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Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde Aluna: Cristina Bona1 Orientadora: Alessandra de Linhares Jacobsen2 Tutora: Maria Luciana Biondo Silva3 Resumo Este estudo avalia a implantação do prontuário eletrônico do paciente na Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, baseado no volu- me de produção. Foram analisadas quatro ca- tegorias, “Pessoas Atendidas” com acréscimo de 91,46% após a informatização, “Consulta Médica” com aumento de 68,16%, “Consulta de Odontologia”, com acréscimo de 22,96%, e “Atendimentos de enfermagem” que apresen- taram um tímido acréscimo de 8,90%. Confor- me os resultados, a produção total aumentou significativamente após a informatização, com acréscimo de 68,25%. Ressalta-se que não houve um aumento efetivo de atendimentos e sim a captura correta dos dados. Essa diferen- ça reflete diretamente no valor, dinheiro, repas- sado pelo Ministério da Saúde. Palavras-chave: Prontuário Eletrônico. Pro- cedimentos. Gestão e Saúde. Abstract This study evaluates the implementation of the electronic patient record in the City De- partment of Health Florianopolis, based on production volume. We analyzed four pro- cedures, “People Attended” with an increase of 91.46% after computerization, “Medical Consultation” with an increase of 68.16%, which are very significant percentage, “Den- tistry Consultation”, an increase of 22.96 % and “Attendances nursing” that presented a timid increase of 8.90%. According to the results, total production increased signifi- cantly after computerization, an increase of 68.25%. It is noteworthy that there was an actual increase of attendances but the cor- rect capture of data. This difference directly reflects the amount in cash transferred by the Ministry of Health. Key words: Electronic medical records. Pro- cedures. Management and Health. 1 Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). E-mail: crisbona@globomail.com. 2 Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). E-mail: oajac@newsite.com.br. 3 Graduada em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (2000). Especialista (Lato Sensu) em Gestão de Pessoas nas Organizações pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011). E-mail: tutor83@cursoscad.ufsc.br. 14 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde 1 Introdução Na era digital, é raro encontrar organizações que não queiram extrair e analisar informações sobre seus negócios. Neste trabalho, a organização con- siderada é a saúde pública e as informações são sobre usuários desse serviço, diagnósticos em saúde, distribuição de medicamentos e, até, sobre eventos sazonais que podem desestabilizar atendimentos nos diversos estabelecimentos de saúde. De acordo com Dias, Freitas e Briz (2007), na tentativa de capturar uma dimensão maior das diferentes realidades de saúde do paciente, tanto na individualidade quanto na coletividade, podem-se coletar diferentes indicadores de saúde. Estes indicadores foram criados para facilitar a quantificação e a avaliação das informações (OPAS/OMS, 2002). De forma geral, eles apon- tam as características e as dimensões do estado de saúde do paciente, bem como, mostram o funcionamento do sistema de saúde. Quanto a esses dois critérios, vistos em conjunto, nota-se que revelam a real situação sanitária da população; e, além disso, devem servir para a prevenção das condições de saúde dos usuários do sistema. (OPAS/OMS, 2002) Em 2002, aconteceu, em Florianópolis, uma mudança significativa na estratégia de atendimento das Unidades de Saúde. O município desenvolveu e implantou um sistema próprio de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), na expectativa de facilitar o acesso à informação e qualificar o registro de produção (SMS/SC, 2009). São desafios constantes dos gestores da área pública municipal estruturar e obter informações confiáveis, oportunas e personalizadas para apoiar as decisões administrativas (LEITE; REZENDE, 2010) e, assim, avaliar os serviços e programas de saúde. Além disso, o gestor precisa elaborar e controlar o planejamento estratégico de acordo com os anseios da população. Um trabalho de avalição da implantação de prontuário eletrônico bem construído, alinhado com as diretrizes da saúde pública pode ser relevante, pois o resultado pode direcionar o Ministério da Saúde para a criação de estratégias de aceitação e melhoria no processo de implantação de um sistema informatizado, ou seja, para atuar de forma preventiva