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ECOLOGIA

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Ecologia 
1 TROL 
Ecologia 
Cláudio Augusto Vieira Rangel 
 
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Ecologia 
2 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do Ead Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Fábio Simas 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Cláudio Augusto Vieira Rangel 
Revisão Ortográfica: Marcus Vinícius da Silva e Rafael Dias Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração:, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos, Marcos Antonio Lima da Silva 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Janaina Gonçalves de Jesus 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins CRB 7/4990 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
R196e Rangel, Claudio. 
 Ecologia / Claudio Rangel ; revisão de Marcus Vinicius da 
Silva e Rafael Dias de Carvalho Moraes. – Niterói, RJ: 
EAD/UNIVERSO, 2014. 
 
 113 p. : il. 
 
 1. Ecologia. 2. Ecossistemas. 3. Ciclos biogeoquímicos. 4. 
Etologia. 5. Ecologia humana. 6. Ecologia humana. 7. 
Ecossistemas aquáticos. I. Silva, Marcus Vinicius da. II. 
Moraes, Rafael Dias de Carvalho. III. Título. 
 
CDD 574.50 
Ecologia 
3 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO Virtual, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSO Virtual! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora
Ecologia 
4 
 
Ecologia 
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Sumário 
 
Apresentação da disciplina.................................................................................................................................... 07 
Plano da disciplina ...................................................................................................................................................... 09 
Unidade 1 – A Importância do Conhecimento dos Ciclos Biogeoquímicos e 
 dos Ecossistemas Aquáticos na Ecologia........................................................................... 11 
Unidade 2 – A sucessão ecológica e suas etapas ...................................................................................... 29 
Unidade 3. Relações Ecológicas .......................................................................................................................... 41 
Unidade 4. A Etologia................................................................................................................................................ 55 
Unidade 5. Ecologia Humana ............................................................................................................................... 63 
Unidade 6. Ecologia Aplicada ............................................................................................................................... 91 
Considerações finais .................................................................................................................................................. 107 
Conhecendo a autora .............................................................................................................................................. 108 
Referências ...................................................................................................................................................................... 109 
Anexos ............................................................................................................................................................................ 110 
 
 
 
Ecologia 
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Ecologia 
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Apresentação da Disciplina 
 
Prezado aluno, 
Conheça à disciplina de Ecologia, seja bem-vindo. 
O gozo da paz está diretamente relacionado e ligado à existência de condições 
mínimas de vida por parte de todos aqueles que se encontram neste planeta, 
sobretudo, a raça humana, que desempenha um papel de responsabilidade maior 
perante todos os demais seres vivos ou não vivos que habitam esta esfera de vida. 
O respeito pelo ambiente em que vivemos é um passo importante para assegurar a 
qualidade de vida e o desenvolvimento ambiental consciente, pois, somente assim 
poderemos pensar serenamente sobre o futuro da humanidade e de todos os seres 
deste planeta. 
A Ecologia, seu conhecimento e entendimento consistem num passo 
importante, para não dizer determinante, no processo de perpetuação da vida 
saudável do planeta, pois, é com esta consciência que iniciamos o processo de 
ensino-aprendizagem desta disciplina no formato “on-line” assim como, outras, 
observando o contexto descrito acima. 
A educação deve passar a ter papel principal, ou seja, deverá ser capaz de 
preparar subsídios para que a sociedade tenha sujeitos capazes de pensar e agir de 
forma consciente e criativa, em sua plenitude, e o olhar ecológico estende esta 
observância aos demais fatores do ambiente, nem sempre considerado pela 
humanidade, tão preocupada em produzir e consumir, retirando daírecursos que 
fatalmente irão se extinguir. 
Desta maneira, iremos iniciá-lo no estudo e na compreensão dos principais 
problemas que surgiram ou venham a surgir no contexto teórico desta disciplina, 
buscando enfatizar a importância do seu ensino para atender a diferentes áreas do 
conhecimento, enfatizando sua importância profissional, social e humana, 
contribuindo desta forma na construção de uma postura critica, consciente e 
participativa do ser humano perante as urgências ambientais que vislumbramos no 
cenário mundial. 
 
Ecologia 
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Nossa presença será observada por você no andamento de suas atividades, 
buscando orientá-lo quando for necessário, por isso vamos em frente, estudando, 
analisando e cumprindo passo a passo todas as atividades, cumprindo todos os 
prazos! 
Depositamos credibilidade e excelência no seu desempenho. 
 
 
! 
Ecologia 
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Plano da Disciplina 
 
A ecologia possui objetivos que no contexto do ensino aprendizagem propicia 
o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias à formação de um 
ser humano mais consciente de seus deveres ambientais e que esteja preparado 
para executar atividades que contribuam para o bem estar físico e social da 
humanidade em face das atribuições ambientais do planeta. 
 
OBJETIVOS GERAIS 
 Conhecer os principais ciclos biogeoquímicos, entender as suas 
aplicabilidades relacionando-os aos seres vivos e o meio ambiente. 
Reconhecer processos envolvendo sucessão ecológica fazendo um 
estudo e análise dos tipos de sucessão; 
 Identificar e compreender as interferências da humanidade no 
ambiente, buscando traçar uma metodologia de ação que priorize a 
conscientização e a busca pela sustentabilidade; 
 Reconhecer os ecossistemas aquáticos e suas características, bem 
como interferências antrópicas ou não, apresentadas a esses 
ecossistemas, observando a importância de sua preservação e 
manutenção; 
 Compreender fatores e identificar problemas que denotem a 
interferência do homem no ambiente ocasionando situações de 
melhora ou piora no meio ambiente. 
 
 
 
 
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Ecologia 
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1 
A Importância do 
Conhecimento dos Ciclos 
Biogeoquímicos e dos 
Ecossistemas Aquáticos na 
Ecologia 
 
Ecologia 
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Nesta unidade teremos a oportunidade de conhecer com detalhes como 
chegamos ao termo Ecologia, seus primeiros passos na concepção do homem, suas 
ramificações, divisões e conceitos, para então podermos entender e caminhar 
seguramente nos caminhos que se delineiam esta importante disciplina. 
 
Objetivos da Unidade : 
Entender a importância de se manter vivo o sentido literal do termo Ecologia. 
Trilhar os caminhos apresentados pela disciplina ao longo de seu curso, 
compreendendo melhor suas ramificações. 
 
Plano da Unidade : 
 A Ecologia no Contexto da Sociedade Humana 
 Ecossistemas Aquáticos 
 
Fique à vontade nos estudos da primeira unidade. 
 
Ecologia 
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A Ecologia no Contexto da Sociedade Humana 
 
Sabemos que os organismos ao morrerem ou perderem parte de seu corpo 
têm sua matéria orgânica degradada e os elementos químicos que a formavam 
podem voltar ao ambiente, sendo aproveitados por outros seres vivos. Esse 
processo de que se falou, ou seja, os elementos químicos que faziam parte dos 
seres vivos e retornaram ao ambiente abiótico fazem parte dos ciclos 
biogeoquímicos (Gr bios, vida, e geo, Terra), tal fato demostra que os elementos 
químicos transitam entre a biosfera e o planeta. Se toda essa matéria pertencente 
aos cadáveres não fossem reaproveitadas, alguns átomos fundamentais na 
constituição de outros seres vivos poderiam se acabar. 
A reciclagem desses átomos na natureza é compromisso dos organismos 
decompositores, principalmente por certos fungos e bactérias que se nutrem dos 
cadáveres e do material fecal dos mais diversos tipos de seres vivos, ao degradar 
esta matéria eles modificam as moléculas das substâncias orgânicas em moléculas 
mais simples, que passam para o ambiente abiótico podendo ser utilizadas por 
seres bióticos como matéria prima na produção de suas substâncias. 
É importante sabermos que em ecologia é fundamental estudar não apenas os 
componentes bióticos e suas consequentes relações com o ambiente, mas 
principalmente os componentes abióticos, pois só assim compreenderemos que 
estas duas partes da ecologia coevoluem e influenciam-se. Dos elementos que 
circulam na natureza sabemos que pelo menos 30 são exigidos pelos organismos 
vivos (essenciais). Alguns como carbono, hidrogênio, e oxigênio, são necessários 
em grandes porções, outros em menor ou muito menor, no entanto, seja como for, 
os elementos essenciais possuem ciclos biogeoquímicos definidos, e os elementos 
não essenciais apesar de menos ligados aos organismos também circulam e 
transitam com os elementos essenciais através do ciclo da água ou por afinidade 
química com eles. 
Iniciaremos pelo ciclo da água que é muito importante pois encontra-se 
associado aos processos metabólicos de todos os seres vivos, e pode ser observado 
de duas formas, o pequeno e o grande ciclo. 
O pequeno ciclo da água é aquele pelo qual não ocorre participação dos seres 
vivos. Dizemos que a água dos oceanos, rios, lagos, geleiras e até mesmo as 
embebidas pelo solo evaporam e sobem na forma gasosa para as camadas mais 
Ecologia 
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altas da atmosfera, chegando lá sofrem o processo de condensação originando as 
nuvens a partir do qual retorna a crosta na forma de chuva. Este ciclo contribuiu e 
ainda contribui muito no favorecimento do clima para a vida na terra. 
O grande ciclo da água é aquele que ocorre com a participação dos seres 
vivos, através da transpiração e respiração das plantas e dos animais. Tomamos 
como exemplo as plantas que através de suas raízes absorvem a água infiltrada no 
solo, esta constitui uma das matérias primas utilizadas no processo de fotossíntese, 
pois, os átomos de hidrogênio são parte integrante dos glicídios produzidos, e os 
átomos de oxigênio se unem formando o gás oxigênio (O2) que é liberado para a 
atmosfera no processo fotossintético. 
Na respiração as plantas utilizam as moléculas orgânicas fabricadas por elas 
mesmas, com esse processo de degradação elas obtêm energia e o resultado desse 
processo é a liberação de gás carbônico e água no ambiente. A perda de água nas 
plantas pelo processo de transpiração ocorre continuamente principalmente 
durante o dia, no entanto esse processo é essencial para que a água absorvida 
pelas raízes seja transportada até as folhas pois é lá que ocorre a fotossíntese, além 
do que a liberação da água na forma de vapor feita pelos estômatos (órgão 
presente no interior das folhas que absorve energia proveniente da luz solar), 
resfria a planta e contribui para manter a humidade do ar favorável a vida. Os 
animais também participam no processo de absorção de água através de sua 
ingestão, bebendo-a ou ingerindo-a através de alimentos, porém, estão sempre 
perdendo-a na urina, nas fezes, e nos processos respiratórios. 
Parte desta água absorvida pelas plantas e pelos animais é aproveitada na 
síntese de outras substâncias, ficando incorporada em seus tecidos até sua morte, 
quando ocorre sua devolução ao ambiente através da ação de organismos 
decompositores. 
Ecologia 
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O ciclo do carbono 
 
