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Defesa das Pessoas Idosas

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DEFESA DAS PESSOAS IDOSAS
1. Generalidades
2. A política nacional do idoso
Conforme disposto no artigo 2º da Lei n. 8.842/94 cuja instituiu a política nacional do idoso, é considerado idoso, para os efeitos da lei, a pessoa maior de sessenta anos.
A política nacional do idoso tem por fito assegurar os direitos sociais do idoso proporcionando-lhes condições para a promoção de sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.
Outrossim, por meio do Decreto n. 4.227/2002 foi criado o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso incumbindo, entre outras atribuições, de supervisionar a política do idoso.
A Lei n. 12.213/10, por sua vez, criou o Fundo Nacional do Idoso, “destinado a financiar os programas e as ações relativas ao idoso com vistas em assegurar os seus direitos sociais e criar condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade” (art. 1º, caput).
Destarte, verifica-se que a política nacional do idoso é regida pelos seguintes princípios (Lei n. 8.842/94, art. 3º):
A família, a sociedade e o Estado possuem o dever de garantir ao idoso todos os direitos da cidadania, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida;
O processo de envelhecimento diz respeito à toda a sociedade, devendo, conseguintemente, ser objeto de conhecimento e informação para todos;
O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza;
O idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem implementadas através desta política;
As diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições referentes ao meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral quando na aplicação desta política.
As diretrizes relativas à política nacional do idoso, por sua vez, são elencadas no artigo 4º da Lei n. 8.842/94, quais sejam:
Viabilização de meios alternativos de participação, ocupação e convívio do idoso, que permitam sua integração às demais gerações;
Participação, mediante suas organizações representativas, na formulação, implementação e avaliação de políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos;
Priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que assegurem sua própria sobrevivência;
Descentralização político-administrativa;
Capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços;
Implementação de sistema de informações que permita a divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas e projetos em cada nível de governo;
Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento;
Atendimento prioritário ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família;
Apoio a estudos e pesquisar sobre as questões relativas ao envelhecimento.
Ademais, o parágrafo único do referido dispositivo veda a permanência em instituições asilares de caráter social aos portadores de doenças que necessitem de assistência médica ou de enfermagem permanente.
Desse modo, infere-se que a legislação vigente trata de inúmeras ações protetivas ao idoso nas áreas da promoção e assistência social, educação, saúde, trabalho e previdência social, urbanismo e habitação, Justiça, cultura, esporte e lazer (art. 10, caput e incisos, da Lei n. 8.842/94).
Outrossim, cumpre ainda destacar que o supracitado artigo 10, em seu parágrafo 3º, em consonância com o disposto na Lei n. 11.551/07 (Lei que instituiu o Programa Disque Idoso) preceitua ser dever de todo cidadão a denúncia à autoridade competente de qualquer forma de negligência ou desrespeito ao idoso.
2.1 -) Síntese dos direitos dos idosos trazidos por toda a lei n. 8.842/94 – principais direitos que a lei reconhece das pessoas idosas.
Os direitos trazidos pela lei 8.842/94 sofreram grande influência da realização da I Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, organizada pela ONU em 1982 e que foi um marco, não somente para o Brasil, mas mundialmente ao dar início a discussões direcionada a idosos.
Tal Assembleia gerou um Plano de Ação para o Envelhecimento, que tinha com o intuito sensibilizar os governos e sociedades para necessidade de direcionar políticas públicas voltadas para os idosos e estabelecer princípios para isso.
Princípios quais que foram adaptados e trazidos posteriormente através da lei 8.842/94 e já mencionados anteriormente. Essa lei foi a pioneira no Brasil ao tratar especificamente em direito dos idosos, antes disso vemos somente alguns artigos, decretos-leis, leis, portarias, etc. Destacando-se alguns artigos contidos no Código Civil de 1916 no Código Penal de 1940, no Código Eleitoral 1965, na lei 6.179 de 1974 e na Constituição de 1988.
 Ainda assim podemos observar que tal lei 8.842/94 que dispõem sobre essa implementação de políticas públicas aos idosos foi publicada apenas 11 anos depois do Plano de Ação para o Envelhecimento trazido pela ONU.
	Vários direitos foram trazidos por através dessa lei, que foi regulamentada posteriormente pelo decreto 1.948/96, muitos avanços e inovações foram nela previstos, dentre os quais podemos destacar:
A-) direito a vida, dignidade e participação na vida da comunidade
B-) Existência de uma política governamental de proteção e atendimento
C-) Amparo pelos filhos maiores, na velhice, carência ou enfermidade,
D-) gratuidade no transporte coletivo urbano
E-) bem-estar e lazer
F-) cidadania, com voto facultativo após os setenta anos
G-) atendimento prioritário em órgãos públicos e privados prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família
H-) vedação a qualquer forma de discriminação no mercado de trabalho, no setor público e privado
I-) participação, ocupação e convívio, que lhe assegurem integração social
J-) Assistência à saúde nos diversos níveis de atendimento do sistema único de saúde - SUS com prioridade no atendimento previdenciário
K-) Acesso à educação
L-) Acesso à habitação popular
M-) Redução de barreiras arquitetônicas e urbanas
N-) Benefício de prestação continuada em favor da pessoa idosa que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e não a ter provida pela família, independente de previa contribuição
O-) Prioridade na tramitação de processos judiciais em que figure como parte pessoa com idade igual ou superiora 65 anos
P-) Atendimento prioritário, entre outras pessoas, para quem tenha idade igual ou superior a 65 anos, nas repartições públicas, empresas concessionárias de serviços públicos instituições financeiras
Q-) Alimentos devidos pelos descendentes
R-) Prioridade na tramitação dos procedimentos administrativos e processos judiciais.
O decreto 1.948/94 explicita a forma desses direitos e estabelece as competências dos órgãos e entidades públicas envolvidas no processo de sua viabilização.
A lei determinou a articulação e integração de setores ministeriais e de uma secretaria para a elaboração de um Plano de Ação Governamental para a Integração da Política Nacional do Idoso (PNI).
Nesse plano, nove órgãos deveriam estar envolvidos: Ministério da Previdência e Assistência Social, Educação e Desporto, Justiça, Cultura, Trabalho e Emprego, Saúde, Esporte e Turismo, Planejamento, Orçamento e Gestão e Secretaria de Desenvolvimento Urbano.
	
