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MERCADO FINANCEIRO


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1 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO E DE 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
MERCADO FINANCEIRO 
Prof. Alexandre L. Almeida 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
ESQUEMA CIRCULAR DA RENDA 
2 
Famílias Empresas 
Renda 
(-) Consumo 
(=) Poupança 
 
 
Investimento Capital 
(+) Fatores 
(=) Produção Rendas, lucros 
1. Como financiar os projetos dos empreendedores? 
2. Como incentivar os poupadores a investirem seus recursos? 
3. Como unir esses agentes econômicos? 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
3 
FLUXO DE RECURSOS NO MERCADO 
FINANCEIRO 
Mercado 
Monetário 
(curto prazo) 
 
Mercado de 
Capitais 
(longo prazo) 
I 
N 
V 
E 
S 
T 
I 
D 
O 
R 
E 
S 
Aplicam 
$ 
Compram 
ativos 
financeiros 
Recebem 
$ 
Emitem 
ativos 
financeiros 
E 
M 
P 
R 
E 
E 
N 
D 
E 
D 
O 
R 
E 
S 
MERCADO FINANCEIRO 
Sistema Financeiro Nacional 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
4 
FUNÇÕES ECONÔMICAS DO MERCADO 
FINANCEIRO 
• Agregação de pequenos valores em grandes 
quantias (Ex. fundos de investimentos); 
• Sucessivos empréstimos de curto prazo financiam 
aplicações de longo prazo 
• Distribuição de riscos entre diferentes agentes 
econômicos; 
• Alocação intertemporal de recursos. 
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5 
DEFINIÇÃO DE ATIVOS 
• Enquanto os ativos reais produzem um fluxo 
de bens e serviços (de capital ou de consumo) 
aos seus proprietários, os ativos financeiros 
oferecem, direitos sobre um fluxo de caixa 
previamente especificado, ou reivindicações 
sobre os ativos reais; 
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6 
ATIVOS FINANCEIROS 
• Moeda: Como meio de troca, evita a prática do 
escambo, que, por ser baseado em trocas diretas, 
exige a ocorrência de uma coincidência mútua de 
necessidades. As trocas indiretas são mais 
eficientes. 
• Além disso, serve como unidade de conta, o que 
economiza uma grande quantidade de informação 
sobre preços relativos; 
• Para que seja aceita, deve servir como reserva de 
valor, isto é, manter seu poder de compra e ser de 
fácil manuseio. 
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7 
ATIVOS FINANCEIROS 
Continuação 
• Há mais duas espécies básicas de ativos 
financeiros: 
1. os títulos de dívida, em que seu titular é 
remunerado a um custo pré-contratado; 
2. e os títulos de participação, cuja remuneração é 
atrelada ao desempenho do empreendimento. 
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8 
ATIVOS FINANCEIROS 
Continuação 
• Outra espécie de ativo financeiro, de grande 
relevância atualmente, são os derivativos; 
• Derivativo é um contrato ou acordo bilateral que 
envolve um direito ou uma obrigação sobre um 
fluxo de caixa, referenciado em um outro ativo, 
chamado de ativo-objeto. 
• Há uma vasta gama de ativos-objetos usados hoje 
em dia: taxas de juros e de câmbio, índices, 
preços, etc... 
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9 
ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto às emissões 
Mercado Primário: 
– É onde ocorrem as emissões de novos títulos, 
em conseqüência da captação de recursos novos 
pelos emissores; 
Mercado Secundário: 
– Propiciam liquidez aos mercados primários, 
possibilitando o giro dos títulos já emitidos. 
Não há captação de novos recursos. 
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10 
ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto às negociações 
Mercado Organizado: 
– A participação nas transações só é admitida aos 
membros autorizados, onde se negociam títulos 
padronizados de emissores previamente 
registrados. Normalmente possuem um local 
próprio para os negócios, de forma a permitir a 
total transparência e com possibilidade de 
interferência a todos os interessados, garantindo 
a livre concorrência. 
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11 
ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto às negociações 
Mercado livre: 
– Normalmente são formados quando não há um 
mercado organizado estabelecido. Não têm um 
local definido, com possibilidades de 
interferência dos demais agentes, cujo ingresso 
e saída se dá livremente, sem divulgação ampla 
dos negócios, que ocorrem entre os 
especialistas, ou destes com o público. Sua 
maior vantagem é a maior flexibilidade. 
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12 
ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto à liquidação 
• Mercado à vista: Liquidação física e financeira 
ocorrem no presente (d0); 
• Mercado à prazo: Liquidação física ocorre no 
presente (d0) e a liquidação financeira se dá 
posteriormente (dn); 
• Mercado a termo e futuro: Liquidação física 
e financeira ocorrem posteriormente (dn). 
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ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto à liquidação 
Tipos de 
mercados 
Data da 
contratação 
Liquidação 
física 
Liquidação 
financeira 
À vista Em D0 Em D0 Em D0 
A prazo Em D0 Em D0 Em DN 
A termo ou futuro Em D0 Em DN Em DN 
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Exemplos: 
Mercado à vista: Compras no comércio; 
Mercado a prazo: Financiamentos de bens duráveis; 
Mercado a termo e/ou futuro: Operações na BM&F. 
COMPARATIVO ENTRE TIPOS DE 
MERCADOS 
14 
PARÂMETROS 
MERCADOS 
ORGANIZADOS 
(BOLSA) 
LIVRE 
(BALCÃO) 
Formação de preços Leilão Transação direta 
Transparência Alta Baixa 
Contratos Padronizados Negociados pelas partes 
Flexibilidade Baixa Alta 
Liquidez Alta Baixa 
Riscos e garantias 
Bolsa ou Câmara de 
Compensação 
Das próprias contra-partes 
Tipo de Intermediários Corretores Distribuidores 
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ESTRUTURA DE MERCADOS 
Intermediários 
Bancos de investimento, 
corretoras e distribuidoras 
Emprestadores 
Intermediários 
(bancos comerciais e 
de desenvolvimento) 
Intermediários 
Bancos de investimento, 
corretoras e distribuidoras 
Tomadores 
Mercado 
•Primário e secundário; 
•Bolsa ou balcão 
Transações privadas 
indiretas 
Transações privadas 
indiretas 
Transações públicas, 
primárias e 
secundárias 
Transações públicas, 
primárias e 
secundárias 
Transações privadas diretas 
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16 
FUNÇÕES DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 
• Recebem depósitos em dinheiro do público (bancos 
comerciais); 
• Assessoram os clientes em operações de “atacado”, 
tais como oferta pública de valores (bancos de 
investimentos); 
• Representam os clientes em negociações de compra e 
venda de ativos (corretoras); 
• Atuam como contrapartes de seus clientes, provendo 
liquidez nos negócios no “varejo” (distribuidora); 
• Ofertam operações de seguro ou arrendamento de bens 
(seguradoras e arrendadoras mercantis). 
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17 
FUNÇÕES DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 
Continuação 
• Geram ganhos de eficiência por causa: 
– Da especialização; 
– Da diluição dos custos de transação; 
– Minimização dos efeitos decorrentes da assimetria 
informacional, pois evita a ocorrência de: 
• Seleção adversa: Expulsão dos bons vendedores do mercado 
não dispostos ao desconto exigido pelos compradores, mais 
expostos a riscos por deterem menos informação (exemplo: 
mercado de carros usados). 
• Risco moral: Aumento de custo para contratação, pela falta de 
confiança no uso adequado dos direitos adquiridos (exemplo:operações de seguro). 
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ESTRUTURA DO SFN 
18 
ORGÃOS 
NORMATIVOS 
ENTIDADES 
SUPERVISORAS 
OPERADORES 
Conselho 
Monetário Nacional 
- CMN 
Banco Central do Brasil - 
BACEN 
Instituições financeiras 
Outros 
intermediários 
financeiros Captadoras de 
depósitos à vista 
Demais 
Instituições 
financeiras 
Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM 
Bolsas de mercadorias e futuros 
Bolsas de 
valores 
Conselho Nacional 
de Seguros 
Privados - CNSP 
 
