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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Prof. Fabio Silva Out/ 2017 CONTATO Prof. Fabio Silva Email: fabio@weigandesilva.com.br Página: https://www.facebook.com/direitoecontabilidade/ Currículo Lates: Aqui! IR – IMPOSTO DE RENDA 3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO IR: ▪ Legalidade: arts. 5º, II e 150, I ▪ Irretroatividade: art. 150, III, a ▪ Anterioridade anual: art. 150, III, b e c ▪ Igualdade: art. 5º (caput) e 150, I ▪ Capacidade contributiva: art. 145, § 1º ▪ Não-confisco : art. 150, IV IMPOSTO DE RENDA 4 O IR NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: III- renda e proventos de qualquer natureza; § 2º O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; 5 IMPOSTO DE RENDA O IR NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: ▪ Generalidade: tributação há que alcançar todas as pessoas físicas e jurídicas que aufiram renda; ninguém será eximido de pagar o imposto em razão de critérios pessoais, não importando o caráter do sujeito, sua nacionalidade, sexo, raça, idade etc. ▪ Universalidade: tributação há que alcançar todas as espécies de renda, submetendo-as ao mesmo tratamento. Exceções: imunidades, isenções. ▪ Progressividade: quanto maior a base de cálculo do IR, maior deverá ser a alíquota aplicável na determinação do valor devido. 6 IMPOSTO DE RENDA O IR NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL: Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; e II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior . § 1° - A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. § 2° - Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. 7 IMPOSTO DE RENDA TEORIAS SOBRE O ARTIGO 43 DO CTN: Luís Eduardo SCHOUERI. “O Mito do Lucro Real na Passagem da Disponibilidade Jurídica para a Disponibilidade Econômica”, in Mosquera, Roberto Q. e Lopes, Alexsandro B. (coord.) Controvérsias Jurídico-Contábeis (Aproximações e Distanciamentos). S. Paulo: Dialética. 2010. p. 241 8 IMPOSTO DE RENDA O IR NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL: Art. 44 - A base de cálculo do imposto é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. BASE DE CÁLCULO: ▪ Lucro Real ▪ Lucro Arbitrado ▪ Lucro Presumido 9 IMPOSTO DE RENDA IRPF – IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA 10 LEGISLAÇÃO BÁSICA: ▪ Art. 153, III da Constituição Federal ▪ CTN (Lei nº 5.172/66) ▪ Leis Federais esparsas ▪ Decreto 3.000/99 – Regulamento do Imposto de Renda ▪ Diversas Instruções Normativas 11 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física PARA PENSAR Você trabalha em uma empresa e recebe mensalmente a quantia de 3.751,05. O seu Almeida, seu chefe, contente com o resultado do seu trabalho resolve lhe propor um aumento de R$ 100,00 no seu salário mensal. Sabendo-se que a alíquota progressiva do IR é de 15% para seu salário atual e que, com o reajuste salarial, a alíquota progressiva é de 22,5%, pergunta- se: Você aceita o aumento salarial proposto por seu chefe? IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Progressividade) 12 Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física para o exercício de 2018, ano-calendário de 2017: Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ Até 1.903,98 - - De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15,0 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 13 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Progressividade) recebeu rendimentos tributáveis na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70 recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas relativamente à atividade rural: a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50; b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2017 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores; 14 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Obrigatoriedade de Declaração) teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro; optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. 15 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Obrigatoriedade de Declaração) ATENÇÃO: Quem estiver obrigado a declarar e deixar de cumprir a obrigação se sujeita a multa de 1% por mês de atraso sobre o valor do IR devido no ano. A multa mínima é de R$ 165,74 e a máxima de 20% sobre o valor do imposto devido. Para fins do cálculo da multa imposto devido é o valor apurado na declaração e não o valor à pagar ou a restituir. Por exemplo: Apurei R$ 10.000,00 de imposto devido, sendo que R$ 8.000,00 foi retido na fonte antecipadamente. A multa é calculado sobre o total de R$ 10.000,00 e não sobre o saldo de R$ 2.000,00 a pagar. 16 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Obrigatoriedade de Declaração) Imóveis, veículos, barcos, aeronaves Bens móveis e direitos com valor superior a R$ 5.000,00 Saldo de contas bancárias e aplicações superiores a R$ 140,00 Ações, quotas, ouro, ativo financeiro, valor superior a R$ 1.000,00 Dívidas e ônus reais, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 17 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Bens a Declarar) A declaração simplificada é opcional, exceto para quem desejar compensar resultado positivo de atividade rural com resultado negativo ou compensar imposto pago no exterior No modelo simplificado há desconto padrão de 20% do total dos rendimentos tributáveis que substituem as deduções legais. O limite deste desconto é limitado a R$ 16.754,34. Deduções de parcela patronal da contribuição previdenciária de empregadas domésticas somente são admitidas no modelo completo 18 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Simplificada) BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO: Rendimentos Tributáveis Deduções Legais Base de Cálculo ( - ) ( = ) 19 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Exceto os rendimentos tributados exclusivamente na fonte Todos os rendimentos estão sujeitos a declaração: 20 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Rendimentos Tributáveis Rendimentos Isentos Rendimentos com Tributação Exclusiva na Fonte Todos os rendimentos estão sujeitos a declaração: 21 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (DeclaraçãoCompleta) Imposto de Renda na Fonte (Tabela Progressiva: Salários, aluguéis) Recolhimento Mensal Obrigatório (Tabela Progressiva: Salários, aluguéis) Complementação Anual (Declaração de Ajuste) Tributação Exclusiva na Fonte (13º salário, aplicações financeiras) Tributação Separada: Alíquota Fixa (Ganho de Capital) Rendimentos Isentos (poupança, dividendos, doações) Rendimentos Tributáveis TOTAL Rendimentos Isentos: 22 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Restituição do imposto de renda do ano anterior Distribuição nos lucros (dividendos) Indenizações trabalhistas na rescisão do trabalho Rendimentos de aposentadoria oficial (no caso de previdência privada somente para quem atingir 65 anos e até R$ 1.903,98) Bolsas de estudos caracterizadas como doação Rendimentos de caderneta de poupança Salário-família PDV (Plano de Demissão Voluntária) Rendimentos Tributáveis: 23 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) SALÁRIO RECEBIDO DE EMPRESA ALUGUEL RECEBIDO DE PESSOA FÍSICA RENDIMENTO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA FONTE DIRPF CARNÊ-LEÃO DIRPF FONTE DIRPF IR RETIDO NA FONTE PELA EMPRESA APLICANDO TABELA MENSAL RENDIMENTO INCLUÍDO NA DIRPF ANUAL COM COMPENSAÇÃO DO IRRF IR CALCULADO (PAGO) PELO CONTRIBUINTE APLICANDO A TABELA MENSAL RENDIMENTO INCLUÍDO NA DIRPF ANUAL C/ COMPENSAÇÃO DO IR PAGO IR RETIDO NA FONTE PELO BANCO, PELAS ALÍQUOTAS DEFINIDAS EM LEI RENDIMENTO DECLARADO PELO VALOR LÍQUIDO, COMO TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA OBS: Página 506 do Livro Manual de Contabilidade Tributária do Prof. Paulo Henrique Pegas. Editora GEN/ Atlas. 