O carbono é encontrado na atmosfera e dissolvido na água, em pequenas 
proporções, como dióxido de carbono (CO2). É retirado da atmosfera e dos 
ambientes aquáticos pela fotossíntese e liberado novamente através da respiração, 
ele é disponibilizado para confecção de substâncias orgânicas dos seres vivos, tais 
como, proteína, glicídios, lipídios,etc. 
Os organismos mortos que se acumulam no solo também participam do ciclo 
do carbono porque eles são decompostos por microorganismos que oxidam este 
material orgânico e devolvem o gás carbônico para a atmosfera. 
A combustão de fósseis, que têm o carvão e o petróleo como exemplos 
representativos, é outro processo de liberação do gás carbônico. 
Nos Herbívoros a maior parte da energia contida no alimento ingerido não é 
aproveitada, ela é eliminada nas fezes e sofrem ação dos organismos 
decompositores, as substâncias orgânicas que foram incorporadas também sofrem 
degradação na respiração celular para o fornecimento de energia no metabolismo, 
neste caso o carbono é liberado na forma de dióxido de carbono. Em relação ao 
carbono aproveitado, este passa a constituir a sua biomassa que futuramente pode 
vir a ser transferida a um organismo carnívoro ou também decomposta novamente 
por decompositores, desta forma o carbono que inicialmente foi captado no 
processo fotossintético vai passando pelos níveis tróficos e ao mesmo tempo 
retornando a atmosfera como resultante do processo respiratório, e através dos 
decompositores que desempenham seu papel em todos os níveis tróficos. 
Existem também os combustíveis fósseis que são resultantes de 
transformações lentas das substâncias orgânicas de organismos que sofreram 
soterramento de forma rápida preservando-se assim da ação dos decompositores, 
Ecologia 
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mantendo em seu interior a energia química originalmente captada do sol através 
da fotossíntese. O carvão mineral, o gás natural, e o petróleo são exemplos de 
combustíveis fósseis e sua utilização pela espécie humana tem devolvido a 
atmosfera átomos de carbono que ficaram sem circular durante milhões de anos. 
Boa parte do aumento da concentração de dióxido de carbono no planeta se deve 
a utilização destes combustíveis, que subiram de 0,026% para 0,04% nos últimos 
cem anos, parece pouco, mas em termos proporcionais representam um aumento 
de quase 50%, o que de acordo com muitos cientistas provoca elevação da 
temperatura média do planeta. 
 
O ciclo do oxigênio 
O oxigênio é um elemento químico da natureza muito importante para a 
nossa sobrevivência porque dele dependemos para a realização da nossa 
respiração. Este gás principalmente se apresenta na atmosfera com a fórmula de 
O2. 
Está presente na camada de ozônio como O3. A importância da camada de 
ozônio é filtrar a radiação dos raios ultravioletas. Luz invisível que é nociva à nossa 
saúde quando é radiada com muita intensidade. O excesso desta luz pode 
provocar o câncer de pele. 
Muitos compostos orgânicos e inorgânicos, como a água (H2O) e o gás 
carbônico (CO2), possuem o oxigênio como um elemento químico de suas 
composições. 
A principal forma de reserva de oxigênio para os seres vivos é a atmosfera 
onde podemos encontra-lo na forma de gás oxigênio e dióxido de carbono. O gás 
oxigênio, o dióxido de carbono, e a água constituem as três principais fontes 
inorgânicas do átomo de oxigênio, estes encontram-se constantemente trocando 
átomos entre si durante os processos metabólicos na biosfera 
Ecologia 
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O ciclo do nitrogênio 
O nitrogênio ocorre na atmosfera como o gás N2 e é muito abundante, ele 
perfaz cerca de 79% do ar atmosférico, porém, a grande maioria dos seres vivos 
não consegue utilizá-lo na sua fórmula molecular. Os seres vivos só conseguem 
aproveitá-lo por dois processos freqüentes na natureza: os processos de fixação e 
posterior nitrificação, realizado pelas bactérias fixadoras de nitrogênio, tais como as 
cianobactérias, bactérias do gênero Rhizobium, e fungos, que podem viver 
livremente no solo ou associados às raízes de plantas. Quando associados, pela 
biofixação, transformam o N2 atmosférico em amônia (NH3), que é a forma 
utilizável pelos seres vivos. A amônia é incorporada pelos aminoácidos das plantas 
onde vivem. E este é um exemplo de relação interespecífica (falaremos mais sobre 
isso adiante), através da qual, a planta se beneficia com a biofixação. 
A amônia sintetizada pelos biofixadores associados é transformada em nitrito 
e, depois, nitrato pelas bactérias nitrificantes (Nitrossomonas e Nitrobacter), que são 
as biofixadoras que vivem livremente no solo. Estas bactérias são autotróficas 
quimiossintetizantes, ou seja, são organismos capazes de produzir o seu próprio 
alimento através de processos puramente químicos, que não dependem da 
irradiação solar. Ao contrário da fotossíntese realizada pelas plantas, que também 
são autotróficas, mas precisam da luz do sol para realizar o processo de produção 
de alimento e energia. A fotossíntese foi descrita anteriormente para explicar sobre 
a produção primária. Lembram? A quimiossíntese das bactérias autotróficas 
nitrificantes se processa como descrito neste parágrafo. A energia da nitrificação 
descrita é utilizada para a síntese de substâncias orgânicas. O nitrogênio do nitrato 
é utilizado para a síntese de proteínas, aminoácidos e ácidos nucléicos. As 
proteínas são formadas pela união de vários aminoácidos, que possuem o 
nitrogênio como NH2. Elas, as proteínas estão presentes nas membranas das 
células, que são as membranas plasmáticas, também chamadas de membranas 
citoplasmáticas porque elas envolvem o citoplasma das células. 
Os ácidos nucléicos, como o ácido desoxirribonucléico, o DNA, e o ácido 
ribonucléico, o RNA, participam da codificação genética da seguinte maneira: no 
núcleo, o DNA possui os genes com as informações genéticas; ele se duplica 
formando duas novas moléculas de DNA, que possuem o mesmo material genético 
da molécula-mãe; estas novas moléculas, por sua vez, garantem a transmissão 
Ecologia 
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deste material genético idêntico para duas novas células resultantes do processo 
de divisão celular; o RNA é formado por vários nucleotídeos que compõem os 
ácidos nucléicos, que ajudam na transcrição da informação genética quando 
ocorre a reprodução. O nitrogênio está presente no RNA através das bases 
nitrogenadas. 
Outras substâncias nitrogenadas, como a uréia e o ácido úrico, mais as 
proteínas degradadas do corpo dos organismos mortos, são transformadas em 
amônia, novamente, pelas bactérias e pelos fungos decompositores. A amônia 
volta para o ciclo. 
Após um novo processo de nitrificação, o nitrogênio, como o gás N2, é 
devolvido para a atmosfera, reiniciando o ciclo do nitrogênio. 
 
