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DISCIPLINA 6CIV009 MECÂNICA DOS SOLOS TEMA DA AULA COMPACTAÇÃO COMPACTAÇÃO DOS SOLOS n Compactação: aplicação de uma energia mecânica ou manual no solo com conseqüente redução dos vazios devido a expulsão de ar dos seus vazios n Objetivo principal é melhorar as características mecânicas do solo: 1. Diminuir permeabilidade 2. Diminuir deformação (recalques) 3. Aumentar a resistência do solo Principais aplicações nAterros de barragens (material de construção,estruturação de solo, estanqueidade e estabilidade) nPavimento rodoviários (estabilidade, ausência de recalques) nMelhoria da capacidade de suporte de solos superficiais Barragens Rodovia-Pavimentos Compactação do solo A eficiência da compactação depende do tipo e estado (w) do solo, antes da compactação, e da energia aplicada durante o processo Compactação do solos: compressão do solo não saturado redução do volume aumento da sua densidade Compactação n Definição n Ação mecânica por meio da qual se impõe ao solo uma redução de seu índice de vazios (Vv/Vs) n Similaridade com Adensamento quanto à redução de vazios Tipos de compactação nestática ncompressão (rolo liso) namassamento (rolo pé de carneiro) ndinâmica nimpacto nvibratória Teoria da compactação n Proctor, 1933 n Compactação (função de 4 variáveis): ndensidade seca, γd n teor de umidade, w nenergia (incluído método de compactação, no. de passadas) n tipo de solo (granulometria, presença de argilo-minerais) Curva de compactação típica construída em laboratório (curva de Proctor) n Curva:relação γd x w n Explicação do ramo seco n água livre n absorção de energia n substituição de partícula por água (deslocamento) n poro pressão positivas --> diminuindo resistência (Densidade máx. seca; Wótima) Curva de saturação Ensaio de compactação n Proctor n Normalização: ensaio de Proctor normal n AASHO Standard (EUA) T99 n DNER M47, ABNT 7182 (6457/ prep. de amostra) Ensaio de compactação n Princípio n O ensaio consiste em se compactar uma porção de solo em um cilindro de 1000 cm3 de volume, com um soquete de 2,5 kg, caindo em queda livre de uma altura de 30 cm. Equipamento de compactação em laboratório Equipamento de compactação de laboratório n Solo para ensaio n com reuso nmesma porção de solo é destorroada e homogeneizada após cada operação de compactação n sem reuso namostras iguais com mesmo teor de umidade inicial n Observação ndiferença principal nos resultados ocorre para solos argilosos. Solo para ensaio n Ajuste de Teor de umidade Vw = Mw = M . (w2 –w1) 1 +w1 n Quantidade de solo em cada cilindro M = Vc.γ.GC n Procedimento de ensaio n 3 camadas (espessuras finais iguais) n 25 golpes por camada (distribuídas) n escarificação após compactação de cada camada n arrasamento da 3a. camada tendo as bordas do cilindro com guia (sem colar) n Procedimento de ensaio (cont) n após a compactação nanotação da massa de solo compactado que preenche o cilindro n retirada de 3 cápsulas de solo para determinação de umidade n novos pontos nadicionar água ao solo suficiente para elevar de 2% em relação ao ponto anterior n repetir o procedimento de compactação nexecutar 4 a 5 pontos: 2 abaixo, 2 acima da ótima. Corpos de prova compactados nCálculos V Mρ )1( = w1 ρρ )2( d + = W = Mw/Ms n Representação n com os pares (γd, w), traça-se a curva γd x w e determina-se γdmáx e wót né costume traçar-se curvas de saturação Cálculo para curvas de saturação e acréscimo de umidade S ρ ρw Sρρ s w w d ×+ × = onde:onde: ww11 = umidade do ponto 1= umidade do ponto 1 ww22 = umidade do ponto 2 (sendo w= umidade do ponto 2 (sendo w22 > w> w11)) M = massa total do ponto 1M = massa total do ponto 1 DDMMww = acr= acrééscimo de scimo de ááguagua )( 1 ΔM 12 1 1 w s ww w M -× + = Curvas de saturação Energia de compactação E (kgf·cm/cm3) Diferença com o adensamento nquanto ao meio nadensamento --> expulsão de água ncompactação --> expulsão de ar nquanto ao tempo nadensamento --> lento ncompactação --> rápido Influência da compactação na estrutura do solo n ramo seco n pouca água, predominância de forças de atração --> estrutura floculada n ramo úmido n muita água, predominância de forças de repulsão --> estrutura dispersa (orientada) n aumento de energia --> aumenta a tendência à dispersão n influência do método de compactação Influência do tipo de solo na curva de compactação Efeito na curva de compactação das