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História e evolução das estruturas na arquitetura - parte 2

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MPhil. Sandro Cabral
MSc. Amélia Panet
Colaboração: Patrícia Casadei, Marcelo Medeiros, Marcela Luna e Marçal Rosas
Centro Universitário de João Pessoa
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Estrutura I
 Ilustrar a evolução do desenvolvimento 
arquitetônico/estrutural baseando-se na cronometria 
dos períodos ou escolas arquitetônicas.
 Identificar os tipos de estruturas e materiais usados 
nas edificações.
 Relacionar a concepção arquitetônica e a concepção 
estrutural.
 Discutir sobre a relação entre engenheiros e arquitetos 
e/ou engenharia e arquitetura.
 Tipos de estruturas:
 Blocos
 Paredes 
 Blocos
 Superfícies
 Lajes 
 Grelhas
 Cascas
 Membranas
 Barras 
 Vigas
 Pórticos
 Treliças
 Cabos
 Arcos
 Mistas
Materiais estruturais:
 Mansory
 Madeira
 Aço
 Concreto Armado
 Outros
Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem 
início a Idade Média. Nesse período a arte tem suas raízes na época 
Paleocristã. Com o Cristianismo a arte se voltou para a valorização 
do espírito. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus 
o teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e a 
medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus 
na Terra, tinha poderes ilimitados.
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja a 
estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos. 
As características mais significativas da arquitetura românica são: 
•abóbadas (berço e aresta) em substituição ao telhado das basílicas;
*pilares maciços e paredes espessas; 
•aberturas raras e estreitas usadas como janelas; 
•torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e 
* arcos que são formados por 180 graus.
Catedral de Durham
St. Sernin, Toulouse 
Interior da Igreja de Santo Ambrósio , em Milão– os românicos criaram diversas 
soluções para a resolução das abóbadas
Catedral de Durham, Inglaterra – aparecimento da nervura, moldura 
saliente que sublinha as arestas das abóbadas.
Basilica de Saint. Sernin, Toulouse 
Catedral de Durham, Reino Unido
Igreja Abacial de Vézelay, França – sua forma permitia a celebração de 
várias missas simultâneas. Presença do arcobotante.
Abadia de 
Pomposa, Itália. 
Variação da 
arquitetura românica.
 Leveza estrutural, verticalidade e iluminação interna
 Abóbodas nervuradas, arcos ogivais, arcobotantes, 
contrafortes, telhados em madeira e contraventamento
 Em 1250, Trivium (humanista) e Quadrivium (exata)
Catedral de Notre Dame (1211-1311)
Notre-dame de Paris, desenho Viollet-Le-Duc Catedral Ideal, Viollet-Le- Duc
A arquitetura gótica é reconhecida como um lógico sistema estrutural regido 
por princípios de observação das leis da natureza.
Esquema estrutural da abóbada de aresta Construção da abóbada de aresta
Esquema estrutural gótico Construção dos apoios/nervuras dos arcos ogivais
Contraventamento
Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo
ocidental com um movimento cultural marcante na Europa,
considerado como um marco do final da Idade Média e o início da
Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália e difundiu-se pela
Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.
Para Miguel(2003) o pensar individual no Renascimento, com
questionamentos materiais e espirituais possibilitados pelo rompimento
com as amarras impostas pela igreja permitiu o avanço em diversas
áreas do desenvolvimento humano.
Conceito e técnica, pensar e fazer, e todas as posturas e descobertas
associadas a esse renascimento cultural, permitiu, no caso do
arquiteto, a descoberta de métodos projetivos que influenciaram toda
uma geração.
MIGUEL, Jorge Marão Carnielo. Brunelleschi: o caçador de tesouros. Arquitextos Vitruvius. São Paulo, set.2003.
Acessado pela internet: www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq040/arq040_02.asp
 Adoção de formas arquitetônicas da antiguidade (sobretudo romanas)
 Consolidação do profissional arquiteto detentor do “savoir -faire”.
 Arquitetura exclusiva das classes altas: igrejas, palácios, villa.
