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unid 1 - etica e legisla

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Ética e Legislação 
Profi ssional
Professor conteudista: Gilberto Lessa
Sumário
Ética e Legislação Profissional
Unidade I
1 NOCÕES GERAIS DE DIREITO .........................................................................................................................1
1.1 Breve conceito de direito .....................................................................................................................1
1.2 Direito objetivo e direito subjetivo ...................................................................................................2
2 DIREITO CIVIL .......................................................................................................................................................4
2.1 Fatos e atos jurídicos .............................................................................................................................5
2.2 Direito de propriedade ..........................................................................................................................6
2.2.1 Propriedade intelectual ...........................................................................................................................7
2.2.2 Propriedade industrial .............................................................................................................................7
2.2.3 Patentes .........................................................................................................................................................9
2.2.4 Marcas ......................................................................................................................................................... 10
2.3 O estatuto das pequenas e médias empresas ........................................................................... 12
2.3.1 Origem e evolução das micro e pequenas empresas no Brasil ............................................ 12
2.3.2 Contratos de prestação de serviços ................................................................................................. 14
Unidade II
3 DIREITO DO TRABALHO ................................................................................................................................. 16
3.1 Conceito de empregador e empregado ....................................................................................... 16
3.2 O direito do trabalho ........................................................................................................................... 17
3.3 Direitos individuais do trabalho ..................................................................................................... 17
3.4 Direitos coletivos de trabalho ......................................................................................................... 18
4 DIREITO CONSTITUCIONAL .......................................................................................................................... 18
Unidade III
5 ÉTICA .................................................................................................................................................................... 21
5.1 O que é ética .......................................................................................................................................... 21
5.2 Princípios e normas éticas ................................................................................................................ 23
5.3 Ética social, família, empresa, nação e globalização .............................................................. 25
6 CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL E EMPRESARIAL ........................................................................ 28
6.1 Códigos de ética ................................................................................................................................... 28
6.1.1 O código de ética profissional .......................................................................................................... 29
6.1.2 O código de ética empresarial ........................................................................................................... 32
6.2 A responsabilidade social .................................................................................................................. 35
6.3 O direito autoral .................................................................................................................................... 37
6.4 Código de defesa do consumidor .................................................................................................. 38
6.4.1 Direitos básicos do consumidor ........................................................................................................ 41
Unidade IV
7 ASPECTOS JURÍDICOS DA INTERNET ....................................................................................................... 42
7.1 Liberdade de informação na Internet, mensagens eletrônicas, habeas data e a 
privacidade ..................................................................................................................................................... 42
7.2 Os códigos de ética e o acesso não autorizado ....................................................................... 45
8 HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................................................. 49
8.1 Higiene do trabalho ............................................................................................................................. 49
8.2 Segurança do trabalho ....................................................................................................................... 52
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1 NOCÕES GERAIS DE DIREITO
1.1 Breve conceito de direito
Em todo instante e em qualquer parte que esteja, o 
cidadão está às voltas com o fenômeno do direito, seja para a 
defesa de uma causa própria ou para exigir reparação contra 
um prejuízo que tenha sofrido. Seu modo de agir ou sua 
abstenção diante de determinada situação é determinado 
em função do que lhe convém. Daí o direito, que regula 
as relações dos indivíduos na sociedade, minimizando ou 
reduzindo o conflito de interesses.
Quando um conjunto de pessoas se organiza em pequenos 
grupos, ou isoladamente, em determinado território, fi ca 
estabelecida uma pequena sociedade, na qual seus elementos 
passam a interagir, direta ou indiretamente, uns com os outros. 
Desta interação podem ocorrer interferências positivas ou 
negativas que afetam interesses e geram confl itos, se não houver 
regras preestabelecidas de relacionamento.
A conduta individual ou coletiva é regida por critérios éticos, 
morais e de direito. Quando em sociedade, o indivíduo assume as 
regras morais de forma a garantir o seu bem-estar, regras essas 
que são seguidas espontânea e naturalmente. Por exemplo, a 
devolução de um objeto perdido ao dono é ato moral quando 
feito de forma espontânea.