Superintendência de 
Seguros Privados - SUSEP 
Resseguradoras 
Sociedades de 
capitalização 
Entidades 
abertas de 
previdência 
complementar 
Conselho Nacional 
de Previdência 
Complementar - 
CNPC 
Superintendência Nacional 
de Previdência 
Complementar - PREVIC 
Entidades fechadas de previdência complementar 
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19 
FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS 
• Exemplo: Considere o quadro seguinte com 
informações sobre ofertas de compra e venda de 
determinada mercadoria. Coloque os preços em 
ordem decrescente de competitividade, para 
compra e venda. 
Ofertas 
Compra Venda 
$100,00 $175,00 
$150,00 $125,00 
$125,00 $150,00 
Ofertas 
Compra Venda 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
20 
FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS 
• Exemplo: Considere o quadro seguinte com 
informações sobre ofertas de compra e venda de 
determinada mercadoria. Coloque os preços em 
ordem decrescente de competitividade, para 
compra e venda. 
Ofertas 
Compra Venda 
$100,00 $175,00 
$150,00 $125,00 
$125,00 $150,00 
Ofertas 
Compra Venda 
$150,00 $125,00 
$125,00 $150,00 
$100,00 $175,00 
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21 
DIAGRAMA DE OFERTA E DEMANDA 
quantidade 
p
re
ço
s 
qeq 
peq 
q1 q2 
Ponto de 
equilíbrio 
100 
125 
150 
175 
q3 
Excedente do produtor 
e consumidor 
22 
ESTÁTICA COMPARATIVA 
Se oferta qo é maior do que a 
demanda qd, então o preço 
cairá. 
Se a oferta qo é menor do que 
a demanda qd, então o preço 
subirá. 
qd qo 
p 
pE 
qo qd 
p 
pE 
23 
DINÂMICA DOS PREÇOS 
Se o preço e o volume sobem, então 
o mercado é comprador 
(trecho OA); 
Se o preço desce e o volume 
sobe, então o mercado é 
vendedor (trecho BC); 
Se o volume desce, indica 
exaustão da tendência dos 
preços observada até então 
(trechos AB e CD). 
tempo 
tempo 
A B C D O 
INFORMAÇÕES SOBRE NEGOCIAÇÕES 
EM MERCADOS ORGANIZADOS 
Data 
Preços 
Negócios Quantidade Volume 
Abertura Máximo Mínimo Médio Fechamento 
Máxima 
Mínima 
Fechamento 
Abertura 
MEDIDAS DE RETORNO 
• As medidas mais usuais do retorno de 
investimentos, baseadas na série histórica 
dos preços dos ativos, são: 
– Média aritmética; 
– Média geométrica; 
– Taxa interna de retorno (TIR). 
25 
1
1
1
1 1
1 1










