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* * * Resumo conceitos fundamentais sistemas cristalinos e malhas de Bravais principais estruturas cristalinas metálicas indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalográficos em estruturas cúbicas e hexagonais empilhamentos atómicos compactos cálculo de densidades linear, planar e volúmica conceitos de polimorfismo e alotropia análise de estruturas cristalinas por difracção de raios-x IMM - estruturas cristalinas * * * Conceitos fundamentais material cristalino – ordem a longa distância (modelo tri-dimensional repetido no espaço) material amorfo – sem ordem a longa distância estrutura cristalina – aplicação de um motivo (concreto) a uma malha espacial (abstracto) modelos atómicos de esferas duras ou reduzidas células unitárias e parâmetros de malha IMM - estruturas cristalinas * * * Sistemas cristalinos e malhas de Bravais célula unitária - modelo tridimensional cuja repetição gera a malha espacial a forma e tamanho da célula unitária pode definir-se através dos vectores cristalográficos da célula (a,b,c) e dos ângulos axiais (a, b, g) que constituem os parâmetros de malha da célula IMM - estruturas cristalinas * * * Sistemas cristalinos e malhas de Bravais só são necessários sete sistemas cristalinos para descrever todas as malhas espaciais IMM - estruturas cristalinas * * * Sistemas cristalinos e malhas de Bravais cada sistema cristalino tem uma célula unitária básica há variantes de algumas células unitárias básicas (cc, bc, fc) Bravais mostrou que só existem catorze células unitárias IMM - estruturas cristalinas * * * Estruturas cristalinas metálicas dada a natureza não direccional da ligação metálica, não há restrições ao número e localização dos primeiros vizinhos de cada átomo; este facto explica o elevado número de coordenação (número de primeiros vizinhos de cada átomo) e o empilhamento compacto das estruturas metálicas no caso dos metais, o motivo da estrutura cristalina é um átomo metálico (em rigor, um ião) a maioria dos metais cristaliza em estruturas simples e compactas: cúbica de faces centradas (cfc), cúbica de corpo centrado (ccc) e hexagonal compacta (hc) IMM - estruturas cristalinas * * * Estruturas cristalinas metálicas Estrutura cristalina e raio atómico de alguns metais puros IMM - estruturas cristalinas * * * Estruturas cristalinas metálicas representação da estrutura cfc em cima, à esquerda, o modelo de esferas duras em cima, à direita, o modelo de esferas reduzidas em baixo, um agregado de átomos IMM - estruturas cristalinas * * * Estruturas cristalinas metálicas representação da estrutura ccc à esquerda, o modelo de esferas duras no meio, o modelo de esferas reduzidas à direita, um agregado de átomos IMM - estruturas cristalinas * * * Estruturas cristalinas metálicas representação da estrutura hc à esquerda, o modelo de esferas reduzidas à direita, um agregado de átomos IMM - estruturas cristalinas * * * Estruturas cristalinas metálicas IMM - estruturas cristalinas célula unitária ccc cfc hc nº de átomos 6 nº de coordenação 8 parâmetro de malha (a,c) vs. raio atómico (r) 4r = a√2 volume ocupado pelos átomos volume da célula factor de empilhamento atómico * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalográficos coordenadas de posições atómicas uma qualquer posição atómica numa célula é definida pelas suas coordenadas expressas relativamente aos eixos cristalográficos x, y e z, considerando a, b, c como comprimentos unitários as componentes das coordenadas das posições atómicas podem ser positivas ou negativas e não são necessariamente números inteiros as componentes das coordenadas das posições atómicas são separadas por vírgulas e colocadas entre parêntesis curvos, p. ex. (1, -1/2, 3/4) IMM - estruturas cristalinas * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalinos índices de uma direcção cristalográfica os índices de uma direcção cristalográfica determinam-se pela realização dos seguintes passos: passa-se pela origem dos eixos coordenados um vector de comprimento conveniente, paralelo à direcção a indexar determinam-se as componentes da projecção do vector assim obtido segundo os eixos coordenados, medidas em unidades dos comprimentos axiais a, b, c reduzem-se as componentes obtidas ao menor conjunto de valores inteiros os três índices obtidos, não separados por vírgulas, são envolvidos por parêntesis rectos [uvw] os índices de uma direcção podem ser positivos ou negativos IMM - estruturas