2017 Rendimentos Tributáveis: ▪ Rendimentos do trabalho: salários, recebimentos de previdência privada contratado pela empresa, prêmios decorrentes de produtividade ▪ Benefícios indiretos a dirigentes: cartões de créditos, supermercado, despesas escolares, transporte para uso particular, aluguel. Caso não haja identificação do beneficiário a tributação é exclusiva na fonte com alíquota de 35% calculada por dentro ▪ Aluguéis, inclusive luvas e indenizações pela rescisão contratual ▪ Pensões alimentícias 24 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Rendimentos Tributados exclusivamente na fonte: ▪ Prêmios em dinheiro de loterias, concursos ou sorteios (alíquota de 30%) ▪ Décimo terceiro salário ▪ Rendimentos de aplicação financeira ▪ Juros sobre o capital próprio ▪ PLR, utilizando tabela progressiva específica da Lei nº 12.832/2013 25 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Deduções sem limite : ▪ Contribuição à previdência oficial ▪ Livro-caixa: poderão ser deduzidas as despesas escrituradas no livro- caixa por profissionais autônomos, como remuneração de terceiros com vínculo empregatício e os respectivos encargos trabalhistas e previdenciários, emolumentos, e despesas de custeio necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora. ▪ Despesas médicas: são dedutíveis todos os gastos relativos a tratamento próprio, dos dependentes e de alimentandos. Porém, não poderão ser incluídos gastos com remédios, com enfermeiros, na compra de óculos, aparelhos de surdez etc. ▪ Pensão Alimentícia: desde que por decisão judicial ou escritura registrada 26 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Deduções com limite ▪ Despesas com dependentes: o limite anual é de R$ 2.275,08 por dependente, ▪ Despesas com educação: o limite individual anual é de R$ 3.561,50 por pessoa ou dependente. Entretanto, não são permitidas deduções de uniforme, material e transporte escolar, cursos de idiomas ou informática etc. ▪ Contribuição à Previdência Privada, ao Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI) e ao Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL): as contribuições que corresponderem a até 12% da sua renda tributável podem ser deduzidas. ▪ Dedução de incentivos: incluindo doações para fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, incentivo a cultura e incentivo a atividade audiovisual. A soma dessas deduções está limitada a 6% do imposto apurado. 27 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) Deduções com limite ▪ Contribuição à Previdência Oficial do Empregado Doméstico: limitada a R$ 1.093,77 (incluindo 13º salário e férias). Obs: Valores sujeitos a alteração 28 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Declaração Completa) DISPENSA DE PREENCHIMENTO ▪ Venda de imóveis adquiridos até 1969 ▪ Venda de bens ou direitos até RS 35.000,00 no mês (no caso de ações até R$ 20.000,00) ▪ Venda de imóvel até R$ 440.000,00 desde que seja o único imóvel do titular e não tenha alienado outro imóvel a qualquer título nos últimos 05 anos ▪ Demais casos devem declarar. ATENÇÃO ao benefício conferido pela Lei n. 11.196/05 que isenta o imposto de renda se o produto da alienação for utilizado em até 180 dias para aquisição de imóvel residencial 29 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Ganho de Capital) ALÍQUOTAS (Majoradas por meio da Lei nº 12.259/2016): ▪ 15% sobre a parcela dos ganhos até R$ 5 milhões ▪ 17,5% sobre a parcela dos ganhos entre R$ 5.000.000,01 e R$ 10 milhões ▪ 20% sobre a parcela dos ganhos entre R$ 10.000.000,01 e R$ 30 milhões ▪ 22,5% sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30 milhões 30 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Ganho de Capital) OBRIGATORIEDADE: ▪ rendimentos de outras pessoas físicas que não tenham sido tributados na fonte no Brasil, tais como decorrentes de arrendamento, subarrendamento, locação e sublocação de móveis ou imóveis, e os decorrentes do trabalho não-assalariado, assim compreendidas todas as espécies de remuneração por serviços ou trabalhos prestados sem vínculo empregatício ▪ rendimentos ou quaisquer outros valores recebidos de fontes do exterior, tais como, trabalho assalariado ou não-assalariado, uso, exploração ou ocupação de bens móveis ou imóveis, transferidos ou não para o Brasil, lucros e dividendos. Atenção para tratados para evitar dupla tributação. ▪ emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, como tabeliães, notários, oficiais públicos e demais servidores, independentemente de a fonte pagadora ser pessoa física ou jurídica, exceto quando forem remunerados exclusivamente pelos cofres públicos 31 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Carnê-Leão) OBRIGATORIEDADE: ▪ importâncias a título de pensão alimentícia ▪ rendimentos recebidos por residentes no Brasil que prestem serviços a embaixadas, repartições consulares, missões diplomáticas ou técnicas ou a organismos internacionais de que o Brasil faça parte ▪ 40%, no mínimo, do rendimento de transporte de carga e de serviços com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados ▪ 60%, no mínimo, do rendimento de transporte de passageiros. 32 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Física (Carnê-Leão) Quando a fonte pagadora deixa de reter o IR, quem deve ser cobrado? A Fonte ou o Contribuinte? DEPENDE! Parecer Normativo nº 1/02 da RFB Se o IRRF é retido e não recolhido, a fonte é responsável pelo imposto, multa de ofício e juros de mora, cabendo ao contribuinte oferecer o rendimento à tributação e compensar o imposto retido. Caso não retido e se constatada a falta de retenção antes do prazo da DAA são exigidos da fonte pagadora o imposto, multa de ofício e juros de mora Se constatada a falta de retenção depois do prazo da DAA serão exigidos da fonte pagadora a multa de ofício e os juros de mora isolados, calculados desde a data prevista para recolhimento do imposto quedeveria ter sido retido até a data fixada para a entrega da declaração de ajuste anual e do contribuinte o imposto, a multa de ofício e os juros de mora, caso não submeta o rendimento a tributação. 33 IMPOSTO DE RENDA O CASO DA RETENÇÃO NA FONTE INSS – CONTRIBUIÇÃO SOBRE FOLHA DE SALÁRIOS 34 Legislação: ▪ Lei nº 8.212/91 ▪ Decreto nº 3.048/99 ▪ IN RFB nº 971/09 Base de cálculo: ▪ Folha de salário e demais rendimentos do trabalho, pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Atenção para verbas indenizatórias Alíquotas: ▪ 20% (Serviços prestados por cooperados a alíquota é de R$ 15% sobre o valor bruto da nota fiscal) Contribuinte: ▪ Pessoa jurídica que paga a remuneração a pessoa física INSS 35 QUADRO DE ENCARGOS: *Varia de acordo com o risco da empresa, podendo ser 1%, 2% ou 3% CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL Contribuição ao INSS – Empregador 20% Salário Educação 2,5% Seguro de Acidente de Trabalho – SAT* 1% SESI, SESC, SEST 1,5% SENAI, SENAC ou SENAT 1% SEBRAE 0,6% INCRA 0,2% FGTS 8% TOTAL 34,8% INSS 36 EXCLUSÕES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ▪ Ajuda de custo e adicional mensal recebido pelo aeronauta ▪ A parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo TEM ▪ Importâncias recebidas como férias indenizadas, inclusive com o adicional de 1/3 e o valor dobrado das férias não gozadas ▪ Abono pecuniário de férias ▪ Indenização compensatória decorrente de despedida sem justa causa INSS 37 EXCLUSÕES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ▪ Diárias de viagens, desde que não excedam a 50% da remuneração mensal ▪ Participação nos lucros e resultados ▪ Benefícios referentes a serviços médicos ou odontológicos, concedidos pela empresa, desde que estendidos a todos os empregados e dirigentes da empresa ▪ Reembolso-creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite de 6 anos de idade e desde que comprovadas ▪ As bolsas de complementação mensal de estagiário ▪ O valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados para utilização no trabalho INSS 38 CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS: Salários superiores à 5.531,31 aplica-se 11% sobre este teto Alíquotas não são progressivas INSS TABELA VIGENTE Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2017 Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) Até R$ 1.659,38 8,00 De R$ 1.659,39 a R$ 2.765,66 9,00 De R$ 2.765,67 até R$ 5.531,31 11,00 39 Lei nº 12.546/12 instituiu a CSRB, estabelecendo a possibilidade (regime opcional em face da Lei nº 13.161/2015 de substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de 20% para um percentual sobre a receita bruta. O percentual de 1 e 4,5% sobre a receita bruta. Exclusões: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA SOBRE A RECEITA BRUTA 40 Vendas Canceladas Descontos Incondicionais IPI Destacado na Nota Fiscal ICMS ST Receita Bruta de Exportações CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA 41 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ANEXO 42 IRPJ – IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA 43 LEGISLAÇÃO BÁSICA: ▪ Art. 153, III da Constituição Federal ▪ Leis Federais (dezenas) ▪ Decreto 3.000/99 – Regulamento do Imposto de Renda (compilação com a indicação das leis federais; possui 1.004 artigos) ▪ Legislação infra legal (emanada do Poder Executivo) editada pela Receita Federal do Brasil 44 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Jurídica Fato gerador: Disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza Base de cálculo (a empresa deve escolher o regime de tributação no início de suas atividades ou no início de cada exercício fiscal): ▪ Lucro Real: lucro líquido ajustado pelas adições, exclusões e compensações ▪ Lucro Presumido: montante presumido de acordo com percentuais definidos em lei ▪ Lucro Arbitrado: valor arbitrado pela Receita Federal. Se conhecida a receita será a mesma base do lucro presumido + adicional de 20% ▪ Simples: receita bruta Alíquotas: 15%. Haverá adicional de 10% sobre a quantia que exceder R$ 20.000,00 mês (R$ 60.000,00 no trimestre e R$ 240.000,00 no ano). Exceção: Simples Nacional 45 IMPOSTO DE RENDA Pessoa Jurídica TODAS AS RECEITAS DA EMPRESA ESTÃO INCLUSAS NA APURAÇÃO DO RESULTADO: R e c e it a s Receita operacional (vendas mercadorias e serviços) Receita não-operacional (ganhos de capital) Receita financeira (ganhos financeiros) 46 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Receitas) TODAS AS RECEITAS DA EMPRESA ESTÃO INCLUSAS NA APURAÇÃO DO RESULTADO: ▪ A partir da edição da Lei 9.249/95 (art. 25), passou-se a tributar os rendimentos auferidos no exterior, independentemente de sua distribuição à sociedade brasileira, por: • FILIAIS • SUCURSAIS • COLIGADAS • CONTROLADAS 47 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Receitas) A apuração pelo regime de Lucro Real é obrigatória para: 48 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real Sociedades cuja receita bruta seja superior a R$ 6.500.000,00/mês ou R$ 78.000.000,00/ano Bancos, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedades de seguro, entidades de previdência privada aberta, factorings etc. Sociedades que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto etc. Sociedades que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital originados no exterior Sociedades que tenham, no decorrer do mesmo ano-calendário, realizado o pagamento do IR por estimativa; Sociedades que exerçam as atividades de construção, incorporação, compra e venda de imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado Limites de Receita para Enquadramento Lucro Real ▪ No ano de início das atividades da empresa o limite é proporcional aos meses em funcionamento (i.e., R$ 6.500.000,00 x nº de meses). Não há fracionamento de dias. ▪ É considerado a receita do ano anterior. Caso a empresa ultrapasse o limite durante o ano deverá, obrigatoriamente, adotar o lucro real para o ano seguinte. 49 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real Limites de Receita para Enquadramento Lucro Real ▪ Considera-se como receita bruta total (art. 519 e 224 do RIR, reconhecido pela RFB): • o produto da venda de bens nas operações de conta própria, • o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (i.e. comissões), • acrescidos das demais receitas, tais como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável), receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio etc. • e dos ganhos de capital 50 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real Limites de Receita para Enquadramento Lucro Real ▪ Consideram as receitas, ainda que não tributadas, como: • equivalência patrimonial e reversão de provisões ▪ Incluem-se o ICMS, o ISS e o PIS e a COFINS na receita bruta ▪ Devem ser deduzidos: • Vendas canceladas • Descontos incondicionais • IPI e ICMS-ST 51 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real As demais empresas podem optar por este regime, sendo vantajoso para empresas que possuam grande quantidade de despesas dedutíveis ou prejuízo Apuração pelo regime de competência, requerendo contabilidadedetalhada e atualizada Atenção: o regime de apuração do imposto de renda influencia no regime de apuração do PIS e da COFINS (regime cumulativo e não cumulativo) 52 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real CONCEITO DE LUCRO REAL: ▪ Lucro Líquido: (art. 248) – é a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não operacionais e demais participações e deverá ser determinado com observância da lei comercial. ▪ Lucro Real: (art. 247 do RIR - (Art. 6° do Decreto-lei n° 1.598/77) - é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal, determinado a partir das demonstrações financeiras levantadas com base em escrituração efetuada com observância das leis comerciais e fiscais. 53 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real CÁLCULO DO LUCRO REAL Lucro Líquido (Contábil) (+) Adições (-) Exclusões (=) Lucro Real antes da Compensação (-) Compensação (=) Lucro Real 54 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real ATENÇÃO: LUCRO CONTÁBIL ≠ LUCRO FISCAL LUCRO REAL Compensações Adições Exclusões Lucro Contábil 55 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real x Lucro Fiscal CONTABILIDADE LALUR Receita de vendas 100.000 Receita de vendas 100.000 Custo (40.000) Custo (40.000) Doação (10.000) Doação (*) (10.000) Multas de trânsito (1.000) Multas de trânsito (adição) (0) Brindes (10.000) Brindes (adição) (0) Lucro contábil 39.000 Lucro Real 50.000 CÁLCULO DO LUCRO REAL * Permitida por lei sua dedução 56 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real x Lucro Fiscal CONCEITO: ▪ Custo e despesas deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real. ▪ Receitas não incluídas na apuração do lucro líquido, mas que devam integrar o lucro real, de acordo com a legislação. Art. 249. Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de apuração: I - os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, devam ser computados na determinação do lucro real. 57 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Adições) ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO: ▪ os pagamentos efetuados à sociedade civil de profissão regulamentada quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas; ▪ Perdão de dívida não pode ser deduzida do lucro líquido para fins fiscais. Se deduzida pela contabilidade deve ser adicionada, por se tratar de mera liberalidade ▪ Despesas de viagem sem comprovação 58 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Adições) ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO: ▪ os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais ▪ as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ▪ as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, quando não fornecida indistintamente a todos os empregados, salvo se tributada como remuneração da pessoa física; ▪ as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica; 59 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Adições) ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO: ▪ as doações, exceto as realizadas para escolas públicas (instituições de ensino e pesquisa), entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem, além de doações Programa Nacional de Apoio à Cultura - PRONAC; OSCIP (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Lei Rouanet, Fundo da Criança e do Adolescente, ▪ as despesas com brindes; ▪ o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou despesa operacional; ▪ as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações; 60 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Adições) ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO: ▪ Não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 5º). ▪ Os dispêndios, quando pagos a beneficiários não identificados ou beneficiários identificados e não individualizados, são indedutíveis na apuração do lucro real, inclusive o imposto incidente na fonte de que trata o parágrafo anterior 61 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Adições) PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA: ▪ É proibida sua dedução como despesas, como é regra para todas as provisões, representando uma adição temporária. ▪ Somente será permitida a dedução nos casos previstos nos artigos 9º e 10º da Lei n. 9.430/96, a seguir detalhados (casos sem garantia): ▪ Com garantia: vencimento há mais de 02 anos e procedimento judicial VALOR VENCIMENTO CONDIÇÃO Independente Independente Insolvência judicial Até R$ 5.000,00 06 meses Nenhuma De R$ 5.001,00 a R$ 30.000,00 01 ano Cobrança Administrativa Acima de R$ 30.000,00 01 ano Procedimento Judicial 62 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Adições) DESPESAS DEDUTÍVEIS: ▪ Despesas operacionais (Art. 299 do RIR/99) ▪ Pagas ou incorridas: conceito de despesas pagas ou incorridas - Pareceres Normativos - 58/77 e 32/81 ▪ Transações ou operações exigidas pela atividade da empresa: necessárias, normais ou usuais. 63 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DESPESAS DEDUTÍVEIS: ▪ Despesas necessárias à atividade da PJ e à manutenção da respectiva fonte produtora de rendimentos – requisitos: • Adequar-se aos conceitos de despesa operacional, não operacional ou encargo, necessário e adequado, segundo os preceitos da lei comercial e tributária; • não estar expressamente vedada pela legislação tributária; e • atender às condições específicas às quais a pessoa jurídica estiver subordinada expressamente, na lei tributária, no que concerne a limites, prazos, documentação, comprovação e demais requisitos. 64 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) REGRAS DE DEDUÇÃO DE DESPESAS: 1ª. REGRA Ser considerada despesas necessárias 2ª. REGRA Haver comprovação e escrituração 3ª. REGRA Debitadas no período-base competente 4ª. REGRA Não estarem adicionadas ao custo 65 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DESPESAS DEDUTÍVEIS (EXEMPLOS): Matéria Prima Mão de Obra Gastos Gerais de Fabricação Despesas de bens do Imobilizado Perdas Encargos Financeiros Royalties e Assistência técnica Remuneração sócios e dirigentes Tributos 66 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA COMPROVAÇÃO: ▪ “As despesas, cujos pagamentos sejam efetuados à pessoa jurídica, deverão ser comprovadas por Nota Fiscal ou Cupom emitidos por equipamentosECF (Emissor de Cupom Fiscal), observados os seguintes requisitos, em relação à pessoa jurídica compradora: sua identificação, mediante indicação de seu CNPJ; descrição dos bens ou serviços, objeto da operação; a data e o valor da operação (Lei no 9.532, de 1997, art. 61, § 1o e 81, II). Qualquer outro meio de emissão de nota fiscal, inclusive o manual, depende de autorização da Secretaria de Estado da Fazenda, com jurisdição sobre o domicílio fiscal da empresa interessada”. 67 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DESPESAS DEDUTÍVEIS: ▪ A partir da Lei 9.249/95, não são dedutíveis as despesas: • De arrendamento e aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços; • De depreciação, manutenção, reparo, taxas de quaisquer outros bens móveis, exceto quanto relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços. 68 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) INVESTIMENTOS EM ATIVO IMOBILIZADO: ▪ Somente será permitida depreciação de bens móveis e imóveis intrinsicamente relacionados com a produção ou comercialização de bens e serviços ▪ Bens usados adquiridos podem ser depreciados, utilizando o maior entre os seguintes prazos: • Metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo • Restante da vida útil do bem, considerada esta em relação à primeira instalação ou utilização desse bem ▪ ATENÇÃO: novas regras contábeis de depreciação e amortização: MP 627 69 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) INVESTIMENTOS EM ATIVO IMOBILIZADO: ▪ É proibido depreciar os seguintes bens: • Terrenos, salvo em relação as benfeitorias ou construções • Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda • Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo (obras de arte) • Bens para os quais seja registrada quota de exaustão 70 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) INVESTIMENTOS EM ATIVO IMOBILIZADO: ▪ Aquisições de valor igual ou inferior a R$ 326,61 ou que possuam vida útil inferior a 01 ano podem ser deduzidas como despesa operacional; ▪ Deve ser ativado o bem, com valor igual ou superior a R$ 326,61, exceto se : • Bens cuja vida útil não ultrapassar 01 ano. ▪ ATENÇÃO: bens utilizados em conjunto (mesas de restaurante, cadeiras, dentre outros): devem ser registrados no ativo imobilizado ▪ * Artigo 2º. Da MP 627 71 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DEPRECIAÇÃO: REGRA GERAL (ARTIGOS 305 A 310 DO RIR 99) PERCENTUAL PERÍODO Edifícios 4% 25 anos Veículos e Caminhões 20% 5 anos Computadores 20% 5 anos Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos Móveis e Utensílios 10% 10 anos 72 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DEPRECIAÇÃO: INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF 162 E 130/99. PERCENTUAL PERÍODO Caixas de fundição/moldes 33,3 % ao ano 3 anos Discos e fitas magnéticas 33,3 % ao ano 3 anos Tratores 25 % ao ano 4 anos Veículos de transporte 25 % ao ano 4 anos Indústria química 20 % ao ano 5 anos 73 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DEPRECIAÇÃO ACELERADA: ▪ Aceleração por uso (Art. 312 do RIR/99) • 1 turnos de oito horas por dia (1 X 8 hs.) = 1,0 • 2 turnos de oito horas por dia (2 X 8 hs.) = 1,5 • 3 turnos de oito horas por dia (3 X 8 hs.) = 2,0 ▪ Aceleração incentivada (Art. 313 do RIR/99) • Implementação e/ou modernização de indústria • Ajuste no Lucro Real ▪ Atividade Rural (Art. 314) • Depreciação integral no ano de aquisição, exceto a terra nua 74 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) DEPRECIAÇÃO ACELERADA: ▪ Exemplo: ANO CONTÁBIL FISCAL TOTAL 1 10 % 10 % 20% 2 10 % 10 % 20% 3 10 % 10 % 20% 4 10 % 10 % 20% 5 10 % 10 % 20% 6 10 % (10%) 0 7 10 % (10%) 0 8 10 % (10%) 0 9 10 % (10%) 0 10 10 % (10%) 0 75 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) AMORTIZAÇÃO: ▪ São dedutíveis as despesas com amortização, por exemplo: • Despesas de organização pré-operacionais ou pré-industriais • Despesas com prospecção e cubagem de jazidas • Despesas com pesquisas cientificas ou tecnológicas para criação ou aperfeiçoamento de produtos e processos • Custos, despesas e encargos operacionais registrados como ativo diferido ▪ Cálculo da taxa de amortização: • Número de anos restantes de existência do direito • Número de período de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas registradas no ativo diferido 76 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) ROYALTIES E ASSISTÊNCIA TÉCNICA: ▪ Aluguéis, “royalties”, assistência técnica e administrativa (ATA) - Artigos 351 a 355 do RIR/99; ▪ Aluguel é a retribuição pelo uso temporário de um bem. Royalty é a retribuição pelo uso de um bem imaterial ▪ Dedutível se necessária à manutenção da posse, uso ou fruição do bem ou direito e corresponderem a serviços efetivamente prestados; ▪ Os royalties pagos a sócios, dirigentes de empresas, além de seus parentes ou dependentes não são dedutíveis. 