2.2-) Interdição do idoso
O Idoso é livre para dispor de seus bens, proventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidade judicialmente comprova (art.10§1º). Não tendo havido interdição judicial, o idoso conserva a livre administração de sua pessoa e seus bens.
Esse pedido de interdição não pode ser por mero envelhecimento do idosos, mas sim a plena constatação de doenças degenerativas acompanhadas da falta de discernimento e incapacitantes da prática dos atos da vida civil pelosidosos, tendo por finalidade a proteção do idoso incapaz, sendo normalmente promovida pelo cônjuge ou por qualquer parente, ou ainda pelo Ministério Público.
2.3-) Ampliação da política de atendimento ao idoso
A política de atendimento ao idosos veio a ser ampliada por força dos arts. 46 e s. da Lei n. 10.741/03 (Estatuto do Idoso), por conta que apesar da política apresentar ações inovadoras, a garantia dos direitos sociais para a população idosa não se concretizava efetivamente, sendo implantada d=no Brasil de forma muito lenta e gradativa.
3. Estatuto do Idoso
Referencias:
MAZZILI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses/ Hugo Nigro Mazzilli. – 24. Ed. Ver, Ampl. E atual. – São Paulo: Saraiva, 2011.
MASSA, Andréa Angélico. Interdição de idosos. Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI219088,81042-Interdicao+de+idosos. Acesso 28 setembro 2016.
SOARES, Edvaldo. O direito do idoso. Disponível em: http://idososeseusdireitos.blogspot.com.br/2011/03/o-direito-do-idoso-por-edvaldo-soares_30.html. Acesso: 28 setembro 2016.

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