 
 
nn
k k
k
g
n
k k
k
a
p
p
R
p
p
n
R
MEDIDAS DE LIQUIDEZ 
• A liquidez, por sua vez, é medida durante 
determinado período, através dos seguintes 
parâmetros: 
– Volume financeiro movimentado pelo ativo; 
– Nº de negócios realizados; 
– Quantidade de ativos negociados. 
26 
V
v
N
n
P
p
IL 
V = preço x quantidade 
N = número de negócios 
P = presença em sessões de negócios 
MEDIDAS DE RISCO 
• O risco das alternativas de investimento é 
determinado de forma a refletir a 
volatilidade dos preços dos ativos que se 
deseja acompanhar: 
– Desvio padrão da série histórica; 
– Variância e co-variância dos preços. 
27 
CASO PRÁTICO 
28 
Abertura Mínima Máxima Média Última Retorno Amplitude Desvio
18/nov 8,24 8,15 8,24 8,22 8,23 26.315 8 3.200 - 1,09% 0,12%
19/nov 8,16 8,16 8,90 8,45 8,80 177.386 28 21.000 6,93% 8,76% 4,14%
23/nov 8,88 8,80 9,10 8,96 8,80 42.089 13 4.700 0,00% 3,35% -1,79%
24/nov 9,04 8,81 9,10 8,99 9,00 49.420 11 5.500 2,27% 3,23% 0,11%
25/nov 9,00 9,00 9,25 9,10 9,25 53.675 11 5.900 2,78% 2,75% 1,65%
26/nov 9,27 9,00 9,27 9,24 9,27 15.700 6 1.700 0,22% 2,92% 0,32%
27/nov 9,24 9,15 9,59 9,33 9,58 67.166 9 7.200 3,34% 4,72% 2,68%
30/nov 9,50 9,50 9,50 9,50 9,50 7.600 4 800 -0,84% 0,00% 0,00%
01/dez 9,50 9,50 10,50 9,88 10,20 230.259 61 23.300 7,37% 10,12% 3,24%
02/dez 10,40 10,40 11,20 10,82 10,70 71.396 25 6.600 4,90% 7,39% -1,11%
03/dez 11,00 11,00 13,01 12,31 13,01 353.408 66 28.700 21,59% 16,33% 5,69%
m  4,86% Desvio médio= 1,37%
s  6,18%
OscilaçãoCotação
Data Volume Negócios
Quantidade 
de ações
100Retorno
1
10 




