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ASSUNTO DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

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ASSUNTO DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO
São institutos que se interligam para formar o que, em doutrina, se denomina como “Trilogia estrutura do processo”.
O estado tem o dever-poder e a obrigação de realizar o direito, para resolver os conflitos de interesses e preservar a paz social.
A essa função estatal damos o nome de jurisdição. A jurisdição só age se provocada, e o meio de provocar a jurisdição é ação.
Ação, por sua vez, é direito público subjetivo, relacionado à busca por um pronunciamento estatal que vise solucionar o litígio.
Ao meio, método ou sistema que deve ser observado para o exercício da jurisdição, dá-se o nome de processo.
OU SEJA: A jurisdição é provocada mediante o direito de ação e será exercida por meio daquele complexo de atos que é o processo.
PROCESSO X PROCEDIMENTO
Processo: Relação processual entre os sujeitos/atores processuais.
- Atos encadeados/sucessivos.
Procedimento: Ritos; 
- Formas;
CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO:
CONTENCIOSOS A / VOLUNTÁRIA
Contenciosa A: Lide, partes, atividades substitutivas do estado e todos os tipos de sentença.
Voluntária: Ausência de lide, interessados, atividade integrativa (Acordo de vontades) e sentença apenas homologatório.
ELEMENTOS DA JURISDIÇÃO
Decisão dada por 3° imparcial (heterocomposição);
Manifestação de poder;
Atividade criativa (criar nova/outra regra);
Técnica de tutelar direitos;
Atuação em situação jurídica concreta;
Jurisdição é controlada somente por jurisdição.
Art. 485 CPC, sentença sem julgamento de mérito;
Art. 487, sentença com julgamento de mérito;
Art. 932, poderes do relator.
Art. 13, buscar soluções internacionais, tratados, acordos etc.
FUNÇÃO JURISDICIONAL CIVIL
Art. 17, requisitos do processo.
Art. 18, não poderá ninguém pleitear em direito alheio em nome próprio, salvo pelo ordenamento jurídico.
SUBSTITUIÇÃO X REPRESENTAÇÃO
Substituição: “Troca” passivo ao ativo; Poderes p/ falar em nome de outrem.
Representação: Advogado, representa seu cliente.
Art. 19, interesse do autor pode se limita-se. 
Art. 20, Ação declaratória. 
Art. 21.
COMPETÊNCIA
- Conceito:
- Cooperação:
- Competência nacional (limites ao exercício da jurisdição).
LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL - Art. 21 do CPC 
Competência: Enquanto todos os órgãos do poder judiciário rem jurisdição, apenas alguns têm competência.
Sendo assim, competência é entendida como distribuição/ divisão da jurisdição.
Definição: Competência é o limite legal ou constitucional da distribuição da jurisdição.
- Quantidade de jurisdição que é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos.
Para Athos Gusmão Casmino ministro do STJ, “Competência é a medida da jurisdição”.
Grupos de causas: Toda causa (de manda) trazida à juízo possui, necessariamente, alguns elementos que identificam e a diferenciam das demais.
À estes elementos chamamos de identificadores:
As partes;
O pedido;
Os fatos e fundamentos jurídicos.
Recordando:
Art. 21 e art. 22 – Competência ou cumulativa;
Art. 23 - Comp. Exclusiva;
Art. 24 – Comp. Corrente e litispendência. 
Art. 25 – Cooperação internacional;
Art. 26 – Cooperação legal;
Art. 27 – Cooperação jurídica internacional. PODERÁ CAI NA PROVA.
- Tratado; 
- Reciprocidade = direitos fundamentais da CF.
Art. 28 – Auxilio direto;
Art. 36 – Carta rogatória;
Art. 37 ao 41.
Art. 21.  Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único.  Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22.  Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Art. 23.  Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
Art. 24.  A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único.  A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Art. 25.  Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o.
Art. 26.  A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira.
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica.
Art. 27.  A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
DO AUXÍLIO DIRETO
Art. 28.  Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
Art. 29.  A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
Art. 30.  Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos:
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativosou jurisdicionais findos ou em curso;
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Art. 36.  O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
§ 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.