Adubação verde e desnitrificação 
Interferência de agricultores no ciclo do nitrogênio ocorre com muita 
intensidade, pois, estes tem como objetivo aumentar a produtividade em seus 
cultivos, em função disso para aumentar a quantidade de nitrogênio disponível no 
solo eles cultivam plantas leguminosas como feijão, soja, ervilha, alfafa etc; que 
abrigam em suas raízes bactérias fixadoras de nitrogênio. Esta forma de cultivo 
pode ser desenvolvida tanto em plantações consorciadas como em rotação de 
culturas, que é a plantação de espécies distintas no mesmo terreno em períodos 
diferentes. 
Ecologia 
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Quando uma parte dos compostos nitrogenados presentes no solo passsa 
pelo processo de nitrificação outra sofre desnitrificação que é um processo 
realizado por bactérias genericamente denominadas bactérias desnitrificantes, que 
para obter energia degradam compostos nitrogenados liberando gás nitrogênio 
que retorna a atmosfera 
 
O ciclo do fósforo 
O fósforo (P) é importante para o ser vivo porque ele faz parte das moléculas 
energéticas de Trifosfato de adenosina (ATP) e do material hereditário. 
Os fosfatos inorgânicos são encontrados nas rochas fosfálicas, no solo e nas 
plantas. O fósforo das rochas fosfálicas é dissolvido e carreado pelas chuvas, que o 
transportam para os solo e para o lençol freáticoatravés da percolação. Desta 
forma, ele chega aos mares. Neles encontramos outra fonte de fósforo, os peixes. 
Quando os consumimos, ingerimos todo o fósforo que precisamos para os nossos 
ossos. Os fosfatos inorgânicos que as plantas utilizam para produzir os compostos 
químicos importantes á manutenção da vida são incorporados à biomassa vegetal 
e depois voltam a ser inorgânicos através dos consumidores herbívoros. Quando 
inorgânico, é encontrado nos solos e nele ficam depositados como parte dos 
nutrientes existentes. As florestas absorvem este nutriente muito importante para a 
construção dos organismos e o crescimento dos vegetais. Os animais voltam a 
consumi-los, com o consumo das plantas. Para depois voltarem para o solo e 
mares. Assim se processa a ciclagem do fósforo, que não possui fase gasosa e, 
portanto, não é encontrado na atmosfera. 
O ciclo do fósforo é observado sobre dois aspectos diferentes quando 
relacionados a escalas de tempo. Uma parte deste átomo é reciclada localmente 
entre solo plantas consumidoras, e decompositoras, Num tempo relativamente 
curto chamado de ciclo de tempo ecológico. A outra parte é sedimentada e 
incorporada as rochas, este processo implica em um tempo muito mais longo, 
podendo ser chamado de ciclo de tempo geológico. 
 
Ecologia 
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Os ciclos biogeoquímicos são responsáveis pela ciclagem de muitos outros 
nutrientes dispostos nos ecossistemas como variadas formas químicas, orgânicas e 
inorgânicas. Sem eles, como ficaria a biosfera? Os processos biológicos, geológicos, 
geográficos, químicos, físicos e climatológicos participam destes ciclos quando 
possibilitam a ocorrência dos mesmos. 
 
Ecossistemas Aquáticos 
 
Os organismos do ambiente aquático são 
representados por três grandes grupos que 
recebem os seguintes nomes: Bentos, Plâncton, e 
Nécton. 
Bentos (Gr benthos, fundo do mar) é formado 
por organismos presentes na sua grande maioria 
em regiões de fundo, eles podem ser sésseis, 
encontram-se fixados ao fundo, ou errantes, 
encontram-se deslocando-se sobre o fundo. Os 
seres bentônicos geralmente se nutrem de 
cadáveres e detritos orgânicos, porém existem 
representantes carnívoros. 
Ecologia 
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Plâncton (Gr plankton, errante) é formado por seres flutuantes que apesar da 
capacidade de executar movimentos próprios nadando ativamente, eles não são 
capazes de superar a força das correntes, sendo assim vivem sendo carregados por 
elas. O plâncton se divide em duas categorias; o fitoplâncton, também chamado de 
plâncton fotossintetizantes, e o zooplâncton, também chamado de plâncton não 
fotossintetizante, o primeiro é representado pelas algas microscópicas como as 
diatomáceas e dinoflagelados que ao lado das bactérias fotossintetizantes formam 
como produtoras as principais cadeias alimentares aquáticas, o plâncton não 
fotossintetizante é representado pelos foraminíferos, crustáceos, celenterados, 
anelídeos. 
Fitoplâncton 
Zooplâncton 
Ecologia 
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Nécton (Gr nektos, apto a nadar) é formado por seres que se movimentam 
ativamente na água e não se subordinam a ação das correntezas, como parte 
integrante deste grupo encontramos a maioria dos peixes, as baleias, os golfinhos, 
alguns crustáceos (camarões), e alguns moluscos,( lulas, e sépias). 
 
Ecossistemas de água doce 
Podemos separar esse ecossistema em dois tipos básicos, que têm a ver com a 
forma de movimento da água, em um as águas têm muito pouco movimento, 
dizem que ela é parada, um exemplo são os lagos, as lagoas, e os charcos, este 
ambiente também é chamado ecossistema dulcícola lêntico. 
Estes ambientes na maioria dos casos apresentam elevada biodiversidade, 
nele encontramos organismos produtores variados, tais como, plantas que vivem 
parcialmente ou totalmente submersas, pelo fitoplâncton, e plânctons 
fotossintetizantes (cianobactérias, e diatomáceas), temos também organismos do 
zooplâncton que se alimentam dos organismos produtores, estes por sua vez 
servem de alimento aos peixes. 
Ecologia 
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No outro ambiente de águas rápidas conhecido como ecossistema dulcícola 
lótico, onde temos rios, riachos e corredeiras. Neste ambiente encontramos pouca 
diversidade do plâncton, os produtores são basicamente algas fixadas as rochas, 
encontramos também moluscos insetos e peixes, que buscam alimento nas 
margens destes locais, visto que aí o fluxo de água é menos intenso. 
 
Ecossistemas marinhos 
O ambiente marinho compreendido pelos mares e oceanos possui cerca de ¾ 
da superfície terrestre com profundidades que variam de poucos metros, na 
maioria dos casos em regiões litorâneas, a mais de onze mil metros de 
profundidade. A principal característica do habitat do ambiente marinho é sua 
elevada estabilidade e homogeneidade em relação a composição química e a 
temperatura. Temos aproximadamente 3,5 gramas de sal por litro de água, com 
predominância do cloreto de sódio. Podemos separar este ambiente em dois 
grandes domínios, o bentônico que é relacionado ao fundo, e o pelágico que é 
relacionado as massas d’água. 
Outro parâmetro determinante é a luz solar, que consegue penetrar em seu 
interior até uma profundidade aproximada de duzentos metros, neste caso, 
denominamos zona fótica (Gr photos, luz), abaixo disso quando ocorre a ausência 
de luz passamos a chamar zona afótica. Na metade superior da zona fótica 
encontramos o fitoplâncton marinho responsável direto pela manutenção da vida 
nos mares, nesta parte, encontramos também o zooplâncton, e consequentemente 
uma grande variedade de outros organismos consumidores, tais como cardumes 
de peixes. 
Na zona afótica encontramos regiões denominadas de acordo com a 
profundidade, a primeira recebe o nome de batial, se estende a partir dos duzentos 
até os dois mil metros de profundidade, a temperatura da água é baixa e sua fauna 
é pobre, os demais organismos que habitam esta região se sustentam através da 
matéria orgânica proveniente da superfície. A próxima região é denominada 
abissal, se inicia a partir dos dois mil metros, estendendo-se até os seis mil metros 
de profundidade, esta região possui seres com características exóticas, como 
exemplo, lulas gigantes e peixes bioluminescentes. 
Ecologia 
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Enfim chegamos a região mais profunda dos oceanos, que se inicia abaixo dos 
seis mil metros de profundidade, é conhecido pelo nome hadal, nesta região sua 
fauna ainda é pouco conhecida, geralmente são esponjas e moluscos. 
 
Na unidade seguinte poderemos observar detalhadamente o que é sucessão 
ecológica suas etapas, suas atribuições, bem como, as situações onde esta ou 
aquela situação representa, melhora, ou não para os componentes abióticos e 
bióticos do planeta, então até ela. 
 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no 
caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar 
sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as 
respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de 
aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
Ecologia 
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Exercícios - Unidade 1 
 
1) Os elementos químicos que os organismos necessitam em grande quantidade – 
carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre – circulam dentro dos 
organismos, e desses para o ambiente físico e vice-versa. Esse padrão de 
movimentação de elementos químicos por meio dos organismos e dos 
compartimentos do ambiente físico é chamado de ciclo biogeoquímico. 
 
