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etica,legislacao e exercicio profissional em enfermagem

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Onde a ética se encaixa na prática da Enfermagem?
Na atualidade, a área de Enfermagem está estruturada academicamente com instituições de ensino em todo o território nacional, e seu campo de trabalho é bem definido.
A formação ética é indispensável para essa área de atuação, uma vez que, na ação humana, o “fazer” – que se refere à competência – e o “agir” – que se refere à conduta – caminham lado a lado. 
Dessa forma, podemos perceber que o exercício profissional em Enfermagem requer um compromisso permanente com a formação técnica, científica e com os fundamentos ético-legais que norteiam tal prática.
A deontologia médica foi a pioneira das deontologias e se fundamenta em duas leis principais:
Lei natural 
Baseada no sentido espiritualista, impregna a consciência do homem e lhe indica o verdadeiro fim. A lei natural manda praticar o bem e evitar o mal: “O que não queres para ti, não queiras para os outros”.
Lei Jurídica
Representada pela ordem política, não é abrangente a todos os atos humanos; apenas os sociais, os que representam os interesses de indivíduo para indivíduo, e destes para a comunidade quando se faz presente a necessidade da manutenção do equilíbrio da sociedade. A ordem jurídica é uma fração da ordem moral, consequentemente um meio a serviço do homem. A lei jurídica obriga a todos que exercem atividades no território do legislador e torna-o réus quando em consciência, e transgridem os preceitos estabelecidos.
Tipos de responsabilidade
Os conceitos de lei natural e lei jurídica, que acabamos de ver, levam a dois tipos de responsabilidade:
Os conceitos de lei natural e lei jurídica, que acabamos de ver, levam a dois tipos de responsabilidade:
Responsabilidade legal 
Responsabilidade moral
Deontologia da Enfermagem é o tratado onde se encontram os princípios e deveres que orientam e conduzem a atividade profissional, para que se mantenha sintonizada com a própria Enfermagem e, em consequência, com o próprio bem. 
Os conhecimentos científicos visam a excelência do atendimento.
Compete à ética profissional determinar os valores e os princípios que devem orientar a conduta dos profissionais para salvaguardar o cumprimento de suas obrigações, isto é, a realização desses valores e a aplicação desses princípios na prática.
 
A deontologia da Enfermagem compreende as responsabilidades fundamentais dos enfermeiros, os deveres relativos aos clientes, à classe, aos colegas e demais membros da equipe de saúde.
A deontologia está relacionada com a ética profissional. E qual é a definição de "ética"? Um conjunto de normas e condutas que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão, sendo o compromisso do homem para seu exercício tido como fundamental, respeitando seu semelhante.
O objetivo é o relacionamento do profissional com sua clientela e vice-versa, tendo em vista principalmente a dignidade do homem e o bem-estar no contexto sociocultural em que atua sua profissão
A ética está presente como uma dimensão da ética profissional
"Competência" e "qualidade" são conceitos estreitamente articulados, pois: ser competente significa saber fazer bem seu dever profissional.
A dimensão ética está presente na competência profissional como uma medida técnica que diz respeito ao domínio de conhecimentos, de recursos na área de especialização profissional e na dimensão política, de consciência sobre as implicações sociais do trabalho e do compromisso com as necessidades concretas do contexto em que se trabalha.
ASSOCIACAO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM ( ABEN)
È uma sociedade civil sem fins lucrativos que congrega enfermeiros e técnicos de enfermagem
1926
Foi fundada em agosto de 1926, sob a denominação de "Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras".
Como entidade de direito privado, de caráter científico e assistencial, regida pelas disposições do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, na cidade de Montreal, no Canadá, a ABEN foi admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (ICN).
1944
Por um espaço de tempo a associação ficou inativa, até que em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas.
1945
Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945, quando foram criadas seções estaduais e coordenadorias de comissões. 
Ficou estabelecido que em qualquer estado onde houvesse sete enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10.
1952
A Associação foi considerada de utilidade pública pelo decreto nº 31.416/52.
1964
Em 21 de agosto de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem. Com sede em Brasília, funciona através de seções formadas nos estados e no Distrito Federal. As seções, por sua vez, poderão subdividir-se em distritos formados nos municípios das Unidades Federativas da União.
Finalidades da ABEN:
Congregar os enfermeiros e técnicos de enfermagem, incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes;
Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do país;
Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profissão.
A ABEN é constituída pelos seguintes órgãos, com jurisdição nacional:
Assembleia de Delegados
Conselho Fiscal
Diretoria  Central
Conselho Nacional da ABEN (CONABEN)
Agora conheça algumas realizações da ABEN:
Congresso Brasileiro em Enfermagem
Uma das formas que a ABEN utiliza para beneficiar a classe dos enfermeiros, reunindo profissionais de todo o país nos Congressos para fortalecer a união entre os membros, aprofundar a formação profissional e incentivar o espírito de colaboração e o intercâmbio de conhecimentos.
