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Analise DSM Lua de Fel

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Dalila Stalla
Ianny Viana
Publicado em 1981 o romance de Pascal Bruckner foi adaptado ao cinema por Roman Polanski em 1992, com o título – Lua de Fel – no qual consegue projetar todo um universo emocional obsessivo, mórbido e parafílico. 
Á luz do DSM IV, parafilias são preferências sexuais anormais, tornando-se parafílico apenas quando leva à um prejuízo clinicamente significativo, como por exemplo para o personagem Oscar que considera elemento obrigatório e indispensável para que assim haja excitação e resposta sexual satisfatória.
Dentre as parafilias, o Masoquismo Sexual (demonstrado pelo papel de Oscar) envolve o ato real em que só há satisfação se houver sofrimento próprio, o desejo de submeter-se sexualmente à outra pessoa. Que claramente são demonstradas em cenas do filme através das fantasias masoquistas como: se caracterizar e imitar um animal, atado e preso à cadeira sem possibilidade de fuga (sujeição), palmadas, açoitamento, colocação de vendas (sujeição sensorial), humilhação (por ex., receber sobre si a urina do parceiro), acompanhado portanto pela outra face necessária nessa relação – o Sadismo – representado por Emmanuelle Seigner (a dominadora, porém dependente emocional por sua incapacidade de lidar com a rejeição ou abandono).
Uma relação que mescla o sadismo e o masoquismo no amor e no ódio de maneira obsessiva tanto no período de paixão do casal até a vingança na relação de coisificação do outro de ambos. Com uma prática sexual que envolve uma relação de poder e submissão entre duas pessoas (Oscar e Mimi), o sexo sadomasoquista assim como comportamento de abuso alcoólico do personagem Oscar, é uma forma também que as pessoas encontram para se esquecerem de si mesmas por um período curto de tempo. 
Independente de consideração patológica, a perversão aparece no mundo moderno como algo naturalizado e até influenciado pelo capitalismo, já que possibilita que o sujeito perverso seja ele próprio em sua mais profunda essência pois estando o gozo direcionado e preocupado apenas a seu próprio prazer o sujeito ignora as regras sociais estabelecidas e exprime sua essência perversa.

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