77 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS NOS LUCROS: ▪ São dedutíveis as despesas do PLR (PPR) caso pagas de acordo com as regras determinadas na Lei n. 10.101/2000 ▪ Periodicidade mínima semestral de pagamento 78 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) PROVISÕES: ▪ Em regra as provisões não são dedutíveis, sendo as despesas reconhecidas quando efetivamente ocorrer o desembolso do pagamento ▪ EXCEÇÕES: provisões de férias, de 13º. Salário e provisões técnicas de empresas de seguros, capitalização e de previdência privada. 79 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) PREVIDÊNCIA PRIVADA: ▪ São dedutíveis até o limite de 20% do total de salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa beneficiados pelo Plano. ▪ O que for pago acima deste limite de 20% deve ser adicionado nas bases do IR e CSLL 80 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (Despesas Dedutíveis) JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO: ▪ Artigo 347 do RIR/99 e Art. 9° da Lei n° 9.249: • Remuneração dedutível para fins fiscais • Calculado sobre o patrimônio líquido da empresa em 31 de dezembro do ano anterior • Baseado na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) • Contabilização: despesa financeira para quem paga/ rendimento para quem recebe. • Ajuste pró-rata nos casos de variação no patrimônio líquido durante o ano. 81 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) BASE DE CÁLCULO: ▪ Capital Social; ▪ Reservas de Capital; ▪ Reservas de Lucros; ▪ Ações em Tesouraria; ▪ Prejuízos Acumulados Obs: Considera-se o saldo do último período tributado, descartando o resultado do período 82 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO: ▪ Despesa dedutível = Limitada a 50% dos: • Reserva de lucros ou • Resultado do ano: antes do imposto de renda (dos 2 o maior) ▪ Imposto de renda na fonte: 15% ▪ Imposto de renda na fonte paraísos fiscais : 25%. ▪ Beneficiário Pessoa Jurídica: • Juros recebidos são renda tributável ▪ O IRRF de 15% é compensável com o IRPJ devido em qualquer regime ou com o IR a reter no pagamento de juros sobre o capital próprio ▪ Beneficiário Pessoa Física e Não-Residente: • Imposto exclusivo de fonte 83 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) 84 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) 85 IMPOSTO DE RENDAPJ – Lucro Real (JCP) 86 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) CONTABILIZAÇÃO: ▪ Para fins Tributários: • D – Despesas Financeiras • C – Disponibilidades/JSCP a pagar • C – IRRF a recolher - Exigência prevista na Lei Tributária de que o JSCP seja considerado como despesa financeira. - Obs: Isto já não é condição indispensável para a dedutibilidade dos JSCP (Decisão 68/98 - 7ª RF) 87 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) CONTABILIZAÇÃO: ▪ Para fins Societários: • Caso a empresa tenha realizado a contabilização como indicado pela legislação fiscal, deve-se fazer a reversão dos valores na DRE, para que o lucro seja apresentado sem a redução dos JSCP. 88 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) DIVULGAÇÃO: ▪ NE -2.7.15 – LOCALIZA: Juros sobre o capital próprio - os juros creditados a acionistas, calculados nos termos da Lei nº 9.249/95, são registrados nos resultados, na rubrica de despesas financeiras, conforme determina a legislação fiscal. Entretanto, para fins de divulgação das demonstrações financeiras, os juros sobre capital próprio são apresentados a débito de lucros acumulados, tratamento esse semelhante aos dividendos. Os valores pagos aos acionistas a títulos de juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda retido na fonte, são deduzidos do valor do dividendo mínimo obrigatório, conforme artigo 9º,parágrafo 7º, da Lei 9.249/95 e com base no parágrafo 5º do artigo 24 do Estatuto Social da Localiza. 89 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) DIVULGAÇÃO: 90 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) DIVULGAÇÃO: 91 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) DIVULGAÇÃO: ▪ Possibilidade de distribuição desproporcional? ▪ Distribuição no caso de existência de lucros acumulados e prejuízo no exercício ▪ Distribuição retroativa: IN 11/96 e STJ??? ▪ PIS e COFINS: • O Decreto 5.164/2004 reduziu a zero as alíquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não-cumulativo das referidas contribuições. No entanto, esta redução não se aplica receitas financeiras oriundas de juros sobre capital próprio 92 IMPOSTO DE RENDA PJ – Lucro Real (JCP) IRPJ – LUCRO REAL Exclusões e Compensações EXEMPLOS DE EXCLUSÕES (ART. 250 DO RIR): Valores cuja dedução seja autorizada pelo RIR e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; Resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com RIR não sejam computados no lucro real; Prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a compensação a 30% do lucro líquido. 93 IRPJ – LUCRO REAL Exclusões e Compensações EXEMPLOS DE EXCLUSÕES (ART. 250 DO RIR): Dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo custo Resultado positivo de equivalência patrimonial Exclusões decorrentes do RTT – Regime Tributário de Transição Reversão de Provisões 94 IRPJ – LUCRO REAL Compensação de Prejuízo Fiscal LIMITAÇÕES: ▪ 30% do lucro tributável (base de cálculo) ▪ É acumulável ▪ Não pode ser atualizado ▪ Não prescreve ▪ Não é possível compensar prejuízo não operacional com operacional, exceto no próprio ano de sua ocorrência 95 IRPJ – LUCRO REAL Compensação de Prejuízo Fiscal EXEMPLOS: Exemplo 1: Prejuízo acumulado em 2008: R$ 1.000.000,00 Lucro apurado em 2009: R$ 1.000.000,00 Prejuízo compensado (30% do lucro): R$ 300.000,00 Base tributável 2009: R$ 700.000,00 Prejuízo acumulado 2009: R$ 700.000,00 96 IRPJ – LUCRO REAL Compensação de Prejuízo Fiscal EXEMPLOS: Exemplo 2: Prejuízo acumulado em 2008: R$ 1.000.000,00 Lucro apurado em 2009: R$ 10.000.000,00 Prejuízo compensado (30% do lucro): R$ 1.000.000,00 Base tributável 2009: R$ 9.000.000,00 97 IRPJ – LUCRO REAL Resumo CÁLCULO DO LUCRO REAL Lucro contábil (+) Adições (-) Exclusões (=) Lucro Real antes da Compensação (-) Compensação (=) Lucro Real (x) Alíquotas do Imposto de Renda (=) Imposto de Renda Devido (-) Deduções do Imposto Devido (=) Imposto a Recolher 98 Cada trimestre é considerado um período autônomo, apurando-se o valor “real” do trimestre e efetuando-se o recolhimento Períodos de apuração encerram-se em 31/3, 30/6, 30/9 e 31/12 O lucro do trimestre anterior não pode ser compensado com prejuízo fiscal de trimestres seguintes, mesmo que dentro do mesmo ano-calendário Prejuízo de um trimestre não é integralmente compensável com lucro de outro, devendo-se respeitar limite de 30% do lucro líquido ajustado (desvantagem em relação à apuração anual onde a empresa pode compensar integralmente) É especialmente interessante para empresas que apresentem histórico de lucro constante. Caso contrário, a apuração anual tende a ser mais vantajosa. IRPJ – LUCRO REAL Apuração Trimestral 99 EXEMPLO DE CÁLCULO*: * Observação: Exemplo retirado do livro Manual de Contabilidade Tributária de Paulo Henrique Pegas, Freire Bastos Editora, 7ª. Edição, pág. 389. CIA. LAPA 1o. Trim 2o. Trim 3o. Trim 4o. Trim Lucro Antes do IR 150.000 50.000 -40.000 100.000 (-) Compens. Prej. Fiscal - - - -30.000 Lucro Tributável 150.000 50.000 - 70.000 TOTAL CSL - 9% 13.500 4.500 - 6.300 24.300 IR - Alíquota Básica - 15% 22.500 7.500 - 10.500 40.500 IR - Adicional - 10% 9.000 - 1.000 10.000 TOTAL DE IR + CSL 45.000 12.000 - 17.800 74.800 IRPJ – LUCRO REAL Apuração Trimestral 100 Existem duas modalidades de apuração anual do Lucro Real. São elas: ▪ Estimativa com base na receitas: sobre o total de receitas do mês aplica-se um percentual específico dependendo da atividade da sociedade, encontrando-se a base de cálculo. Sobre a base de cálculo, aplica-se as alíquotas do IRPJ. ▪ Lucro Real com pelos balancetes de suspensão ou redução: apura- se efetivamente o lucro real mediante levantamento de balanços ou balancetes periódicos, com base nos quais poderá reduzir ou suspender os pagamentos mensais do imposto. IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual 101 Tendo sido utilizada a base estimada em todos os meses, no final do exercício deve ser feito o ajuste, apurando-se eventual diferença a recolher ou restituição de imposto recolhido a maior durante o ano Tem a vantagem de não necessitar de apuração real mensal, estimando-se a base de cálculo, o que é mais simples e menos custoso. Além disso pode influenciar no fluxo de caixa da empresa, na medida em que o recolhimento poderá ser menor durante o ano, sendo o saldo corrigido pela SELIC Receitas financeiras não compõe a base quando houver retenção na fonte Pode se deduzir o IR pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de cálculo Deve se acrescer ganhos de capital, variações monetárias ativas, receitas de locação (exceto empresas que exercem esta atividade), receitas financeiras quando não houver retenção na fonte IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Estimada 102 Ao final do período a empresa deverá levantar balanço e apurar o lucro real Havendo saldo a pagar o imposto poderá ser pago em quota única até o último dia do mês de março, acrescido de Selic a partir de fevereiro Se o valor pago por estimativa superar o valor devido pelo lucro real a empresa poderá compensar a diferença com tributos federais de qualquer espécie via DCOMP ou com o IR e CSSL devido a partir de janeiro do novo período de apuração IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Estimada 103 PERCENTUAIS DE ESTIMATIVA: ATIVIDADES Percentual(%) Receita Anual até R$ 120.000,00* Comércio e indústria 8,0 - Serviços de transporte de cargas 8,0 - Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares (Ver Notas) 8,0 - Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97) 8,0 - Serviços de transporte de passageiros 16 - Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6 - Prestação de serviços que dependam de habilitação profissional (S/C 2.397) 32 - Intermediação de negócios 32 16 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis 32 16 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97) 32 16 Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e exploração de rodovia mediante cobrança de pedágio (Ato Declaratório COSIT nº 16/2000) 32 16 Prestação de serviços em geral não especificados anteriormente 32 16 IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Estimada 104 EXEMPLO DE CÁLCULO*: * Exemplo retirado do livro Manual de Contabilidade Tributária de Paulo Henrique Pegas, Freire Bastos Editora, 2ª. Edição, pág. 398. CIA. CASCADURA SET. OUT. NOV. DEZ. Receita de Vendas 350.000 400.000 350.000 350.000 Base de Cálculo - 8% 28.000 32.000 28.000 28.000 IR - Alíquota Básica - 15% 4.200 4.800 4.200 4.200 IR - Alíquota Adicional - 10% 800 1.200 800 800 Imposto de Renda a Pagar 5.000 6.000 5.000 5.000 IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Estimada 105 EXEMPLO DE CÁLCULO*: * Exemplo retirado do livro Manual de Contabilidade Tributária de Paulo Henrique Pegas, Freire Bastos Editora, 2ª. Edição, pág. 397/398. ** O IR da receita financeira foi retido na fonte em 20% CIA. CASCADURA SET. OUT. NOV. DEZ. Receita de Vendas 350.000 350.000 350.000 350.000 Receitas Financeiras** 3.000 3.000 3.000 3.000 Despesas Dedutíveis -320.000 -316.000 -323.000 -313.000 Lucro Antes do IR + CS no Mês 33.000 37.000 30.000 40.000 Lucro Antes do IR + CS Acumulado 33.000 70.000 100.000 140.000 Contribuição Social 2.970 6.300 9.000 12.600 IR - Alíquota Básica - 15% 4.950 10.500 15.000 21.000 IR - Alíquota Adicional - 10% 1.300 3.000 4.000 6.000 (-) IRRF s/ Aplic. Financeira -600 -1.200 -1.800 -2.400 Imposto de Renda Acumulado 5.650 12.300 17.200 24.600 IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Real 106 IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Real BALANÇO DE SUSPENSÃO OU REDUÇÃO ▪ A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o recolhimento do IRPJ e da CSLL, caso no período de apuração acumulado, comprove ter pago valor igual ou superior ao devido. ▪ Tal procedimento poderá ser adotado inclusive, na hipótese de apuração de prejuízo fiscal no mês de janeiro. ▪ A opção adotada no mês para recolhimento do IRPJ e da CSLL, deve ser uniforme (estimativa ou suspensão/redução). 107 APURADO O LUCRO REAL DO PERÍODO, PODERÁ O CONTRIBUINTE: ▪ Suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda pago por estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado ▪ Reduzir o montante correspondente à diferença positiva entre o imposto devido no período em curso, e a soma do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado Consulte exemplo clicando AQUI! IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base Real 108 BALANÇO DE SUSPENSÃO OU REDUÇÃO: IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Base RealIRPJ Jan Fev Mar Abr Dez Valor Devido 100,00 300,00 400,00 400,00 300,00 Valor Pago 100,00 100,00 300,00 400,00 400,00 Saldo a Recolher 0,00 200,00 100,00 0,00 -100,00 SUSPENSÃO E REDUÇÃO DO IMPOSTO 109 COMPARATIVO ENTRE REAL E ESTIMATIVA*: IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Comparativo ITEM Alíquota adicional Prejuízo Fiscal Forma de Pagamento Escrituração ANUAL Acima de R$ 240.000,00 Permite a Compensação Integral Pagamento Mensal Permite o Pagamento por Estimativa TRIMESTRAL Acima de R$ 60.000,00 Compensação dos prejuízos dos trimestres anteriores limitada a 30% do lucro real trimestral Pagamento Trimestral Definitivo Levantamento Trimestral 110 CÁLCULO COMPARATIVO ENTRE REAL E ESTIMATIVA*: * Exemplo retirado do livro Manual de Contabilidade Tributária de Paulo Henrique Pegas, Freire Bastos Editora, 7ª. Edição, pág. 390. ** Valores retirados do cálculo da planilha do slide n. 96 IRPJ – LUCRO REAL Apuração Anual – Comparativo CIA. LAPA ANUAL TRIMESTRAL** LAIR 260.000 260.000 CSSL - 9% 23.400 24.300 900 IR - ALIQ. BÁSICA 39.000 40.500 1.500 IR- ADICIONAL - 10% 2.000 10.000 8.000 TOTAL DE IR + CSLL 64.400 74.800 10.400 PAGAMENTO A MENOR NO ANUAL 111 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (ART. 262 E 263 DO RIR): ▪ lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração; ▪ transcrever a demonstração do lucro real; ▪ manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial; ▪ manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração subsequentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos neste Decreto. ▪ poderá ser escriturado mediante a utilização de sistema eletrônico de processamento de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da Receita Federal (Lei nº 8.218, de 1991, art. 18). IRPJ – LUCRO REAL Lalur 112 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (ART. 262 E 263 DO RIR): ▪ O LALUR é dividido em 2 partes: IRPJ – LUCRO REAL Lalur Parte A • Regista os lançamentos do lucro líquido do período- base e à transcrição da demonstração do lucro real através das adições, exclusões e compensações de prejuízos fiscais Parte B • Destinado a controlar os valores que influenciarão na determinação do lucro real dos períodos-bases futuros e não constem da escrituração