Revista Brasileira de Enfermagem
É um órgão oficial, publicado bimestralmente e de grande valor para a classe, pois trata de assuntos relacionados à saúde, profissão e desenvolvimento da ciência. A ideia da publicação da revista surgiu em 1929, quando Edith Magalhães Franckel, Raquel Haddock Lobo e Zaira Cintra Vidal participaram do Congresso do ICN em Montreal, Canadá.
Em uma das reuniões de redatoras da revista, foi considerada indispensável ao desenvolvimento profissional a publicação de um periódico da área. Em maio de 1932, foi publicado o 1º número, com o nome de "Anais de Enfermagem", que permaneceu até 1954.
No VII Congresso Brasileiro de Enfermagem foi sugerida e aceita a troca do nome para "Revista Brasileira de Enfermagem" - ABEN (REBEN). Diversas publicações estão sendo levadas a efeito: manuais, livros didáticos, boletim informativo, resumo de teses e jornal de Enfermagem.
Sistema COFEN/CORENS – características
O sistema COFEN/COREN (Conselho Federal de Enfermagem/ Conselho Regional de Enfermagem)  encontra-se representado em 27 estados brasileiros, sendo este filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra. Veja algumas de suas características:
Criação:
Em 12 de Julho de 1973, através da lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal e regional de Enfermagem, constituindo em seu conjunto autarquias federais vinculadas ao Ministerio do Trabalho e Previdência Social. Os Conselhos são órgãos disciplinadores do exercício da profissão de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Em cada estado existe um Conselho Regionais, os quais estão subordinados ao Conselho Federal, que é sediado no rio de Janeiro e com exercício federal em Brasília.
Direção:
Os Conselhos Regionais são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa e concorrem a eleições. O mandato dos membros do COFEN/CORENS é honorífico e tem duração de três anos, com direito a apenas uma reeleição. O plenário do COFEN é composto pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos Corens.
Receita:
A manutenção do sistema COFEN/CORENS é feita através da arrecadação de taxas emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações, legados e outros, dos profissionais inscritos nos CORENS.
Finalidade:
O objetivoprimordial é zelar pela qualidade dos profissionais de enfermagem e cumprimento da lei do exercício profissional.
O COFEN e o COREN possuem as seguintes competências:
COFEN:
Normatizar e expedir instruções para uniformidade e procedimentos e bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
Esclarecer duvidas representadas pelos Corens;
Apreciar decisões dos COrens;
Aprovar contas e prospostas orcamentarias de autarquia, remetendo-as aos órgãos competentes;
Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional:
Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.
COREN:
Deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento;
Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes gerais do COFEN;
Executar as atribuições e resoluções do COFEN:
Expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao exercício da profissão, a qual tem validade em todo o território nacional;
Fiscalizar e decidir os assuntos referentes a ética profissional, impondo as responsabilidades cabíveis;
Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto e seu regimento interno, submetendo-os a aprovação do COFEN;
Zelar pelo conceito da profissão e dos que exercem;
Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exercício profissional;
Eleger sua diretoria e seus delegados em nível central e regional;
Execre as demais atribuições que lhe forem conferidas pela lei 5.905/73 e pelo COFEN.
O sistema de disciplina e fiscalização do exercício profissional da Enfermagem, instituído por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por Resoluções do COFEN. O sistema é constituído pelas seguintes áreas:
Área disciplinar normativa:
Estabelece critérios de orientação e aconselhamento para o exercício da enfermagem, baixando normas visando o exercício da profissão, bem como a atividade na área de Enfermagem nas empresas e consultórios, observando as peculiaridades atinentes à classe e à conjuntura de saúde do país.
Área disciplinar corretiva:
Instaura processos em casos de infrações ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos. No caso de empresa, processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e aplicações das penalidades cabíveis, encaminhando às repartições competentes os casos de alçada destas. 
Área de fiscalização:
Realiza atos e procedimentos para prevenir a ocorrência de infrações à legislação que regulamenta o exercício da enfermagem. Inspeciona os locais onde a profissão é exercida, anotando as irregularidades e infrações. Orienta para sua correção e colhe dados para a instauração dos processos de competência do COREN e os encaminha às repartições e representações competentes.
Sindicato de enfermagem:
Sindicato é uma instituição que defende os interesses em comum de seus filiados.
É importante dizer que é facultativo a filiação da pessoa à associação profissional ou sindical (conforme a Constituição Federal de 1988).
Quando a pessoa sindicaliza-se  ela passa a pagar mensalidades ou anuidades descritas por lei.
