvolvimento contribuem com cerca de 30% das emissões de poluentes anuais comparado com mais de 50% dos países industrializados. Se contabilizar as emissões de modo cumulativo desde a Revolução Industrial, ou se fizer considerações de emissões em termos per capita, por unidade de produto econômico (PIB), as contribuições dos países em desenvolvimento são bem mais modestas. O assunto é complexo, os desafios enormes, mas vale a pena discutir algumas barreiras e, especialmente, oportunidades que uma transição energética para combustíveis renováveis e tecnologias mais limpas e eficientes podem oferecer a países em desenvolvimento, como o Brasil, a China e a Índia que são os potenciais responsáveis a aumentar as emissões de GEE. O Brasil é um caso interessante para ser analisado, visto que o sistema energético brasileiro é vulnerável à mudança climática. Todas as simulações para as diferentes fontes, salvo a cana-de- açúcar, mostram uma tendência à queda na oferta de energia. A vulnerabilidade do Brasil é mais intensa quanto maior é sua dependência de fontes renováveis de energia, sobretudo a hidreletricidade, que hoje responde por mais de 85% da produção de energia elétrica no país. Algumas características do sistema energético e das perspectivas que o país possui estão descritas abaixo: Eletricidade: a interligação dos sistemas elétricos, conhecida como Sistema Interligado Nacional (SIN), permite transferir energia elétrica de uma região para outra, aproveitando as diferenças de estações chuvosas. O sistema baseia-se em grandes reservatórios planejados para armazenamento plurianual (normalmente cinco anos) e turbinas de reserva para geração de energia adicional nos períodos chuvosos. Dessa forma, as grandes hidrelétricas brasileiras conseguem atender à curva de carga não apenas numa base contínua, mas também nas horas de pico e nas horas intermediárias. Os sistemas hidrelétricos interligados são complementados por usinas térmicas. Eólica: o maior potencial eólico brasileiro está situado em áreas litorâneas do Nordeste e já se conta com cerca de 4 GW de capacidade (1/3 de Itaipu) de projetos aprovados. A grande parte dos empreendimentos se localiza em pontos bastante fracos da rede elétrica nordestina, locais onde não se previa a inserção de unidades geradoras de eletricidade e que podem comprometer a qualidade do fornecimento para toda a rede. A tecnologia de geração eólica já se encontra bastante desenvolvida no mercado internacional, mas será necessário adaptá-las e desenvolver procedimentos para poder prever o comportamento da geração eólica e inserir na operação do sistema interligado nacional. Biomassa: o Brasil possui o maior programa de biomassa líquida do mundo - o Pró-alcool. Muitas das tecnologias para o uso energético da biomassa já são dominadas no País, mas ainda não existe um mercado estável, sendo necessária maior participação da indústria nacional. Existem ainda, oportunidades de avanços tecnológicos nessa área que podem colocar o país em condições de destaque e com possibilidades de exportar. Esses dados mostram que ainda existem barreiras importantes a serem ultrapassadas. O acesso e equidade no consumo de energia é um problema nacional e global, indicando as disparidades econômicas que persistem. No Brasil e no resto do mundo os subsídios oferecidos à energia fóssil javascript:; javascript:; javascript:; são enormes e importantes setores econômicos estão baseados em atividades de extração, produção e uso de carvão, petróleo e gás natural. Isso pode ser verificado nas oscilações de preços internacionais de petróleo e suas imediatas repercussões nas economias mundiais. Em 2001, o Brasil regulamentou a Lei de Eficiência Energética que estabelece índices máximos de consumo de energia para equipamentos produzidos ou comercializados no país. Este é um importante instrumento para garantir aos consumidores brasileiros o acesso a tecnologias com menor consumo de energia e também para induzir um constante aprimoramento tecnológico dos produtos nacionais. É necessário, no entanto, que o setor público possua uma alta capacidade de liderança e competência técnica para utilizar os instrumentos mencionados e coordenar atividades entre o setor produtivo, consumidores, governo e centros de pesquisa. Essa capacidade se traduzirá em uma percepção de estratégias de transição para uma economia menos intensiva em energia e para um novo sistema energético. Transporte Depois do setor energético, o de transportes é o que mais contribuiu para o aumento da emissão de GEE, entre 1970 e 2004, informa o IPCC (2007). O setor cresce 2% por ano e responde por 23% das emissões de CO2 do planeta. A boa notícia é que em todo o mundo surgem tecnologias e exemplos de como o setor pode deixar de ser um dos vilões das mudanças climáticas. Ônibus movidos a hidrogênio, carros elétricos, biocombustíveis, melhoria de transportes coletivos (metrôs, por exemplo) e também investimento em ferrovias e hidrovias já começam a ser incluídos em planejamentos de transportes de vários países. O quadro 1 apresenta informações sobre os principais tipos de combustíveis utilizados no Brasil para transporte, com descrição geral, prós, contras e qual a viabilidade da continuidade de sua utilização. Transporte Descrição Prós Contras Viabilidade Hidrogênio Pode ser queimado em motores a combustão ou usado