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Apostila CHII Artes Visuais 2019 8o ano 1

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Colégio Pedro II – CAMPUS Humaitá II 
Apostila de Artes Visuais 
Elaborada em 2019 pelo Prof. Leandro Souza 
Coordenadora de Disciplina Profa. Ma. do Carmo Potsch 
Estudante: __________________________________________________________ No: _____ Turma: _____ Data: ___ / ___ / ___ 
A Arte Brasileira 
entre os séculos XVI e XVIII 
Arquitetura 
e Arte no 
Brasil Colonial 
e Barroco 
8º ano do Ensino Fundamental 
Planitz , Mosteiro de São Bento, RJ 
Manoel da Costa Athayde, Igreja de São Francisco de Assis (Ouro Preto, MG) 
Aleijadinho, Santuário de Bom Jesus de Matosinho, Congonhas do Campo (MG) 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De maneira bastante explícita as pinturas de Arjan evidenciam as dores da colonização e 
da opressão escravocrata – ainda tão presentes em nossos conflitos sociais cotidianos – 
mas fazem isso com uma exuberância violenta da forma, que não se deixa domesticar em 
ilustração. A violência da sensação e não a do espetáculo, como dizia Deleuze. Ser mais 
que ilustração e espetáculo é o que nos puxa para dentro das pinceladas, nos retêm a 
atenção, nos põem em um estado de intensidade maravilhada diante do mero aparecer de 
formas e cores. As imagens intensificam as formas e vice-versa. 
Por Luiz Camillo Osorio (http://agentilcarioca.com.br/artista/arjan-martins) 
ARQUITETURA E ARTE 
no Brasil Colonial 
Para pensar... 
 
A obra do artista contemporâneo Arjan 
Martins nos desperta o olhar quanto ao 
processo de colonização e sobre suas 
consequências nas manifestações 
artísticas e culturais em nosso país. 
No entanto, o artista subverte a visão 
clássica e eurocêntrica da história 
hegemônica da formação socioespacial 
do Brasil, cuja ocupação se deu a partir 
da extensa costa brasileira. 
Você sabe quais estados foram 
marcados pela ocupação 
portuguesa? 
N 
Arjan Martins, O triângulo do Atlântico 
Use o leitor de códigos 
nas imagens e veja a 
versão original. 
 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 3 
 
 
MANIFESTAÇÕES 
ARTÍSTICAS 
 
Pintura 
Arquitetura 
Urbanismo 
Música 
Literatura 
Contexto 
O termo ARTE COLONIAL se refere a um conjunto de manifestações 
artísticas ocorridas no nosso país no período em que éramos colônia 
de Portugal. Diz respeiro à criação artística que servia ao 
pensamento dos colonizadores, a partir do modelo de exploração 
europeu. Este período vai de 1534, momento da implantação das 
primeiras Capitanias Hereditárias, até 1822, ano da proclamação da 
nossa independência. O termo “Colonial” diz respeito à situação 
política do Brasil naquele momento, isto é, ao fato de sermos uma 
colônia de Portugal. 
SÉCULOS 
XVI a XVIII 
FASES 
BARROCA 
(1700 A 1808) 
MISSIONÁRIA 
(1500 A 1700) 
Acervo fotográfico pessoal, Prof. Leandro Souza 
(Acima: São Miguel das Missões – RS e abaixo, Congonhas do Campo, MG)) 
Quando... 
 
Entre os séculos XVI e XVIII uma vasta literatura e iconografia foi produzida. Alguns artistas documentaram 
visualmente a fauna, flora, geografia e povos que aqui havia para que o imaginário europeu fosse saciado 
com imagens. 
A partir de 1530 a colonização é impulsionada pela criação da política de colonização com as Capitanias 
Hereditárias e fundação das primeiras vilas. Em 1549 é fundada a cidade de São Salvador da Bahia de 
Todos os Santos, capital do estado da Bahia, e destaca-se por sua criação em terreno elevado, onde foram 
construídos o palácio do governador, residências e a maioria de conventos e igrejas. 
Ainda no século XVI foram fundadas Olinda, em 1535 e o Rio de Janeiro, em 1565, as quais tem em 
comum o fato de terem sido criadas perto do mar, mas sobre terrenos elevados, onde na parte alta 
abrigava-se a área habitacional e administrativa e na parte baixa, o comércio e a zona portuária. Tal 
organização lembra as principais cidades portuguesas, como Lisboa, Porto e Coimbra. Este processo dura 
até 1822, quando é proclamada a independência de Portugal. 
Atividades econômicas 
Extração vegetal (Pau-Brasil e diversas 
madeiras de lei), fumo, cana-de-açucar, 
pequenas lavouras, mineração e café. 
Engenho com capela, Frans Post, 1667 
É importante lembrar que... 
Este período da história brasileira é marcado 
pela escravidão de povos originários, ou seja, 
os ameríndios que aqui habitavam e 
posteriormente, pelos povos africanos. 
ESTILOS 
do Brasil Colonial 
 