A respeito dos ciclos desses elementos, é correto afirmar: 
 
a) no ciclo do carbono, o dióxido de carbonoatmosférico é fonte imediata de 
carbono para os organismos terrestres, já que a maior parte do carbono da Terra 
é encontrada na atmosfera. 
b) embora o nitrogênio represente 78% da atmosfera da Terra, apenas umas 
poucas bactérias, fungos e cianobactérias podem convertê-lo em formas 
biológicas úteis. 
c) a precipitação ácida, uma importante consequência regional das modificações 
humanas dos ciclos do nitrogênio e enxofre, produz chuvas com pH ácido pela 
presença de ácido sulfúrico e ácido clorídrico. 
d) o ciclo do fósforo difere dos ciclos biogeoquímicos do carbono, enxofre e 
nitrogênio por não possuir uma fase gasosa: o fósforo existe, principalmente, 
como fosfato ou compostos semelhantes, mas a maioria dos seus depósitos é de 
origem marinha. 
e) Além das erupções vulcânicas, as únicas fontes de compostos de enxofre voláteis 
são certas algas marinhas que produzem grandes quantidades de dimetil-
sulfeto (CH3SCH3) 
 
2) Atualmente, a produção de energia tem sido uma questão muito importante 
para a nossa sociedade. O petróleo é um exemplo representativo de qual elemento 
químico? 
Ecologia 
26 
a) Oxigênio. 
b) Nitrogênio. 
c) Carbono. 
d) Fósforo. 
e) Enxofre. 
 
 
3) Os consumidores herbívoros fazem o fósforo voltar primeiramente para: 
a) a atmosfera. 
b) o solo. 
c) as rochas. 
d) as plantas. 
e) o mar. 
 
4) Os ciclos biogeoquímicos referem-se à movimentação dos elementos químicos 
no ecossistema entre os seres vivos e o meio ambiente. Analise as afirmativas 
abaixo sobre os diversos ciclos e assinale a alternativa correta. 
 
a) o fósforo é incorporado aos seres vivos através dos vegetais pela absorção de 
fosfatos dissolvidos na água e solo. 
b) toda água absorvida por plantas e animais é utilizada na síntese de outras 
substâncias, retornando ao meio ambiente exclusivamente através dos 
decompositores. 
c) o carbono da atmosfera é incorporado aos seres vivos através da respiração. 
d) as bactérias fixam o nitrato atmosférico e o transfere para as plantas através de 
2N . 
e) a utilização do etanol em substituição aos combustíveis fósseis acarretou um 
aumento na concentração de óxidos de enxofre na atmosfera. 
 
 
Ecologia 
27 
 
5) Um estudo caracterizou 5 ambientes aquáticos, nomeados de A a E, em uma 
região, medindo parâmetros físico-químicos de cada um deles, incluindo o pH nos 
ambientes. O gráfico I representa os valores de pH dos 5 ambientes. Utilizando o 
gráfico II, que representa a distribuição estatística de espécies em diferentes faixas 
de pH, pode-se esperar um maior número de espécies no ambiente: 
 
 
 
a) A. 
b) B. 
c) C. 
d) D. 
e) E. 
 
Ecologia 
28 
 
Ecologia 
29 
2 A sucessão ecológica e suas etapas 
Ecologia 
30 
 
Nesta unidade teremos a oportunidade de conhecer com detalhes o que vem 
a ser sucessão ecológica, entenderemos o que significa espécie pioneira, como 
chegamos ao termo essésis, seus primeiros passos na formação do ambiente, e 
suas ramificações. 
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Ao final dessa unidade, o aluno deverá apresentar condições de conhecimento 
do significado e da origem de alguns termos utilizados em Ecologia. Visualizar 
conceitos referentes à ecologia. Compreender a relação entre seres vivos, o homem 
e o ambiente. Deverá ser capaz de trilhar os caminhos apresentados pela disciplina 
ao longo de seu curso, compreendendo melhor suas ramificações. 
 
 
PLANO DA UNIDADE 
 Conhecer os termos empregados na ecologia; 
 Apresentação dos caminhos que possibilitam a melhor compreensão 
da disciplina; 
 Interagir com a natureza de posse dos conhecimentos prévios em 
ecologia. 
 
 
Bem-vindo à segunda unidade. 
 
 
Ecologia 
31 
 
Espécies pioneiras 
 
Existem regiões no planeta Terra em que o clima e as condições do solo não 
são favoráveis ao desenvolvimento dos seres vivos, tais como, lavas vulcânicas 
recém-solidificadas, superfície de rochas, dunas de areias e etc. Porém certos 
indivíduos possuem a capacidade de sobreviver e de se instalar nesses locais 
inóspitos sendo conhecidos como espécies pioneiras, com o passar do tempo, 
essas espécies conseguem modificar as condições de um determinado local, o que 
permite a entrada de outras espécies. 
Um exemplo disso seriam as dunas de areia que podem ser colonizadas por 
espécies de gramíneas cujas sementes são trazidas pelo vento e conseguem 
suportar o calor, a insuficiência de água e o solo inconstante, iniciando a conquista 
do lugar. 
A colonização pelas espécies pioneiras acabam modificando as características 
originais do local, diminuindo as elevadas e inconstantes modificações da 
temperatura do solo, o que contribui para a manutenção de certo grau de 
umidade. O material orgânico dos pioneiros acaba se acumulando no solo, 
gerando um aumento de nutrientes disponíveis e a retenção de água. Com essas 
novas condições de ambiente, outros indivíduos podem aparecer e se estabelecer, 
essas espécies recém-chegadas e as pioneiras passam a competir, tal fato, ocasiona 
a substituição das espécies pioneiras pelas recém-chegadas. 
As consecutivas proles de plantas e animais que nascem, crescem, morrem e 
se decompõem tornam o solo gradativamente mais abastado em matéria orgânica 
e umidade. E o procedimento gradativo de conquista de um hábitat, em que a 
conciliação das comunidades vai se modificando ao longo do tempo, é designada 
sucessão ecológica. 
 
Sucessão primária e sucessão secundária 
 
Ecologia 
32 
 
Como vimos no caso das dunas, a sucessão tem início em uma área antes 
inabitada, cujas condições primitivas são altamente antagônicas à vida; nesse caso 
estamos falando de sucessão primária. E esse processo é geralmente lento, e 
podem-se levar dezenas ou centenas de anos para que um solo antes rochoso 
possa acolher uma vegetação rala de arbustos e de gramíneas. 
Já no tipo de sucessão secundária é quando ocorre em locais que já foram 
ocupados por uma comunidade biológica, logo possui condições iniciais mais 
favoráveis de estabelecimento de seres vivos. É o caso de campos de cultivos 
abandonados, de florestas derrubadas e de áreas destruídas por queimadas. 
 
 
Evolução das comunidades durante a sucessão 
 
Às vezes é possível calcular o tipo de sucessão que acontecerá em 
determinado local, pois a identidade biológica ali presente distende a evoluir até 
atingir um clímax, que são condicionadas pelas peculiares físicas e climáticas do 
local. Por exemplo, um campo de cultivo abandonado onde antes havia uma 
floresta, terá disposições a atingir esse mesmo tipo de comunidade final, passando 
por uma sucessão de comunidades intermediárias: campos=> arbustos=> floresta 
intermediária=> floresta semelhante à original. 
No decorrer da sucessão, o ecossistema de forma geral tenderá a se tornar 
mais complexos e com maiores números de nichos ecológicos e, como 
consequência de espécies. 
Microlima (Gr micros, pequeno; klima, inclinação, considerando-se a zona onde 
se vê a estrela polar mais ou menos inclinada e, consequentemente, onde faz mais 
ou menos frio. Tomou o sentido “ambiente” depois da obra Climats, do escritor 
francês André Maurois). Trata-se do conjunto de característica físicas de um 
ambiente limitado, ou de uma divisão do ecossistema. Deve ser diferenciado de 
clima, cujo conceito mais amplo se refere às condições meteorológicas de uma 
vasta região geográfica, envolvendo temperatura, pressão, vento, umidade do ar, 
precipitação pluviométrica, variações de pressão atmosférica etc. Comumente se 
usa paradesignar o conjunto de características diferenciais de cada um dos 
Ecologia 
33 
estratos de uma floresta. O primeiro deles, o estrato mais alto, corresponde ao 
ápice das copas das árvores, muito iluminado durante o dia, quente, varrido pelos 
ventos e, portanto, com pouca umidade. Depois, um segundo estrato, ao nível da 
ramagem intensa, mostra-se menos quente, mas úmido, de temperatura constante 
9quente, nas florestas temperadas). O quarto estrato revela outro microclima se 
encontra em outro estrato, correspondente ao do interior da floresta, por entre os 
troncos das árvores, local por onde transitam as feras, É um ambiente escuro, muito 
úmido, de temperatura constante (quente, nas florestas equatoriais e tropicais; frio, 
nas florestas temperadas). O quarto estrato revela outro microclima, o do solo 
encharcado pela água que desce da folhagem e não evapora porque a luz do sol 
nunca chega a ele, onde se desenvolvem cogumelos e vivem os animais que 
andam de rastro. Em cada microclima, a fauna encontrada é mais ou menos 
especializada e evita passar aos demais. é a referência utilizada pelos biólogos para 
determinar ás condições ambientais particulares do hábitat ao qual estão 
adaptadas determinadas espécies. Durante o procedimento de sucessão, surgem 
microclimas que permitem a vinda e o estabelecimento de novos indivíduos. 
O surgimento de novos nichos ecológicos durante a sucessão induz ao 
acréscimo da diversidade de espécies na comunidade, ou seja, ao acrescentamento 
da biodiversidade. Aumentando com isso, o número total de indivíduos capazes de 
viver no local, portanto a biomassa do ecossistema em sucessão. Aumentando 
também a homeostase, isto é, a capacidade de se manter estável apesar das 
variações ambientais. O máximo de homeostase é atingido quando a comunidade 
atinge um estado de estabilidade compatível com as condições próprias da região. 
Essa comunidade estável é designada comunidade clímax e constitui o final da 
sucessão ecológica. Na comunidade clímax, a biodiversidade, a biomassa e as 
condições microclimáticas pretendem se manter estáveis. 
 