em células combustíveis que o misturam com oxigênio para produzir eletricidade. É limpo - o único subproduto é água pura - e é o elemento mais abundante que existe em todo o universo. A produção de hidrogênio consome energia intensamente, na maioria das vezes utilizando combustíveis fósseis ou biomassa. A facilidade de combustão torna arriscado o armazenamento e o transporte. É muito cedo para estimar o custo de produção. Segundo alguns órgãos internacionais serão preciso investimentos de US$ 55 bilhões em pesquisa e desenvolvimento. Eletricidade Meios de transporte podem utilizar eletricidade armazenada em baterias ou em Mecanicamente simples e os novos motores são muito eficientes. A rede elétrica atual pode ser a base da rede Depende emgrande parte de como a eletricidade é produzida. O nível geral de emissões pode ser mais alto Custo por quilômetro muito mais baixo do que o dos derivados de petróleo, mas o preço das baterias javascript:; dispositivos de armazenamento de última geração chamados super capacitadores. de abastecimento. do que a dos derivados de petróleo se for produzida a partir de uma fonte que usa carbono em grande escala. torna os carros mais caros. Também necessita de uma nova infraestrutura. BiocombustívelCombustíveis produzidos a partir de plantas ou resíduos de matéria orgânica. Etanol, produzido a partir da cana- de-açúcar ou do milho substitui a gasolina e o óleo diesel. Vários carros atuais já usam misturas contendo biocombustíveis. A próxima geração de combustíveis já será produzida utilizando resíduos de biomassa como sementes. O cultivo e a colheita de biocombustíveis utilizam carbono - talvez até mais do que economizam. São cultivados em terras aráveis que poderiam estar sendo utilizadas para produção de alimentos. Custo comparável ao da gasolina - pode ser menor, dependendo do preço do barril do petróleo. O impacto na produção de alimentos tem que ser medido. Alternativa Alternativas incluem a queima ou aquecimento (pirólise) de lixo urbano. A pirólise produz gás ou óleo combustível, e gera mais calor. A maior vantagem de vários combustíveis alternativos é que eles são produzidos a partir de algo que acabaria em um depósito de lixo. O processo pode gerar um resíduo denso. A quantidade de CO2 economizada varia, dependendo do método de combustão e do tipo de combustível utilizado. A tecnologia de aproveitamento de lixo ainda está nos primeiros estágios de desenvolvimento, mas especialistas acreditam que poderá se tornar competitiva em 10 anos. Usando tecnologia para combater as mudanças climáticas: engenharia Cientistas de todo o mundo vêm buscando maneiras de modificar o meio ambiente do planeta como forma de controlar o aquecimento global - o processo é conhecido por geoengenharia. Uma maneira de fazer isso é simplesmente aumentar a quantidade de luz do sol que é refletida de volta ao espaço, através da alteração da refletividade (albedo) da Terra. Isto poderia ser feito utilizando enormes refletores espaciais flexíveis (1) a serem colocados no espaço em órbita da Terra. Ou através de "aerossóis estratosféricos" que poderiam ser aplicados na camada superior da atmosfera (2) para retornar parte da luz incidente ao espaço. Espelhos refletores instalados no solo (3) poderiam obter efeito semelhante. Uma solução alternativa seria reduzir diretamente o carbono existente na atmosfera que entre outras coisas leva ao aumento da temperatura do planeta. Outra proposta citada com frequência é a captura de dióxido de carbono existente no ar através do uso de "árvores artificiais", seguido de liquefação do gás e armazenamento, provavelmente em reservatórios subterrâneos. Segundo a Royal Society, da Grã-Bretanha, não existe uma solução mágica única de geo-engenharia na qual os esforços de desenvolvimento deveriam se concentrar, em termos de custo relativo à eficácia. Aerossóis estratosféricos parecem ser a alternativa mais eficiente que requer menos investimento, e que poderia ser aplicada num futuro próximo, mas o risco para o meio ambiente ainda não é conhecido. A opção de alterar a capacidade refletora dos desertos é mais eficiente do que a fertilização dos oceanos, mas ambas podem provocar inesperadas alterações em delicados ecossistemas. Reflexão Os conhecimentos científicos e tecnológicos nas áreas de energia, transporte e engenharia permitem que se desenvolvam políticas ambientais menos agressivas ao planeta. A criação de modelos alternativos e sustentáveis, sem limitar o crescimento econômico é uma das estratégias adotadas hoje por muitas organizações não governamentais e até mesmo algumas organizações governamentais. Pesquisas veem mobilizando grande número de estudiosos e resultados já podem ser observados em várias áreas. Síntese do Fascículo Este fascículo introduz o estudo sobre a importância do conhecimento acerca de conceitos que norteiam o tema mudanças climáticas visando fundamentar a atuação de agentes ambientais. Para tanto, procura analisar a evolução histórica das Conferências do Clima (COP), destacando os principais resultados obtidos em cada uma e os entraves causados por países que encontram dificuldades de assumir compromissos de redução dos agentes poluentes. Neste percurso, a Eco-92 e o Protocolo de Kyoto de 1998 representam marcos importantes na evolução das políticas ambientais para proteção do Planeta. No que