comercial 113 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EM ANEXO 114 LUCRO PRESUMIDO 115 Não estando obrigada por lei à apuração do imposto de renda através do Lucro Real a empresa poderá optar pelo Lucro Presumido. Base de cálculo: Aplica-se percentual de presunção definida em lei dependendo da atividade da empresa sobre o total das receitas do trimestre. ATENÇÃO: receitas não decorrentes da atividade da empresa não se sujeitam à presunção, devendo a receita ou lucro ser adicionado integralmente ao cálculo do IR (exemplo: ganho de capital por venda de bens, aplicações financeiras, etc.) Alíquota: 15%. Haverá adicional de 10% sobre a quantia que exceder R$ 20.000,00 mês (R$ 60.000,00 no trimestre e R$ 240.000,00 no ano) IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 116 PONTOS DE DESTAQUE: ▪ Para fins de apuração somente as receitas são relevantes. Devem ser excluídos: • IPI • ICMS-ST • Vendas canceladas • Descontos incondicionais • Reversões de provisões ▪ Vantagem para empresas com despesas reduzidas IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 117 PONTOS DE DESTAQUE: ▪ A apuração é trimestral, sendo que o encerramento de cada período se dá em: • 31 de março • 30 de junho • 30 desetembro • 31 de dezembro ▪ A apuração trimestral é definitiva, não havendo acerto na DIPJ; declaração é meramente informativa. IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 118 PONTOS DE DESTAQUE: ▪ Opção é manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto do primeiro período de apuração do ano-calendário (código DARF), não sendo permitida REDARF para alterar regime ▪ Opção irretratável para o ano-calendário ▪ Pagamento: • Em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período • Em três quotas mensais, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao do encerramento do período atualizadas pela SELIC a partir da segunda quota. IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 119 PONTOS DE DESTAQUE: ▪ A receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de serviços, cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas, poderá ser computada na base de cálculo do lucro presumido no mês do efetivo recebimento. ▪ Adoção do regime de caixa ou de competência é uma opção IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 120 ATIVIDADES Percentual (%) Receita Anual até R$ 120.000,00* Comércio e indústria 8,0 - Serviços de transporte de cargas 8,0 - Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares (Ver Notas) 8,0 - Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97) 8,0 - Serviços de transporte de passageiros 16 - Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6 - Prestação de serviços que dependam de habilitação profissional (S/C 2.397) 32 - Intermediação de negócios 32 16 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis 32 16 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97) 32 16 Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e exploração de rodovia mediante cobrança de pedágio (Ato Declaratório COSIT nº 16/2000) 32 16 Prestação de serviços em geral não especificados anteriormente 32 16 IRPJ – LUCRO PRESUMIDO PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO: 121 IRPJ – LUCRO PRESUMIDO ADIÇÕES À BASE DE CÁLCULO (100% do valor para cálculo do tributo): ▪ Receitas de outras naturezas não relacionadas ao objeto social da empresa ▪ Ganhos de capital na alienação de bens e direitos ▪ Ganhos líquidos em renda variável ▪ Rendimentos em aplicações financeiras ▪ Juros sobre o Capital Próprio 122 IRPJ – LUCRO PRESUMIDO DEDUÇÕES DO IMPOSTO: ▪ No caso de a pessoa jurídica ter sofrido retenção de IR na fonte, a legislação permite abater o respectivo valor do saldo do imposto a pagar trimestralmente. ▪ Exemplo: • 1,5% - prestação de serviço • 20% - aplicação financeira 123 EXEMPLO DE CÁLCULO: IRPJ – LUCRO PRESUMIDO RECEITA BRUTA (x) Percentual de Presunção (+) Ganhos de Capital (+) Demais Receitas e Rendimentos (=) Lucro Presumido (x) 15% (+ adicional 10%) (=) Imposto Devido (-) IR Antecipado (IRRF) (=) IR a Recolher 124 EXEMPLO DE CÁLCULO: * Prestação de Serviços (32% de presunção) CIA. VIRADOURO SERVIÇOS 1o. Trim 2o. Trim 3o. Trim 4o. Trim Receita 180.000 50.000 100.000 80.000 Receitas Financeiras 10.000 - - 8.000 Base de Cálculo 67.600 16.000 32.000 33.600 IR - Alíquota Básica - 15% 10.140 2.400 4.800 5.040 IR - Adicional - 10% 760 TOTAL DE IR 10.900 2.400 4.800 5.040 IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 125 EXEMPLO DE CÁLCULO (FATURAMENTO ATÉ 120 MIL): CIA. VIRADOURO SERVIÇOS 1o. Trim 2o. Trim 3o. Trim 4o. Trim Receita 30.000 45.000 50.000 25.000 Receitas Financeiras Base de Cálculo 4.800 7.200 16.000 8.000 IR - Alíquota Básica - 15% 720 1.080 4.200 1.200 IR - Adicional - 10% TOTAL DE IR 720 1.080 4.200 1.200 IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 126 REQUISITOS PARA PERCENTUAL REDUZIDO ▪ A empresa deve ser exclusivamente prestadoras de serviços, com exceção dos serviços hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas ▪ A receita bruta anual não poderá ultrapassar R$ 120.000,00; ▪ Se a receita bruta, acumulada até determinado trimestre, ultrapassar R$ 120.000,00, a pessoa jurídica passará a utilizar o percentual de 32% e ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado em relação a cada trimestre transcorrido. ▪ Diferenças deverão ser recolhidas até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso. ▪ Pago dentro desse prazo, a diferença apurada será recolhida sem acréscimo. Fora desse prazo haverá incidência de multa e juros. IRPJ – LUCRO PRESUMIDO 127 COMPARATIVO: ▪ Empresa prestadora de serviços de intermediação de negócios. ▪ Receita de R$ 1.000.000,00 ▪ Custos e despesas dedutíveis de R$ 500.000,00 ▪ Esta empresa deverá optar pelo Lucro Real ou pelo Lucro Presumido? IRPJ – PRESUMIDO x REAL 128 COMPARATIVO: * 32% da Receita Bruta IRPJ – PRESUMIDO x REAL OPÇÃO 1: LUCRO REAL OPÇÃO 2: LUCRO PRESUMIDO Receita: R$ 1.000.000 Receita: R$ 1.000.000 Custos e Despesas dedutíveis: R$ 500.000 Não há deduções. Lucro real: R$ 500.000 Lucro Presumido: R$ 320.000* CSLL (9%): R$ 45.000 CSLL (9%): R$ 28.800 IRPJ (15+10%): R$ 101.000 IRPJ (15+10%): R$ 56.000 TOTAL DEVIDO: R$ 146.000 TOTAL: R$ 44.800 129 HIPÓTESES DE APLICAÇÃO: ▪ Escrituração em desacordo com as leis comerciais e fiscais ▪ Ausência de demonstrações financeiras ▪ Escrita com indícios de fraude ou com vícios que a tornem imprestável ▪ Recusa, por parte do contribuinte, de apresentar a escrituração IRPJ – LUCRO ARBITRADO 130 ASPECTOS DE DESTAQUE: ▪ Hipótese excepcional, quando o Fisco não tiver possibilidade de apurar o lucro real ▪ Conselho de Contribuintes tem reiteradamente decidido que essa modalidade de tributação é excepcional e deve ser aplicada somente quando esgotadas de fato as possibilidades de apuração do lucro real da pessoa jurídica. ▪ Arbitra-se um valor de base de cálculo quando a empresa não possuir documentação fiscal ou, embora possuindo, recusar-se a apresentá-la ou a mesma estiver com vícios que obriguem a fiscalização a desqualificá-la. ▪ Ao contribuinte é assegurado o direito de impugnar o arbitramento ▪ Alíquota: Sobre a base de cálculo arbitrada, aplica-se a alíquota do IRPJ (15% + adicional de 10%) IRPJ – LUCRO ARBITRADO 131 PERCENTUAIS DE ARBITRAMENTO SOBRE RECEITA BRUTA (20% acima do lucro presumido): IRPJ – LUCRO ARBITRADO ATIVIDADE PERCENTUAL Prestação de serviço 38,4% Venda de mercadoria 9,6% Revenda de combustível 1,92% Transporte de carga 9,6% 132 PERCENTUAIS DE ARBITRAMENTO QUANDO NÃO CONHECIDA A RECEITA BRUTA (uma das alternativas a critério do fisco, multiplicado pelo número de meses de apuração): IRPJ – LUCRO ARBITRADO ATIVIDADE PERCENTUAL 1,5 % Lucro real do último período conhecido 0,04 % Ativo constante do último balanço conhecido 0,07 % Capital e reserva de capital no último balanço 0,05 % Patrimônio líquido do último balanço conhecido 0,4 % Valor das compras 0,4 % Mão de obra e compras de materiais 0,8 % Folha pagamento 0,9 % Aluguel devido 133 Tributos incluídos: ▪ IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica Base de cálculo: ▪ Receita bruta Alíquota: ▪ Varia dependendo da atividade e da receita Consulte demais regras clicando AQUI! Consulte tabelas do simples clicando AQUI! SIMPLES NACIONAL 134 PONTOS DE DESTAQUE: ▪ Não são incluídos no Simples as receitas financeiras. Todavia, o IRRF sobre estas receitas é consideradatributação definitiva, sendo tratada como despesa ▪ Ganhos de capital são tributados com alíquota de 15%, sendo considerada tributação definitiva ▪ Distribuição de lucros aos sócios é isenta, desde que haja escrituração contábil regular comprovando que há lucro para distribuir. Caso contrário, somente pode ser distribuído com isenção o lucro presumido menos o imposto de renda devido ▪ Novos Limites: ▪ MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI): R$ 60 mil/ano ▪ MICROEMPRESA (ME): R$ 360 mil/ano ▪ EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP): R$ 3,6 milhões SIMPLES NACIONAL 135 PONTOS DE DESTAQUE: ▪ Vedações (Exemplos): • Cujo capital participe outra pessoa jurídica • Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior • De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou sócia de outra empresa beneficiada pelo Simples desde que o faturamento global ultrapasse o limite • Constituída sob a forma de cooperativa, salvo as de consumo • Que participe do capital de outra pessoa jurídica • Constituída sob a forma de sociedade por ações • Que tenha sócio domiciliado no exterior • Que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual • Que preste atividade de consultoria SIMPLES NACIONAL 136 OUTRAS VANTAGENS: ▪ Preferencia em licitações ▪ Faculdade de utilizar os Juizados Especiais Cíveis e Federais ▪ Parcelamento de débitos federais em até 120 meses SIMPLES NACIONAL 137 RETENÇÃO NA FONTE DE IR NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Fundamento legal: ▪ Artigos 29 da Lei n. 10.833/2003 ▪ Artigo 647 do RIR – Regulamento do Imposto de Renda Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 1,5% (um e meio por cento), as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional Empresas optantes do Simples não estão sujeitas à retenção na condição de prestadora Para manual completo do IRRF clique AQUI! RETENÇÃO NA FONTE Imposto de Renda 138 1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens); 2. advocacia; 3. análise clínica laboratorial; 4. análises técnicas; 5. arquitetura; 6. assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço); 7. assistência social; 8. auditoria; 9. avaliação e perícia; 10. biologia e biomedicina; 11. cálculo em geral; 12. consultoria; 13. contabilidade; 14. desenho técnico; 15. economia; 16. elaboração de projetos; 17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas); 18. ensino e treinamento; 19. estatística; 20. fisioterapia; 21. fonoaudiologia; 22. geologia; 23. leilão; 24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro); 25. nutricionismo e dietética; 26. odontologia; 27. organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres; 28. pesquisa em geral; 29. planejamento; 30. programação; 31. prótese; 32. psicologia e psicanálise; 33. química; 34. radiologia e radioterapia; 35. relações públicas; 36. serviço de despachante; 37. terapêutica ocupacional; 38. tradução ou interpretação comercial; 39. urbanismo; 40. veterinária. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO NA FONTE DE 1,5% DE IMPOSTO DE RENDA: RETENÇÃO NA FONTE Imposto de Renda 139 CSLL – CONTRIBUIÇÃO SOBRE LUCRO LÍQUIDO 140 LEGISLAÇÃO BÁSICA: ▪ Artigos 195 da Constituição Federal ▪ Lei 7.689, de 15 de dezembro de 1988 ▪ Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995 ▪ Lei do Ajuste Tributário nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996 ▪ Instrução Normativa SRF nº 390, de 30 de janeiro de 2004 CSLL 141 CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade (...), nos termos da lei, mediante recursos provenientes (...) das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; ... § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". CSLL 142 Fato gerador: Lucro. Sujeita-se à mesma forma de tributação do imposto sobre a renda. Base de cálculo: Lucro líquido ajustado pelas adições, exclusões e compensações ou base de cálculo presumida. ATENÇÃO: algumas deduções e exclusões diferem do Imposto de Renda, de modo que o lucro fiscal do IR, geralmente, é diferente do da CSSL. Alíquota: 9% sobre o resultado ajustado ou base presumida (15% para instituições financeiras e equiparadas, tais quais seguradoras, empresas de capitalização e entidades de previdência privada. Destinação: Destina-se às despesas com áreas de saúde, previdência e assistência social (seguridade social) CSLL 143 PERCENTUAIS DE ESTIMATIVA DA BASE DE CÁLCULO: CSLL Lucro Estimado ATIVIDADE PERCENTUAL Revenda de combustível 12% Prestação de serviços de transportes, exceto de carga 12% Serviços hospitalares e de transporte de carga 12% Prestação de serviços cuja receita remunere essencialmente o exercício pessoal, por parte dos sócios, de profissões que dependam de habilitação 32% Intermediação de negócios 32% Administração, cessão, locação de bens imóveis, 32% Móveis e direitos de qualquer natureza, factoring 32% Demais atividades 12% 144 PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DA BASE DE CÁLCULO: CSLL Lucro Presumido ATIVIDADE PERCENTUAL Receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transporte 12% Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte 32% Intermediação de negócios 32% Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. 32% 145 Ao contrário do IR a base negativa de CSSL referente aos prejuízos não operacionais podem ser compensados com lucros operacionais As demais regras são semelhantes, inclusive o controle na parte B do LALUR CSLL Compensação de Prejuízos Fiscais 146 A partir do ano-calendário de 2003, as pessoas jurídicas adimplentes com os tributos e contribuições administrados pela RFB nos últimos cinco anos- calendário, submetidas ao regime de tributação com base no lucro real ou presumido, podem se beneficiar do bônus de adimplência. Forma de Cálculo: ▪ O bônus de adimplência fiscal é calculado aplicando-se o percentual de 1% (um por cento) sobre a base de cálculo da CSLL, determinada segundo as normas estabelecidas para as pessoas jurídicas submetidas ao regime de apuração com base no resultado presumido, relativamente ao ano- calendário em que for permitido seu aproveitamento. ▪ Na hipótese de período de apuração trimestral, o bônus é calculado em relação aos quatro trimestres do ano-calendário e pode ser deduzido da CSLL devida correspondente ao último trimestre. CSLL Bônus de Adimplência Fiscal 147 Utilização do Bônus: ▪ O bônus pode ser utilizado deduzindo-se da CSLL devida: 1)no último trimestre do ano-calendário, no caso de pessoa jurídica tributada com base no resultado ajustado trimestral ou resultado presumido; 2) no ajuste anual, na hipótese de pessoa jurídica tributada com base no resultado ajustado anual. Pessoas Jurídicas Impedidas: ▪ Não faz jus ao bônus a pessoa jurídica que, nos últimos cinco anos- calendário, se enquadre em qualquer das seguintes hipóteses, em relação aos tributos e contribuições administrados pela RFB: 1) lançamento de ofício; 2) débitos com exigibilidade suspensa; 3) inscrição em dívida ativa; 4) recolhimentos ou pagamentos em atraso; 5) falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória. CSLL Bônus de Adimplência Fiscal 148 INDICAÇÃO LEITURA 149 Páginas 236 a 301 Páginas 491 a 525 OBRIGADO! Prof. Fabio Silva fabio@weigandesilva.com.br Skype: fabiosilva_tributario 150
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