Colonial 
Barroco 
Rococó 
Neoclássico 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eckhout, Homem Tupi, 1643 
Paisagem de Pernambuco com Casa-Grande , 1665 , Frans Post 
Artistas Viajantes 
 
A produção visual destes artistas está ligada ao ato de viajar. 
Seus desenhos, gravuras e pinturas tem compromisso 
documental e acompanham deslocamentos no espaço, 
descobertas de paisagens e tipos humanos. Estão integrados às 
expedições artísticas e científicas nas Américas. 
Frans Post, Rio São Francisco, 1638 Frans Post, Recife e Itamaracá, 1647 
Pintura 
 
Até a independência, a pintura deste período era essencialmente religiosa, com exceção da pintura por meio 
dos pintores holandeses que estavam com o príncipe Maurício de Nassau, na ocasião da invasão de 
Pernambuco, junto aos demais cientistas e militares. No século XVII, os artistas Frans Post e Albert 
Eckhout criaram registros artísticos do cenário brasileiro da época por meio de pinturas, gravuras e 
desenhos. Entre 1637 e 1644, Eckhout e Post estiveram no Brasil como criando imagens que apresentam 
o Nordeste brasileiro, retratando a topografia, as paisagens, a fauna, a flora e as habitantes do Brasil daquele 
período. Os quadros produzidos por apresentam simultaneamente um caráter documental, porque nos 
permite “ver” o Brasil daquele período, conhecer sua topografia, sua vegetação, sua paisagem, as principais 
frutas, ainda desconhecidas da Europa, as atividades econômicas daquele período da história brasileira. 
Além de uma feição artística em que podemos ver a luminosidade e a presença da natureza exuberante. 
São raros testemunhos de uma realidade nunca antes observada, telas com o inevitável impacto da 
revelação da natureza dos trópicos para o mundo europeu. Apresentam habilidades artísticas inegáveis, em 
composições de grande qualidade cromática, de luminosidade e de desenho. 
 
 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 5 
 
 Azuleijaria 
 
O tipo de pintura de natureza cerâmica muito utilizada no Brasil durante a primeira fase da colonização 
estava vinculado à azulejaria. O azulejo pode ser descrito como uma placa vidrada e pintada em uma das 
faces, enquanto no lado oposto apresenta fendas ou relevos que permitem a sua fixação com algum tipo 
de argamassa a uma parede. O termo tem origem árabe e está relacionado a cor AZUL, e se presta à 
composições decorativas de diversos temas. Como forma de ornamento foi muito utilizado na Península 
Ibérica, local de onde herdamos seu uso. No Brasil o azulejo era utilizado como forma de ornamentação de 
duas maneiras: como revestimento ou decoração de fachadas e como representação de temas sagrados, 
relacionados à religião. 
 
Imagens do Museus do Azuleijo, Lisboa 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura 
É importante lembrar que a manifestação artística no Brasil colonial, entre os séculos XVII e XVIII, enquanto 
colônia portuguesa, deu-se pela pintura e também pela arquitetura de forma bem distinta devido à forte 
influência do estilo arquitetônico de Portugal. 
No século XVI, o Brasil foi bastante negligenciado pelos portugueses, pois sua madeira e açúcar não se 
equiparavamàs especiarias do Oriente e nem mesmo ao ouro aos escravos da África – como fonte de 
riqueza. O desastroso resultado da guerra com os holandeses no Oriente, a perda do tráfico nas especiarias 
e a ruína de Goa, como centro comercial, obrigaram Portugal a voltar sua atenção a suas possessões no 
continente americano. O deslocamento do interesse das Índias para o Brasil, na segunda metade do século 
XVII, explica por que os exemplos mais interessantes da arquitetura colonial portuguesa do século XVI e 
início do XVII se encontram em Goa e arredores, enquanto as obras mais notáveis do fim do século XVII e 
do XVIII foram corrigidas em Salvador e nas capitais de suas províncias subsidiárias. (BURY, 1990) 
Pateo do Collegio, São Paulo 
 