energias de compactação: normal, intermediária e modificada n Propriedades do solo compactado n permeabilidade n k¯ --> w n kmín » wót n compressibilidade n função do nível de tensões nbaixas tensões n solos compactados no ramo úmido são mais compressíveis que os compactados no ramo seco n tensões mais elevadas n vale o oposto Propriedades do solo compactado n Inchamento e contração n Solos compactados no ramo seco são mais sensíveis às mudanças ambientais (absorção de água --> expansão) Propriedades do solo compactado n Resistência n regra geral: nas amostras compactadas no ramo seco têm resistências superiores àquelas compactadas no ramo úmido n a resistência no ramo úmido sofre influência do método de compactação devido às diferenças de estrutura induzidas por esses métodos. Equipamento e compactação Equipamentos pequenos de compactação Rolo pé de carneiro npatas longas ncompactação de baixo para cima ndesnecessário preparar superfície para nova camada nbaixa velocidade --> baixa produtividade nsempre que possível são substituídos por outros equipamentos de maior produção nadequados para solos coesivos Rolo Liso - cilindro oco de aço, podendo ser preenchido por areia úmida ou água. -usados em bases de estradas, em capeamentos - indicados para solos arenosos, pedregulhos e pedra britada, lançados em espessuras inferiores a 15cm. - compacta bem camadas finas de 5 a 15cm com 4 a 5 passadas possuem pesos de 1 a 20t - freqüentemente são utilizados para o acabamento superficial das camadas compactadas. - compactação de solos finos utilizam-se rolos com três rodas com pesos em torno de 7t para materiais de baixa plasticidade e 10t, para materiais de alta plasticidade - desvantagens como, pequena área de contato e em solos mole afunda demasiadamente dificultando a tração. Rolo liso n Rolos tipo “tamping”e de pneus n são os mais utilizados atualmente n compactação de cima para baixo n pressões mais elevadas n camadas de pequena espessura (20 a 30 cm) n tratamento de superfície (umidecimento e gradeamento) n Rolos lisos vibratórios n principal uso em solos muito arenosos n espessura máxima da camada 15 cm Equipamentos de compactação Equipamentos para ajustar o teor de umidade do solos em campo para a compactação Caminhão pipa: aumentar a umidade Aeradores: baixar a umidade ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO n a) Solos Coesivos n Nos solos coesivos há uma parcela preponderante de partículas finas e muito finas (silte e argila), nas quais as forças de coesão desempenham papel muito importante, sendo indicado a utilização de rolos pé-de-carneiro e os rolos conjugados. n Solos Granulares n Nos solos granulares há pouca ou nenhuma coesão entre os grãos existindo, entretanto atrito interno entre os grãos existindo, entretanto atrito interno entre eles, sendo indicado a utilizaçãorolo liso vibratório. n Mistura de Solos n Nos solos misturados encontra-se materiais coesivos e granulares em porções diversas, não apresenta característica típica nem de solo coesivo nem de solo granular, sendo indicado a utilização de pé-de-carneiro vibratório. n Mistura de argila, silte e areia n Rolo pneumático com rodas oscilantes. n Qualquer tipo de solo n Rolo pneumático pesado, com pneus de grande diâmetro e largura. Execução de Aterros Compactados e Controle de Compactação n Objetivos n condições do aterro n gd nw n propriedades do solo compactado n resistência n compressibilidade npermeabilidade n inchamento / contração n Especificações n intervalo de umidade nwót - Dw1 < w < wót + Dw2 n grau de compactação nGC ³ GCmín nGCmín < GC < GCmáx n espessura da camada compactada ou lançada n tratamento da superfície acabada para recebimento de nova camada n equipamento --> o projetista sugere Controle de Compactação nqualidade do produto comparada com um padrão nverificação dos parâmetros GC (superiores a 95% mais comum) e Dw (± 2% mais comum) navaliação num curto espaço de tempo (liberação da camada) nSe a camada não atender as especificações do projeto o solo deverá ser revolvido e compactado novamente n Determinações n densidade natural (camada compactada do aterro) n método da cravação do cilindro biselado n método do frasco de areia n método da balança hidrostática (laboratório) n teor de umidade (camada compactada do aterro) n “speed test” n frigideira n infravermelho (40 a 50’) n método Hilf Controle de compactação em campo n Método de Hilf (1957) n objetivo n desvio de umidade n grau de compactação n procedimento n determina-se a densidade natural (cravação do cilindro) n obtém-se » 15 kg de amostra n executam-se 4 cp’s com energia do Proctor normal, um com umidade natural do aterro e outros acrescentando ou tirando quantidades conhecidas de água n cálculos e determinações: ábacos ou fórmulas n Controle de compactação de areias n determinação da densidade (compacidade) relativa n onde : emáx, emín obtidos em ensaios de densidades limites (ASTM D2049/69) n especificações comuns para areias n DR = 65 ou 70 % máxmín máxaterrod mínmáx aterromáx ee eeCRDR gg gg 11 11 , - - = - - == Caso de obra n Problemas na compactação n solos muito argilosos ndificuldades de secagem ndificuldades de homogeneização n compactação de solos muito úmidos n “borrachudos” nequipamento afunda nempolamento lateral n volta parcialmente à situação inicial (elástico) n Solos muito úmidos, argilosos ... (cont.) n soluções naeração nas áreas de empréstimo (escarificação e gradeamento) ndrenagem (NA alto) com valetas e trincheiras nproteção de superfície (lonas, camada asfáltica, compactação) nsecamento artificial (secagem em usina) n Solos muito secos n desfazem com facilidade n correção de umidade n irrigação (aspersão) na praça (gradeamento) n irrigação (aspersão) na área de empréstimo n irrigação por submersão n selamento da superfície n rolo liso ou de pneus n inclinação da praça EXERCÍCIO 12.5 – Calcular o ensaio de compactação efetuado na energia Proctor Normal cujos valores dados vêm a seguir. Traçar a curva de compactação e a curva de saturação (Sr = 100%), determinando wótm e gdmáx. Dados: Cilindro Solo n0 07 M = 2385 g V = 1000 cm3 gs = 2,67 g/cm3 Ensaio Proctor Normal Determinação 1 2 3 4 5 M solo úmido + cilindro (g) 4250 4340 4465 4450 4375 M solo úmido (g) 1865 1955 2085 2070 1995 g natural (g/cm3) Cápsula n0 55 32 41 21 33 M solo úmido + cápsula (g) 89,86 82,02 88,66 84,35 89,37 M solo seco + cápsula (g) 84,30 76,68 81,84 77,54 81,07 M cápsula (g) 38,30 38,02 38,74 38,85 38,51 w (%) gd (g/cm3) Resp. gdmáx = 1,81 g / cm3 Wot = 16% Exercício Exercício EXERCÍCIO 12.6 – Os seguintes valores de w e gd foram obtidos em ensaios de compactação empregando as energias normal e modificada. Quais variações ocorrem nos valores de wótm e gdmáx ao alterar as energias de compactação? Pares w e gd Determinação 1 2 3 4 5 Normal 1,780 7,41 1,897 8,71 1,998 10,25 1,990 11,70 1,919 13,2 Modificada 1,957 6,42 2,097 7,96 2,123 9,46 2,041 10,95 1,957 12,57 Resp. Dgmáx = 0,13 g /cm3 e DWot = -1,7% Exercícios EXERCÍCIO 12.7 – Um solo compactado em laboratório apresentou os seguintes parâmetros wótm = 15% e gdmáx = 1,74 g/cm3. Na construção de um aterro, o mesmo solo foi compactado segundo as especificações GC = 96%, w = -2% e gs = 2,86g/cm3. Calcular: a) a relação entre o índice de vazios do ensaio e do campo. b) o grau de saturação do aterro compactado. Resp. a) e ensaio / e campo = 0,88 e b) Sr aterro compactado = 58% EXERCÍCIO 12.8 – Especificar um ensaio de compactação para uma energia de 12,7 kgf/cm3, empregando o equipamento do Proctor Normal Resp. N = 56 golpes Exercício EXERCÍCIO 12.9 – O solo do exercício 5 foi utilizado num aterro para o qual se especificou GC >98% e Dw = ± 1%. No controle de compactação desse aterro obteve-se: Ponto 1 2 3 4 5 gd (g/cm3) 1,78 1,80 1,79 1,79 1,80 w (%) 11,5 13,0 12,6 12,6 12,8 Quais implicações poderiam haver da aceitação desse aterro? Determinado ensaio de compactação forneceu os seguintes pontos : h (%) - 9,80 12,60 15,60 18,10 22,40 γd (g/cm3) - 1,59 1,88 1,85 1,75 1,56 Calcular a umidade ótima e o γd. Para uma amostra deste material, quando compactada no campo,obtivemos, através do frasco de areia, que para um volume de 997,0 cm3 a amostra retirada pesou 2.045,0g. Para determinação da umidade temos : solo + tara + água : 42,735g solo + tara : 38,670g tara : 11,135g Qual o grau de compactação e o desvio de umidade desta amostra ? Trabalho e Temas n Barragens n Estradas n Aeroportos n Edificações n Reservatório n Pontes n Muros de arrimo ou contenção n Compactação para apoio de fundações Especificações (dados de compactação de laboratório, energia de compactação, números de passadas, altura de camada inicial e final, equipamentos, velocidade de passadas, controle de compactação, custos da fase de compactação)
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