na identificação dos problemas encontrados, minimizando a rejeição que outros projetos enfrentaram. Face ao exposto, verifica-se a relevância que a avaliação da implantação do prontuário eletrônico do paciente pode trazer ao SUS, identificando o que define valor de sucesso na implantação. Deste modo, é definida a seguinte pergunta de pesquisa: De que forma a implantação do prontuário eletrônico Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 15 Cristina Bona # Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva do paciente na rede pública de saúde subsidia a plataforma municipal de informações no âmbito da atenção primária? Essa pergunta de pesquisa serve de orientação para a condução deste trabalho e será avaliada até a sua conclusão. Para que a resposta seja alcan- çada, os seguintes objetivos específicos se fazem necessários: a) Identificar um conjunto básico de informações referentes ao prontu- ário do paciente, a partir das necessidades dos programas e serviços da atenção básica; b) Identificar quais procedimentos concernentes à atenção básica po- dem ser avaliados quantitativamente antes e após a implantação do prontuário eletrônico; c) Descrever quais informações dos procedimentos médicos, odonto- lógicos e da equipe de enfermagem serão avaliadas; e d) Avaliar, comparativamente, os usos do prontuário em papel e do prontuário eletrônico no que se refere à produção da unidade. Com o avanço tecnológico, a administração pública municipal precisa aproveitar o valor que a informação, em forma de dado, armazenada em repositório proporciona (MARIN; MASSAD; AZEVEDO NETO, 2003). Neste sentido, é fundamental que o gestor público municipal disponha de informa- ções gerenciais e estratégicas adequadas, precisas e em tempo ágil. (LEITE; REZENDE, 2010) 2 Exposição do Tema A saúde constitui um direito social básico para as condições de cidadania da população brasileira. Um país pode ser denominado desenvolvido se a sua população for saudável (BRASIL, 2010). A atenção à saúde envolve todo o conjunto de ações a serem realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nos três níveis de governo (Municipal, Estadual e Federal), para o atendimento das demandas pessoais e das exigências ambientais (NOB-SUS, 1997). Estas ações compreendem três grandes campos, quais sejam: a) assistência, em que as atividades são dirigidas às pessoas, e que é prestada nos âmbitos ambulatorial, hospitalar e especialmente domiciliar; b) intervenções ambientais, incluindo as relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho; e c) políticas externas ao setor saúde, que interferem nos determinantes sociais do processo saúde-doença das coletividades, de que são partes importantes as 16 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde questões relativas às políticas macroeconômicas, ao emprego, à habitação, à educação, ao lazer e à disponibilidade e qualidade dos alimentos (NOB-SUS, 1997). De acordo com Mascarenhas et al. (2005), na realidade apresentada, as organizações públicas municipais, detentoras dos recursos,são forçadas a reorientar suas atividades, de forma que o foco seja o cidadão. Objetivando eficiência, qualidade na prestação de serviços públicos e o desenvolvimento de uma cultura gerencial, as organizações públicas migram do modelo de gestão burocrática para um modelo de gestão pública gerencial. Na tentativa de disponibilizar dados aos gestores para dar suporte a estas ações, o Ministério da Saúde realizou, em 1999, a implantação do Cartão Nacional de Saúde (CNS) (CUNHA, 2002). O projeto do CNS reuniu características típicas das iniciativas de abrangência nacional e/ou interna- cional, tendo como foco a identificação do cidadão do SUS em um sistema de informação; e utilizou a informática e as telecomunicações para integrar informações e construir a base de dados de atendimento em saúde (CUNHA, 2002). Destacam-se os seguintes aspectos do projeto: a) ser um projeto de longo prazo com vários anos para sua completa implantação; b) ter requisitos e objetivos em constante mudança; c) abranger componentes de O&M, para articular funções automatizadas e tarefas complementares não automatizadas; e d) contemplar tecnologias com diversos níveis, de ponta ou obsoletas, durante seu longo prazo de implantação e evolução. (SGI/MS, 2000) Com os dados captados pelo sistema CNS, seria possível gerar uma série de informações e indicadores com o objetivo de qualificar os serviços de saúde, o que permitiria responder a algumas perguntas (BRASIL, 2012), tais