d
dd
última
últimaúltima
100 Amplitude 


média
mínimamáxima
100Oscilação 


média
médiaúltima
Em quais dias houve negociações atípicas? 
COTAÇÕES HISTÓRICAS 
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COMPANHIA A 
Data Q Negs Q Tits Volume Abertura Maximo Minimo Fechamento Medio D% Fator 
4/1/2010 13.531 13.303.600 493.660.216 35,0151 35,3658 34,8919 35,3658 35,1668 - - 
5/1/2010 22.782 21.396.400 794.327.759 35,4226 35,4700 34,8730 35,0625 35,1762 -0,86% 0,9914 
6/1/2010 18.647 18.720.600 697.345.692 34,8730 35,5363 34,8730 35,5363 35,2994 1,35% 1,0135 
7/1/2010 12.720 10.964.600 408.386.356 35,3184 35,4890 35,1289 35,2047 35,2994 -0,93% 0,9907 
8/1/2010 14.192 14.624.200 542.061.948 35,2141 35,4321 34,9298 35,0151 35,1289 -0,54% 0,9946 
11/1/2010 16.438 15.317.700 566.849.171 35,2615 35,3847 34,7024 34,9014 35,0720 -0,32% 0,9968 
12/1/2010 18.226 14.886.200 540.049.755 34,6740 34,7593 34,1528 34,4560 34,3802 -1,28% 0,9872 
13/1/2010 23.390 23.228.200 840.384.872 34,6456 34,8161 33,9633 34,3992 34,2855 -0,17% 0,9983 
14/1/2010 21.130 20.073.400 721.136.496 34,3802 34,5508 33,6979 33,8022 34,0391 -1,74% 0,9826 
15/1/2010 19.681 21.169.000 756.590.226 33,7074 34,2096 33,6505 33,8780 33,8685 0,22% 1,0022 
18/1/2010 17.270 23.168.400 840.761.716 34,0201 34,7498 33,8969 34,6361 34,3897 2,24% 1,0224 
19/1/2010 14.555 16.895.900 615.281.388 34,5413 34,7308 34,3423 34,4750 34,5129 -0,47% 0,9953 
20/1/2010 17.869 18.757.500 668.141.190 34,2096 34,2570 33,4136 33,5937 33,7548 -2,56% 0,9744 
21/1/2010 24.874 24.553.000 852.386.876 33,7169 33,8306 32,4944 32,5323 32,9019 -3,16% 0,9684 
22/1/2010 17.734 19.025.100 656.497.120 32,3239 32,9777 32,2765 32,9303 32,7029 1,22% 1,0122 
26/1/2010 18.713 20.281.200 689.112.251 32,4944 32,5418 31,8879 32,1248 32,2007 -2,45% 0,9755 
27/1/2010 24.639 19.908.600 675.391.070 32,1248 32,4944 31,7553 32,3239 32,1438 0,62% 1,0062 
28/1/2010 12.952 13.819.200 474.578.084 32,7882 32,8735 32,0964 32,7977 32,5418 1,47% 1,0147 
29/1/2010 15.696 16.106.700 557.368.783 32,9588 33,2146 32,153332,3807 32,7882 -1,27% 0,9873 
MERCADO DE RENDA FIXA 
• É o mercado em que se negociam ativos financeiros 
representativos de dívidas (empréstimos) contraídos 
por emissores, como governo (público) e companhias 
(privados), por exemplo; 
• Títulos de dívidas representam uma obrigação do 
emissor de reembolsar o principal aos credores, num 
prazo determinado, acrescido de juros; 
• Não proporcionam risco de diluição do poder de 
controle, e oferecem, ao devedor, um benefício fiscal. 
• Podem ser títulos privados ou públicos, sendo estes 
últimos, instrumentos de políticas fiscal e monetária. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
30 
CARACTERÍSTICAS DA RENDA FIXA 
1. Os títulos pré-fixados tem remuneração previamente 
conhecida. Já os títulos pós-fixados têm sua 
remuneração atrelada a algum índice de correção 
monetária que só será conhecido posteriormente.; 
Ex. 12% ao ano é pré-fixado; IGP-M + 6% ao ano é pós-fixado; 
2. Podem possuir, ou não, pagamentos periódicos de juros, 
chamados de cupons e são emitidos por curto (até 1 
ano), ou por longo prazo (além de 1 ano); 
3. São regidos por escrituras de emissão (se privados) , ou 
pelo Decreto 3859/2001 e Resoluções CMN (públicos); 
4. Seguem o sistema de amortização americano, em que os 
rendimentos são periódicos e a amortização só no final. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 31 
TIPOS DE GARANTIAS 
1. Garantia real : A dívida é garantida por bens 
específicos do ativo do emissor, que não pode 
negociá-los; 
2. Garantia Flutuante: Oferece privilégio geral sobre o 
ativo do emissor, sem impedir a sua negociação; 
3. Quirografária: Não oferece privilégio sobre o ativo, 
e concorre em igualdade com os demais credores sem 
preferência. O limite de emissão equivale ao capital 
social; 
4. Subordinada: Só tem preferência sobre os acionistas, 
e por isso, não tem limite de emissão. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 32 
TIPOS DE GARANTIAS 
5. Cláusulas de resgate antecipado: É a opção que o 
emissor tem de recomprar os títulos antes do 
vencimento, em períodos pré-determinados. 
Normalmente os preços de um título com cláusula de 
resgate antecipado são maiores do que os de uma dívida 
equivalente sem essa opção. Esse sobrepreço é o prêmio 
de resgate antecipado; 
6. Cláusulas restritivas (covenants): Limitam algumas 
ações por parte do emissor. Por exemplo, manter um 
certo nível de capital de giro, não poder vender parte do 
seu ativo, etc. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 33 
CORREÇÃO MONETÁRIA 
• É a forma de repor o poder de compra da moeda que se 
desvaloriza em consequência da inflação; 
• A inflação, por sua vez, representa uma variação geral 
e persistente dos preços. Há dois tipos de inflação: 
– De demanda: Muitos consumidores competem por produtos 
com oferta limitada. Surge por excesso de gastos do governo 
ou por haver muita moeda em circulação; 
– De oferta: Aumento de custos de produção (matérias primas, 
salários, etc.), que serão repassados aos preços finais. 
Também pode ocorrer em casos de oligopólios; 
– Inercial: A inflação passada é realimentada pelas 
expectativas que buscam antecipar a inflação futura. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
34 
CORREÇÃO MONETÁRIA 
• Diferentes tipos de inflação requerem 
diferentes formas de controle: 
– Se for inflação de demanda, o governo eleva as 
taxas de juros básicas da economia (SELIC). 
Assim haverá menos moeda em circulação, mais 
aplicações a juros e menos dinheiro em circulação; 
– Se a inflação for de oferta, o governo precisa 
estimular o setor real para incrementar o 
investimento com vistas a aumentar a produção e, 
com isso, a oferta atender a demanda. Pode, ainda, 
combater oligopólios. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
35 
CORREÇÃO MONETÁRIA 
• O cálculo da correção monetária se dá pelo 
fator de capitalização (composto) 
acumulado baseado no índice contratado; 
– Ex.: (1+q1 )
n1/252  (1+q2 )
n2/252  ... ; 
• Índices de inflação refletem a variação de 
preços de uma cesta de bens previamente 
estabelecida. 
• Exemplo: IGP-M, IGP-DI, IPCA, INPC, 
IPA, etc. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 36 
CORREÇÃO MONETÁRIA 
• Qual será o valor corrigido monetariamente de 
R$1.000,00 daqui a três meses, sabendo que a 
inflação em cada um desses meses estão dadas 
no quadro abaixo: 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 37 
Mês 
Nº dias 
úteis 
Correção 
Monetária 
(% a.a.) 
Fator de Correção Monetária Acumulado 
1 21 2% (1+2%)
21/252 = 1,001652 
2 22 3% (1+2%)
21/252 
 (1+3%)
22/252 = 1,004240 
3 20 4% (1+2%)
21/252
(1+3%)
22/252
(1+4%)
20/252= 1,007371 
Resposta: 1.000,00 1,007371 = 1.007,37 
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS 
• Os preços unitários – P.U.s – são calculados por 
desconto racional composto do valor de face (resgate), 
pela taxa de juros negociada; 
• A contagem dos prazos se dá por dias úteis, 
considerando o ano como tendo 252 dias úteis. 
Regulamentação dada pela Circular 3671/13 do 
BACEN; 
• O valor de face (resgate) vale sempre R$1.000,00. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
38 
TÍTULOS PÓS-FIXADOS 
• Os preços unitários – P.U.s são calculados por desconto 
racional composto do valor de face (resgate) pela taxa 
de juros negociada (taxa de mercado); 
• A contagem dos prazos se dá por dias úteis, 
considerando o ano como tendo 252 dias úteis. 
Regulamentação dada pela Circular 3671/13 do 
BACEN; 
• O valor de resgate (de face) vale sempre R$1.000,00, 
mas corrigidos pela taxa de juros de emissão (taxa 
contratada ou taxa de cupom). 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
39 
CÁLCULO DO P.U. SEM CUPOM 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 40 
Título pré-fixado: 
$1.000 
Título pós-fixado: 
$1.000 corrigidos 
pela taxa de emissão 
acumulada 
P.U. = valor de resgate descontado pela taxa negociada 
P.U. = valor de resgate descontado pela taxa negociada 
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS SEM CUPOM 
Qual o valor do P.U. de um título pré-fixado emitido a 
63 dias úteis do vencimento se o investidor deseja uma 
rentabilidade de 12% ao ano? 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
41 
0 63 
1.000 
 