 
Ecologia 
34 
 
Exemplos de Sucessão Ecológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ecologia 
35 
 
 
 
Ecologia 
36 
 
 
 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no 
caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar 
sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as 
respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de 
aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
Ecologia 
37 
 
Exercícios - Unidade2 
 
1- Existem regiões no planeta Terra em que o clima e as condições do solo não 
são favoráveis ao desenvolvimento de seres vivos, tais como lavas vulcânicas 
recém-solidificadas, superfície de rochas, dunas de areias etc. Porém certos 
indivíduos possuem a capacidade de sobreviver e de se instalar nesses locais 
inóspitos sendo conhecidos como: 
a) espécies iniciadoras. 
b) espécies modificadoras. 
c) espécies pioneiras. 
d) sucessão primária. 
e) espécies invasoras. 
 
2- Complete as lacunas: 
Procedimento gradativo de conquista de um __________, em que a 
conciliação das comunidades vai se modificando ao longo do tempo, é designada 
________________. 
a) hábitat- sucessão ecológica . 
b) hábitat- sucessão primária. 
c) sucessão ecológica- hábitat. 
d) hábitat- sucessão secundária. 
e) território – sucessão ecológica 
. 
 
Ecologia 
38 
 
3- Às vezes é possível calcular o tipo de sucessão que acontecerá em 
determinado local, pois a identidade biológica ali presente distende a evoluir até 
atingir um clímax, que são condicionadas pelas peculiares físicas e climáticas do 
local. Coloque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Por exemplo, um campo de cultivo abandonado onde antes havia uma 
floresta, terá disposições a atingir esse mesmo tipo de comunidade final, passando 
por uma sucessão de comunidades intermediárias: arbustos=> campos=> floresta 
intermediária=> floresta semelhante à original. 
( ) Em decorrer da sucessão, o ecossistema de forma geral tenderá a se 
tornar menos complexos e com maiores números de nichos ecológicos e, como 
consequência de espécies. 
( ) Microlima é a referência utilizada para determinar ás condições 
ambiental particulares do hábitat ao qual estão adaptadas determinadas espécies. 
( ) O surgimento de novos nichos ecológicos durante a sucessão induz ao 
acréscimo da diversidade de espécies na comunidade, ou seja, ao acrescentamento 
da biodiversidade. 
Marque a alternativa correta. 
a) V-F-V-F. 
b) V-V-F-F. 
c) F-V-V-F. 
d) F-F-V-V. 
e) F-V-V-V. 
 
Ecologia 
39 
 
4- O máximo de homeostase é atingido quando a comunidade atinge um 
estado de estabilidade compatível com as condições próprias da região. Essa 
comunidade estável é designada: 
a) comunidade estável. 
b) homeostasia. 
c) sucessão ecológica. 
d) espécies pioneiras. 
e) comunidade clímax . 
 
 
5- Diferencie sucessão primária de sucessão secundária utilizando exemplos. 
 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
Ecologia 
40 
 
Ecologia 
41 
3 Relações Ecológicas 
Ecologia 
42 
 
A abordagem nesta unidade deverá propiciar ao aluno a compreensão 
necessária para entender como se caminha o relacionamento entre os seres vivos, 
destacando a importância das associações onde teremos a oportunidade de 
conhecer com detalhes como o ambiente procede em relação às trocas realizadas 
com os seres vivos, para então podermos entender e caminhar seguramente nos 
caminhos que se delineiam esta importante disciplina. 
 
OBJETIVOS DESSA UNIDADE 
 
Ao final dessa unidade, o aluno deverá apresentar condições de Identificar e 
compreender as relações ecológicas entre os organismos em seus habitats e nichos 
ecológicos. Compreender a importância destas relações entre os seres vivos, o 
homem e o ambiente. Deverá ser capaz de trilhar os caminhos apresentados pela 
disciplina ao longo de seu curso, compreendendo melhor suas ramificações. 
 
 
PLANO DA UNIDADE 
 Relações intraespecíficas harmônicas 
 Relações intraespecíficas desarmônicas 
 Relações interespecíficas harmônicas 
 Relações interespecíficas desarmônicas 
 
Bem-vindo à terceira unidade. 
 
 
 
Ecologia 
43 
 
As relações que se estabelecem entre os seres vivos possuem a importância 
ecológica de manter o meio ambiente ou as organizações naturais em perfeito 
funcionamento. As condições ambientais, como os fatores físicos e químicos 
podem ser limitantes à produção de alimento e energia necessários à 
sobrevivência de todas as espécies vegetais e animais. Isto acontece quando o 
ambiente não está “nutrido” de material necessário aos processos responsáveis 
pelo equilíbrio ecológico. 
As relações que ocorrem entre os seres vivos 
podem ser harmônicas (quando nenhum organismo é 
prejudicado, seja da mesma espécie ou não) ou 
desarmônicas (quando pelo menos um dos organismos 
é prejudicado através das inter-relações que ocorrem). 
Mas, é necessário ressaltar que oprejuízo temporário 
promovido por processos naturais não afeta, 
definitivamente, um compartimento ecológico. 
Quando um ciclo de processos se finaliza, este fator 
biológico, traduzido pelas relações biológicas, também 
é responsável por outros ciclos que ocorrerão. O meio 
ambiente é dinâmico e se renova constantemente. 
O importante para a disciplina é que as inter-
relações que existem através das relações entre as 
espécies representam um fator biológico importante 
porque é um dos fatores que explica sobre a saúde 
ambiental. 
As relações ecológicas são as interações entre diversos organismos que 
constituem uma comunidade biológica. São classificadas em relações 
intraespecíficas, quando envolve organismos da mesma espécie e relações 
interespecíficas, quando envolve organismos de espécies diferentes e como dito 
anteriormente harmônicas ou desarmônicas. A seguir descrevermos 
detalhadamente as relações que ocorrem entre os seres vivos. 
 
Ecologia 
44 
 
Relações intraespecíficas harmônicas 
 
Colônia (Lat. colonia, grupo de indivíduos segregados): São associações de 
membros de uma mesma espécie que formam uma integração funcional, 
estrutural e que revelam um profundo grau de interdependência vital, como 
consequências não conseguem sobreviver isoladamente. Todos os indivíduos 
levam vantagem, e eles dependem uns dos outros. 
Existem dois tipos de colônias: as homotípicas, onde não há diferenciação 
entre eles, nem divisão de trabalho, e as heterotípicas, onde há diferenciação entre 
cada indivíduo e divisão de trabalho. 
Um exemplo de animais que constituem colônias homotípicas são os corais, 
que são formados por milhões de pequenos animais que secretam um esqueleto 
rígido criando uma forte proteção externa. 
 
 
 
Ecologia 
45 
 
Um exemplo de colônia heterotípica é o caso das caravelas, que possuem 
indivíduos morfologicamente diferentes que desempenham funções específicas 
também diferentes, a parte superior das caravelas secretam gases que as mantém 
flutuando, e a parte inferior se responsabiliza da proteção, nutrição etc. 
 
Sociedade (Lat societate, agrupamento e ou reunião): É uma forma de relação 
harmônica intraespecífica na qual seus integrantes revelam apenas um pequeno 
grau de interdependência vital, facultando-lhes a possibilidade de se viver 
isoladamente. 
Nas sociedades também ocorrem relações homeotípicas, representadas pelos 
cardumes, manadas, bandos, alcateias, e a própria sociedade humana, e as 
heterotípicas como sucede com as abelhas, cupins, e formigas. 
 