como: quem foi atendido, quem atendeu o usuário, onde o usuário foi aten- dido, quando o usuário foi atendido, qual o problema de saúde identificado, qual procedimento realizado, qual medicamento foi prescrito e qual foi entre- gue, quais usuários foram encaminhados e quais exames foram solicitados? Entretanto, essas perguntas ou não foram respondidas ou a informação não chegava ao gestor para a tomada de decisão. (CONASS, 2009) Posteriormente, o Ministério continuou registrando somente dados de cadastro do usuário, ou seja, o registro e distribuição do número do CNS. Nessa nova tentativa, o Ministério da Saúde já investiu no projeto do Cartão R$ 419 milhões e reúne 93,1 milhões de registros de usuários (SALOMON; GUIMARÃES, 2009). Contudo, novamente os profissionais e usuários da saú- de ficaram sem um registro eletrônico das informações e o gestor continuou Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 17 Cristina Bona # Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva sem suporte adequado para formar opiniões embasadas e tomar decisões fundamentadas. A avaliação em saúde, como componente de gestão, tem atualmente um reconhecimento que pode ser identificado nas diversas iniciativas volta- das para sua implementação nas diferentes dimensões do SUS. O objetivo principal da avalição é dar suporte aos processos decisórios no âmbito do sistema de saúde. Além disso, deve auxiliar na identificação de problemas e na reestruturação de ações e serviços oferecidos; e deve avaliar a inclusão de novas práticas sanitárias e o impacto das ações implementadas pelos serviços e programas. (BRASIL, 2005) Para a compreensão do processo de avaliação, alguns pressupostos foram construídos em oficinas de trabalho realizadas pela Comissão de Avaliação da Atenção Básica, que expressam a posição institucional sobre a avaliação da atenção básica (BRASIL, 2003). Algumas formulações sistematizam o consenso desta comissão, como: a) a avaliação em saúde é um processo crítico-reflexivo referente a práticas e processos dos serviços de saúde, sendo contínua e sis- temática e não exclusivamente de natureza técnica, constituindo-se como um processo de negociação e pactuação entre os envolvidos; b) o processo de avaliação é mediado por relações de poder e não deve ser ignorado por quem tem a responsabilidade de conduzi-lo, sendo importante definir mecanismos que assegurem a participação democrática dos envolvidos; c) a avaliação é uma atividade importante da gestão, e não deve simplesmente ser atribuição de avaliadores externos, mas fazer parte das atividades dos gestores e das equipes de saúde; d) o objeto da avaliação é um objeto em movimento, prin- cipalmente a avalição da atenção básica, onde as três esferas do governo são corresponsáveis e o seu caráter deve ser formativo, pedagógico e reorientador; e e) ao definir o objeto de avalição, deve-se ter o cuidado para que o processo avaliativo expresse toda a riqueza das diversidades regionais e os valores que vêm sendo incorporados ao SUS. A avaliação deve responder se a atenção básica cumpre, durante a exe- cução, a sua função, analisando os obstáculos e que medidas são necessárias para sanar os problemas identificados. De acordo com Brasil (2010), diretrizes, medidas e ações prioritárias estão estruturadas em oito eixos que permitem articular a dimensão econômica e a dimensão social da saúde. Destaca-se, neste trabalho, o eixo da qualificação da gestão, em que são identificadas dificuldades para a consolidação e qualificação da descentralização no campo da gestão pública em saúde. Dentre os diversos fatores, está a fragmentação 18 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde dos sistemas de informação em saúde (BRASIL, 2010). Uma das medidas deste eixo é [...] desenvolver sistema integrado de planejamento, informação, monitoramento, controle e avaliação das ações de saúde com foco no repasse dos recursos federais, viabilizando o estabelecimento de mecanismos de valorização por desempenho a partir de metas pactuadas. (BRASIL, 2010, p. 96) Outra medida é “adotar, em âmbito nacional, o CNS com o Registro Eletrônico de Saúde (RES) para a atenção integral, visando maior efetividade no atendimento do SUS” (BRASIL, 2010, p. 96). Ressalta-se que a qualidade de um indicador depende da qualidade dos sistemas de informação (registro, coleta, armazenamento e regras de negócio) e das características que serão utilizadas na construção deste indicador (quantidade de casos e tamanho da população em risco) (OPAS/OMS, 