Por outro lado, nessa mesma sociedade, o indivíduo assume 
a conduta estabelecida pelas regras instituídas pelo Estado, que 
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são cumpridas por existir uma coação, ou seja, uma pena pelo 
seu não cumprimento. Por exemplo, uma infração de trânsito.
Em ambos os casos, o indivíduo tem a liberdade de tomar 
uma decisão, de cumprir ou não as regras estabelecidas, mas 
as consequências podem ser distintas, sofrer condenação 
moral ou judicial. A sanção pelo descumprimento da regra 
moral é a da consciência, e a coercibilidade imposta pela 
norma é característica do direito, e é formulada em códigos 
e leis.
1.2 Direito objetivoe direito subjetivo
A palavra “direito” é comumente empregada em vários 
sentidos diferentes, segundo :
• sentido objetivo: por direito, pode-se entender a norma 
ou o conjunto de preceitos em vigor num determinado 
país, de direito constitucional, de direito civil, de direito do 
trabalho, etc. Nesse sentido, denomina-se o direito também 
como direito positivo, ao qual se opõe o chamando direito 
natural, conjunto de princípios racionais de justiça que 
inspiram o primeiro;
• sentido subjetivo: por direito, pode-se também entender 
a faculdade que assiste a quem a norma de direito ampara. 
O direito do credor com relação ao devedor, o direito do 
autor com relação ao plagiador, etc., são exemplos de 
direitos empregados no sentido subjetivo. Nesse sentido, é 
o interesse juridicamente protegido. Tal direito, entretanto, 
não pode existir se o outro, o direito objetivo, também 
não existe;
• sentido de fato social: por direito, pode-se entender 
igualmente o fenômeno jurídico resultante das relações 
humanas e decorrentes da vida social. O direito, nesse 
sentido, é olhado sob um prisma puramente sociológico;
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• sentido idealista: por direito, pode-se entender, ainda, 
a ideia de justiça, verdadeira aspiração moral, toda 
orientada para o direito natural. Neste sentido, pode-se 
falar no sentimento do direito.
• sentido de ciência: por direito, pode-se entender, 
fi nalmente, o corpo sistematizado de princípios que 
constituem a chamada ciência do direito.
A noção de “direito” está associada à noção de “justiça”, 
cujo objeto consiste em dar a cada um o que lhe pertence. No 
cotidiano, o indivíduo quase sempre se sente injustiçado, por 
ser incapaz de discernir sobre a natureza da violação de seu 
direito.
Quando observados os preceitos legais, a sociedade passa a 
usufruir dos benefícios de uma ordem social, que assegura 
a coesão dessa sociedade, implicando no equilíbrio de 
interesses opostos existentes.
A justiça pode ser comutativa, distributiva ou social, 
conforme explica Paupério (2003):
• justiça comutativa, bilateral, que diz respeito às permutas 
ou trocas, e seu fi m é estabelecer a igualdade das relações 
entre os particulares;
• à justiça distributiva cabe repartir os bens e os encargos 
sociais, mediante uma distribuição equitativa, de acordo 
com seus méritos e habilidades;
• justiça social, que implica na contribuição de cada um para 
a realização do bem comum. Sua atenção está voltada 
para o bem geral da sociedade.
Essas três espécies de justiça integram o conceito da justiça 
participativa, que visa a despertar a atenção das pessoas com 
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relação à obrigação de cada um participar de forma livre e 
consciente, promovendo maior e melhor interação social.
A divisão do direito
Externo Direito internacional público
Constitucional tributário
Administrativo
Direito público Interno Direito penal
Direito processual Civil
Penal
Direito judiciário
Comum Direito civil
Direito privado
Especial Direito comercial
Direito do trabalho
2 DIREITO CIVIL
“O direito civil é um ramo do direito privado. Trata-se 
de um conjunto de normas jurídicas que regula as 
relações entre as pessoas e entre estas e seus bens. 
Tais relações surgem no âmbito da família, referem-se 
às obrigações que se criam entre os indivíduos, seja 
em razão de lei, seja em função de contratos, ou seja, 
em decorrência de fatos alheios à vontade humana.” 
(Campos, 2006).