Art. 37.  O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento.
Art. 38.  O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.
Art. 39.  O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública.
Art. 40.  A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960.
Art. 41.  Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização.
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento.
REGRAS PARA DETERMINAR A COMPETÊNCIA
Competência da jurisdição: 
- Qual a justiça competente?
J. Especial x J. comum
Competência originária:
- É competente juiz singular ou órgão colegiado?
Competência de foro ou territorial:
- Qual comarca ou seção judiciária?
Competência de juízo:
- Qual a vara competente?
Específica ou geral
Comp. Interna:
- Qual o juiz competente?
P/ os casos de haver mais de um juiz competente dentro do mesmo juízo (ou várias comarcas/ Turmas).
Comp. Recursal:
- Qual órgão é competente p/ apreciar dado recurso?
DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA
Comp. Objetiva (Valor ou natureza da causa; qualidade da pessoa/ parte);
Comp. Funcional;
Comp. Territorial.
Art. 42 – Competências: CAI NA PROVA. 
Art. 42.  As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Art. 44.  Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Art. 45.  Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Art. 49.  A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 51.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único.  Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Art. 53.  É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e)de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
DISTINÇÕES ENTRE COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA
- Competência absoluta: 
Matéria de interesse público;
Improrrogável;
Pode ser alegada à qualquer t/empo e também ser reconhecida de ofício, pelo juiz;
Não admite prorrogação por vontade (ou acordo) entre as partes;
Não pode ser modificada por conexão ou contingência.
Ex.: Competência em função da matéria, pessoa ou funcionalidade.
- Competência relativa: 
Interesse particular;
Prorrogável;
Somente pode ser arguida pelo réu, na sua resposta (contestação), sob pena de preclusão;
Não admite reconhecimento ex-oficio;
MP (quando parte) pode alegar incompetência relativa.
Ex.: Competência territorial, valor da causa.
- Causas de modificação da competência:
Conexão;
Contingência;
Clausula de eleição de foro;
Inércia.
Competência – Absoluta = improrrogável / Matéria - federal e relativa = prorrogável / Com. territorial 
- CAUSAS DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
LEGAIS - Conexão: Existência de semelhança entre as demandas. Ocorre quando há identificação entre a causa de pedir e as partes.
Continência: É modalidade de conexão, porém mais específica. Ocorre quando há identificação entre a causa de pedir e os pedidos que se desdobram dela, mas um pedido é mais amplo (abrangente) que o outro.
VOLUNTÁRIA - Cláusula de eleição de foro: Por respeito à metade das partes, ocorre a possibilidade de modalidade de modificar a competência quando constante cláusula contratual onde houver pactuação. Obs.: Não prospera modificação em contrato de adesão ou em ocorrência composição de tal cláusula.
Inércia: Ocorre por não haver sido alegada a exceção de incompetência relativa, fazendo com que o juízo que era incompetente torne-se competente por falta de “ação” da parte.
CASO CONCRETO
Resolução
C. 
B.
A.
C.
Unidade 4: 
SUJEITOS DO PROCESSO (Parles/Procuradores, capacidade e legitimidade)
SUJEITOS DO PROCESSO:
O estado-Juiz.
Como sujeito imparcial, investido de autoridade para solucionar a lide, o juiz se coloca super et inter partes.
O juiz e as partes são os sujeitos principais da relação processual, sem os quais esta não se completa. Destes, o juiz é o que desempenha o papel preponderante.
Ele participa da relação processual como órgão do estado, como órgão de poder (Poder jurisdicional), no interesse da coletividade, qual seja o de compor os conflitos com justiça e de acordo com a vontade da lei.
Se a relação processual se instaura com a finalidade de alcançar a prestação jurisdicional em caso concreto, assegurando a paz social, a soberania da lei, o interesse das partes, há que primar pelo desenvolvimento da relação com destaque ao interesse público para que esta atinja a sua finalidade em consonância com as normas e os princípios que a regem, orientados pelos mais altos princípios da justiça.