2002). Além disso, o grau de excelência de um indicador deve ser determinado por sua validade, ou seja, capacidade de medir o que se deseja; e confiabilidade, capacidade de reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições semelhantes. (OPAS/OMS, 2002) Sugai (2010) afirma que a relação dos sistemas de informação com o desenvolvimento de tecnologias a serviço da saúde está no aprimoramento de processos que fortalecem o uso da informação na base da prestação de serviços; e destaca a importância dos sistemas estarem alinhados com o plano estratégico institucional do Ministério da Saúde, Mais Saúde: direito de todos (BRASIL, 2010) e serem aderentes às suas áreas de atuação, quais sejam: atenção à saúde, vigilância, gestão e financiamento da saúde, controle social, profissionais de saúde, disseminação de informação, ensino, pesquisa e desenvolvimento. Além disso, devem contemplar os envolvidos, que são: cidadãos, profissionais, município, estado, governo federal e saúde suplementar. E ainda, Sugai (2010) destaca que somente é possível gerenciar a produ- tividade e a efetividade dos serviços de saúde com a utilização do prontuário eletrônico. O novo modelo proposto pelo CNS, com o registro eletrônico em saúde, deve integrar os estabelecimentos de saúde em teias e possuir elemen- tos de integração entre os demais sistemas de informação. Porém, a lógica do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (CNES) está voltada para o faturamento e não para a qualificação do profissional e dos dados de saúde (SUGAI, 2010). De acordo com Silva (2010), o Ministério da Saúde disponibiliza níveis de agregação das informações que podem estar na forma Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 19 Cristina Bona# Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva de microdados, dados agregados, indicadores e sumários. O sumário é utilizado para visualizar o resumo da situação de saúde em um determinado espaço ge- ográfico; os microdados são arquivos dissemináveis que permitem a realização de downloads, consultas on-line e também fornecem dados anônimos (sem identificação do indivíduo); os dados agregados permitem consultas em base de dados on-line; e dados anônimos, podem ser utilizados com os aplicativos TabNet e TabWin (aplicativos disponíveis em: <http://www2.datasus.gov.br/ DATASUS/index.php?area=040804> e em: <http://www2.datasus.gov.br/ DATASUS/index.php?area=040805>, respectivamente) ou qualquer software que leia arquivos nos formatos DBF (Data Base Files) e CSV (arquivos-textos separados por vírgulas – Comma Separated Values). Com a divulgação dos dados de sistemas nacionais na Internet (TabNet) é possível obter informações sobre estabelecimentos de saúde, profissionais, saúde suplementar e diversos indicadores, como agravos de notificação, mor- talidade hospitalar, atenção básica (PACS, PSF), atendimentos ambulatoriais, imunizações, internações hospitalares, nascimentos e óbitos (SILVA, 2010). Destaca-se que a construção destes indicadores pode variar desde a simples quantificação de incidência de uma determinada doença até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. (OPAS/OMS, 2002) Outra frente de trabalho na tentativa de disponibilizar informações aos gestores é da Prefeitura Municipal de São Paulo, através do SIGA Saúde, que é um sistema integrado de gestão e assistência à saúde pública (VALENTE; AHAGON, 2003). As áreas de interesse em que o sistema SIGA Saúde é utilizado são estabelecimentos de saúde, profissionais, usuários do SUS, procedimentos, equipes de saúde, vacinação, vagas, agendamentos, fila de espera, atendimentos e regulação. Porém, vários recursos ainda estão em desenvolvimento, como aqueles relacionados à atualização automática das tabelas do ministério, à notificação compulsória, à saúde bucal, ao prontuário da criança e à saúde mental. (SMS/SP, 2011) Conceitualmente, de acordo com Pinto (2006), o prontuário do paciente é um documento que contém registradas todas as informações referentes a um paciente, sejam elas de caráter identificatório, socioeconômicas, de saúde (evolução histórica, resultados de exames, radiografias, medicamentos receitados e diagnóstico de especialistas.) ou administrativas. Em suma, trata-se de um resumo do histórico clínico do paciente, sendo indispensável na comunicação entre as equipes de saúde e este paciente. 