065421,972
028737,1
000.1
%121
000.1
PU
252
63



TÍTULOS PÓS-FIXADOS SEM CUPOM 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
42 
Qual o valor de resgate de um título pós-fixado emitido 
com taxa de IGP-M + 6% a.a., cujo fluxo de caixa está 
esquematizado a seguir? 
FV =1000  1,007371  1,014674 = 1.022,153 
Onde 1,014674 = (1+6%)63/252 , fator da taxa de juros real. 
Correção 
Monetária 
Juro Real 
PU = 1.000 
 FV = 1.022,153 
0 
21 43 63 
Período 
Taxa de Correção 
Monetária 
Mês 
Dias 
úteis 
Efetiva 
 (% a.a.) 
Fator 
acumulado 
1 21 2 1,020000 
2 22 3 1,004240 
3 20 4 1,007371 
TÍTULOS PÓS-FIXADOS SEM CUPOM 
Se um investidor desejasse comprar o título do exemplo 
anterior, de forma a auferir uma taxa de juros negociada 
de IGP-M + 8% a.a., qual seria o PU? 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 43 
PU = 
 FV = 1.022,153 
0 
21 43 63 
3378,995
%)81(007371,1
%)61(007371,11000
%)81(007371,1
153,1022
252
63
252
63
252
63





Conclusão: O cálculo do PU independe da correção monetária 
futura! 
CÁLCULO DO P.U. COM CUPOM 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 44 
Título pré-fixado: 
$1.000P.U. = Soma dos valores presentes dos cupons e do 
resgate, descontados pela taxa negociada corrigida 
P.U. = Soma dos valores presentes dos cupons e do 
resgate, descontados pela taxa negociada 
Título pós-fixado: 
$1.000 corrigido pelo 
índice de correção 
monetária acumulado 
Cupons (pela taxa de emissão, com correção) 
Cupons (pela taxa de emissão) 
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM 
Calcule o valor do cupom semestral de uma NTN-F 
com taxa de emissão de 6% a.a. O fluxo de caixa da 
operação segue abaixo: 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
45 
PU 
 FV = 1.000 
0 
126 252 378 
Cupom = ? 
* 1 semestre equivale a aproximadamente 126 dias úteis 
Solução: 
Calcula-se o cupom pela taxa de emissão que é de 6% a.a.. 
Como os pagamentos são semestrais, devemos operar com a 
taxa semestral equivalente. Vejamos: 
46 Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
  
 563014,29029563,0000.1
029563,01%61eequivalent Tx.
eequivalent Tx. 1000 Cupom
2
1



Cupom
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM 
Escrevendo direto: 
   563014,291%61000.1 21 Cupom
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM 
Calcule o P.U. de uma NTN-F com cupom semestral* 
de 6% a.a., com vencimento daqui a 378 dias úteis, cuja 
taxa negociada foi de 8% ao ano. O fluxo de caixa da 
operação segue abaixo: 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
47 
PU = ? 
 FV = 1.000 
0 
126 252 378 
Cupom = ? 
* 1 semestre equivale a aproximadamente 126 dias úteis 
Solução: 
Em primeiro lugar deve-se calcular o cupom pela taxa de 
emissão (6%). Em seguida desconta-se o fluxo de caixa a 
valor presente pela taxa negociada (8%). Vejamos: 
48 Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
  
132659,973
972638,890339837,26373161,27447023,28
%)81(
000.1
%)81(
563014,29
%)81(
563014,29
%)81(
563014,29
563014,291%61000.1
252
378
252
378
252
252
252
126
2
1











PU
PU
PU
Cupom
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
49 
PU = 973,132659 
 FV = 1.000 
0 
126 252 378 
Cupom = 29,56 
O fluxo de caixa da operação fica assim: 
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM 
TÍTULOS PÓS-FIXADOS COM CUPOM 
Calcule o PU de uma NTN-B com resgate em 378 d.u. 
emitida com taxa de IPCA + 6% a.a., cupons semestrais, 
comprada com taxa de IPCA + 8% a.a.. Considere os 
valores acumulados do índice dados pela tabela abaixo: 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 50 
Prazos Índice (% a.a.) Fator acumulado 
1º semestre 4% 1,040000 
2º semestre 5% 1,092000 
3º semestre 3% 1,124760 
* 1 semestre equivale a, aproximadamente, 126 dias úteis 
126 252 378 
P.U. = ? 
Valor 
de face 
Devemos calcular, primeiramente, as parcelas do fluxo de caixa 
do título, isto é, cada cupom corrigido e o valor de face. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
51 
TÍTULOS PÓS-FIXADOS COM CUPOM 
547028,1060
1000060547,1%)31(%)51(%)41(1000
352967,31029563,0547028,1060º3
563014,29060547,1]1%)61[(%)31(%)51(%)41(1000º3
892996,30029563,0988038,1044º2
563014,29044988,1]1%)61[(%)51(%)41(1000º2
148477,30029563,0803903,1019º1
563014,29019804,1]1%)61[(%)41(1000º1
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126
252
126