 
Relações intraespecíficas desarmônicas 
 
Canibalismo: É uma forma de interação variante do predatismo, onde um 
indivíduo mata e se alimenta de outro da própria espécie. Esses casos ocorrem 
normalmente com insetos, aranhas, escorpiões, peixes, etc., na maioria das vezes 
após o ato sexual, quando as fêmeas eliminam o macho. Na espécie humana 
quando ocorre canibalismo este recebe o nome de antropofagia (Gr ánthropos, 
homem; phagein, comer). 
Competição: Ocorre em praticamente todas as espécies, pois está ligada à 
seleção natural, onde tem a vantagem o mais apto. A competição nada mais é do 
que a disputa por recursos entre indivíduos. 
Encontramos dois tipos de competição, a intraespecífica, e a interespecífica; A 
territorialidade é um bom exemplo de competição intraespecífica, onde o animal 
escolhe um lugar, se estabelece e defende-o de outro da mesma espécie, vimos 
isso em leões, macacos, focas, aves, etc. 
No caso da interespecífica, podemos observar duas espécies de cracas: 
Balanus, e Chtamalus, que convivem na mesma região, os primeiros predominam 
Ecologia 
46 
na região de maré baixa e os Chtamalus na zona de maré alta, no entanto, suas 
larvas que nadam competem pela fixação em qualquer lugar, porém, os Balanus 
não sobrevivem na parte alta da rocha. 
 
 
Relações interespecíficas harmônicas 
 
Comensalismo (Lat cum, com, mensa, mesa): Um organismo que se alimenta 
de restos de alimentos deixados por outro organismo de espécie diferente sem 
que lhe cause prejuízo nem qualquer outra moléstia, neste caso apenas uma 
espécie se beneficia, no entanto, a outra não sofre prejuízo. 
O exemplo mais conhecido é o caso do tubarão e o peixe rêmora. 
 
 
 
 
Ecologia 
47 
 
Protocooperação(Gr protos, primeiro ou primitivo; + elemento composto 
cooperação): Dois indivíduos se beneficiam sem que lhes ocorram uma associação 
obrigatória, pois não dependem um do outro. 
É perfeitamente possível a vida isolada de cada um; todavia eles se associam 
sempre que podem. 
Temos como exemplo a relação entre o boi e a ave anu. Tal ave se alimenta de 
parasitas e pequenos insetos que se encontram na pele do boi. Ao limpar sua pele, 
o anu se beneficia através do alimento e da proteção, e o boi se beneficia se 
livrando dos parasitas que poderiam causar-lhe doenças. 
Inquilinismo (Lat inquilinu, inquilino; + sufixo ismo, “qualidade de”): Nessa 
relação um animal usa o outro como moradia. Apenas um indivíduo é beneficiado, 
mas sem prejudicar o hospedeiro, que também serve de proteção para ele. 
A figura a seguir representa o peixe palhaço utilizando como abrigo e 
proteção uma anêmona do mar 
 
 
 
Ecologia 
48 
 
Mutualismo (Lat mutuare, trocar, dar e receber; + sufixo al, relação, e ismo, 
“natureza de”): Forma de relação harmônica interespecífica necessária à 
sobrevivência dos seres que a realizam, já que, isolados, não encontram condições 
para viver. É um tipo de relacionamento bilateral, que resulta em benefícios para 
ambos os associantes. Os exemplos dessa forma de associação foram até 
recentemente enquadrados sob a denominação de simbiose, termo que, 
modernamente, assume outra definição. O mutualismo difere da protocooperação 
pelo grau de interdependência dos associantes, que é total no mutualismo e 
parcial na protocooperação, as associações de algas com fungos, na constituição 
dos liquens, e o relacionamento de microrganismos que produzem enzimas 
hidrolisantes da celulose com animais xilófagos (baratas e cupins) ou ruminantes 
(boi, cabra, camelo) representam exemplos de mutualismo. 
 
 
Relações interespecíficas desarmônicas 
 
Amensalismo (Gr a, sem; mensa, mesa; + sufixo ismo, “condição de”): Tipo de 
relação não harmoniosa entre organismos (geralmente alimentar), caracterizada 
pela competição entre indivíduos de uma comunidade biótica que ocupam numa 
mesma área o mesmo nicho, ou nichos similares. 
Ás vezes esta competição se torna mais violenta, pois alguns indivíduos 
produzem e lançam substâncias no meio que são capazes de impedir o 
desenvolvimento de outros indivíduos ou mesmo causar-lhe a morte, como no 
caso do fungo que produz uma substância que produz e secreta uma substância 
que causa a morte de uma bactéria, essa substância é muito utilizada pela 
medicina atual e recebe o nome de penicilina, outro exemplo é o eucalipto que 
produz e secreta substâncias que inibem ou até mesmo eliminam a instalação de 
plantas de porte médio ou grande, ou até mesmo de porte pequeno. 
A Maré Vermelha é outro exemplo de amensalismo, causado por microalgas 
dinoflageladas que são tóxicas ao ambiente marinho. 
 
Ecologia 
49 
 
Sinfilia(Gr syn, com ou juntamente, phyl, tribo ou grupo, + sufixo ia, 
“qualidade” ou “condição”): Quando um indivíduo se favorece da produção e 
trabalho de outra espécie. Esta relação também recebe o nome de esclavagismo. 
Um exemplo de sinfilia é o das formigas que costumam aprisionar certas 
espécies de pulgão, criando esses insetos em cativeiro no interior do próprio 
formigueiro como animais domésticos,e alimentando-se do líquido açucarado que 
eles eliminam pelo ânus em virtude da nutrição rica em carboidratos. 
Herbivoria(Lat herba erva; vorare, comer, devorar): Quando um animal se 
alimenta do tecido vegetal de uma planta viva. É comumente visto em qualquer 
região do mundo. É considerada uma das relações mais importante da natureza, 
pois é através dela que a energia captada da luz solar pelos produtores pode passar 
para os demais níveis tróficos. 
 
 
 
Parasitismo(Gr para, ao lado; sitos, alimento): Relação interespecífica 
desarmônica onde um organismo considerado parasita se instala na superfície ou 
no interior de outro ser, retirando matéria orgânica para sua nutrição, e através da 
manutenção estreita desta relação provoca dependência nutritiva no outro, 
causando danos que podem variar desde pequenos distúrbios até doenças graves 
que podem levar a morte. 
 
Ecologia 
50 
 
Os parasitas podem ser classificados em ecto, e endoparasitas, quando se 
encontra na superfície ou dentro do corpo respectivamente, e podem ser também 
temporários (pulgas, mosquitos), provisórios (larvas de moscas) e permanentes 
(não abandonam o hospedeiro em nenhum momento da vida), temos o 
Trypanossoma cruzi e a Taenia sp. 
Predatismo(Lat praeda, caçar; + sufixo ismo, condição): relação desarmônica 
na qual uma espécie ataca, mata e devora organismos de outra espécie. A 
predação num primeiro momento pode beneficiar o predador, porém do ponto de 
vista ecológico ela é um mecanismo que regula a densidade das duas populações 
porque se a população de predador aumenta, diminui a de presa, e com a sua 
diminuição, consequentemente ocorrerá diminuição na população de predadores, 
cabe salientar que isto ocorre em um ambiente em equilíbrio. 
A estreita correlação observada entre as populações de predadores e de 
presas é muito importante no processo de sobrevivência não só delas como um 
todo, mas do ambiente em geral. 
No exemplo a seguir, observamos um guepardo perseguindo uma gazela. 
 
 
 
Ecologia 
51 
 
Nesta unidade você conheceu as principais características das relações entre 
os seres vivos, pôde entender a importância de cada uma no contexto do equilíbrio 
ecológico. A seguir entraremos na unidade seguinte traçando um perfil do 
comportamento animal na nova modalidade de ciência ligada à ecologia. 
Falaremos da Etologia. 
 
 
 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no 
caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar 
sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as 
respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de 
aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
Ecologia 
52 
 
Exercícios - Unidade 3 
 
1) Um gavião com carrapatos e piolhos em suas penas, captura um rato, com 
pulgas em seus pelos. Quais são as relações interespecíficas que ocorrem entre 
esses animais, respectivamente? 
 
a) Parasitismo, competição e inquilinismo. 
b) Parasitismo, comensalismo e predatismo. 
c) Competição, parasitismo e mutualismo. 
d) Parasitismo, competição e predatismo. 
e) Predatismo, comensalismo e mutualismo. 
 
2) Qual desses casos seria um exemplo de competição intraespecífica? 
 
a) As aranhas fêmeas da família da viúva-negra têm costume de matar e 
devorar o macho, logo após o ato sexual. 
b) A hiena não vai à caça, elas ficam rodeando grupos de leões e comem as 
sobras de alimento que os leões não quiseram comer. 
c) Dois grupos de leões disputam entre si por um mesmo território ou 
alimento. 
d) As orquídeas se hospedam no alto de árvores onde pode receber mais luz 
e se proteger de animais do solo. 
e) Gafanhotos e gado competindo por capim. 
 
3) Abutres e urubus se beneficiando com os restos alimentares de animais 
carnívoros: 
 
a) amensalismo. 
b) comensalismo. 
c) competição interespecífica. 
d) competição intraespecífica. 
e) mutualismo. 
 
Ecologia 
53 
 
4) É um tipo especial de competição interespecífica e que consiste em uma espécie 
sendo prejudicada sem que haja qualquer prejuízo ou benefício para a outra. 
Indivíduos de uma mesma espécie liberando substâncias que prejudicam ou 
impedem o desenvolvimento de outras espécies competidoras: 
 
a) amensalismo. 
b) comensalismo. 
c) competição interespecífica. 
d) competição intraespecífica. 
e) mutualismo. 
 