Por isso, ao juiz são concedidos, no exercício de suas atividades processuais, largos poderes, sem as quais não lhe seria possível conhecer, decidir e dar execução às suas decisões, satisfazendo desde modo a prestação jurisdicional visada pelo processo.
Não uso de tais poderes, entretanto, o juiz colocar-se-á entre e acima das partes, como órgão desinteressado, no cumprimento do dever jurisdicional.
Se de um lado o juiz é o próprio estado na relação processual, de outro ele é uma pessoa natural que deve ter resguardada sua independência e imparcialidade, sob pena de não poder servir à sociedade como verdadeiro magistrado isento e compromisso unicamente com estado democrático de direito.
 O juiz deve, ao mesmo, inspira outra unidade confiança e credibilidade. Daí por que a CF lhe reserva as garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, não sendo garantias estritamente pessoais, mas sim salvaguardas indissociáveis do exercício da judicatura.
De outro lado, cuida a lei de preservar a imparcialidade do juiz com a prescrição de hipóteses indicativas de impedimento e suspeição, todas com potencialidade de afastá-lo da relação processual.
Uma vez assegurada a independência e a imparcialidade, aos juízes são conferidos poderes que podem ser divididas em:
PODERES ADMINISTRATIVO: (Preservação da ordem e regularidade dos atos processuais);
PODERES JURISDICIONAIS: Poderes meio = Poder ordinatórios e instrutórios;
Poderes fim: Decisórios e executórios;
PODERES MEIO
Poderes ordinatórios possibilitam o andamento do processo.
Poderes instrutórios ligados ao convencimento judicial.
PODERES FIM
Decisórios – Poderes de resolver as questões submetidas.
Executórios – Permite a atuação prática do comando da decisão.
REQUISITOS DE VALIDADE
REQUISITOS PROCESSUAIS SUBJETIVOS
Capacidade processual – CAIRÁ NA PROVA
É a capacidade para praticar atos processuais independentes de assistência ou representação.
“A capacidade processual ou de estar em juízo diz respeito à pratica e a recepção eficaz de atos processuais, a começar pela petição e a citação, isto é, ao pedir e ao ser citado”.
A capacidade processual pressupõe capacidade de ser parte. 
É possível ter capacidade de ser parte e não ter capacidade processual, mas, o contrário não é possível.
- Relação entre capacidade processual e capacidade material: o sujeito pode ser processualmente capaz e materialmente incapaz. Que processualmente incapaz e materialmente capaz – Art. 70.
Art. 72: Incapacidade meramente processual – Inciso II = Nomeação de curador especial.
Capacidade processual é requisito de validade dos atos processuais, e a sua falta é sempre SANÁVEL – Art. 76.
Não correção da incapacidade processual: Gera diversas consequências: 
Extinção do processo;
Exclusão do autor; 
Prosseguimento do processo.
CAPACIDADE POSTULATÓRIA (IUS POSTULANDI)
Alguns atos processuais exigem do sujeito na capacidade técnica, sem a qual não é possível a sua realização válido. A essa capacidade técnica e abrange a capacidade de pedir e de responder são: ADV regularmente inscrito na OAB; Defensores públicos; membros do MP, e alguns casos, as próprias pessoas não-advogadas, como nas hipóteses dos juizados especiais civis, das causas trabalhistas e do habeas corpus.
LEGETIMIDADE
Art. 18 – Ordinária (regra geral); Extraordinária – (exceção).
Requisito processual objetiva intrínseco: Respeito no formalismo processual.
Considera-se formalismo no processual a totalidade formal do processo, “compreendendo não só a forma, ou as formalidades, nas especialmente a delimitação dos poderes, faculdades e deveres dos sujeitos processuais, coordenação da sua atividade, ordenação do procedimento e organização do processo, com vistas a que sejam atingidas as suas finalidades primordiais”. 
REQUISITOS DE VALIDADE → OBJETIVOS → EXTRÍNSECOS
- NEGATIVOS
- POSITIVOS
EXTRÍNSECOS NEGATIVOS
Inexistência de perempção – art. 486, §3.