FV
FV
cupom
cupom
cupom
cupom
cupom
cupom
A seguir, com o fluxo de caixa determinado, descontamos o 
fluxo de caixa a valor presente pela taxa negociada (8%). 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
52 
TÍTULOS PÓS-FIXADOS COM CUPOM 
132659,973
972638,890339837,26373161,27447023,28
122369,1060547,1
1000060547,1
122369,1060547,1
563014,29060547,1
080000,1044988,1
563014,29044988,1
039230,1019804,1
563014,29019804,1














PU
PU
PU
30,892996 
126 252 378 
P.U. = 973,132659 
30,148477 31,352967................. Cupom 
(+)1.060,547028 ........Valor de face 
(=)1.091,899995......................Total 
TIPOS DE TÍTULOS PÚBLICOS 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 53 
TÍTULO PRAZOS CUPOM INDEXADOR 
LTN 6, 12, 24 meses - - 
NTN-F 3, 5 e 10 anos 10% a.a. - 
NTN-B Principal 3 a 40 anos - IPC-A + 6%aa 
NTN-B 3 a 40 anos 6% a.a. IPC-A 
LFT 3 e 5 anos - SELIC 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-como-
funciona-o-mercado-de-titulos-publicos 
54 
DINÂMICA DO MERCADO ABERTO 
Há pouco $ em 
circulação e o juro 
está alto. Há risco 
de deflação. 
O governo 
compra 
títulos, e 
injeta $ na 
economia 
Preço dos 
títulos 
sobe, e o 
juro cai. 
Aumenta a 
demanda 
agregada e 
os preços 
sobem. 
Há muito $ em 
circulação e o juro 
está baixo. Há risco 
de inflação. 
O governo 
vende 
títulos e 
retira $ da 
economia. 
Preço dos 
títulos cai, 
e o juro 
sobe. 
Diminui a 
demanda 
agregada e 
os preços 
caem. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
55 
ESTRATÉGIAS EM RENDA FIXA 
• O investidor deve aplicar em títulos pré-
fixados quando sua expectativa é de queda nas 
taxas de juros; 
• Por outro lado, no caso de esperar um aumento 
nas taxas de juros, deverá investir em títulos 
pós-fixados. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
56 
MERCADO DE CÂMBIO 
• As transações de um país com o exterior não podem ser 
pagas com moeda nacional nem serem recebidas com 
moedas estrangeiras; 
• Mercado de câmbio é aquele em que a moeda de um 
país é trocada pela de outro; 
• Trata-se de um mercado de balcão, com liquidez 
concentrada em poucas moedas. Basicamente US$ e €. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
57 
TAXA DE CÂMBIO 
• É o preço da moeda de um país em relação 
à de outro; 
• Formas de cotação: Compra (bid rate) / Venda 
(offer rate). A diferença entre ambas é o spread; 
• Sistema de cotação: 
– Método direto: £ x /US$1.00 * 
– Método indireto: US$ (1/x) /£ 1,00 
*É a forma mais usual, com exceção da Inglaterra. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
58 
CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS DE CÂMBIO 
• Sacado x manual: 
– Câmbio sacado é liquidado via moeda escritural e no 
manual a liquidação é feita em espécie; 
• À vista x a termo: 
– O prazo da liquidação pode ser no ato ou diferido; 
• Primário x interbancário: 
– No primeiro caso há ingresso ou saída de divisas no país, 
oriundas de exportações ou importações, enquanto que no 
segundo, envolve transações entre instituições financeiras 
para ajustar suas posições. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
59 
VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 
• A taxa de câmbio mede o poder aquisitivo da 
moeda local em relação à moeda estrangeira, 
normalmente o dólar norte americano; 
• Assim, quando a cotação em moeda local, pelo 
método direto, aumentar, tem-se uma 
desvalorização do poder de compra da moeda 
local em relação à moeda estrangeira. 
• Por outro lado, se a cotação diminuir, houve uma 
valorização do poder de compra da moeda local, 
em relação à moeda estrangeira. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
60 
TAXAS CRUZADAS E ARBITRAGEM TRIANGULAR: 
• O dólar é usado como denominador comum 
na cotação das taxas de câmbio. Daí 
chamarmos de taxascruzadas a relação de 
troca entre duas moedas estrangeiras, que 
não o dólar; 
• Arbitragem triangular consiste na 
oportunidade de ganhar dinheiro sem risco, 
com base na distorção das taxas cruzadas. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
61 
TAXAS CRUZADAS E ARBITRAGEM TRIANGULAR: 
R$ 1,60/US$ 
€ x /US$ R$ 2,50 /€ 
Qual deverá ser o valor de x para que 
não haja possibilidade de arbitragem? 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
62 
VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 
• É importante lembrar que se a moeda local se 
valoriza em relação à moeda estrangeira, esta se 
desvaloriza em relação àquela, e vice-versa. 
• Mas cuidado! Isso não ocorre na mesma 
proporção! 
• Se a taxa de câmbio variar de R$1,50/US$ para 
R$3,30/US$, implica que o dólar se valorizou em 
120%. Neste caso, não podemos dizer que o real 
se desvalorizou na mesma proporção, pois é 
absurdo qualquer ativo perder mais de 100% de 
seu valor! 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
63 
Se considerarmos as taxas de câmbio de R$ e0 /US$ e 
R$ e1 /US$ , nos momentos 0 e 1, teremos que: 
1. Variação em dólar, D%(US$): 
 