Urbanismo 
A ocupação do território brasileiro não 
trouxe consigo uma tradição firme ou bem 
definida de planejamento urbano (BURRY, 
1990). Até os dias atuais, nossas cidades 
são marcadas pelo modo como foram 
ocupadas, e por este motivo, é importante 
conhecermos a evolução urbanística e 
arquitetônica do Brasil para que possamos 
compreender as origens do desenho e do 
modo de vida das nossas cidades. 
Urbs Salvador, John Ogilby, 1600-1676 
No início, ruas, cidades e demais 
espaços eram construídos a partir da 
geografia local e de acordo com seus 
acidentes geográficos, ou seja, o relevo 
terrestre e suas possibilidades definia o 
que seria erguido no local. Sendo assim, 
não havia planejamento antecipado ou 
uma forma geométrica que definisse o 
desenho da organização espacial. 
Neste contexto, destacam-se os fortes e 
igrejas, os quais eram construídos em 
locais altos ou estratégicos, por motivos 
de segurança, e próximos ao litoral, 
como entrada ou fundos de baías, de 
modo que fosse garantidos o domínio e 
a defesa da terra. 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 7 
 
 
 
Arquitetura Militar 
 
Receberam mais investimento em termos de 
mão de obra pois eram desenvolvidos pelos 
engenheiros militares e tinha como função a 
proteção do território. Suas principais 
contruções são os fortes e as fortalezas. 
Estão em espaços cuja localização 
possibilita a vigilância e a ampla visibilidade 
como altos de montanhas, entradas de baías 
e ilhas. 
 
Principais características 
 
 
Simetria 
Simplicidade da forma 
Uso das formas geométricas 
Paredes caiadas de branco 
Formas estáticas e regulares 
Estabilidade 
Materiais resistentes 
Localização estratégica 
Forte de Caopacabanca, Rio de Janeiro 
Fortaleza de Santa Cruz, Niterói 
Vistas Superiores da Fortaleza de Santa Cruz, Niterói 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 8 
 
 
Arquitetura Civil 
 
Marcada pela simplicidade, a arquitetura civil brasileira utilizava materiais improvisados e precários, e 
também mão de obra sem especialização, nos moldes europeus. Afim de baratear as construções, eram 
utilizadas a taipa de pilão nas paredes externas, as casas geminadas e fachadas pintadas de branco, 
para assemelhar-se às igrejas. Somente portas e janelas recebiam cores. A distinção entre casa e igreja se 
dava no tamanho dos prédios, sendo a igreja muito maior em escala. Devido às chuvas constantes em clima 
tropical, a criação de telhados de barro moldados manualmente, utilizando as coxas dos escravos, sendo 
esta a origem da expressão “fazer nas coxas”. O método produzia peças abauladas e alongadas, porém 
desiguais e, portanto, criava telhados desiguais. Foi muito importante para escorrer a água das chuvas dos 
trópicos. São também características do estilo colonial: jardim interno arborizado, portas e janelas voltados 
para a rua, cantaria de pedra aparente e nos sobrados as portas eram amplas na parte térrea. 
 