O Código Civil é dividido em duas partes, geral e especial. 
Na parte geral estão os artigos que versam sobre as pessoas 
(naturais e jurídicas), os bens (quanto à classifi cação) e os fatos 
jurídicos (negócios jurídicos, atos jurídicos lícitos e ilícitos e da 
prova). Na parte especial estão os artigos relativos ao direito 
e obrigações, ao direito da empresa, ao direito das coisas, ao 
direito da família, às sucessões.
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Os temas tratados no Código Civil são amplos e pretendem 
englobar as situações relacionadas às relações de entes 
privados. Dentre as situações expressas no referido código, 
fi cam evidenciadas as características de personalidade e da 
capacidade do indivíduo e os conceitos identifi cadores das 
pessoas jurídicas.
Como nem todas as pessoas possuem aptidões para o 
exercício de seus direitos e obrigações, o Código Civil trata 
especifi camente desse tema, ao estabelecer os casos em que tais 
pessoas fi cam impedidas, por falta de maturidade, por exemplo, 
de decidir o que lhes é conveniente, no tocante a seus direitos.
No caso da pessoa jurídica, segundo Campos (2006), “sua 
existência começa com a inscrição de seus atos constitutivos, 
estatutos sociais, contrato social ou compromissos no registro 
público competente e termina com sua dissolução ou falência”.
Em partes específi cas, o Código Civil defi ne, por exemplo, 
a forma de funcionamento, a composição das sociedades 
empresariais e os tipos de empresas no país, além de tratar das 
obrigações e dos contratos e do direito das coisas, como a posse 
e a propriedade de imóvel.
2.1 Fatos e atos jurídicos
Durante sua existência, o homem pratica atos voluntários ou 
involuntários, que podem ser classifi cados de bons ou maus e 
provocar benefícios ou danos a si próprio ou a outrem. Dos atos 
decorrem os fatos, os acontecimentos, que por sua vez também 
podem ser prejudiciais ou não.
No tocante aos aspectos jurídicos, Campos (2006) traz as 
seguintes defi nições:
Ato jurídico – é o ato humano voluntário que produz 
efeitos regulados em lei, sem que o agente tenha 
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intenção de produzir efeitos jurídicos, mas sim 
com ato de mero poder. Exemplo: a fi xação de um 
domicílio.
Fatos jurídicos – são os acontecimentos da vida em 
virtude dos quais as relações de direito nascem, se 
modifi cam ou se extinguem. Exemplo: o falecimento 
de uma pessoa.
Negócio jurídico – é o ato humano voluntário, pelo 
qual o agente tem o propósito de realizar efeitos 
jurídicos em seu interesse. Exemplo: os contratos em 
geral, tais como o de compra e venda.
Tais defi nições jurídicas atestam a importância que se deve 
prestar aos atos praticados durante o cotidiano, de forma a se 
evitar consequências negativas resultantes de tais atos.
2.2 Direito de propriedade
A propriedade pode ser considerada como resultante 
do trabalho individual ou de antepassados, e faz parte das 
tendências da natureza humana. Desde cedo, na primeira 
infância, o ser humano procura guardar aquilo que o agrada, 
e com o passar do tempo procura, por meio de esforço pessoal, 
adquirir e conservar os bens necessários para a satisfação de 
suas diferentes necessidades.
O conceito de propriedade também pode ser compreendido 
como o direito que uma pessoa tem sobre alguma coisa, de 
forma que possa usar, dispor e fruir desse bem, além de reavê-lo 
quando lhe for retirado indevidamente, ou ser indenizado, no 
caso de alguém lhe causar dano total ou parcial.
Em princípio, são consideradas como propriedades os bens 
tangíveis, as coisas materiais, como as canetas, os automóveis, 
as roupas, etc. Com o passar dos tempos, o fruto da criatividade 
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humana também passou a ter valor e a ser considerado como 
propriedade, no caso, imaterial. As obras literárias, as músicas, 
os programas de computador estão classifi cados dentro do 
conceito de bens imateriais, os quais também merecem especial 
atenção quanto a sua proteção. Daí a constituição do direito 
intelectual.