 
2. Variação em real, D%(R$): 
VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 


D
1
10$)%(
e
ee
R
$))%(1(
0
1
R
e
e
D



D $)%(
0
01
e
ee
US
$))%(1(01 USee D
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
64 
PARIDADE DO PODER DE COMPRA 
• Sendo a taxa de câmbio uma medida do poder de 
compra de uma moeda em relação a outra, é 
natural que se leve em conta a inflação de cada 
país. Segundo Cassel: 
E=taxa de câmbio nos períodos 0 e 1; 
I=Inflação nacional ou estrangeira 
 






D
D

nalinternacio
local
01
1
1
q
q
ee
1D e 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
65 
ESPECULAÇÃO JUROS X CÂMBIO 
• É a possibilidade de auferir ganhos explorando um 
desequilíbrio entre juros e variação cambial; 
• A estratégia consiste em converter a moeda 
estrangeira, aplicar no mercado local e reconverter 
o resgate em moeda estrangeira. Ao final, 
compara-se o resultado com o que seria obtido em 
uma aplicação direta no país de origem. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
66 
ESPECULAÇÃO DE JUROS X CÂMBIO 
CUPOM CAMBIAL 
• A expressão de equilíbrio entre as taxas de juros e 
de câmbio é: 
• O cupom cambial é a diferença entre a taxa de 
juros local sem risco e a variação cambial. 
 
 EUA
BRA
i
i
e
e



1
1
0
1
 
 
0
1
1
1
e
e
i
i BRAEUA


Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
ESPECULAÇÃO DE JUROS X CÂMBIO 
CUPOM CAMBIAL 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
67 
Investidor estrangeiro ou 
exportador nacional que 
possui divisa em moeda 
estrangeira. 
 (US$ y) 
Investidor estrangeiro ou 
exportador nacional. 
Resgata divisas em moeda 
estrangeira. 
US${[(R$x(1+i) n/252  e1 ] e0} 
Investidor estrangeiro ou 
exportador nacional converte 
seus fundos em moeda local e 
os aplica a juros no Brasil. 
(R$ x = US$ y  e0) 
Investidor estrangeiro ou 
exportador nacional 
resgata sua aplicação no 
mercado local e a converte em 
moeda estrangeira. 
[(R$ x  (1+i) n/252 ) e0] 
1 
2 
3 
68 
MERCADO DE CAPITAIS 
• O mercado de capitais é onde se negociam 
os fluxos de fundos de longo prazo 
necessários ao financiamento do setor real 
da economia nacional; 
• Essas negociações envolvem uma classe de 
ativos financeiros chamados de valores 
mobiliários, definidos pelo artigo 2º da Lei 
6.385/76, alterada pela Lei 10.303/01. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
69 
FUNCIONAMENTO DA BOLSA 
• As Bolsas de Valores são instituições em que se 
negociam os valores mobiliários em mercados 
organizados. 
• Vantagens da negociação em bolsa: 
– Criação de um centro de liquidez; 
– Garantias na liquidação das transações; 
– Transparência na formação de preços; 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
70 
FUNCIONAMENTO DA BOLSA 
• Participantes: 
– Corretoras: São as instituições membros da bolsa, 
responsáveis pela intermediação dos negócios. 
– Investidores: São os agentes interessados em negociar 
nas bolsas, via corretores. Visam ganhos financeiros na 
aplicação de seus recursos, ou transferência dos riscos 
das posições. 
– Câmaras de compensação: São as entidades 
responsáveis pela liquidação e compensação de 
operações, bem como a custódia dos títulos. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
71 
FUNCIONAMENTO DA BOLSA 
• Formas de negociação: 
– Viva voz – As ordens são apregoadas pelos operadores 
no recinto de negociação, o pregão; 
– Sistemas eletrônicos de negociação – As ordens são 
enviadas e realizadas por computador, de forma 
automática. 
• Processo de Liquidação: 
– Registro da ordem e execução; 
– Especificação junto à bolsa; 
– Entrega ou bloqueio dos títulos em custódia; 
– Pagamento da operação pelo comprador. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
72 
FUNCIONAMENTO DA BOLSA 
• Tipos de ordens: 
– A mercado: O preço é dado pelas condições vigentes no 
momento da ordem; 
– Administrada: O preço é dado pelas condições vigentes 
quando de sua execução; 
– Limitada: sua execução se dá pelo melhor entre o pré 
estabelecido ou o do mercado; 
– Casada: A compra ou a venda é vinculada à simultânea 
venda ou compra do mesmo título, com prazo distinto; 
– On stop: Ao atingir determinado preço, é executada uma 
ordem a mercado, automaticamente, a fim de limitar 
prejuízos. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
73 
SISTEMAS DE COMPENSAÇÃO EM 
BOLSA 
Cliente 1 
Cliente 2 
Cliente 3 
Cliente 4 
Corretor A 
Corretor B 
Membro de 
Compensação 
Membro de 
Compensação 
B 
O 
L 
S 
A 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
74 
AÇÕES – PRINCIPAIS TIPOS 
• São títulos de participação ou de propriedade que 
representam a unidade de constituição do capital das 
companhias. Suas espécies são: 
– Ordinárias Nominativas (ON): São as que tem direito a voto, e portanto 
detém o controle político da companhia; 
– Preferenciais Nominativas (PN): Criadas para atender aos acionistas 
“desinteressados”, cujo direito a dividendos compensam a ausência do 
direito a voto. Podem ser divididas em classes. 
– Escriturais: Mantidas em conta de depósito, em nome dos seus titulares, 
junto à instituição custodiante autorizada pela CVM que é proprietária 
fiduciária das ações; 
– Registradas: Nome do titular é inscrito no livro de Registro de Ações 
Nominativas. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
PROVENTOS DAS AÇÕES 
São três os tipos de proventos das ações: 
1. Bonificação: É a distribuição gratuita de novas ações 
emitidas em contrapartida à incorporação de reservas ao 
capital. Pode ocorrer sem essa contrapartida, que é o 
desdobramento (split). O inverso é o grupamento; 
2. Subscrição: É a aquisição de novas ações emitidas 
numa oferta, primária ou secundária. No primeiro tipo 
há captação de novos recursos pela empresa, enquanto 
que na segunda os fundos destinam-se aos acionistas 
antigos; 
3. Dividendos: É a distribuição em dinheiro de parcela dos 
lucros auferidos pela companhia. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
75 
PROVENTOS DAS AÇÕES 
• Consideremos N o número de ações do capital da empresa 
antes do provento ocorrere DN a quantidade de novas 
ações emitidas. Então o total de ações após o provento 
será N+DN. O valor de mercado da empresa para os 
acionistas é o produto do preço pelo número de ações; 
• Na bonificação, o valor de mercado da empresa antes e 
depois não se altera. Não há ingresso de novos recursos na 
empresa. Tem-se que B = DN/N; 
• Na subscrição o valor de mercado da empresa depois do 
provento [pex  (N+DN)] equivale ao valor anterior (pcom 
 N) mais o montante captado (ps  DN), onde S = DN/N; 
• Nos dividendos há um desembolso de caixa da empresa. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
76 
PROVENTOS DAS AÇÕES 
• Em resumo, vejamos como ficam os preços depois da 
ocorrência dos proventos; 
• Chamamos os preços de negociação antes do 
provento de pcom, pois terão direito ao provento. Após 
a ocorrência do provento será o pex, visto que não 
terão mais direito ao provento, já ocorrido. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
77 
dpapp comex  B
p
p comex