cristalinas * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalinos direcções principais numa célula unitária cúbica IMM - estruturas cristalinas * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalinos índices de um plano cristalográfico (índices de Miller) os índices de um plano cristalográfico determinam-se pela realização dos seguintes passos: determinam-se as intersecções do plano com os eixos coordenados tomam-se os recíprocos das intersecções (um plano paralelo a um dado eixo terá uma intersecção no infinito e um recíproco nulo) reduzem-se os recíprocos obtidos ao menor conjunto de inteiros os inteiros obtidos, não separados por vírgulas, são envolvidos por parêntesis curvos (hkl) IMM - estruturas cristalinas * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalográficos planos principais numa célula unitária cúbica IMM - estruturas cristalinas * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalinos no sistema hexagonal as direcções são normalmente expressas em função dos três vectores básicos a1, a2 e c, notadas por [uvw] pode também usar-se a notação de Miller-Bravais com 4 índices [u’v’t’w’] tais que u’ = n/3 (2u-v) v’ = n/3 (2v-u) t’ = -(u+v) w’ = nw sendo n um factor para reduzir os índices [u’v’t’w’] a números inteiros IMM - estruturas cristalinas * * * Indexação de posições atómicas, direcções e planos cristalinos no sistema hexagonal aplica-se normalmente a notação de Miller-Bravais para a notação dos planos cristalográficos os planos são notados como (hkil) ou (hk.l) o índice i, relativo a a3, é dado por: i = - (h+k) a figura mostra direcções notadas no sistema de eixos de Miller e planos no de Miller-Bravais IMM - estruturas cristalinas * * * Empilhamentos atómicos compactos o factor de empilhamento atómico das estruturas cfc e hc vale 0.74 ambas podem ser obtidas por um empilhamento de planos atómicos compactos IMM - estruturas cristalinas * * * Empilhamentos atómicos compactos estruturas hc (esquerda) e cfc (direita) vistas como empilhamentos de planos atómicos compactos IMM - estruturas cristalinas * * * Densidade atómica linear, planar e volúmica densidade atómica linear (segundo uma dada direcção) é o número de diâmetros atómicos intersectados por unidade de comprimento da direcção considerada empilhamento segundo [100] ccc empilhamento segundo [110] cfc IMM - estruturas cristalinas * * * Densidade atómica linear, planar e volúmica direcções cristalográficas ao longo das quais a densidade atómica linear é idêntica dizem-se (cristalograficamente) equivalentes p. ex. as direcções [100], [010] e [001] das estruturas cúbicas são equivalentes e formam uma família de direcções, representando-se por <100> para uma estrutura tetragonal, as direcções [100] e [010] são equivalentes mas as direcções [100] e [001] não são ainda no sistema cúbico, direcções com os mesmos índices, qualquer que seja a respectiva ordem ou sinal, são equivalentes p. ex. as direcções [123], [132], [213], [231], [312], [321] pertencem à família <123> IMM - estruturas cristalinas * * * Densidade atómica linear, planar e volúmica densidade atómica planar (segundo um dado plano) é o número de círculos maiores atómicos intersectados por unidade de área do plano considerado empilhamento segundo (110) ccc densidade atómica volúmica é a relação entre a massa e o volume da célula unitária empilhamento segundo (111) cfc IMM - estruturas cristalinas * * * Densidade atómica linear, planar e volúmica planos cristalográficos segundo os quais a densidade atómica planar é idêntica dizem-se (cristalograficamente) equivalentes p. ex. os planos (110), (101), (011) das estruturas cúbicas são equivalentes e formam uma família de planos, representando-se por {110} ainda no sistema cúbico, os planos com os mesmos índices, qualquer que seja a respectiva ordem ou sinal, são equivalentes p. ex. os planos (123), (132), (213), (231), (312), (321) pertencem à família {123} IMM - estruturas cristalinas * * * Polimorfismo e alotropia algumas substâncias exibem mais do que uma estrutura cristalina, fenómeno conhecido por polimorfismo no caso de sólidos elementares, o fenómeno designa-se por alotropia a modificação polimórfica, provocada por variações de pressão e temperatura, é acompanhada por variações das propriedades do material IMM - estruturas cristalinas * * * Polimorfismo e alotropia IMM - estruturas cristalinas * * * Anisotropia as propriedades físicas dos materiais monocristalinos dependem da direcção cristalográfica