se refere a COP 15, seu principal objetivo era aprovar um novo acordo climático que reduziria substancialmente as emissões de GEE após 2012, quando termina o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto. Mereceram destaque as metas brasileiras, pois o governo federal decidiu ser mais ousado na proposta que apresentou em Copenhague, incluindo metas específicas para diminuir emissões Amazônia, no cerrado, na agropecuária, na área de energia e na siderurgia. Porém o resultado prático da COP 15 foi considerado um dos maiores fracassos da diplomacia mundial. Mas, por outro ela serviu para mobilizar milhões de pessoas em todo o mundo. Organizações de todos os setores da sociedade produziram ações relacionadas ao evento que demonstraram o desejo de construção de uma sociedade mais sustentável do que a atual, culminando em 2010 com a COP 16, que apesar de algumas ressalvas, os resultados, assim como a transparência nas negociações foram saudados por ambientalistas. Se destaca a participação do Brasil, visto o mesmo ter aprovado um decreto que regulamenta a política nacional de mudanças climáticas, sendo o primeiro país a apresentar um cenário concreto de redução de emissões. Paralelamente a isso, se espera que população mundial tenha a consciência que a solução virá através do uso de diferentes e avançadas tecnologias, que devem ter o seguinte tripé: energia, transporte e engenharia. Por fim, em 2011, as esperanças do planeta estarão centralizadas em Durban, na África do Sul, onde será realizada a COP 17. Mas é sempre válido lembrar que cada um de nós precisa fazer a própria parte, todos os dias. Exercícios 1. O que é REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) e o que pode representar para a conservação das florestas brasileiras? 2. Pesquise e relate do que se trata a Agenda 21. 3. Discuta sobre a possibilidade de alcançar um acordo na COP 17 sem a participação dos Estados Unidos. 4. Um site publicou uma resenha sobre as mudanças climáticas e uma das frases disponibilizadas dizia: “A elevada concentração, na atmosfera, de CO2 e outros gases que supostamente causam o efeito de estufa não interferem na saúde humana”. Você concorda ou discorda? Explique. 5. Após 2012, termina o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto. Caso você fosse convidado a integrar uma cúpula de estudiosos sobre o clima, quais as regras de um novo Protocolo você estipularia? Referências BBC Brasil. COP 15. Site: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ 2009. Disponível em 20 de setembro de 2010. BRASIL. Protocolo de Kyoto. Editado e traduzido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia com o apoio do Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil. C&T Brasil, 1997. CNI – Confederação Nacional da Indústria. Contribuições do Setor Industrial Brasileiro para a 15ª Conferência de Clima em Copenhague. Brasília-DF. 2009. GONÇALVES, J. A. Minuto pelo Clima – De Olho na COP 15. Site: http://www.oc.org.br/minutopeloclima/?p=87.2009. Disponível em 15 de setembro de 2010. JANNUZZI, G. M. Energia e Mudanças Climáticas: barreiras e oportunidades para o Brasil. Revista ComCiência. v. 35. ago. 2002. pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto SCHAEFFER, R.; SZKLO, A. S.; LUCENA, A. F. P.; SOUZA, R. R.; BORBA, B. S. M. C.; COSTA, I. V. L.; PEREIRA JÚNIOR, A. O.; CUNHA, S. H. F. Mudanças Climáticas e a Segurança Energética no Brasil. Rio de Janeiro: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ, 2008. www.abong.org.br/ www.ibama.gov.br/ www.mma.gov.br/conama/ www.mma.gov.br/sitio/ Autores Germana Costa Paixão é médica veterinária pela Universidade Estadual do Ceará e Mestre em Patologia pela Universidade Federal do Ceará. Professora da UECE, coordena o curso de Ciências Biológicas à distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB/UECE). Desenvolve pesquisas em aerobiologia, com especial enfoque na participação dos fungos na micobiota aérea. É coordenadora do curso Agentes ambientais e compromisso com as metas brasileiras e autora deste fascículo. Lydia Dayanne Maia Pantoja é bióloga e mestre em microbiologia médica. Professora de microbiologia e parasitologia da Universidade Estadual do Ceará, atua como tutoraà distância do curso de Ciências Biológicas da Universidade Aberta do Brasil (UAB/UECE). Publica artigos científicos na área de microbiologia, com ênfase em microbiologia ambiental. Participa como autora deste fascículo http://www.mma.gov.br/sitio/ http://www.mma.gov.br/conama/ http://www.ibama.gov.br/ http://www.abong.org.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto http://www.oc.org.br/minutopeloclima/?p=87 Objetivos Introdução Tarefa dos agentes ambientais Como participar do programa Agentes Ambientais Voluntários Reflexão A história das Conferências Mundiais do Clima Como consequência da Eco-92 forma elaborados os seguintes documentos oficiais Principais resultados das conferências Reflexão Protocolo de Kyoto Ações sugeridas pelo Protocolo de Kyoto A COP 16 em síntese Metas Brasileiras na COP 16 Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) Reflexão Tecnologias de preservação ambiental Energia Transporte Usando tecnologia para combater as mudanças climáticas: engenharia Reflexão Síntese do Fascículo Exercícios Referências Autores
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