 Abandono das pesquisas estruturais na arquitetura, uma arquitetura 
“desenhada”, mais que “construída”.
 Florença - Catedral de Santa Maria Del Fiore (Brunelleschi, 1420)
 Pallazzo Valmarana, Vicenza (Andrea Palladio)
 Villa Capra “La Rotunda”(Andrea Palladio e Vincenzo Scamozzi)
Projeto de Arnolfo di Camilio 
Projeto da Cúpula de Brunelleschi
Figura 01 – Santa Maria del Fiore Figura 02 e 03 – Maquete em madeira 
Fonte: http://it.wikipedia.org/ para a cúpula e o lanternim da Igreja, 
Fonte: MIGUEL (2003) Projeto de Arnolfo di Camilio 
Projeto da Cúpula de Brunelleschi
“Com o domínio da técnica, o saber fazer resolvido, 
abre-se a imensa porta que o saber pensar 
possibilita”. Brunelleschi: “Ensina porque tem em 
mente todas as fases do processo construtivo. 
Ensina porque tem o domínio do fazer.” (MIGUEL, 
2003)
Ao descobrir a perspectiva linear Brunelleschi
constitui uma base nova para as artes que
tem no desenho, o princípio, o ponto de
partida para projetar e conceber a arquitetura
como espaço. Interior do Santo Spirito, Florença
Brunelleschi
Capela dos Pazzi, Florença – 1430/44 Brunelleschi
Fachada de Santa Maria Novella, 
Florença – intervenção de Alberti 
em projeto existente, dando 
aspecto renascentista.
Caixa (paredes/estruturas)
Pele (ornamentação)
O palácio, rica morada
dos nobres e mercadores
é um tipo de edificação
que vai se afirmar durante
o Renascimento.
Santo André de Mântua – Leon Battista Alberti, 1470
Ordem “colossal” (pórtico com altura de dois andares)
Igreja da Consolação, Itália.
O ideal: a simetria absoluta, na horizontal e na vertical, racionalismo.
Villa Capra, “La Rotunda” (sec. XVI) –
Andrea Palladio e Vincenzo Scamozzi, 
Vicenza.
Simetria absoluta
Fachadas imitando um templo antigo
Cúpula central
Todos os lados se abrem para a paisagem
 Leon Battista Alberti (1450) e Brunelleschi: perspectiva linear e 
métodos projetivos, separando as funções de projetar daquela de 
executar. O arquiteto diferencia-se do mestre construtor, agora 
pintores e escultores, pelo seu trabalho intelectual;
 O projeto como prioridade principal da obra e a construção relegada 
a um segundo plano 
 Grande avanço na área da engenharia de estruturas: fraqueza dos 
gigantes, resistência proporcional a área, Lei de Hooke, funicular 
das forças, flambagem, etc.
 Na revolução industrial o arquiteto perde o seu prestígio para o 
engenheiro.
 Estrutura aceita (agenda visual e estrutural distintas)
 Profunda ruptura entre a visão profissional do arquiteto e do 
engenheiro 
 Maias, Astecas, Incas (pirâmides e templos em pedra) e 
Indígena Brasileira (habitações de madeira) 
 Ponte suspensa Inca 
Templo Maia das Inscrições
Pedra de 12 ângulos (Inca)
Civilização Maia
Das três grandes civilizações pré-
colombianas os Maias são os mais
misteriosos e provavelmente os mais
antigos. Possuíam um grande
conhecimento astronômico. Suas
pirâmides eram destinadas à
observação dos astros. A civilização
maia estendeu-se por toda a
península mexicana de Lucatã e
zonas do que hoje é a Guatemala,
Honduras, El Salvador e Beli.
Observatório Caracol – Chichén Itzá
Na arquitetura Maia encontram-se dois tipos importantes de construção: a dos 
templos em forma de pirâmides escalonadas, com grandes escadarias íngremes, 
que dão acesso ao topo onde pousa o templo, de planta retangular e na maioria 
apenas um andar.Todo revestido de tijolos, na parte de cima do templo 
encontram-se frontões esculpidos; a dos palácios em geral de um só andar, as 
vezes com embasamento e escadaria de acesso, também tem planta retangular e 
tinham grandes fachadas ornamentadas. Nas duas, encontra-se a falsa abóbada, 
construída a partir da superposição de pedras, pode ser piramidal ou ogival. 