Coisa julgada – decisão judicial com trânsito em julgado.
Litispendência – ação em curso com mesmo objeto.
Convenção de arbitragem.
EXTRÍNSECOS POSITIVOS → Interesse de agir; INTRÍNSECO → Regularidade formal
Art. 17 → Legitimidade e Interesse.
Interesse → Necessidade e Unidade = da tutela.
Art. 70, do CPC – Livro III
ATO E PROCEDIMENTO
Processo = Conjunto de atos processais; Procedimentos.
FATO JURIDICO 
4 correntes doutrinárias:
Alguns entendem como sendo o que produz efeito ao processo;
Como vinculador aos sujeitos da relação processual: apenas o ato por eles praticado poderia ter o qualitativo de processual;
Exigência de ter sido praticado no processo;
Ato processual é o praticado no procedimento e pelos sujeitos processuais.
ATOS PROCESSUAISX ATOS DO PROCESSO
Atos processuais: Atos realizados fora do procedimento e também os atos do procedimento, relação de interferência.
Atos do processo: Composto pela cadeia de atos do procedimento.
PETIÇÃO INICIAL – ART. 319, NCPC
- Nomes. 
- Pronomes.
- Estado civil (União estável).
- CPF (Física) – PJ (CNPJ).
- Endereço completo (CEP) (Ampla e contraditório).
Preambulo – Identificação das partes – autor e réu.
I – Dos fatos – Objeto, claro e coeso. 
II – Fundamentação do Direito - Hierarquia das normas = CF
III – Dos pedidos:
Citação e intimação: 
IV – Recolhimentos protesto por provas: Protesto por todos os meios de provas alegados, sejam eles documentais, testemunhais, periciais e todos os meios admitidos de forma legal. 
V – VALOR DA CAUSA: R$… ou (1.000,00) e escrever por extenso.
ENCERRAMENTO – Por todo o exposto, pede-se deferimento – Local e data.
Excelentíssimo senhor doutro juiz da … vara da comarca de Macapá/AP.
(5 linhas)
Qualificação do autor completa – 319, CPC.
Apresentação da peça – Fundamentação;
Qualificação ao réu – Completa – 319, CPC.
I – Preliminares.
Da gratuidade da justiça
Das tutelas.
II – Dos fatos.
III – Da fundamentação:
Da conciliação;
IV – Dos pedidos:
Nestes termos,
Citação / intimação;
Da gratuidade da justiça;
Os que estão na fundamentação;
Protesto por provas.
Valor da causa R$…
Pede-se deferimento;
Local e data
Advogado
OAB/DF
- Prisão preventiva – arts. 311 a 315 do CPP – Lei 12.403/2011 – Várias medidas cautelares.
- Momento para o decreto – art. 311, CPP.
- Justificativa.
- Previsão – art. 5°, LXI da CF.
Características:
Autônoma;
Subsidiária;
Situações para decretação:
A qualquer momento da fase de investigação ou do processo (art. 311, 312 e 313 do CPP);
Como convenção de prisão em flagrante (art. 310, II do CPP);
Em substituição à medida cautelar eventualmente descumprida (art. 282, §4° do CPP);
- Requisitos – art. 312, CPP; parágrafo único do art. 282, CPP.
Não será decretada prisão preventiva (art. 23, CP e art. 314 do CPP).
Crimes passíveis para decretação da prisão preventiva = regra geral do art. 313, I do CPP.
Demais casos: Presentes os pressupostos do art. 312, CPP, reincidência (art. 54, I do CP, condenação passada em julgado por outro crime doloso.
Lei 11.340/ 2006 – execução de medidas protetivas de regência.
Outras previsões da lei 12. 403/11 (art.313, III do CPP) – apenas para garantir as medidas protetivas.
Exceções ao teto do art. 313, I do CPP:
Exceção: crime de associação criminosa (art. 288, CPP), crime de sequestro e cárcere privado (art. 148, CP);
Exceção: concursos de crimes (art.69 a 71 do CP):
Exceção: art. 20 da lei Maria da Penha.

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