Bases éticas e legais
Ao contrário do que muita gente pensa, os Conselhos não são entidades de profissionais e, certamente, sua função não é dar proteção a eles.
Para isso, existem os sindicatos, as associações etc. O principal e mais importante papel dos Conselhos é proteger a sociedade, impedindo o exercício da profissão por indivíduos sem a respectiva qualificação profissional.
Sendo assim, podemos compreender que os Conselhos Federais e Regionais são órgãos supervisores na área ética e profissional em todo o território nacional.
Os profissionais de Enfermagem somente poderão exercer suas atividades após o registro de seus títulos no Conselho Regional.
Aspectos éticos e legais do exercício profissional
Convívio social
Atualmente, existem normas em nossa sociedade que regulamentam as relações do ser humano. São direitos e deveres que vão estabelecer as regras para o convívio social.
Em quaisquer formas de organização social, são imprescindíveis as regras básicas da vida coletiva. Seria impossível imaginar a vida em sociedade ou no exercício de uma profissão sem o mínimo de normas disciplinadoras das relações entre seus membros.
Essas regras também se aplicam na atividade profissional e suas atribuições, caracterizando um sentido próprio de sua existência em lidar ou cuidar do outro com dignidade e respeito. Atendem-se, assim, os preceitos éticos da profissão em seu legado moral e social.
A ampliação do papel e da responsabilidade do profissional de Enfermagem, no processo de sua prática, tem interface com outras questões, como as políticas públicas de saúde e os limites de atuação e da autonomia entre as diversas categorias profissionais.
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
Falando especificamente da profissão da Enfermagem, a partir de um levantamento da legislação vigente na área , têm-se apurado as implicações legais e éticas que incidem sobre os profissionais.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais da área.
A lei 7.498/86
Tornou-se necessária então uma análise mais elaborada do que vem a ser a profissão de enfermagem, em seu caráter ético, moral e valorativo, que expressa suas próprias relações no contexto social de normas e princípios a serem seguidos. 
São interesses que vão constituir a relação de trabalho em prol da população.
Respeitam-se assim os princípios da lei 7.498/86, amparada pelo decreto-lei nº 94.406 de 8 de junho de 1987.
De acordo com essa lei, é responsabilidade desses profissionais:
“assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”.
A responsabilidade moral origina-se da obrigação natural do ser humano com base na consciência individual. 
Já no sentido ético, a responsabilidade profissional reflete a obrigação de responder pelas consequências dos atos profissionais – quer por uma ação, quer por atos de omissão. 
Sendo assim, o profissional de Enfermagem necessita assegurar ao cliente uma assistência livre de danos decorrentes de imperícia, imprudência ou negligência.
Infrações iatrogênicas:
Consiste em procedimentos indesejáveis, não intencionais, que interferem de forma negativa na qualidade do tratamento, causando danos temporários ou permanentes, podendo levar o paciente a óbito.
Imperícia:
E quando um profissional executa um procedimento que não é da sua competência. A imperícia se mostra pelo despreparo ou ignorância na ciência de sua profissão.
Imprudência:
Consiste na violação de regras ou leis por parte do enfermeiro, que age de forma perigosa. Ela esta presente quando se sabe a forma correta de se proceder, mas mesmo assim, procede-se da forma errada.
Negligência:
Consiste na falta de atenção ou de cuidado no tratamento do paciente. Quando o profissional omite o cumprimento de seus deveres no atendimento. Em termos jurídicos, a negligencia caracteriza uma falta do profissional de saúde, com ou sem intenção. A pena por negligência consta no código Penal Brasileiro.
Exercício da Enfermagem
É possível caracterizar o exercício profissional de enfermagem em todo o território nacional, que segue as disposições pertinentes à lei nº 7.498/86 e o decreto-lei nº 94.406/87, que regulamenta a referida lei e dá outras providências.
O enfermeiro exerce suas atividades da sua profissão com competência de:
• Direção do órgão da saúde pública e privada;
• Liderança do serviço na instituição;
• Organização do serviço de enfermagem com o seu quadro de auxiliares e técnicos, que são subordinados ao profissional;
• Planejamento, organização, coordenação e execução dos serviços de assistência de enfermagem.
Questões legais e éticas:
O profissional de Enfermagem precisa conhecer as questões legais e éticas que regulamentam o exercício de sua profissão.Em momento algum o enfermeiro pode dizer que não conhece a referida lei de seu exercício, isentando-se de sua responsabilidade. Isto porque o Código Penal, no art. 21, diz que ‘o desconhecimento da lei é inescusável. O fazer errado constitui uma infração quando consciente de seu ato’.