Palácio de Pelenque
Templo de las inscripciones
INCAS - Praça circular do complexo arqueológico 
de Sechín Bajo, a mais antiga construção peruana, 
com 5.500 anos. 
Templo do Sol, Machu Picchu, no Peru
Vale dos Incas - Peru
A arquitetura Inca desconhecia argamassa, cimento e demais recursos 
utilizados para grudar pedras e assegurar que se manterão unidas.
Sendo assim, fazia-se necessário trabalhar todos os ângulos de cada pedra, 
para que se possibilitasse seu perfeito encaixe com as demais rochas ao 
seu redor. Esta é a recordista: doze ângulos trabalhados.
Pedra de 12 ângulos
Pirâmide do Sol
 Habitações indígenas brasileiras
Aldeia Kuikura – Alto do Xingu (ocas, estruturas com amarras de casca de imbira)
Taba (aldeia) tupi-guarani 
Abrigo dos indígenas pampeanos 
A arte barroca estendeu-se por todo o século XVII e pelas primeiras décadas
do XVIII. Sua difusão abrangeu quase toda a Europa e a América Latina, com
manifestações em épocas distintas em cada país. Nascido na Roma dos
papas foi o principal instrumento da religião católica, fundindo-se com as
escolas, tendências e culturas de cada localidade. Apesar de ter uma única
nomenclatura, encontram-se manifestações de variadas linguagens
arquitetônicas, de acordo com cada país e região.
Enquanto o Renascimento foi reconhecido pelo equilíbrio, a medida, a
sobriedade, o racionalismo e o lógico. O período Barroco teve uma procura
pelo movimento, pela ânsia de novidade, pelo amor ao infinito e o não finito,
pelos contrastes e pela audaciosa mistura de todas as artes. Foi dramático,
exuberante, teatral e apelava para o instinto, para os sentidos e para a
fantasia.
Para Heinrich Wolfflin, crítico suíço, as obras barrocas estavam a procura do
movimento, quer real, quer sugerido, a tentativa de representar, ou sugerir o
infinito, a importância dada às luzes e aos efeitos luminosos na concepção da
obra, o gosto pelo teatral e cenográfico na mistura de várias artes.
Igrejas, catedrais, palácios e intervenções urbanas
Basílica de São Pedro Igreja de São Francisco
Palácio de Versalles (LeVau, Hardouin-Mansart e Le Nôtre, 1682)
Ao lado: Igreja Sant`Andrea, Roma 
Christopher Wren, séc. XV
Igreja Sant’Andrea, Roma – Gian Lorenzo Bernini 
Linhas curvas, galilé semicircular
Igreja Santa Maria da Saúde, Veneza 
Capelas reunidas em torno de um octógono
Grande cúpula suportada por contrafortes com volutas.
Palácio Carignano, Turim – Guarino Guarini
Movimento, abertura central
Igreja de São Lourenço, Turim 
Guarino Guarini
A luz como elemento 
fundamental
O Barroco comedido, quase clássico da França – Palácio de Versalles 
Jules Hardouin-Mansart
Praça São Pedro, Roma – Jean Bernini
Propósitos urbanísticos 
A importância da escada –
surgimento de variações
monumentais como a “império”
divide-se em duas no primeiro
patamar. Palácio Madama
O uso de estátuas
femininas – cariátides e,
masculinas – atlantes,
como elemento estrutural
Igreja São Francisco de Assis 
Sua construção em estilo barroco mineiro (3ª fase) teve 
início em 1766 com projeto e risco da portada por 
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
Igreja Nossa Senhora do Rosário – exemplar do 
barroco mineiro, com sua fachada circular .O seu interior 
é bem singelo, com evocação de santos negros.