Espaco Urbano 
 
 Baseava-se essencialmente na mão de obra de pessoas escravizadas, era simplificada e com adaptações 
tecnológicas de acordo com a disponibilidade de materiais, conforme vimos acima. Nas pequenas cidades e 
vilarejos, as ruas possuíam aspecto uniforme, com casas e sobrados. Suas diferenças fundamentais 
consistiam no tipo de piso: assoalho no sobrado e chão batido na casa térrea. Definiam-se assim as relações 
entre os tipos de habitações e os estratos sociais. Sobrado significava riqueza e casa térrea, pobreza. Por 
essa razão, os andares térreos dos sobrados eram utilizados por escravos, animais ou ficavam vazios. Os 
exemplares mais ricos apresentavam maiores dimensões e maior número de peças. Os exemplares mais 
ricos ficavam nas esquinas, com variações mais importantes, havendo a possibilidade de aproveitar as duas 
fachadas sobre a rua. A preocupação estrutural demonstrava a intenção colonizadora de garantir às vilas e 
cidades brasileiras uma aparência portuguesa. As casas eram construídas seguindo um padrão de 
dimensões, portas, janelas, altura alinhadas com as edificações vizinhas. 
TAIPA DE PILÃO 
A parede de taipa é constituída de 
blocos de barro comprimido dentro de 
uma forma de madeira chamada taipal. 
Abriam-se valas no chão e aí se socava 
o barro. A seguir armavam-se os taipais, 
em formas de caixas dentro do qual o 
barro seria comprimido e adquiria a 
forma retangular do tijolo. 
Arquitetura de casa e sobrados em São Luís do Maranhão 
CASA GEMINADA 
Construção de residências ligadas 
umas as outras, simétrica que 
compartilha a mesma estrutura, 
alvenaria e telhado uma com a outra. 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paraty, Rio de Janeiro 
Rua dos Judeus, Recife 
 
Arquitetura Colonial 
residencial térrea 
 
 - parades brancas; 
- janelas com vidros quadrados; 
- janelas com arco abatido; 
- sobrancelha; 
- porta com arco abatido; 
- telhado aparente; 
- cantaria; 
- cunhal; 
- beiral; 
- cor somente nas portas, beirais e 
detalhes. 
 
Arquitetura Colonial 
Residencial de sobrado 
 
 - parades brancas; 
- amplas portas com arco 
abatido; 
- janelas com arco abatido; 
- balcão ou guarda-copo em 
ferro ou madeira, com detalhes 
simples; 
- cantaria em pedra; 
- cunhal; 
- telhado aparente; 
- cor nas portas, janelas ou 
detalhes; 
- treliças. 
O arruamento seguia um desenho determinado pelos acidentes geográficos, com as casas geminadas e 
uma pequena calçada em frente ao casario. As ruas eram pavimentadas com pedras de formatos 
irregulares no passeio que eram denominadas de ‘pé-de-moleque’. Veja abaixo mais exemplos de 
arquitetura civil brasileira: 
 
Aqueduto da Carioca, Marc Ferrez, 1896 Sobrado da Madalena, Recife 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 10 
 
 
 
 
 
Arquitetura Religiosa 
 
Denominação das construções arquitetônicas que servem à realização de cultos religiosas e rituais. No 
Brasil colonial são organizados basicamente em capelas, igrejas e mosteiros ligados ao catolicismo. 
 
Principais características 
 
- frontão triangular; 
- paredes caiadas de branco; 
- simetria; 
- construção em terreno elevado ou no centro das praças; 
- uso de azulejo como revestimento ornamental; 
- pintura no teto das igrejas; 
- nas regiões mais pobres apenas uma torre sineira; 
- escala de altura superior as das casas; 
- imaginária (imagem de santos) trazida de Portugal; 
 
 
 
Espaco Rural 
 
 As fazendas, dedicadas à cana-de-açúcar, também 
conhecidas como engenhos, abrigavam: fábrica, casa-
grande, senzala e capela, principalmente. Entre os 
séculos XVI e XIX, estas construções ocuparam quase 
todo o litoral brasileiro, com maior concentração nos 
estados de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São 
Paulo. A construção de destaque nos engenhos mais 
ricos ficava por conta das capelas, cuja concepção 
artística e arquitetônica incluía a utilização de materiais 
nobres e profusamentedecorada. 
Engenho de Açúcar, Nordeste brasileiro, Henry Foster, 1816 
Capela Santa Bárbara, Niterói Igreja de Santa Rita, Paraty 
Enquanto a arquitetura civil do período colonial foi 
marcada por enorme simplicidade em suas soluções, 
a arquitetura religiosa, representada por diferentes 
ordens (jesuítas, Beneditinos, Franciscanos e 
Carmelitas) produziu obras de grande beleza que 
perduram até hoje. Isso se deve à preocupação de 
fazer da igreja uma instituição forte e de grande 
poderio. Durante muito tempo, inclusive, as igrejas 
foram enviadas para cá, pedra por pedra, de Portugal, 
sendo apenas montadas no Brasil por arquitetos 
locais ou portugueses. 
 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 11 
 