Responsabilidade da Enfermagem
A argumentação dos direitos éticos, que vão transcorrer a vida inteira dos profissionais de enfermagem, vem em conformidade com os pensamentos elaborados e inseridos na ética do profissional em seu exercício ao longo do tempo.
Por conta desse histórico, é necessário destacar a grande transformação da ciência em decorrência do avanço tecnológico da nossa atual sociedade de classes. 
E por que não dizer, o crescimento da globalização e do poder capitalista do mundo atual. De uma forma mais ampla, o enfermeiro age como transformador de todo o processo de responsabilidade social.
Essa evolução traz à tona uma maior exigência por parte dos profissionais de enfermagem, um aprendizado mais substancialmente aprofundado que remete às responsabilidades éticas e legais das categorias de enfermagem citadas.
O Código Penal também se aplica nas atividades executadas pelo profissional de 
enfermagem. 
A inobservância disposta na lei nº 7.498/86, regulamentada pelo decreto 
94.406/87, pode acarretar ao profissional de enfermagem as seguintes ações:
Atos lesivos a vida:
Homicídio;
Infaticidio;
Abortamento;
Indução, investigação
Lesões corporais:
Perigo de contagio ou moléstia grave
Abondono de incapaz
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Exposicao por abandono de recém-nascido
Omisao de socorro
Maus-tratos
Atos lesivos a liberdade individual:
Contra a liberdade pessoal
Contra a inviolidbilidade dos segredos
Atos lesivos ao estado de filiação:
Para suposto, supressão ou alteração do direito inerente ao estado civil do recém nascido
Sonegação de estado de filiação
Atos lesivos a saúde publica
Infração de medida sanitária preventiva
Omissão de notificação de doença
Exercício ilegal da medicina, arte dentaria ou farmacêutica
Curandeirismo
Charlatismo
Uso indevido de substancias entorpecentes
Consulta de enfermagem
A consulta de enfermagem (lei nº 159/93) é um conjunto de ações realizadas pela enfermeira, em uma sucessão ordenada, para conhecer a situação de saúde da clientela e tomar decisões quanto à assistência a ser prestada em seu exercício profissional na lei 7.498/86, e visando às mudanças favoráveis à saúde da população (MARGARIDO; CASTILHO, 2006).
Atuação do enfermeiro
“A atuação do enfermeiro em programas, como por exemplo, o de hipertensão e diabetes, é da maior relevância, por sua visão e prática global das propostas de abordagem não farmacológica e medicamentosa, além de sua participação em praticamente todos os momentos do contato dos clientes/pacientes com a unidade.
O enfermeiro geralmente é considerado pelo cliente/paciente como um profissional de confiança no compartilhamento de seus problemas e questões de ordem física, social, familiar, econômica e emocional. Participando ativamente do acolhimento, ele poderá identificar os casos de maior risco e garantir a qualidade da atenção.
A consulta de enfermagem, ordenada pela lei em vigência de nº 159/83, está ligada ao processo educativo e deve estimular o cliente/paciente em relação ao autocuidado.
Representa importante instrumento de estímulo à adesão aos programas citados. Tal atividade é fundamental no acompanhamento, sensibilizando o cliente/paciente sobre a sua condição de saúde e como seguir o seu plano de tratamento.
 A consulta de enfermagem deve ter sempre como foco principal os fatores de risco que influenciam o controle das patologias, ou seja, as mudanças no estilo de vida aos cliente/pacientes a serem tratados pelos profissionais de 
Enfermagem em seu exercício profissional, e do amparo ético na lei de nº 7.498/86.”
Planejamento da assistência:
O planejamento da assistência nada mais é do que estratégias para prevenir,minimizar ou corrigir os problemas identificados na consulta
Acontece da seguinte forma:
Estabelecimento das metas com ocliente/paciente
Educação do cliente/paciente junto com o profissional de enfermagem
O papel do enfermeiro na hemoterapia e transplante de medula óssea
A resolução 306/2006 descreve o papel do enfermeiro na hemoterapia e transplante de medula óssea:
Explicar o procedimento ao paciente, esclarecendo como é realizado este tipo de tratamento e qual objetivo da terapia.
Responder as dúvidas do paciente e observar se este realmente está disposto a realizar as atividades educativas de hemoterapia e transplante, uma vez que o tenha procurado espontaneamente.
O enfermeiro deve sempre se propor a conversar com o paciente para que suas dúvidas, medos e aflições sejam sanadas.
O enfermeiro como educador Sem o conhecimento e o treinamento adequados em habilidades de autocuidado, os usuários não podem tomar decisões eficazes relativas à saúde. 
O sucesso do enfermeiro é determinado pela sua avaliação constante com o cliente/paciente em sua abordagem.