Perspectiva trompe l’oeil , Andrea Pozzo – Igreja Santo Inácio Roma
 Posturas anti-barroco: funções claramente explicitadas e nada
escondido por ornamentos (Carlo Lodi, Abade Laugier), a
possibilidade de construir deixa de ser essencial ao projeto (Claude-
Nicolas Ledoux e Étienne-Louis Boullée, iluminismo) e arquitetura
dos antigos (Classicismo Renascentista)
Movimento cultural do fim do século XVIII, o Neoclassicismo está identificado
com a retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental em reação ao
estilo Barroco.
O Neoclassicismo propõe a discussão dos valores clássicos, em
contraposição ao Classicismo renascentista, que apenas replicava os princípios
antigos sem críticas aprofundadas.
A concepção de um ideal de beleza eterno e imutável não se sustenta mais.
Para os neoclassicistas, os princípios da era clássica deveriam ser
adaptados à realidade moderna.
Principais características:
* retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos;
* academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às 
regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;
* arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de 
Aristóteles (lógica).
 Após a Revolução Francesa (1789) a evolução do Neoclassicismo foi em grande parte 
inseparável da necessidade de acomodar as novas instituições da sociedade 
burguesa e do Estado republicano.
 Academie d´Architecture fechada pela Revolução Francesa (1789): ações radicais 
pelo ensino da arte como defesa da ameaça da ciência. 
 École des Ponts et Chaussées, fundada em 1747. Tratados exclusivamente técnicos e 
muito especializados.
 Início da Revolução Industrial (1769). Ponte Coolbrookdale (ferro fundido, 1779)
 Uso de materiais nobres, uso de cúpulas monumentais, sistemas construtivos 
simples, pórticos colunados, frontões triangulares, interiores racionais (Memorial 
Thomas Jefferson, EUA)
Ponte Maria Pia, 1877 – 160 m
"Ponte Luiz I"
Foi vencedora a 
proposta da 
empresa belga 
Société de 
Willebroeck 
Como nos aponta Frampton (1997) : “O excesso de elaboração da
linguagem arquitetônica nos interiores rococós do Antigo Regime e a
secularização do pensamento iluminista compeliram os arquitetos do século
XVIII, então conscientes da natureza emergente e instável de sua época, a
buscar um estilo autêntico por meio de uma reavaliação precisa da
Antiguidade. O que os motivava não era simplesmente copiar os antigos,
mas obedecer aos princípios em que a obra destes se baseara.”
(FRAMPTON, 1997, pg 4)
Ainda segundo Frampton, essa busca pela autenticidade arquitetônica levou
a uma grande controvérsia: “em qual das quatro culturas mediterrânicas
– egípcia, etrusca, grega ou romana – deviam procurar o estilo
autêntico? “
Durand, Récueil et parallèle, prancha Temples égyptiens et grecs. Aqui, encontram-
se reunidas séries do tipo templo, com obras da Antigüidade no Egito e na Grécia. 
Fonte: PEREIRA, 2007
Durand, Récueil et parallèle, prancha Temples Ronds. Templos de várias épocas e 
lugares (Grécia e Roma antigas, renascimento italiano) em torno de um tipo de solução 
espacial (templo redondo). Fonte: PEREIRA, 2007
Durand, Récueil et parallèle, prancha Maisons-de-ville, Palais de Justice.
Exemplos medievais, com valor simbólico na tradição das cidades européias.
Fonte: PEREIRA, 2007
NEOCLASSICISMO: Igreja de Sainte-
Geneviève. Arquiteto: Jacques-Germain 
Soufflot, Paris 1755.
Fábrica de Sal – um dos primeiros 
experimentos de arquitetura industrial, 
integração de unidades produtivas e 
alojamento industrial. Claude-Nicolas 
Ledoux para Luis XVI, Arc-et-Senans, 
1773-79.
 1806- Criação da École de Beaux-Arts de Paris com características 
semelhantes a Academie d´Architecture
 A École de Beaux-Arts e a École Polytechnique de Paris, tornam-se 
modelos para o ensino da arquitetura no mundo ocidental.
 Medo de uma vulgarização das artes apoiadapela nova ordem 
burguesa, que considerava os engenheiros incompetentes para 
responder aos seus interesses arquitetônicos.