 
 
 
 
 
 
A obra de Adriana Varejão promove uma articulação entre pintura, escultura e arquitetura, revisitando elementos e referências 
históricos e culturais. Especialmente criada para o espaço a partir de um painel original em apenas uma parede, a obra 
Celacanto Provoca Maremoto (2004-2008) vale-se do barroco e da azulejaria portuguesa como principais referências históricas, 
mas também da própria história colonial que une Portugal e Brasil: afinal de contas aqui estamos nos domínios do mar, o grande 
elemento de ligação entre velho e novo mundos no período das grandes navegações. Colocados nos painéis formando um grid, 
os azulejões fazem referência à maneira desordenada e casual com a qual são repostos os azulejos quebrados dos antigos 
painéis barrocos. Assim, o maremoto e as feições angelicais impressas nas pinturas formam esta calculada arquitetura do caos, 
com modulações cromáticas e compositivas, remetendo à cadência entre ritmo e melodia. 
Em https://www.inhotim.org.br/inhotim/arte-contemporanea/obras/celacanto-provoca-maremoto/ 
 
Barroco e Rococó 
Celacanto provoca maremoto, Adriana Varejão 
Para pensar... 
 
A artista contemporânea Adriana 
Varejão traz à tona em sua obra muito 
da visualidade e história do estilo 
Barroco. Ao ler o trecho acima 
percebemos o que a artista retoma em 
suas obras. A obra Celacanto provoca 
maremoto está no pavilhão da 
destinado à artista em Inhotim, maior 
museu de arte a céu aberto da américa 
latina. Descreva quais elementos 
visuais do Barroco compõem esta 
grande obra da artista. 
 
 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 12 
 
 
 
 Contexto 
O movimento artístico se desenvolveu inicialmente na 
Itália (por volta de 1580), e depois se espalhou por 
toda Europa, assim como foi trazido para as colônias 
portuguesas e espanholas na América e na Ásia. 
Enquanto a norma básica do Renascimento 
equilibrava razão e emoção, o Barroco enfatizava a 
emoção, voltava-se para a empolgação e 
sentimentalismo dos espectadores. Nesse aspecto, foi 
um estilo utilizado para persuadir e arrebatar as 
multidões. Na Europa se espalhou por vários países, 
sempre usado para enfatizar algum aspecto 
considerado importante por alguma instituição. 
Prestava-se a persuasão e propagando de aspecto 
religioso, de aspecto político e econômico. O Barroco 
apelava para o realismo e a dramaticidade, a partir do 
uso de contrastes violentos de claro/escuro, das 
formas dinâmicas, uso cenográfico de elementos na 
decoração e ainda, representação de posturas 
corporais dramáticas na pintura e escultura. No 
continente europeu o movimento atendia diversas 
demandas: nos países católicos era adotado com dois 
propósitos, para empolgar e emocionar o fiel - 
principalmente na Contrarreforma e também para 
traduzir o poderio dos reis absolutistas em imagens. 
Nos países protestantes, seu intenso realismo 
apresentava o fruto do trabalho, por meio da 
acumulação de riquezas, fartamente representadas 
nas pinturas de interior e nas naturezas-mortas 
retratados por seus artistas. 
 
Características 
do Barroco Europeu 
URBANISMO 
- Movimento e ideia de totalidade do espaço; 
- A cidade é concebida como uma obra de arte; 
- Diálogo entre as diversas edificações e avenidas, 
ao associar a linha reta à perspectiva e ainda, as 
formas circulares e elípticas; 
 
 
Praça do Vaticano, Roma, Itália 
 
 
 
 
Fonte dos Quatro Rios, 
 
 
 
 
 
 
Igreja de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 13 
 
 ARQUITETURA 
- Fachadas ondulantes com transições entre as superfícies côncavas e convexas criando jogos de luz 
e sombra; 
- Os ornamentos de aspecto exuberante, de alta complexidade construtiva; 
- Colunas torsas ou salomônicas; 
- Volutas e frontões recortados, os medalhões e outros ornamentos que trazem movimento visual às 
superfícies; 
- As formas, geralmente de aparência circular ou espiraladas, trazem ao espírito do espectador 
sensações ligadas à vertigem e ao infinito; 
 