Lembrando sempre que o enfermeiro como educador, dentro da resolução 306/2006, não deve apenas indicar, demonstrar e conscientizar, mas também realizar a educação permanente, não se prendendo apenas ao problema ou atual patologia do paciente. 
Ele deve tratar a atual patologia e prevenir as futuras, mantendo seu cliente informado dos fatores de risco e possibilidades de adquirir determinadas doenças.
Resoluções COFEN: 223/99, 1456/2014 e 299/2005
Com a expansão da Enfermagem, tornou-se necessário um código de ética e a sanção de leis que norteiem a categoria. 
Em primeiro lugar, levou-se em consideração o direito da população de receber assistência de enfermagem; mas também são considerados os interesses do profissional e de sua organização.
A Lei 7.498/86  descreve bem sobre o exercício profissional da Enfermagem: 
“compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços ao ser humano, no seu contexto e circunstância de vida".  
Resolução COFEN 1456/2014
A primeira resolução que veremos nessa aula é Resolução COFEN 1456/2014:
RESOLUÇÃO COFEN Nº 1456/2014.
Que dispõe sobre o cumprimento de prescrição medicamentosa/ terapêutica a distância.
Art. 1º - É vedado ao profissional de Enfermagem aceitar, praticar, cumprir ou executar prescrições medicamentosas/ terapêuticas oriundas de qualquer profissional da área de saúde, através de rádio, telefonia ou meios eletrônicos, onde não conste a assinatura dos mesmos.
Art. 2º. Não se aplica ao artigo anterior as situações de urgência, na qual, efetivamente, haja iminente e grave risco de vida do cliente.
Art. 3º - Ocorrendo o previsto no artigo 2º, obrigatoriamente deverá o profissional de Enfermagem elaborar relatório circunstanciado e minucioso, onde devem constar todos os aspectos que envolveram a situação de urgência, que o levou a praticar o ato vedado pelo artigo 1º.
RESOLUCAO COFEN 2992005
No decorrer da disciplina vimos eu a ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e a construção do bem estar no contexto sociocultural em que exerce sua profissão.
Ao falarmos de ética profissional, estamos nos referindo ai caráter normativo, e até jurídico, que regulamenta determinada profissão, a partir de estatutos e códigos específicos, assim temos a ética de enfermagem.
O caráter normativo e aplicável tanto para os profissionais de enfermagem como aos estudantes de enfermagem de nível técnico e de graduação. Os estudantes possuem uma norma, a resolução COFEN 299/2005, referente ao estagio curricular.
 Resolução COFEN-223/99Assistência na gravidez
Falando especificamente sobre o período da gravidez, a assistência de Enfermagem, definida como o amparo prestado à futuramãe, começa no anteparto. Sendo um acontecimento especial na vida de uma mulher, a gestação exige adaptações especiais para a promoção da saúde dela e do bebê.
Os procedimentos obstétricos podem ser realizados legalmente por enfermeiros especialistas, conforme a Lei 7.498/86 e a Resolução 223/99 do COFEN . Esta garante ainda ao enfermeiro a emissão do Laudo de Enfermagem para a autorização de internação hospitalar, de acordo com a Portaria SSAS/MS 163/98 do Ministério da Saúde.
Resolução 358/2009
A Resolução COFEN 358/2009 estabelece que o instrumento do processo de enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático em 
Todos os ambientes públicos ou privados em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem. Destaca cinco etapas da assistência:
Coleta de dados ou histórico
Diagnostico
Planejamento
Implementação
Avaliação
A Resolução COFEN 389/2011 e o processo de enfermagem
A resolução COFEN 389/2011 estabelece a disposição sobre a sistematização da assistência de Enfermagem e a implantação do processo de enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e dá outras providências. 
Foram importantes na operacionalização do processo de enfermagem:
A transformação dos conceitos da consulta de enfermagem ao longo dos tempos;
A evolução da sistematização da assistência de enfermagem.
O processo de enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional e a documentação da prática. Assim, a operacionalização do processo evidencia a contribuição da enfermagem na atenção da sociedade
Considerações sobre a Resolução 358 de 2009
Veja alguns exemplos de artigos citados na Resolução 358 de 2009:
Art. 1º O processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem
§ 1º Os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros.
§ 2º Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o processo de saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como consulta de enfermagem.
Art. 2 O processo de enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes.
Antes de continuar essa aula, vamos reforçar o papel do profissional de enfermagem.O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. 
Sabemos que o profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do indivíduo na sua competência ética e bioética.
A Enfermagem é considerada uma profissão comprometida com a saúde, com a qualidade de vida do ser humano e a família. 
O profissional atua na recuperação, promoção, prevenção e melhoria da saúde, com autonomia e com os preceitos éticos e legais do exercício da profissão.