 Surgimento do esqueleto formado de vigas e pilares
 Os avanços científicos continuam: conceito de módulo de 
elasticidade, distribuição de tensões de flexão, cálculo de vigas 
hiperestáticas, etc. 
 Surgimento do cimento Portland (Joseph Aspdin, 1824) 
Boulevard Haussmanniano – Paris/França, século XIX 
Av. Central – Rio de Janeiro/RJ, começo século XX. 
Estação da Luz – São Paulo/SP, 1901 
Nos inícios do século XX, as exigências da sociedade industrial , a 
aceleração da vida quotidiana , o crescimento urbano mais 
intenso, e a destruição causada pela 1ª Guerra Mundial , levaram 
à necessidade de reconstruir as cidades e de alojar condignamente 
os cidadãos, sendo necessária a adoção de novas soluções 
urbanísticas e uma nova linguagem arquitetônica que pudesse 
construir edificações mais simples e econômica, no entanto ,com 
condições de habitabilidade. 
Nasce o funcionalismo racionalista (levando ao chamado Estilo 
Internacional) e o organicismo.O primeiro dos movimentos em torno 
dos arquitetos alemães Peter Behrens e Walter Gropius e do suíço 
Le Corbusier, e o segundo em torno do norte-americano Frank 
Lloyd Wright e do finlandês Alvar Aalto.
• Relação íntima entre arquitetura e urbanismo;
•Corte radical com o passado: abolição da forma natural, eliminando tudo 
aquilo que se oponha à arte pura;
•Simplificação dos volumes, geometrização das formas: predomínio das 
linhas retas, sólidos geométricos;
•Paredes lisas e, geralmente, brancas, abolindo-se a decoração e 
realçando-se a estrutura do edifício;
•Coberturas planas, geralmente transformadas em terraços;
•Amplas janelas, em fita, ou fachadas-cortina em vidro;
•Elevação do edifício sobre pilares (pilotis), dando a idéia de estar 
suspenso;
•Utilização de novos materiais, pré-fabricados: aço, concreto, vidro;
•Renovação do espaço – casa prática e funcional; abertura de espaços 
interiores – planta livre;
•Interligação com as artes ditas menores, ou aplicadas: escultura, cerâmica, 
tecelagem, metalurgia, marcenaria;
•Nascimento do design industrial.
Algumas Características:
 Consolidação da Revolução Industrial: urbanização, aceleração do 
processo produtivo
 Alguns exemplos do Início do Movimento Moderno:
 Palácio de Cristal-Joseph Paxton 1851, Torre Eiffel- Gustave Eiffel 
1889 (Arquitetura do ferro )
 Casa Milá, 1910 e Sagrada Família-Antonio Gaudí (Art nouveau )
 Colaboração entre arquitetos e engenheiros (Galeria das 
máquinas – 1889, loja Bon Marché- 1876)
 Louis Sullivan (Escola de Chicago): a forma segue a 
função
 Cinco pontos da arquitetura: pilotis, planta livre, 
fachada livre, janelas corrediças horizontais e jardim de 
coberta (Le Corbusier) – valorização da estrutura
 Modernismo no Brasil 1922 (Reidy, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa)
Ingalls building (1903)
Funcionalismo racionalista 
Peter Behrens, Fábrica de Turbinas da AEG, Berlim, 1909 
Walter Gropius, Fábrica Fagus, 
Alfeld an der Leine, 1910
Sir Evan Owen Williams, Fábrica de botas, Beeston, Grã-Bretanha, 1930-32
Walter Gropius, Edifício da Bauhaus, 
Dessau, 1925-26 
Le Corbusier e Pierre Jeanneret, Villa 
Savoye(Les Heures Claires), Poissy-sur-
Seine, 1928-1929
Escala Modulor, criada por Le 
Corbusier entre 1942 e 1948: 
o Homem é a escala da nova 
arquitetura
Gerrit Thomas Rietveld, 
Casa Schröder, Utreque, 1924 