20 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde A diferença do prontuário em papel para o prontuário eletrônico é que as informações de saúde ao longo da vida do paciente estão armazenadas em um repositório de dados, e vários benefícios podem ser obtidos a partir desta forma de armazenamento, como: o rápido acesso às informações de saúde do paciente; acesso ao conhecimento com melhoria no processo de tomada de decisão; melhoria de efetividade do cuidado, o que contribuiria para a obtenção de melhores resultados dos tratamentos; e possível redução de custos, com a regulamentação de alguns procedimentos (MARIN; MASSAD; AZEVEDO NETO, 2003). Das vantagens do prontuário em formato eletrônico pode-se destacar o acesso remoto e simultâneo, ou seja, este pode ser visualizado por vários profissionais em qualquer lugar do mundo; possui legibilidade, clareza de leitura na tela e na impressão; segurança dos dados, sistema projetado com recurso de backup (cópia de segurança) e planos de desastres; confidencialida- de dos dados do paciente, níveis de permissão diferenciados por profissional e monitoramento de acesso; flexibilidade de visualização, apresentação dos dados em ordem cronológica crescente ou não; integração com outros siste- mas e bases de conhecimento; captura automática de dados como imagens e resultado de exames, evitando erro de transcrição; checagem contínua de erro de dados, emitindo alertas ao profissional; assistência à pesquisa, as informações estruturadas facilitam o estudo epidemiológico e as em texto livre podem ser estudadas através de palavras-chave; saída dos dados em formatos diferentes: voz, imagem, gráfico, impresso e e-mail. (SITTIG, 1999 apud MARIN; MASSAD; AZEVEDO NETO, 2003) 3 Metodologia Para a execução desta pesquisa foi utilizada, do ponto de vista dos seus objetivos, a metodologia descritiva. Esta envolveu o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas e levantamento de dados para quantificar a realidade antes e após a implantação. Descritiva porque visou descrever as características de determinados processos e registros de informações estabelecendo a relação entre elas; os fatos foram observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem que o pesquisador interferisse neles. E envolveu também o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática (GIL, 1991). Foram entrevistados dezessete profissionais no total, sendo quatro diretores dos distritos, doze coordenadores das unidades de saúde e um profissional da sede da SMS. As entrevistas aconteceram após a informatização, no período de 2011 a 2012, e durante sua realização não Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 21 Cristina Bona # Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva foi utilizado um questionário estruturado, mas somente um questionamento genérico sobre quais informações eram relevantes para identificar a produção da unidade de saúde, baseado nas diversas informações codificadas da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS. Do ponto de vista técnico, trata-se de um estudo de caso, pois envolveu um estudo exaustivo de poucos objetos, de maneira que permitiu o seu amplo e detalhado conhecimento. O estudo de caso ocorreu em 4 (quatro) unidades de saúde que tinham em sua estrutura, no mínimo, um médico, um odontólogo e dois profissionais de enfermagem (um enfermeiro e um técnico de enfer- magem). Além disso, outro critério para a avaliação foi que a implantação do PEP tivesse ocorrido até o início do segundo semestre de 2011, pois o período para análise dos dados considerou seis meses antes da implantação, em 2010, e seis meses após a implantação, em 2011, no período de julho a dezembro. Para a coleta de dados antes da implantação, foram utilizados os dados preenchidos pelos profissionais nas unidades de saúde através dos formulários pré-impressos denominados Relatório de Atendimento Ambulatorial Individual (RAAI) e Relatório de Atendimento Ambulatorial Coletivo (RAAC). Esses for- mulários, posteriormente, são digitados em um sistema centralizador na sede da Secretaria Municipal de Florianópolis (SMS), denominado RAAI/RAAC. Após a implantação do PEP, a coleta de dados começou a ser feita a partir do sistema informatizado, que utiliza a mesma estrutura de codificação do RAAI/ RAAC manual. Esses dados coletados no prontuário eletrônico, posteriormente, são transferidos via arquivo para o referido sistema centralizador manual. 