Ele participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde.
Resolução 389/2011
A Resolução 389/2011 fixa como especialidades de Enfermagem, de competência do enfermeiro, as nominadas a seguir:
Aeroespacial
Assistência ao adolescente
Atendimento pré-hospitalar
Banco de leite humano
Cardiovascular
Central de material e esterilização
Centro cirúrgico
Clínica cirúrgica
Clínica médica entre outros
Resolução 292/2004
A resolução 292/2004 normatiza a atuação do Enfermeiro na Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos. O profissional de enfermagem também precisa considerar os preceitos éticos e legais do seu exercício profissional no que se refere à Lei nº 7.498/86. 
Ao enfermeiro cabe o planejamento, execução, coordenação, avaliação dos procedimentos de enfermagem prestados para ao doador de órgãos/ tecidos. Este deverá notificar as centrais de captação e garantir ao responsável legal o direito e o dever de discutir com a família sobre a doação.
Resolução 375/2011 - Conceito
Dispõe sobre a atuação do profissional de Enfermagem no atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar.
Segundo o Ministério da saúde, o atendimento pré-hospitalar pode ser definido como a assistência prestada, em um primeiro nível de atenção, aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática e psiquiátrica, ocorridos fora do ambiente hospitalar, evitando sequelas e até mesmo a morte.
A função do profissional vai depender do espaço físico onde ele estiver trabalhando.o enfermeiro precisa desenvolver uma concepção voltada a área de atendimento pre-hospitalar e intra-hospitalar.
Além dessas funções, ele deve :
Supervisionar e avaliar as atribuições de enfermagem com a equipe no atendimento
Prestar assistência aos cuidados de enfermagem de alta complexidade científica e técnica para os clientes com risco de vida;
Desenvolver treinamento dentro dos programas estabelecidos;
Fazer o controle da qualidade no trabalho com os demais profissionais.
O CFE, no exercício pleno de sua profissão, estabelece a sua competência com a Lei nº 5.905/73, resolução 375/2011, que atualiza os valores mínimos da tabela de honorários de serviços de enfermagem.
 
Fundamentado pelo Decreto-Lei 94.406/87, dispõe sobre a necessidade de normatizar a remuneração pelos serviços prestados à comunidade, acompanhando para isso os indicadores financeiros vigentes.
Resolução 301/ 2005 – Artigos
Conheça alguns artigos referentes a Resolução 301/2005:
• Art. 1º - Fixar os valores mínimos dos honorários pela prestação de serviços de enfermagem, constante da tabela anexada ao ato resolutivo.
• Art. 2º - Quando a prestação de serviços de Enfermagem ocorrer em horário noturno, ou nos fins de semana e feriados, haverá um acréscimo de 20% sobre os valores previstos na citada tabela.
• Art. 3º - A critério dos COREN, poderá ser baixado um ato decisório, estabelecendo, na sua jurisdição, valores mínimos diferenciados da tabela anexa, observando o teto mínimo fixado, podendo ainda ser acrescentadas outras atividades não contempladas nesta resolução, encaminhando ao COFEN para homologação.
Esta resolução baixa normas para a anotação da responsabilidade técnica do enfermeiro, em virtude de chefia de serviço de enfermagem, nos estabelecimentos das instituições e empresas públicas, privadas e filantrópicas.
Podemos caracterizar o serviço de enfermagem como uma função bem peculiar dentro das unidades de saúde, que são constituídas pelos recursos humanos e espaços físicos. 
As chefias dos serviços são atribuições de cada enfermeiro responsável pela sua prática, que se caracteriza pela Lei nº 7.498/86 do exercício de enfermagem, em sua regulamentação pelo Decreto-Lei nº 94.406/87.
O profissional de enfermagem precisa atuar dentro dos princípios éticos, morais e no que tange à sua formação. É isso que, de certa forma, fundamenta esta resolução.
Resolução 302/ 2005 - art. 5º
O art.5° diz:
A carga horária máxima para cada responsabilidade técnica, bem como o quantitativo de Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT) que o profissional poderá requerer, será avaliado pelo COREN, devendo para tanto ser baixado um Ato Decisório específico, que será submetido ao COFEN para homologação.
Resolução 303/ 2005
Esta resolução do COFEN dispõe sobre a autorização para o enfermeiro assumir a coordenação como responsável técnico do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
 
Esta responsabilidade do enfermeiro é um desafio tanto para o profissional e para as instituições geradoras desses resíduos.
A enfermagem é a categoria profissional que se faz presente 24 horas dentro da instituição de saúde, e que apresenta forte anseio parao gerenciamento direto dos resíduos de saúde. 
Assim, fica claro que o profissional de enfermagem precisa conhecer a resolução que o ampara legalmente.