 
5) Como se chama a relação entre o crocodilo e o pássaro-palito que se alimenta 
dos detritos e sanguessugas presentes na boca do crocodilo? 
 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
Ecologia 
54 
 
 
Ecologia 
55 
4 A Etologia 
Ecologia 
56 
 
Nesta unidade teremos contato com uma nova modalidade de ciência, a 
Etologia que trata do estudo do comportamento dos animais em face de seus 
hábitos e de suas acomodações as circunstâncias ou condições ambientais, 
processo de regulação dos organismos no meio ambiente. 
 
OBJETIVOS DESSA UNIDADE 
 
Ao final dessa unidade, o aluno deverá apresentar condições de compreender 
os processos de comportamento apresentado pelos organismos que denotem a 
sua busca pela sobrevivência em seus habitats, apresentando características 
posturais que evidenciem sua conduta as funções dos organismos em face de seus 
costumes populacionais, bem como a dinâmica de suas populações, nos habitats, 
nichos ecológicos e nos ecossistemas. Compreender a relação entre seres vivos, o 
homem e o ambiente. 
 
PLANO DA UNIDADE 
 
 A história introdutória da Etologia 
 
 
Bem-vindo à quarta unidade. 
 
 
 
 
Ecologia 
57 
 
A etologia (Gr éthos, costume ou hábito; logos, estudo ou tratado) explica 
diretamente o funcionamento de todos os organismos vivos, em relação com seu 
meio ambiente, levando em conta a evolução do organismo e da espécie ao longo 
de sua existência. É uma ciência criada por Karl Von Frish, Konrad Lorenz e Nikolas 
Timbergen. Estuda o relacionamento de animais com membros da mesma espécie, 
com membros de outras espécies e com o ser humano, e também o 
comportamento desses animais diante de mudanças em seu habitat. Esse estudo é 
voltado para a observação do comportamento animal em seu ambiente natural, e 
nunca em laboratórios ou zoológicos, por exemplo. 
Estuda, além disso, a motivação de tal conduta, porque essa conduta 
aconteceu dessa forma e não de outra, se preocupando em levar em conta se o 
padrão de comportamento é nato, adquirido ou adaptativo. O padrão de 
comportamento nato nasce com o indivíduo, o comportamento adquirido é 
desenvolvido durante a vida do indivíduo, é instintivo, mas morre com ele, 
enquanto o comportamento adaptativo é obtido, e depois passado de geração em 
geração. 
Os etólogos distinguem-se por uma disposição metodológica que gira em 
torno das proposições de Nicholas Tinbergen. Em 1963, foi proposto por ele que 
primeiramente deve-se ressaltar e descrever o comportamento; posteriormente, 
um julgamento completo do comportamento deve ser feita com quatro pontos 
fundamentais nas análises causais, ontogenéticas, filogenéticas e funcionais. 
 A análise causal é feita por meio de uma relação entreum 
determinado comportamento com uma qualidade antecedente, 
sendo analisados os estímulos externos responsáveis pela conduta e 
as estruturas motivacionais internos; 
 A análise ontogenética envolve uma semelhança do comportamento 
com o período, interesse posto em torno do processo de distinção e 
de conexão dos moldes comportamentais no andamento do 
desenvolvimento de um indivíduo jovem; 
 
Ecologia 
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 A análise filogenética explora a história do comportamento no rumo 
da evolução da espécie; 
 A análise funcional coloca uma analogia entre certo comportamento 
e modificações que acontecem no ambiente circundante ou dentro 
do próprio indivíduo. 
 
A história introdutória da Etologia 
 
A etologia é uma ciência fácil de definir, difícil foi ficar procurando uma 
explicação para o termo instinto. A razão principal de se descontar o pensamento 
biológico sobre a Etologia foi o fato de se terem sido impedidos de se 
aprofundarem no estudo do comportamento em virtude de uma disputa 
ideológica entre duas proeminentes escolas da psicologia. A escola da psicologia 
finalista representada primeiramente por William MacDougall e mais tarde por 
Edward Chase Tolman, que aceitava o instinto, mas não o explicava. De acordo 
com MacDougall e sua escola, tudo que os animais fazem é na busca de um 
propósito, e este propósito é estabelecido por seus instintos, extranaturais, e 
infalíveis. 
A Escola behaviorista de psicologia criticou a adoção de fatores extranaturais 
como não científicos, e exigiu explicações causais. Através de sua metodologia, 
essa escola procurou distanciar-se dos psicólogos objetivistas considerando o 
experimento controlado a única fonte legítima de conhecimento, refutando os 
métodos empíricos, pois segundo esta escola estes deveriam figurar entre as 
especulações filosóficas. 
Naquele tempo as críticas construtivistas feitas pelos behavioristas em 
relações as opiniões sustentadas pelas escolas objetivistas eram em todos os 
sentidos salutares, o que não se percebeu foi um desastroso erro lógico que crescia 
dentro do pensamento behaviorista, sendo que somente processos de 
aprendizado podiam ser examinados experimentalmente, e já que todo 
comportamento precisa ser analisado experimentalmente então concluíram os 
behavioristas que todo comportamento deve ser aprendido, tal fato além de 
logicamente falso é efetivamente absurdo. 
Ecologia 
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Conhecendo a visão de cada um, e tendo feito críticas justificáveis, tanto os 
objetivistas, quanto os behavioristas, foram forçados a manter posições extremas. 
Essa disputa ideológica exercida pelas duas escolas da psicologia permaneceu em 
atividade quando completamente sem ser notado por ambas, e 
independentemente de suas influências, o estudo científico de padrões 
comportamentais inatos começou a acontecer. Na virada do século Charles Otis 
Whitman e, alguns anos mais tarde sem a participação do mesmo, Oskar Heinroth 
descobriram a existência de padrões de movimentando, cujas similaridades e 
diferenças de espécie para espécie, de gênero para gênero e, até mesmo de grupos 
taxonômicos para outros, e são mantidas com a mesma constância, e exatamente 
do mesmo modo, de maneira que são comparáveis a caracteres anatômicos. Em 
outras palavras esses padrões de movimento tornam-se uma característica tão 
confiável de um grupo em particular, como são os dentes ou as penas, ou 
quaisquer outros atributos físicos distintivos, usados em morfologia comparada. 
Para este fato não podem haver qualquer outra explicação, se não a de que 
similaridades, e dissimilaridades destes movimentos coordenados, podem ser 
remetidas a uma origem comum, em uma forma ancestral que também já possuía 
estes mesmos movimentos em uma forma primitiva, ou seja, o conceito de 
homologia pode ser aplicado à elas. 
Tais fatos por si sós já deixam claro que estes movimentos originaram-se 
filogeneticamente, e estão escritos no genoma. É justamente isto que é esquecido 
pelos estudiosos do comportamento que gostariam de explicar de forma 
satisfatória toda diferença conceitual existente entre características inatas e 
adquiridas. A descoberta de que os padrões de movimento são homólogos foi o 
ponto de equilíbrio pelo qual a Etologia marcou a sua origem através do estudo 
comparativo do comportamento. 
Konrad Lorenz descobriu por sua conta que os padrões de movimento são 
homólogos e a partir de então começou a criar mecanismos conceituais, 
comportamentais e acadêmicos no intuito de prepararem-se para exercer críticas 
sobre as duas escolas de Psicologia em dois pontos fundamentais, o primeiro era 
de que o instinto simplesmente não existe, e o segundo é de que todo 
comportamento animal é aprendido, era totalmente falso. 
 
Ecologia 
60 
 
Após vários anos de tentativas e erros a Etologia finalmente começou a fazer 
parte dos estudos realizados pela academia. 
 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Neste momento em que finalizamos o conteúdo desta unidade de 
estudos, é fundamental que você não se esqueça de realizar as atividades 
propostas. Elas são fundamentais para ajudá-lo a fixar o conteúdo teórico 
trabalhado, a sistematizar as ideias e os conceitos apresentados, além de 
proporcionar a sua autonomia no processo ensino-aprendizagem. 
 
 
Ecologia 
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Exercícios - Unidade 4 
 
1) Os principais temas estudados pela Etologia estão dispostos a seguir, EXCETO: 
 
a) evolução do comportamento dos animais; 
b) relacionamento entre os animais de uma mesma espécie que vivem em grupos 
(famílias) ou isolados; 
c) comportamento dos animais com as mudanças que ocorrem na natureza 
(aquecimento global, secas, alagamento de regiões, etc.); 
d) comportamento animal diante de sua locomoção para um ambiente não natural 
(laboratórios); 
e) o relacionamento e comportamento dos animais com os seres humanos em 
diversas situações; 
 
 
2) Os nomes de cientistas a seguir são importantes para a história da humanidade, 
suas descobertas foram determinantes para resolução de muitos problemas, a 
Etologia é parte integrante destas descobertas. Assinale nas alternativas que 
seguem o Cientista que ajudou a criar esta Ciência. 
 
a) Charles Darwin. 
b) Isaac Newton. 
c) Gregor Mendel. 
d) Sigmund Freud. 
e) Konrad Lorenz. 
 