Ludwig Mies van der Rohe, 
Casa Tugendhat, Brno, 1928-30
Frank Lloyd Wright, 
Casa da Cascata (Falling Water), 
Pensilvânia, EUA, 1934 
Organicismo
Ministério da Educação e Saúde Pública – Rio 
de Janeiro, 1936-1943. Lúcio Costa, Affonso 
Reidy, Oscar Niemeyer, Jorge Moreira, Carlos 
Leão e Ernani Vasconcellos, sob consultoria 
de Le Corbusier 
Exemplos Brasileiros
Ministério da Educação e Saúde Pública – Rio 
de Janeiro, 1936-1943. Lúcio Costa, Affonso 
Reidy, Oscar Niemeyer, Jorge Moreira, Carlos 
Leão e Ernani Vasconcellos, sob consultoria 
de Le Corbusier 
 Invenção da argamassa reforçada com ferro (Lambot, 1855)
 Descoberta do aço (Bessemer, 1856)
 Aproximação da arquitetura do progresso técnico-científico 
(Henri Laboustre, Héctor Horeau e Viollet-le-Duc)
 Viollet-le-Duc: esqueleto metálico como equivalente 
moderno do arco ogival gótico, soluções construtivas mais 
econômicas, arquitetura deveria refletir o seu tempo
Lina Bo Bardi - MASP, São Paulo/SP, 1957
Lina Bo Bardi - MASP, São Paulo/SP, 1957
 Surgimento de formas mais livres e complexas 
elaboradas por engenheiros como Eduardo Torroja, 
Robert Maiallart e Pier Luigi Nervi (conóides e 
parabolóides)
 Concreto protendido (Eugène Freysinnet, 1934)
 Domínio da estrutura e tecnologia
 Estrutura como a principal definidora da arquitetura (estrutura 
como arquitetura)
 Falsa high-tech (uso de elementos tecnologicamente elaborados 
sem justificativa técnica)
Waterloo Station (Nicholas Grimshaw, HSBC Headquarters Centre George Pompidou
Antony Hunt) (Sir Norman Foster) (Renzo Piano, Richard Rogers) 
 Pós-modernismo e deconstrutivismo – estrutura 
ignorada
 Estádio João Avelanche (Carlos Port
e Gilson Santos)
Bank of China Swiss Re (Norman Foster)
(I. M. Pei)
Guggenheim New York (Frank Gehry)
 Arquiteto definidor da forma e engenheiro calculista (Frank 
Gehry, Zaha Hadid, Daniel Libeskind)
 Engenheiro-arquiteto (Felix Candela, Santiago Calatrava, 
August Perret, Pier Luigi Nervi) 
 Arquiteto e engenheiro co-autores do projeto (Norman Foster, 
Antony Hunt, Nicholas Grimshaw, Peter Rice, Richard 
Rogers)
Galleria Allan Lambert (S. Calatrava) Victoria and Albert Museum, RU (Daniel Libeskind)
BENÉVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. São Paulo: Editora Perspectiva, 1976.
Frampton, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997
BRASIL ARQUITETURA. Disponível em: http://www.brasilarquitetura.com.br. 
DIAS, L. A. M. Edificações de aço no Brasil. 3ed. São Paulo: Zigurate, 2002.
MIGUEL, Jorge Marão Carnielo. Brunelleschi: o caçador de tesouros. Arquitextos Vitruvius. São 
Paulo, set.2003. Acessado pela internet: www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq040/arq040_02.asp
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. A Concepção Estrutural e a Arquitetura, São Paulo: 
Zigurate Editora, 2000.
MACDONALD, Angus J. Structure and Architecture. Second edition. Oxford: Elsevier, 2001.
SALVADORI, Mario; HELLER, Robert. Estructuras para Arquitectos. Kliczkowski Publisher, Buenos 
Aires, 1998.
.
PEREIRA, Sonia Gomes. A Historiografia da Arquitetura Brasileira no Século XIX e os 
Conceitos de Estilo e Tipologia. In: 19&20 - A revista eletrônica de DezenoveVinte. Volume II, 
n. 3, julho de 2007. Disponível em: http://www.dezenovevinte.net/19e20/

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