4 Apresentação e Análise dos Resultados O sistema de prontuário eletrônico do paciente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Florianópolis agrega o registro de várias informações de saúde do usuário, como a evolução, medicamentos prescritos, encaminha- mentos, solicitação e resultado de exames, notificações, ficha odontológica, acompanhamento pré-natal, ficha do idoso, ficha fonoaudiológica e vacinas. Além disso, finaliza o atendimento do usuário com o registro do tipo de pro- cedimento realizado pelo profissional, utilizandoa Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS (BRASIL, 2007). Essas informações auxiliam o gestor no conhecimento da saúde da população e na transferência de dados da produção do município para o Ministério da 22 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde Saúde. A base deste trabalho utiliza essas informações codificadas para a avaliação antes e após a implantação do PEP. O sistema de Florianópolis foi apresentado para diversas Secretarias Municipais de Saúde do Brasil e, também, para o Departamento de Atenção Básica (DAB); e passou a ser utilizado como um sistema de referência nacional para implantação de um prontuário eletrônico. Um importante questionamento feito pelas secretarias e Ministério é sobre como acontece o processo de implan- tação integrado na rede municipal. Para um melhor entendimento de como essa rede funciona, integrada com o prontuário eletrônico, apresenta-se, na Figura 1, o fluxo de informações entre as 51 unidades básicas, 4 policlínicas, 2 unidades de pronto atendimento (UPA) e os 4 centros de atenção psicossocial (CAPS). Em cada unidade, representada na figura, existe um banco de dados (servidor local) com informações específicas daquela unidade e informações dos prontuários eletrônicos de todos os pacientes da rede municipal. Essas informações são sincronizadas com um banco de dados central (servidor de integração) que concentra e redistribui os dados entre as unidades. Figura 1: Estrutura de comunicação das unidades com PEP Fonte: Elaborada pela autora deste artigo Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 23 Cristina Bona # Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva Juntamente com os quatro diretores dos distritos, doze coordenadores das unidades de saúde e um profissional da sede da SMS, foram identificados os procedimentos relevantes, concernentes à atenção básica, para análise antes e após a implantação, como seguem: a) Pessoas atendidas; b) Consulta médica em atenção básica (somente médicos); c) Consulta de odontologia e procedimentos de restauração (somente odontólogos); d) Atendimento de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem). Para o registro de qualquer tipo de procedimento em uma unidade de saúde, é considerada a complexidade da unidade (atenção básica, média complexidade e alta complexidade) e a modalidade do procedimento (am- bulatorial, assistência domiciliar e atenção domiciliar). Essas considerações são necessárias para que os dados enviados ao Ministério da Saúde sejam válidos e não glosem na transmissão das informações. A padronização destas regras auxilia na qualificação dos dados e auxilia o gestor na análise quanti- tativa de produção e atendimento da população de uma determinada área de abrangência. Para a inclusão de um procedimento de “consulta médica na aten- ção básica”, é necessário que o profissional tenha um Código Brasileiro de Ocupação (CBO) cadastrado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e que permita a utilização deste procedimento. Além disso, são considerados a idade e o sexo do paciente. A regra é a mesma para os demais procedimentos, tanto para consulta de odontologia e procedimentos de restauração quanto para atendimento de enfermagem. São considerados “atendimento” (médico, odontológico e de enfermagem) todos aqueles, agen- dados ou não, que o profissional realizou no paciente, independentemente da avaliação diagnóstica ou da conduta. O estudo de caso foi realizado em 4 (quatro) unidades de saúde, per- tencentes a distritos sanitários distintos. O distrito sanitário corresponde a uma região de Florianópolis que comporta um grupo de unidades de saúde distri- buídas geograficamente naquela região. As unidades de saúde selecionadas foram denominadas com codinomes para preservar a sua identidade, uma vez que esta pesquisa vai trabalhar com dados comparativos. As unidades foram denominadas, como seguem: a) UNIDADE A, informatizada em janeiro de 2011; 24 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde b) UNIDADE B, informatizada em abril de 2011; c) UNIDADE C, informatizada em julho de 2011; d) UNIDADE D, informatizada em abril de 2011. Além do critério de estrutura mínima de profissionais (um médico, um odontólogo e dois de enfermagem), também foi considerado que o quantitativo de profissionais da mesma especialidade fosse o mesmo para o período em análise, no caso, julho a dezembro. Para a análise dos dados antes da implan- tação foi considerada a média de produção do período de julho a dezembro de 2010; e para a análise dos dados após a implantação foi considerada a média de produção do período de julho a dezembro de 2011. Pode-se ob- servar que todas as unidades foram informatizadas com o PEP no primeiro semestre de 2011. Desta forma, foi respeitado o critério de sazonalidade. Na Tabela 1, são apresentados os dados detalhados da Unidade A, mês a mês, referentes aos períodos antes e após a informatização. Desta forma, pode-se visualizar a diferença entre os registros das informações, tal como a “Consulta Médica”, que teve um aumento médio de 288 consultas mensais, e o registro de “Pessoas Atendidas”, que teve um acréscimo médio de 1.871 pessoas atendidas na unidade. Esses acréscimos estão representados, também, em gráfico, na Figura 2. Entretanto, no item “Consulta de Odontologia”, não houve uma dife- rença significativa, tanto que no mês de julho/2010, antes da informatização, a produção foi maior que no mesmo período após a informatização. Pode-se considerar que o volume de pacientes é menor, o que facilita a captura da informação. Uma das justificativas para o acréscimo significativo de aten- dimentos com a informatização é que todos os pacientes, para receberem qualquer atendimento na unidade de saúde, devem ser cadastrados no sistema, mesmo sendo um paciente que não pertença àquela unidade e que tenha ido somente retirar um medicamento. Ressalta-se que não houve um aumento efetivo de atendimentos, mas sim a captura correta do registro dos procedimentos realizados na unidade. Tabela 1: Produção antes da informatização - jul/2010 e após informatização - jul/2011 UNIDADE A jul/10 jul/11 ago/10 ago/11 set/10 set/11 out/10 out/11 nov/10 nov/11 dez/10 dez/11 Pessoas Atendidas 1.639 2.925 1.897 3.612 1.529 3.630 1.512 3.627 1.429 3.604 903 2.739 Consulta Médica 215 615 283 310 287 594 178 497 250 582 96 437 Consulta Odontológica 36 25 6 19 11 25 25 24 29 27 10 29 Atendimento de enfermagem 314 521 434 624 362 505 189 542 299 480 184 375 Fonte: Dados primários (2012) Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 25 Cristina Bona # Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva Figura 2: Variação mensal da produção da unidade antes e depois da informatização Fonte: Dados primários (2012) Pode-se observar que, na Tabela 2, a média de atendimento do ano de 2011, após a informatização, nos itens “Pessoas Atendidas” e “Consulta Médica”, foi superior nas quatro unidades analisadas, com acréscimo de 91,46% e 68,16% respectivamente. No entanto, “Consulta de Odontologia” na Unidade C, após a informatização, foi inferior ao registro realizado manu- almente, e mesmo assim teve um acréscimo médio, nas unidades, de 22,96%. Na tentativa de identificar se alguma anormalidade tinha ocorrido no período de julho a dezembro de 2011, foi feito um levantamento in loco e identificado um registro indevido ou registro não efetuado pelo profissional. Todavia, os “Atendimentos de enfermagem” apresentam em duas unidades aumento na produção após a informatização e diminuição na produção nas outras duas, não sendoidentificado nenhum motivo específico para essa oscilação, man- tendo um acréscimo apenas de 8,90%. Tabela 2: Diferença na produção das unidades informatizadas Unidade Média 2010 Média 2011 diferença na prodUção Unidade A Média 2010 Média 2011 Diferença na produção Pessoas Atendidas 1.485 3.356 1.871 Consulta Médica 218 506 288 Consulta Odontológica 20 25 5 Atendimento de enfermagem 297 508 211 Fonte: Dados primários (2012) 26 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde Unidade Média 2010 Média 2011 diferença na prodUção Unidade B Média 2010 Média 2011 Diferença na produção Pessoas Atendidas 477 853 377 Consulta Médica 96 189 93 Consulta Odontológica 11 14 3 Atendimento de enfermagem 126 120 -6 Unidade C Média 2010 Média 2011 Diferença na produção Pessoas Atendidas 1.027 1935 908 Consulta Médica 231 306 75 Consulta Odontológica 40 1 -34 Atendimento de enfermagem 285 165 -120 Unidade D Média 2010 Média 2011 Diferença na produção Pessoas Atendidas 851 1466 615 Consulta Médica 259 289 30 Consulta Odontológica 16 38 21 Atendimento de enfermagem 101 113 12 Fonte: Dados primários (2012) A qualidade no registro correto das informações auxilia os gestores na tomada de decisão e os coordenadores na organização da unidade. A Figura 3 mostra a diferença de captação total nas unidades avaliadas após a infor- matização no ano de 2011. Percebe-se que a Unidade A teve um aumento significativo de 111% na produção, a Unidade B teve uma aumento de 62%, a Unidade C foi a que teve o menor percentual de acréscimo na produção, 49%, mas ainda assim um aumento expressivo, e por fim a Unidade D, que teve um aumento de 51% na produção. Essa diferença reflete diretamente no valor, em dinheiro, repassado pelo Ministério da Saúde para a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis. Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 27 Cristina Bona # Alessandra de Linhares Jacobsen # Maria Luciana Biondo Silva Figura 3: Produção das unidades antes e depois da informatização Fonte: Dados primários (2012) Com a implantação do prontuário eletrônico, foi possível diagnosticar de forma mais precisa as informações referentes ao quantitativo no fluxo de atendimento, necessidade real de profissionais para os atendimentos e a quantidade necessária de medicamentos para suprir o abastecimento. Ainda, esses dados devem ser visualizados de forma prática e integrada, estruturados em listas e/ ou em gráficos, ou mesmo gerar alertas para registros fora do padrão. 5 Considerações Finais Na informatização das unidades de saúde, a complexidade foi identificar o que realmente agrega valor para a saúde pública. A implantação do pron- tuário eletrônico veio ao encontro do desejo e anseio da Secretaria Municipal de Saúde de conseguir, em um único ambiente, as informações da saúde do paciente e a produção das unidades de saúde. Desta forma, pode trabalhar com hipóteses e simulações, procurar relações de causa e efeito e transformar os registros obtidos em informação útil para o conhecimento do gestor e dos colaboradores. Além disso, a implantação do prontuário eletrônico, focado na agilidade, na qualidade e nos critérios de melhoria de operação, minimiza o impacto que a falta de informação ou informação equivocada podem causar na organização estrutural e financeira da Secretaria Municipal de Saúde. 28 Coleção Gestão da Saúde Pública – Volume 5 Avaliação de Implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente na Rede Pública Municipal de Saúde A análise realizada permitiu conhecer, de modo independente e em con- junto, como se comportaram as unidades de saúde que foram informatizadas com o prontuário eletrônico do paciente em relação aos procedimentos e à produção total. Avaliando esta produção, percebeu-se que as mudanças de 2010, antes da informatização, para 2011, após a informatização, são estatis- ticamente significativas e representam uma ampliação média de 68,25 % no número de procedimentos registrados, sem, entretanto, ocorrer um aumento real de atendimentos. Esse aumento, consequentemente, amplia o valor em dinheiro repassado à Secretaria Municipal de Saúde. Os dados fazem supor que a informatização nas unidades de saúde apresentou significativa ampliação na captura correta dos registros de atendimento, pois a forma manual de registro dos procedimentos carecia de qualificação, ou seja, houve uma mudança de um modelo manual para um modelo informatizado. Essa constatação é coerente quando se considera que o número de profissionais que estavam presentes antes e após a informatização era igual e, em muitos casos, eram os mesmos profissionais que já trabalhavam na unidade. Com o resultado dessa pesquisa de avaliação da implantação do pron- tuário eletrônico na rede pública de saúde, a contribuição esperada é que seja compreendida a relevância que um ambiente integrado, com informações estruturadas possa ter no atendimento aos usuários, agilizando e qualifican- do os serviços, além de agregar valor no dado para a tomada de decisão do gestor da saúde e de seus colaboradores. Referências BRASIL. Ministério da Saúde – Portal da Saúde: Cartão Nacional de Saúde – Projeto Piloto; 2001. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/ Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=24401>. Acesso em: 20 jul. 2012. ______. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Mais Saúde: direito de todos – 2008-2011. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. ______. Portaria GM / MS n. 2.848, de 6 de novembro de 2007. Publica a tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais (OPM) do Sistema Único de Saúde. 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