 
 
Pavilhão de Zwinger em Dresden, Alemanha 
 
 
 
Igreja de San Carlo, Roma, Itália 
 
 
 
 
 
Voluta 
Coluna Salomônica 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 14 
 
PINTURA 
- Predominância das linhas curvas e inclinadas; 
- Formas dinâmicas que conferiam as telas um 
aspecto de movimento e ação; 
- Intenso realismo; 
- - Feição dramática; 
- Contraste acentuado entre claro x escuro; 
- Regularidade clássica do Renascimento X 
deslocamento espacial em direção a lateral; 
- A linha que delimita as formas apresentadas nem 
sempre é possível visualizar; 
- Variação de temas (Religião: Itália, Portugal e 
Espanha / Realeza: Espanha e França / Cotidiano: 
Flandres). 
 
 
Narciso, Caravaggio 
 
 
 
Natureza morta com pescado, Clara Peeters 
 
 
 
 
 
 
ESCULTURA 
- Realismo das cenas e formas; 
- Conjuntos escultóricos dramáticos; 
- Representação de sentimentos marcada pela 
tensão entre as figuras; 
- Cenas com drama e emoção por meio das 
posições corporais; 
- Linhas enfatizando movimento, circularidade, 
formas retorcidas e diagonais; 
- Rosto expressivo, profundamente emocional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O rapto de Proserpina, Bernini 
Beata Ludovica Albertoni, Bernini 
 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 15 
 
 
Barroco Brasileiro 
O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, sobretudo portugueses, leigos e religiosos. 
Seu desenvolvimento pleno se dá no século XVIII, 100 anos após o surgimento do Barroco na Europa, 
estendendo-se até as duas primeiras décadas do século XIX. Como estilo, constitui uma mistura de 
diversas tendências barrocas, tanto portuguesas quanto francesas, italianas e espanholas. Tal mistura é 
acentuada nas oficinas laicas, multiplicadas no decorrer do século, em que mestres portugueses se unem 
aos filhos de europeus nascidos no Brasil e seus descendentes caboclos e mulatos para realizar algumas 
das mais belas obras do barroco brasileiro. Pode-se dizer que o amálgama de elementos populares e 
eruditos produzido nas confrarias artesanais ajuda a rejuvenescer entre nós diversos estilos, ressuscitando, 
por exemplo, formas do gótico tardio alemão na obra de Aleijadinho (1730-1814). O movimento atinge o 
auge artístico a partir de 1760, principalmente com a variação rococó do barroco mineiro. 
 
O Barroco no Brasil foi uma arte religiosa ligada ao catolicismo e a contrarreforma. Nessa afirmativa, 
encontra-se a primeira diferença entre o estilo internacional europeu e o estilo nativo do Brasil. 
Desenvolveu-se em nossa terra principalmente na região mineradora, e transformou o ouro em matéria 
prima para grande parte da ornamentação (pintura) das talhas e elementos escultóricos no interior das 
igrejas. Suas obras tinham o intuito de emocionar o espectador, como tentativa de operar convencimento 
tanto na esfera religiosa, quanto na esfera política. 
 
 
 
As primeiras manifestações do espíritobarroco no resto do país estão presentes em fachadas e frontões, 
mas principalmente na decoração de algumas igrejas, também em meados do século XVII. A talha barroca 
dourada em ouro, de estilo português, espalha-se pela Igreja e Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, 
construída entre 1633 e 1691. Os motivos folheares, a multidão de anjinhos e pássaros, a figura dinâmica 
da Virgem no retábulo-mor, projetam um ambiente barroco no interior de uma arquitetura clássica. São 
inúmeras as edificações desse período que nos mostram a variedade de repertório do movimento no Brasil. 
As igrejas apresentam uma unidade Arco formal, todas as suas partes apresentam uma harmonia com o 
conjunto geral que é percebido como um todo indiferenciado. As fachadas apresentam ornamentos que 
estavam ausentes no período colonial, o frontão apresenta aspectos decorativos com volutas, curvas e 
contra-curvas, que abrandam seu aspecto geométrico. 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 16 
 
 
 
 
 
 
Veja na imagem acima as 
diferenças entre o frontão 
colonial e barroco. Esse 
aspecto das fachadas se 
repete com maior 
profusão no interior das 
edificações nas talhas, 
nas colunas, nos 
retábulos, na nave, no 
altar-mor, nos nichos, e 
demais elementos 
decorativos como 
medalhões e almofadas 
que integram as igrejas 
barrocas. 
 