São diversos os tipos de propriedades, cada uma delas com 
um aspecto característico, como as públicas e as privadas, 
agrícolas, industriais, rurais, urbanas, de bens de produção e 
de consumo, de uso pessoal ou coletivo. Certas categorias são 
destinadas à apropriação pública, como as praias, os lagos, os 
rios, as praças, etc.
Dentre as propriedades especiais, destacam-se aquelas 
asseguradas por lei, tais como os proprietários de inventos, 
marcas, obras literárias, entre outras.
2.2.1 Propriedade intelectual
Segundo defi nição da Organização Mundial de Propriedade 
Intelectual (OMPI), constituem propriedade intelectual as 
invenções, obras literárias e artísticas, os símbolos, os nomes, as 
imagens, os desenhos e modelos utilizados pelo comércio.
As questões pertinentes ao direito autoral e da propriedade 
industrial estão inseridas no contexto da propriedade intelectual. 
Os temas referentes às marcas e patentes, ao desenho industrial 
e às indicações geográfi cas, por exemplo, estão sob a esfera da 
propriedade industrial. No tocante aos aspectos relacionados às 
obras artísticas e literárias, à cultura imaterial e aos domínios da 
Internet, estes são da alçada do direito autoral.
2.2.2 Propriedade industrial
Desde o advento da Revolução Industrial, ocorrida na 
segunda metade do século XVIII, a sociedade vem presenciando 
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um acelerado processo de inovação tecnológica e se 
benefi ciando com seus resultados práticos, como a utilização de 
máquinas, equipamentos e utensílios cada vez mais utilitários e 
econômicos.
A mutação da técnica industrial promoveu um intenso 
incremento na produtividade, com a redução de custos de 
produção e o consequente aumento na oferta de novos produtos 
e serviços.
Toda essa evolução foi, e continua sendo, viabilizada graças 
aos novos inventos, às novas descobertas científi cas e às criações 
tecnológicas, gerando riquezas materiais com os novos produtos 
e serviços, os novos modelos de utilidade e a adição de valores 
agregados aos produtos então existentes.
Nesse cenário, os inventores e criadores careciam de proteção 
jurídica para obter alguma recompensa por suas criações, e as 
organizações também buscavam proteção contra o uso indevido 
por terceiros das criações geradas por suas equipes de trabalho.
Após décadas de tentativas e debates sobre o tema, por parte 
de comunidades empresariais, governamentais e representativas 
dos inventores e autores, passou a vigorar a lei que regula os 
direitos e as obrigações relativos à propriedade industrial, a Lei 
nº. 9.279, de 14 de maio de 1996.
Conforme expresso no art. 2º da lei, a proteção dos direitos 
relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país, 
efetua-se mediante:
• I - concessão de patentes de invenção e de modelo de 
utilidade;
• II - concessão de registro de desenho industrial;
• III - concessão de registro de marca;
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• IV - repressão às falsas indicações geográfi cas;
• V - repressão à concorrência desleal.
Quanto à titularidade, o artigo 6º da lei defi ne:
Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será 
assegurado o direito de obter a patente que lhe 
garanta a propriedade, nas condições estabelecidas 
nesta lei.
2.2.3 Patentes
Após anos de investimento em pesquisas, desenvolvimento, 
produção, marketing e demais recursos intelectuais, materiais e 
humanos, uma determinada organização lança novos produtos 
no mercado atraindo a atenção dos consumidores, e também 
dos concorrentes.
Para evitar ou minimizar as perdas decorrentes da ação de 
competidores capazes de copiar esses produtos e vendê-los a 
custos menores, a empresa dispõe de um importante dispositivo 
de proteção, a patente.
De acordo com a defi nição do Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial (INPI), patente é:
Um título de propriedade temporária sobre uma 
invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo 
Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas 
físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a 
criação.1
A autoria da patente pertence ao inventor, pessoa física, 
que deve proceder ao depósito de pedido de patente no órgão 
responsável pelo registro, para obter a titularidade do invento a 
nível nacional. Com isso, o então titular da patente, durante sua 
1 Texto disponível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/
patente/pasta_oquee>.