1  S
Spp
p Scomex



1
Bonificação Subscrição Dividendos 
B é o índice de bonificação S é o índice de subscrição 
ps é o preço de subscrição 
dpa = dividendo por ação 
78 
AVALIAÇÃO DE AÇÕES 
Componentes do retorno em renda variável: 
1. Renda: Corresponde às parcelas de juros ou 
lucros auferidas pelo investimento; 
2. Ganho de capital: Corresponde à valorização 
do preço do título em mercado. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida 
79 
AVALIAÇÃO DE AÇÕES 
• Se considerarmos um N grande, isto é, um 
período infinito (pressupondo a continuidade 
da empresa), e que os dividendos sejam 
constantes, pode-se demonstrar que: 
r
d
P 0
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES 
• No caso de se estimar uma taxa de crescimento 
(g) constante para os lucros e dividendos, que 
pode ser a média esperada para o crescimento 
de longo prazo, teremos o modelo de Gordon – 
Shapiro: 
)( gr
d
P

 10
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES 
Estimando o parâmetro g: 
• g = ( 1-d )  ROA, onde d é a taxa de distribuição de 
dividendos calculada sobre o Lucro Por Ação, LPA, e 
ROA é o Retorno dos Ativos (Return on Assets), que, 
no caso de empresas sem dívidas, é igual ao retorno do 
capital próprio, ROE (Return on Equity); 
• Cuidado quando g  r! 
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES 
• Sendo o dividendo calculado em função dos lucros, 
pela taxa de distribuição d, temos que, no caso de 
empresas maduras, sem maiores oportunidades de 
crescimento, o lucro deve ser distribuído ao máximo 
( d = 100% ); 
• Já no caso de empresas em crescimento, parte ou 
todo o lucro deverá ser retido para re-investimento, 
supondo que o retorno das novas oportunidades será 
maior do que a taxa de capitalização ( ROA > r ). 
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ÍNDICE PREÇO-LUCRO ( P/L ) 
• É o resultado da divisão do preço de mercado da 
ação (p), pelo lucro estimado por ação (LPA). 
– Se o P/L é baixo: Ou o preço está sub-avaliado e espera-
se uma alta (ganho de capital), ou o lucro está alto, o 
que implica na perspectiva de dividendos altos; 
– Em caso de P/L alto ocorre o inverso, ou seja, espera-se 
ou uma queda no preço ou dividendos baixos; 
• Conclusão: Enquanto um P/L baixo é indicação de 
compra, um P/L alto é indicação de venda. 
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ÍNDICE PREÇO-LUCRO ( P/L ) 
• Este indicador deve ser comparado com o do setor 
(benchmark) a que pertence a companhia 
analisada, para se saber se está alto ou baixo; 
• No caso de empresas que distribuem todo o lucro 
(d=100%), o retorno do capital próprio r, é o lucro 
por ação LPA, dividido pelo preço p. Vem daí, que 
o índice P/L é o inverso do retorno por ação, r. 
 P/L = 1/r 
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