3) A razão principal de se descontar o pensamento biológico sobre a Etologia foi o 
fato destes terem sido impedidos de se aprofundarem no estudo do 
comportamento. Segundo o texto, tal fato ocorreu em virtude de: 
a) ocorrerem distúrbios na academia Biológica. 
b) uma disputa ideológica entre duas proeminentes escolas da psicologia. 
c) uma disputa ideológica entre duas proeminentes escolas da pedagogia. 
d) etnias comportamentais dos animais irracionais. 
e) etnias pedagógicas dos estados africanos. 
 
Ecologia 
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4) Os etólogos distinguem-se por uma disposição metodológica que gira em torno 
das proposições de Nicholas Tinbergen. Segundo ele um julgamento completo do 
comportamento deve ser feita com quatro pontos fundamentais, exceto: 
a) análises causais. 
b) ontogenética. 
c) hemogênica. 
c) filogenética. 
d) funcional. 
 
 
 5)A Etologia é a ciência que estuda a motivação do comportamento animal. Qual é 
a importância do estudo ser realizado no habitat natural do indivíduo? 
 
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 ___________________________________________________________________ 
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Ecologia 
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Ecologia Humana 5 
Ecologia 
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Nesta unidade teremos contato com os ambientes terrestres e suas 
particularidades, observaremos a porção da biosfera denominada litosfera, com as 
características físicas, geográficas e biológicas presentes nesses ambientes, como o 
homem interage com os seres e qual a melhor maneira de entendê-los e 
consequentemente preservá-los. 
 
OBJETIVOS DESSA UNIDADE 
Reconhecer os ecossistemas terrestres e suas características, bem como 
interferências antrópicas ou não, apresentadas a esses ecossistemas, observando a 
importância de sua preservação e manutenção. 
 
PLANO DA UNIDADE 
 Ecologia humana 
 Efeito estufa 
 A destruição da camada de ozônio 
 A extinção das espécies 
 O acumulo de lixo no planeta 
 A questão ambiental:população, natureza, sociedade e técnologia 
 Interferências humanas nos ecossistemas 
 Impactos ambientais em ecossistemas 
 Impactos ambientais em ecossistemas agrícolas 
 Impactos ambientais em ecossistemas naturais 
 
Bem-vindo à quarta unidade. 
 
 
Ecologia 
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Ecologia Humana 
 
O aumento das populações humanas e a exploração dos recursos naturais têm 
causado alterações bem significativas no meio ambiente. O futuro das espécies 
depende da compreensão de que fazemos parte da biosfera. Como foi dito 
anteriormente o grupo de seres vivos com características semelhantes, que 
convivem em determinada área geográfica, são capazes de se reproduzir e gerar 
descendentes férteis é o que designamos de população biológica e esta consiste 
na base de cálculo para o estudo da Ecologia e em contrapartida, temos a questão 
ambiental que entre outras coisas, através do desenvolvimento, promove a 
ocupação em todos os ambientes do planeta, gerando impactos que alteram os 
ecossistemas naturais, agrícolas, ocasionando interferências humanas nestes 
ambientes. Nesta unidade falaremos um pouco desta situação, porém, agora 
iremos recordar alguns conceitos mencionados anteriormente para podermos 
caminhar no sentido de ilustrar melhor os caminhos da ecologia humana no 
contexto planetário. 
A densidade populacional é um conceito importante para qualquer tipo de 
assunto referente à população, quando o assunto se refere à humanidade 
chamamos de densidade demográfica e sua elevação acentuada como é o que 
vem ocorrendo com a população humana neste planeta. 
Para entender o comportamento das populações de um ecossistema fazemos 
utilização do estudo de crescimento populacional. Medidas do tamanho de uma 
população, tomadas em diferentes intervalos de tempo, informam se ela está em 
expansão, em declínio ou estável, permitindo assim, realizar correlações com 
fatores como disponibilidade de alimento, clima e etc. 
Podemos conceituar taxa de crescimento populacional como a variação do 
número de seres vivos da população em determinado período de tempo. Se não 
levarmos em consideração o tamanho da população, mas apenas a variação do 
número de indivíduos no período relacionado, estaremos falando de taxa de 
crescimento populacional absoluto ou bruto (TCB). 
TCB = Nf - Ni 
 T 
 
Ecologia 
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Já a taxa de crescimento populacional relativo ou real (TCR), faz referência a 
variação do número de indivíduos de uma população em relação ao seu número 
inicial. Observe: 
 
TCR = Nf - Ni 
 Ni 
 
Uma análise importante da população humana em relação à sua formação em 
idades, ou seja, ao número de pessoas existentes em cada faixa etária. Essa 
distribuição por faixa de idade é expressa em gráficos que chamamos de pirâmides 
de idade ou pirâmides etárias. A análise dessas pirâmides revela tendências do tipo 
de crescimento da população. 
 
Pirâmides etárias 
 
O crescimento acelerado da população humana deve-se principalmente à 
diminuição da taxa de mortalidade, decorrente tanto de avanços agrícolas e 
tecnológicos, que têm aumentado a produção de alimentos, como de progressos 
médicos e sanitários, que têm prolongado a expectativa de vida das pessoas. 
O ambiente vem sofrendo sérias ameaças, o aumento da população humana é 
a maior delas e em consequência disto geramos outros fatores que se tornam 
problemas maiores ainda, o agravamento do efeito estufa, contribuindo em muito 
para o aumento da temperatura global, destruição da camada de ozônio, extinção 
das espécies, esgotamento dos recursos naturais e principalmente o acumulo de 
lixo no planeta. Falaremos mais a seguir sobre estes problemas. 
Ecologia 
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Efeito Estufa 
 
 
A luz irradiada pelo sol alcança o planeta Terra, e então parte dessa luz é 
refletida novamente para o céu. A energia contida por essa luz, parte é refletida, e a 
outra parte fica armazenada na atmosfera, pois os gases presentes nesta, tais como 
o gás carbônico retém um pouco dessa energia. 
São esses gases que mantém o planeta aquecido o suficiente para que nele 
possa se manter vida, funciona como o vidro numa estufa. Em meados do século 
XX a quantidade de gases atmosféricos aumentou significativamente, isso ocorreu 
devido ao desmatamento, e a queima de combustíveis fósseis. Tal evento resultou 
no que chamamos de aquecimento global, um aumento na temperatura terrestre, 
que caso continue poderá prejudicar o nosso ecossistema. 
Uma das maiores consequências geradas pelo aquecimento global, é o 
derretimento das calotas polares, tal acontecimento eleva o nível do mar, e 
consequentemente interfere na vida dos organismos que habitam as regiões 
polares (pinguins, peixes, ursos polares, etc.). 
 
Ecologia 
68 
 
 
 
A destruição da camada de ozônio 
 
Na atmosfera da Terra numa altura relativa entre 12, e 50 km, ocorre a 
formação de uma enorme quantidade de gás ozônio (O3), construindo assim, uma 
camada que retém a radiação ultravioleta irradiada pelo sol, funcionando então 
como uma espécie de “filtro solar”. 
 
Ecologia 
69 
 
A radiação ultravioleta, apesar de ser usada para bronzeamento, é danosa ao 
material biológico, pois essa quebra moléculas de proteínas e ácidos nucleícos. 
Queimaduras causadas pelo sol e câncer de pele são um exemplo do que pode ser 
causado por essa radiação. 
O Ozônio é produzido a partir do gás oxigênio, pois este recebe um pouco da 
radiação ultravioleta e se transforma, no entanto o ozônio se transforma 
constantemente em oxigênio, quando tais reações ocorrem com a mesma 
frequência e intensidade, o equilíbrio entre a quantidade de ozônio fabricada e 
destruída é mantido. 
Porém na década de 80 foi observada a formação de um buraco na camada de 
ozônio e, logo, vários outros furos nesta camada foram surgindo na atmosfera do 
planeta, e coincidentemente os casos de câncer de pele aumentaram. 
Isso ocorreu devido à produção de alguns gases conhecidos como CFC 
(clorofluorcarbonos), esses gases eram usados em geladeiras, ar condicionado, 
além de seus elementos serem matérias-primas na produção de espumas de 
plástico, cola, e etiquetadores, também são utilizados como o material 
pressurizante nas latas de aerossóis, como os desodorantes e inseticidas. 
O gás escapa e vai em direção à atmosfera, e recebe radiação ultravioleta, e 
então libera o cloro que reage com o ozônio, e então o transforma em oxigênio. 
Felizmente muitos países tem se conscientizado e substituíram os gases CFC por 
outros produtos menos danosos ao ambiente, acordos foram formados, porém 
acredita-se que a recuperação da camada de ozônio pode levar mais de cinquenta 
anos. 
 
Ecologia 
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A extinção

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