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vigência, passa a ter o direito de impedir o uso, a fabricação, ou 
a exploração comercial da sua criação. Caso o inventor trabalhe 
em determinada empresa para quem o produto foi criado, esta 
poderá requerer o pedido da patente.
Cabe ao titular da patente o pagamento das anuidades, 
durante sua vigência e, após concedida a patente, deve iniciar a 
comercialização ou a exploração do produto patenteado.
Dentre os requisitos de patenteabilidade destacam-se:
• a novidade do invento, por não ter sido revelado ao 
público através de qualquer meio de comunicação;
• aplicação industrial, por meio da produção do invento 
para o consumo;
• atividade inventiva que permita a constituição de produto 
ou processo inédito no mercado, capaz de promover 
melhora substancial em comparação a algum outro 
existente.
2.2.4 Marcas
Segundo Kotler e Armstrong (1988), marca é “um nome, 
termo, signo ou símbolo ou design, ou uma combinação 
desses elementos, para identifi car produtos ou serviços de um 
vendedor ou grupo de vendedores e diferenciá-los dos de seus 
concorrentes”.
O entendimento das funções da marca vem evoluindo ao 
longo dos anos, acompanhando o progresso industrial, de tal 
forma que hoje contribui decisivamente para o sucesso das 
organizações.
A força da marca, como propulsora do desenvolvimento dos 
negócios, pode ser avaliada pelos valores que são atribuídos a 
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muitas delas. Hoje, existem marcas mais valiosas do que todo o 
conjunto dos demais ativos de uma empresa.
Conforme estabelece o INPI:
A marca registrada garante ao seu proprietário o 
direito de uso exclusivo em todo o território nacional 
em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo 
tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar 
em agregação de valor aos produtos ou serviços por 
ela identifi cados.2
Para que a empresa possa obter ganhos com a marca, é 
necessário que a mesma seja registrada, sendo o registro válido 
por dez anos, e podendo ser renovado por iguais e sucessivos 
períodos.
De acordo com sua fi nalidade de uso, a legislação brasileira 
instituiu três tipos de marcas: as de produto ou serviço; as 
de certifi cação, que validam a conformidade do produto com 
relação à normas específi cas; e as coletivas, relativas a produtos 
de uma mesma organização. Quanto à forma de apresentação, 
as marcas são classificadas como:
• nominativas: composta por algarismos, letras ou 
palavras;
• fi gurativas: apresentada por meio de imagem, fi gura ou 
desenhos;
• mista: quando associa os elementos nominativos e 
fi gurativos;
• tridimensionais.
As marcas notoriamente conhecidas e as de alto renome 
recebem proteção especial, conforme os artigos 125 e 126 da 
Lei da propriedade industrial.
2 Texto disponível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/
marca/marca>.
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Para uma proteção efetiva de uma marca, recomenda-se 
um estudo atento do que dispõe a referida lei e uma assessoria 
jurídica para o acompanhamento do processo de registro. 
2.3 O estatuto das pequenas e médias 
empresas
2.3.1 Origem e evolução das micro e pequenas empresas 
no Brasil
Não se pode afi rmar com precisão o momento em que 
as micro e pequenas empresas surgiram no Brasil. As poucas 
informações disponíveis estão nas obras de historiadores, 
como Caio Prado Jr., em que constam informações referentes à 
atividade produtiva na época colonial em pequenas propriedades 
privadas, além de pontos de comércio ainda incipientes.
O crescimento das atividades voltadas à agricultura de 
subsistência gerou, ao longo dos anos, uma série de pequenas 
empresas que, ainda embrionárias, participariam ativamente das 
principais atividades econômicas.
O Brasil colônia crescia produzindo suprimentos para a 
Coroa, em Portugal, e depois para os centros urbanos que se 
formavam ao largo da costa, centros estes que se expandiram 
intensamente a partir da chegada de D. João VI e sua comitiva 
ao Brasil, no ano de 1808.
A partir daquele ano, as atividades empresariais se 
multiplicavam nas diversas regiões do país, e tiveram impulso 
graças ao início das operações do primeiro banco no Brasil, em 
1809, que passaria a emitir notas bancárias.