em que são avaliadas a direccionalidade das propriedades ou anisotropia está associada à variação do espaçamento inter-atómico em diferentes direcções cristalográficas (densidade atómica linear) as substâncias cujas propriedades são independentes da direcção cristalográfica em que são avaliadas dizem-se isotrópicas a anisotropia intensifica-se com o decréscimo da simetria estrutural – as substâncias com estrutura triclínica são as mais altamente anisotrópicas IMM - estruturas cristalinas * * * Anisotropia Módulo de elasticidade de vários metais segundo diferentes direcções cristalográficas IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas o conhecimento das estruturas cristalinas foi obtido em grande parte por técnicas de difracção de raios-X raio-X - radiação electromagnética de baixo comprimento de onda - 0,5 a 2,5 Å) (6000 Å é comprimento de onda da luz visível) os raios-X são produzidos quando um alvo é atingido por electrões produzidos por um cátodo; o processo ocorre numa câmara sob vácuo IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas o cátodo, normalmente um filamento de W, é aquecido e liberta electrões (por emissão termoiónica) os electrões são acelerados pela diferença de potencial entre o cátodo e o ânodo quando os electrões atingem o alvo (por exemplo, de Mo) são produzidos raios-X a maior parte da energia (~98%) é convertida em calor, o que exige que o alvo seja arrefecido IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas Diagrama esquemático de um tubo de raios-X IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas abaixo de um certo valor de tensão no tubo de raios-X, a radiação é formada por um espectro contínuo (ou radiação branca), que se estende por uma grande gama de comprimentos de onda acima desse valor de tensão (~35 kV para o Mo) ocorre a emissão de radiação característica (monocromática) IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas as técnicas de difracção de raios-X exploram a difusão da radiação pelos cristais a difracção pode ser implementada por várias técnicas e dela resultam diagramas de difracção; destes podemos retirar informação relevante: medir a distância média entre planos atómicos determinar a orientação de um grão identificar a estrutura cristalina de um material avaliar as tensões internas de uma região cristalina IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas quando a radiação-X interactua com uma partícula, ela é difundida em todas as direcções se a radiação interactua com um cristal, os raios difundidos podem adicionar-se em determinadas condições e reforçar a radiação emitida – nestas condições ocorre difracção de raios-X as condições geométricas de difracção de raios-X num cristal são determinadas pela lei de Bragg IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas Esquema mostrando a interferência construtiva e destrutiva de duas ondas com o mesmo comprimento de onda l IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas n.l = SQ + QT = dhkl.senq + dhkl.senq= 2.d.senq Condição geométrica para a difracção de raios-x por cristais IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas em estruturas cúbicas, a análise dos resultados da difracção de raios-X pode ser efectuada combinando a equação dhkl = a / (h2+k2+l2) com a equação de Bragg l = 2 dhkl senq , obtendo-se l = 2.a.sen q / (h2+k2+l2) IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas reflexões ausentes nas estruturas ccc e cfc algumas reflexões estão ausentes, em virtude da disposição intercalada dos planos cristalinos p. ex. um cristal ccc não apresenta a reflexão (100), porque o plano (100) que passa pelo centro da célula origina uma reflexão em oposição de fase com a que tem origem nas faces (100) da célula estas ausências de reflexão são características de cada estrutura IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas Regras para determinação dos planos difractores em cristais cúbicos IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas o detector de radiações (contador) move-se num goniómetro circular sincronizado com a amostra um registador representa automaticamente a intensidade do feixe difractado, numa gama de valores 2q Esquema de um difractómetro de raios-X IMM - estruturas cristalinas * * * Análise de estruturas cristalinas Registo dos ângulos de difracção de uma amostra de W obtido usando um difractómetro com radiação de Cu IMM - estruturas cristalinas
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