Resolução 304/ 2005 – Conceito
A resolução 304/2005 dispõe sobre a atuação do enfermeiro na coleta de sangue do cordão umbilical e placentário.
O profissional enfermeiro está centrado em questões relevantes, contemplando a bioética e práticas que permeiam suas ações construtivas e reflexivas que perpassam a dignidade humana. 
Neste cenário, o profissional constrói questões que direcionam o seu pleno exercício.
Partindo desse princípio ético e da equidade, o profissional de enfermagem deve fazer valer seus direitos enquanto profissional liberal, oferecendo assim questões que contribuem para o conhecimento técnico-científico e cultural, que o leve a avançar na atuação de pesquisas com a coleta de sangue do cordão umbilical e placentário.
Conheça a seguir um dos artigos da resolução 304/ 2005
Art. 1 -Normatizar a atuação do enfermeiro na coleta de sangue do cordão umbilical e placentário.
§ 1º Para atuação nesta atividade, o enfermeiro deverá estar devidamente capacitado, através de treinamentos específicos, desenvolvidos pelos Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) de referência.
 
§ 2º O enfermeiro desenvolverá as atividades específicas somente em instituições que estejam em consonância com o artigo 5º da Lei 11.105/2005.
§ 3º O enfermeiro deverá, obrigatoriamente, fazer parte da Comissão Interna de Biossegurança (CIBIO), como forma de garantir as Normas Técnicas pertinentes na instituição.
 
§ 4º O enfermeiro deverá estar atento para sua responsabilidade civil e administrativa, determinada pelos capítulos 7 e 8 da Lei 11.105/2005.
 
§ 5º O enfermeiro deverá formalizar as atividades específicas em Protocolo Técnico Institucional.
Aspectos éticos e legais na pesquisa em Enfermagem e Biomédica
Pesquisa em Saúde
Não há sombra de dúvidas que a pesquisa em saúde deve estabelecer conhecimentos que venham a contribuit para o desenvolvimento da área. O objetivo é possibilitar aos profissionais alcançar todas as etapas do conhecimento acadêmico na sua trajetória acadêmica, dentro e fora da Universidade.
Divulgar uma pesquisa cinentífica para alavancar e introduzir conhecimentos específicos é tarefa de responsabilidade moral de natureza de qualquer profissão.Porém, existem mais cobranças por parte dos enfermeiros, pelo fato de lidarem com vidas humanas.
Há também a obrigação de lançar mão da pesquisa como instrumento para alcançar novos meios em ciências e métodos mais práticos, na tentativa de melhorar a prática assistencial da profissão.
Resolução n 466/12
A Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, traz em seu bojo a prerrogativa de se trabalhar com determinadas normas e diretrizes que de certa forma dão sustentação à pesquisa em saúde.
 Especificamente na área da enfermagem, esses princípios são os mesmos aplicados na pesquisa e na pratica da profissão.
Em ambos, o paciente tem direitos que o enfermeiro deve proteger e defender. São eles:
Beneficência
Justiça
Fidelidade
Não maleficência
Autonomia
O que significam vulnerabilidade e grupos vulneráveis?
É quando um determinado grupo se encontra em risco por ter um poder aquisitivo bem inferior ao seu grau educacional ou não apresenta nenhuma condição de ofertar suas condições espontâneas mediante a sua participação ou vinculação de um estudo em que foi pesquisado.
Exemplos de grupos vulneráveis: clientes com transtornos mentais, em coma e detentos.
Importância do consentimento esclarecido
O consentimento esclarecido é um processo pelo qual os pesquisadores asseguram que os sujeitos das pesquisas serão informados sobre os riscos potenciais, desconfortos, incômodos e benefícios de participarem de um estudo, além de seu direito de não participar.
A informação precisa ser apresentada de maneira livre e sem coerção. O consentimento esclarecido é guiado por três princípios:
Ético:
Caracteriza a atuação do profissional enfermeiro na Resolução 196/96, na articulação da pesquisa com o Código de Ética na relevância social, baseando-se no respeito e dignidade humana.
Legal:
No momento em que o ser humano se submete à pesquisa, ele deve estar de acordo com os interesses da pesquisa e da população. Este argumento tem sua origem estabelecida no Código de Nuremberg (sobre o qual falaremos mais adiante).
 
Para validar a questão ética, é necessário assegurar que todos os indivíduos estejam de acordo com o trabalho, e que seus resultados sejam satisfatórios para a sociedade.
Cientifico:
1ª etapa - Apresentar o protocolo de pesquisa, instrumento que contém toda a elaboração da pesquisa e qualifica a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
 
2ª etapa – Apresentar a pesquisa a todos os participantes para verificar o interesse na participação. Eles devem ser informados quanto a seu pleno direito de desistir do estudo. Deve-se ainda destacar os resultados em que a pesquisa foi conduzida e direcionada para a prática da assistência em Enfermagem.