O Retábulo é um 
altar, em que ficam 
as imagens dos 
santos. No Brasil 
muitas vezes tem a 
forma de um nicho, 
são intensamente 
ornamentados no 
período barroco. 
A voluta é um tipo de 
ornato em forma de rolo 
de papel ou espiralado, 
que se aplica tanto 
à arquitetura quanto à 
talha no barroco, período 
colonial as formas eram 
mais simples. 
Escultura 
Tem como características as talhas e relevos com 
representações da flora e da fauna, dialogando com a 
simbologia católica. Há uma quantidade excessiva de 
elementos, vertiginosamente intensos e estimulantes em 
termos visuais, sonoros e olfativos. As formas são inclinadas 
e com linhas curvas, o que provoca a sensação de movimento. 
O rosto é expressivo, deseja emocionar o fiel. Apresenta a 
concepção de mobilidade e circularidade, aludindo muitas 
vezes às nuvens do céu. 
Artistas 
O Barroco nacional contou com a produção visual de artistas negros e mulatos, os quais 
conferiram características próprias às suas criações. Muitas cidades do estado de Minas 
Gerais estavam em pleno desenvolvimento cultural e artístico, devido a rota do ouro, cuja 
exploração conferiu ainda mais riqueza e visibilidade à arte nestes lugares. Neste contexto, 
destacam-se Aleijadinho e Mestre Ataíde. 
 
 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 17 
 
 
ALEIJADINHO 
Antônio Francisco Lisboa (Vila Rica, atual Ouro Preto, Minas Gerais, 1738 - idem, 1814). Escultor, 
entalhador, arquiteto, carpinteiro. 
 
As informações disponíveis sobre sua história dizem que Aleijadinho começa cedo a trabalhar como artesão 
e a fazer serviços nas igrejas de Ouro Preto e nas de cidades vizinhas, como Mariana e São João del-Rei. 
Por ser filho bastardo de pai português e mãe escrava, encontra dificuldades para ser valorizado nos 
primeiros anos em que exerce seu ofício. Mesmo assim, suas obras ganham reconhecimento e realiza 
trabalhos grandes, como a fachada e a decoração da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, 
concluídas nos anos 1790. Embora siga o traçado português das igrejas matrizes, abandona o chamado 
estilo jesuítico, característico das construções religiosas da primeira metade do século XVIII no Brasil. Nesse 
estilo, as fachadas são retilíneas com elementos decorativos simplificados e escassos. A decoração feita 
por Aleijadinho, que talha pedra e madeira, é marcada pela presença do dourado e repleta de detalhes, 
como rocalhas1 e querubins. Menor e com formas mais arredondadas, com torres que apresentam recuo em 
relação à fachada, a igreja é considerada um dos maiores ícones do barroco brasileiro. 
 
Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8614/aleijadinho 
 
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 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 18 
 
 
MESTRE ATAÍDE 
Manoel da Costa Athaide (Mariana MG 1762 - idem 1830). Pintor, dourador, encarnador, entalhador. É 
considerado importante artista do barroco mineiro. Em sua obra observam-se referências aos modelos das 
bíblias e catecismos europeus, como as gravuras de Jean-Louis Demarne (ca.1752 - 1829) e Francesco 
Bartolozzi (1727 - 1815). 
 