Com o advento da República e a expansão das atividades 
produtivas, com destaque para os ciclos do café e da borracha, 
cujos produtos eram exportados e contribuíram para a geração 
de divisas para o país.
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Nos anos 1950, o Brasil já diversifi cava sua pauta de exportação, 
devido ao aumento da produção de manufaturados.
Nos anos 70/80, ocorreu um grande crescimento da economia 
brasileira, conhecido, na época, como “Milagre Econômico”.
A partir de então, e até atualmente, a economia brasileira vem 
crescendo e atravessando as turbulências das crises econômicas 
que se sucederam.
Durante todo esse período, dos tempos coloniais até hoje, as 
micro e pequenas empresas vêm se constituindo em importante 
sustentáculo do crescimento e do desenvolvimento nacional.
Dados estatísticos, elaborados e divulgados pelo SEBRAE, 
demonstram que o segmento das micro e pequenas empresas 
representava, em 2004, 25% do Produto Interno Bruto (PIB), 
gerava 14 milhões de empregos, correspondentes a 60% 
do emprego formal, e constituía 99% dos seis milhões de 
estabelecimentos formais existentes.
Atuando em mercados de crescente competitividade, essas 
pequenas e médias organizações careciam de tratamento 
diferenciado para atuar junto às grandes corporações.
Até o ano de 1984, as micro e pequenas empresas não 
contavam com legislação específi ca, quando entrou em vigor o 
estatuto da microempresa, Lei nº 7.256 daquele ano.
Atualmente, vigora a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, 
que institui o estatuto da microempresa e da empresa de 
pequeno porte, “favorecendo-as com tratamento diferenciado 
e simplifi cado nos campos administrativo, fi scal, previdenciário, 
trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial”:
Para fi ns de enquadramento no SIMPLES – Sistema 
Integrado e Pagamento de Impostos e Contribuições 
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Unidade I
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de Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, 
considera-se microempresa, a pessoa jurídica que 
aufi ra receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 
(cento e vinte mil reais) por ano, e empresa de 
pequeno porte, a pessoa jurídica que aufi ra receita 
bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil 
reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão 
e duzentos mil reais) por ano.3
Cerca de dois milhões de microempresas e empresas de 
pequeno porte se benefi ciam dessa lei, uma vez que, por não 
possuírem os benefícios de produção em grande escala, possuem 
menor capacidade econômico fi nanceira.
2.3.2 Contratos de prestação de serviços
O crescente desenvolvimento das atividades empresariais, 
notadamente numa época em que os relacionamentos virtuais 
se ampliam com grande rapidez, exige uma postura cautelosa 
e preventiva por parte de todos que, direta ou indiretamente, 
promovem qualquer tipo de transações, compra, venda, locação, 
etc.
Para se evitar contratempos, desgastes e confl itos, e gerar 
harmonia e confi ança entre os parceiros de negócios, é de vital 
importância a adoção de um instrumento capaz de promover 
segurança jurídica nas relações, o contrato.
Ao estabelecer, formalmente, os direitos e deveres que 
vinculam as partes envolvidas, o contrato permite afi ançar o 
comprometimento referente aos compromissos assumidos, 
sejam eles societários, comerciais ou de outra categoria.
Os contratos que formalizam os acordos entre as pessoas, 
conforme vontade para sua realização, podem ser expressos 
de forma escrita ou oral e devem obedecer aos pressupostos 
legais.
3 Texto disponível em: < http://www.biblioteca.sebrae.com.br>.
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
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Segundo Campos (2006), direito contratual é um conjunto 
de regras que se dispõe a regular as declarações de vontade 
das pessoas, estabelecendo um vínculo jurídico com o fi m de 
resguardar, modifi car ou extinguir direitos e obrigações.
Classifi cação das pessoas jurídicas
União
Interno Estados
de direito Municípios
público
Externo
Nações estrangeiras
Organismos internacionais
Pessoa jurídica
Sociedades 
empresariais
Sociedades 
científi cas
de direito
Sociedades 
religiosas
privado Sociedades 
literárias
Sociedades 
esportivas
Fundações
Sindicatos
Sociedades 
mercantis
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