Ética e pesquisa em Enfermagem
Dois documentos simples orientam e ordenam o desenvolvimento das normas e códigos de ética na investigação da biomedicina e da saúde:
 Código de Nuremberg: surgiu na II Guerra Mundial; seus aspectos éticos envolvem a experimentação com seres humanos.
Declaração de Helsinque: Trabalha as diferenças do ambiente terapêutico e não terapêutico, que delineiam os aspectos norteadores da pesquisa clínica (envolvem seres humanos e a pesquisa clínica é justificada em benefício de seus resultados).
Conceito de omissão de socorro:
É obrigação do enfermeiro prestar socorro a quem se apresenta em situação gravíssima e em iminente perigo de vida. 
Se o profissional de enfermagem descumprir uma determinada ação, está praticando a omissão de socorro.
Para o enfermeiro evitar a omissão de socorro, ele deve partir do princípio da dignidade e solidariedade. 
Diante de uma pessoa que se apresente em situação de grave e iminente perigo de vida, não existe uma competência ética, nem legal, de que as condições das ações apresentadas pelos profissionais de saúde sejam eficientes.
Na verdade, não existe a obrigatoriedade de cura ou de preservar o desfecho fatal da pessoa que está sendo socorrida. 
O dever ético-jurídico nada mais é que a prestação do socorro.
A omissão de socorro se caracteriza por uma manifestação da pessoa, e é doloso, voluntário, consciente, daquele que se omite. 
As omissões involuntárias, mesmo que se caracterizem culposas, não se moldam neste tipo e nem são punidas pelas questões jurídicas e deontológicas vigentes. Se não existir prova de que a pessoa praticou dolosamente (conscientemente), não será caracterizada omissão de socorro.
Quando se deve socorrer?
Os profissionais de saúde não são obrigados a atender todas as pessoas, em quaisquer condições, sob o receio de faltar a questão da solidariedade. É necessário que o problema se trate de um gravíssimo perigo.
 
Também não basta que a condição do indivíduo seja grave. Por exemplo: quando o profissional diagnostica uma determinada patologia oncológica, isto não caracteriza uma iminência de se prestar o socorro.
 
Para que uma determinada situação venha causar o perigo, além de grave, deve desencadear algum prejuízo à vida da pessoa, que necessite de uma ação imediata dos profissionais de saúde.
Perigo grave e iminente
Na prática do dia a dia do profissional de enfermagem, há uma enorme dificuldade de se estabelecerem pontos indicativos de “perigo grave e iminente”. 
Isto porque não existe uma tabela ética, deontológica ou até mesmo jurídica, em que se firmem determinados padrões de avaliação de gravidade dos casos. 
Porém, podemos tirar determinados princípios técnicos para estabelecer cada caso.
Não se pede manifestação de mérito, mas uma ação de conforto às possibilidades pessoais e profissionais.Coerentemente, não há que se desculpar quando o profissional não agir, quando a gravidade for pequena. 
Todavia, a existência de risco de uma determinada gravidade justifica o profissional não ter prestado o socorro ao indivíduo.
Para que o enfermeiro identifique as implicações legais através do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem sobre Omissão de Socorro, ele deve estar ciente das suas atribuições a serem prestadas no que diz respeito à assistência.
Ação solidária
O que se quer é a ação solidária, sem qualquer forma de preconceito ou discriminação, quando o indivíduo se encontrar em uma determinada situação de gravidade e iminente perigo de vida. Um exemplo bem claro é a omissão e encaminhamento do paciente a outro estabelecimento, que diz:
Segredo profissional
O segredo profissional se estabelece por confiança, confidência e justiça. O paciente possui total direito à privacidade, ao bem-estar e à segurança em virtude de sua individualidade e de sua dignidade humana.
 
A privacidade e a intimidade são direitos que não se pode alienar ao enfermeiro, por ter obrigação de considerar um profissional de extrema confiança de todas as informações que apresenta o seu cliente.
Revelação inoportuna de segredo
A revelação inoportuna de um segredo nos corredores do hospital pode prejudicar a recuperação do paciente, por levá-lo ao desespero e, muitas vezes, até mesmo ao suicídio. Então, se faz necessário questionar:
O que revelar?   A quem revelar?   O que revelar?
Para fundamentar a base da legalidade como preceito constitucional, a visão da legislação civil e penal se caracteriza por fator de ordem moral e social, que orienta a conduta do profissional. 
Portanto, o enfermeiro pode revelar o segredo quando se tratar de agravos a saúde, relacionados à notificação compulsória .

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