Como os artistas-artesãos da época, Athaide segue cânones importados de Portugal. Em geral, as cenas a 
serem executadas eram copiadas de gravuras e estampas de missais e livros sagrados, sendo o artista 
responsável apenas pela adaptação da imagem ao espaço e aos recursos técnicos disponíveis. Por 
exemplo, no caso dos seis painéis imitando azulejo (executados entre 1803 e 1804), que representam cenas 
da vida de Abraão e decoram a capela-mor da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, Athaide 
copia seis gravuras de uma edição francesa da Bíblia ilustrada por Demarne. 
No que diz respeito à pintura de perspectiva de forro, o artista mineiro segue esquema de inspiração rococó 
elaborado em meados da segunda metade do século XVIII, em Minas Gerais: medalhão em forma de "quadro 
recolocado" emoldurado de rocalhas e colocado no centro do teto, sendo sustentado por maciços elementos 
arquitetônicos (pilastra, coluna, arco e frontão curvilíneo), que assentam na parte média das paredes reais 
da igreja. O espaço arquitetônico ilusório tende a ser recheado de anjos, figuras bíblicas, concheados, 
laçarias, ramalhetes de flores e outros motivos delicados que se prendem uns aos outros por curvas e 
contracurvas, dando leveza e ritmo à totalidade da composição. Do mesmo modo, a paleta do artista, rica 
em tons de vermelho, azul, branco, amarelo, sépia e marrom, deve ser compreendida segundo os padrões 
do período. 
 
Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8486/manoel-da-costa-athaide 
 
Fonte: 
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 A Arte Brasileira entre os séculos XVI e XVIII: Arquitetura Colonial e Barroco | 8º ano do Ensino Fundamental 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MESTRE VALENTIM 
Valentim da Fonseca e Silva (Serro MG ca.1745 - Rio de Janeiro RJ 1813). Escultor, entalhador, arquiteto, 
urbanista. Em 1748, é levado por seu pai a Portugal, onde aprende o ofício de escultor e entalhador. Retorna 
ao Rio de Janeiro e, por volta de 1770, abre uma oficina no centro comercial. 
 
O nome do artista aparece pela primeira vez como entalhador na obra de decoração da Igreja da Ordem 
Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em 1772, como discípulo de Luís da Fonseca Rosa. Apesar dos 
acréscimos ornamentais ecléticos do século XIX, ainda são identificáveis características do estilo de Mestre 
Valentim. A talha dourada sobre fundo claro do retábulo-mor é amplamente decorada com motivos rococós 
como guirlandas, buquês de flores, festões de folhas, laços, cabecinhas de querubins, que permitem uma 
sensação óptica de movimento da superfície. Os anjos-meninos caracterizam-se, entre outras coisas, pelo 
rosto arredondado, feições levemente amulatadas, bochechas e olheiras marcadas, lábios com contornos 
definidos, pescoço grosso e curto, olhos saltados e caídos, cabelos abundantes e fios marcados, sinalizando 
o estilo de querubins de Valentim. Destaca-se no conjunto a inclusão de colunas salomônicas típicas do 
barroco joanino no lugar de colunas retas de acordo com um gosto rococó mais classicizante. 
 
No âmbito da arte civil, o artista realiza tanto obras de embelezamento público quanto de saneamento e 
abastecimento de água, executando trabalho originalmente de engenheiros militares. Seu principal 
solicitante é o vice-rei, Dom Luís de Vasconcelos e Sousa. De todas as suas obras,a mais marcante, sem 
dúvida, é o conjunto formado pelo Passeio Público (1783), primeiro jardim de lazer do carioca, e pelo 
Chafariz das Marrecas (1785, destruído em 1896). Seu projeto reporta-se às idéias iluministas de bem-estar, 
civilidade, higienização, progresso, que deveriam transformar a capital brasileira numa cidade moderna. Tal 
projeto simboliza também uma natureza dominada pela razão e ação do homem. 
 
Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa215791/mestre-valentim 
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REFERÊNCIAS E 
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Fontes 
Apostilas do DAV – Departamento de Artes Visuais do Colégio Pedro II 
CHICO MENDES, CHICO VERÍSSIMO E WILLIAM BITTAR – Arquitetura no Brasil de Cabral a Dom João VI\ 
Enciclopedia ItauCultural – http://enciclopedia.itaucultural.org.br 
JOHN BURY – Arquitetura e Arte no Brasil Colonial 
MYRIAM A. R. DE OLIVEIRA, SONIA G. PEREIRA E ANGELA A. DA LUZ – História da Arte no Brasil: textos 
de síntese 
NIREU CAVALCANTI – O Rio de Janeiro setecentista 
PAULO SANTOS - A formação da cidade no Brasil Colonial

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