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Prof. Me. Mauricio Narciso UNIDADE III Planejamento Contábil Tributário Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, pelas exclusões ou pelas compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei n. 8.981/1995, art. 37, § 1º). O lucro líquido do exercício referido no conceito acima é a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não operacionais e das participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial. Portanto, o lucro líquido é aquele definido no art. 191, da Lei n. 6.404/1976, porém sem as deduções do art. 189 (prejuízos contábeis acumulados e provisão para o imposto sobre a renda). A tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro Real, dá-se mediante a apuração contábil dos resultados, com os ajustes determinados pela legislação fiscal. Lucro real – conceito A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real correspondente ao período de apuração. Como regra geral, integram a base de cálculo: todos os ganhos e os rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto. Lucro real – base de cálculo O imposto será determinado com base no lucro real por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte tem a opção de apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento. Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento. Lucro real – período de apuração A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado em conformidade com o Regulamento. A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). O adicional de que trata este item será pago juntamente com o Imposto de Renda apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%. A alíquota da contribuição social sobre o lucro líquido é de 9% sobre a base de cálculo. Alíquota e adicional Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do Imposto de Renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no país ou no exterior. Distribuição de lucros A partir de 1999, estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas (Lei n. 9.718/1998, art. 14): “I – cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite fixado pela Lei 10.637/2002); II – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; Lucro real – pessoa jurídica obrigada III – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1996.” Lucro real – pessoa jurídica obrigada ANUAL – Estimativa A opção pelo pagamento mensal por estimativa implicará na obrigatoriedade de apuração do lucro real anual em 31 de dezembro de cada ano. ANUAL – Redução ou suspensão A redução e a suspensão do pagamento do imposto relativo ao mês que for levantado o balanço ou balancete dependerão do cálculo com base no lucro real do ano calendário em curso até esse mês for igual ou inferior à soma correspondente aos meses do mesmo ano calendário, utilizando adições e exclusões necessárias para verificar se haverá suspensão do recolhimento ou redução em recolher a diferença do imposto até aquele mês. TRIMESTRAL – Trimestral A opção trimestral é definitiva, podendo compensar apenas 30% do prejuízo do último trimestre por meio do Lalur, obedecendo as legislações fiscais e comerciais, ficando a empresa impedida de optar pelo lucro presumido. Lucro real – período de pagamento O imposto e a contribuição social devidos em cada trimestre poderão ser pagos em cota única no mês seguinte ao trimestre da apuração, sem qualquer acréscimo; ou em três quotas mensais, sendo que, nesse caso, com os juros calculados pela Selic ate o mês anterior ao do efetivo pagamento e 1% no mês do efetivo pagamento. Como exemplo, para o primeiro trimestre, se os pagamentos forem feitos em três quotas, o pagamento de abril não sofrerá qualquer acréscimo; já o do mês de maio terá o acréscimo de 1% e o de junho terá não só o acréscimo de juros do mês de maio, mas também 1% referente ao mês de pagamento de junho. Essa determinação está contida no art. 5º, da Lei n. 9.430/96. Lucro real – pagamento Qual das alternativas abaixo desobriga que a empresa seja tributada pelo lucro real? a) Cujas atividades sejam de bancos comerciais e bancos de investimentos. b) Que tiver lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior. c) Que, autorizada pela legislação tributária, não usufrua de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto. d) Que, no decorrer do ano-calendário, tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa. e) Cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00. Interatividade Qual das alternativas abaixo desobriga que a empresa seja tributada pelo lucro real? a) Cujas atividades sejam de bancos comerciais e bancos de investimentos. b) Que tiver lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior. c) Que, autorizada pela legislação tributária, não usufrua de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto. d) Que, no decorrer do ano-calendário, tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa. e) Cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00. Resposta O Lalur e o LAC são constituídos pelas partes A e B (sendo a primeira subdividida em duas outras partes) e escriturados a partir do lucro contábil antes da constituição da provisão para o Imposto de Renda e da contribuição social sobre o lucro. Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real) e LAC (Livro de Apuração da Contribuição sobre o Lucro Líquido) PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DOEXERCICIO DATA H I S T O R I C O ADIÇÕES EXCLUSÕES NATUREZA DOS AJUSTES 31/05/2012 ADIÇÕES 31/05/2012 EXLUSÕES T O T A L A D I Ç Õ E S E E X C L U S Õ E S - - DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL R E S U L T A D O D O P E R Í O D O T O T A L A D I Ç Õ E S - T O T A L E X C L U S Õ E S - RESULTADO ANTES DA COMPENSAÇÃO - ( - )COMPENSAÇÃO - (=) LUCRO REAL - DATA H I S T O R I C O D C SALDO PARTE B - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO Fonte: autoria própria A compensação dos prejuízos fiscais, no caso de apuração do lucro real do trimestre, não poderá acontecer totalmente nos trimestres seguintes, mesmo que dentro do ano-calendário. O prejuízo fiscal de um trimestre somente poderá ser deduzido do lucro dos trimestres seguintes até o limite de 30%, portanto, se a pessoa jurídica tiver um prejuízo muito grande nos dois primeiros trimestres e nos trimestres seguintes obtiver lucros, a compensação do prejuízo está limitada a 30% do lucro do trimestre, mesmo que esse lucro tenha sido menor que o prejuízo dos trimestres anteriores. Compensação dos prejuízos fiscais Exercício prático I Fonte: autoria própria Resolução do exercício prático I Fonte: autoria própria R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 120.000,00 IRPJ 15% 19.950,00 T O T A L A D I Ç Õ E S 150.000,00 AD. 10% 7.300,00 T O T A L E X C L U S Õ E S (80.000,00) IRPJ A PAGAR 27.250,00 RESULTADO ANTES DAS COMPENSAÇÕES 190.000,00 PREJUIZO FISCAL 150.000 ( 30% ) 57.000,00 (57.000,00) LUCRO REAL - IRPJ 133.000,00 D C SALDO D/C 31/12/X1 PREJUÍZO FISCAL 80.000,00 D 31/03/X2 COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO 57.000,00 23.000,00 D R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 120.000,00 T O T A L A D I Ç Õ E S 150.000,00 T O T A L E X C L U S Õ E S (80.000,00) CSLL 9% 12.600,00 RESULTADO ANTES DAS COMPENSAÇÕES 190.000,00 BASE NEGATIVA CSL 50.000 ( 30% ) 57.000,00 (50.000,00) LUCRO REAL - CSLL 140.000,00 D C SALDO D/C 31/12/X1 BASE NEGATIVA 50.000,00 D 31/03/X2 COMPENSAÇÃO DA BASE NEGATIVA 50.000,00 - - DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL - IRPJ LALUR PARTE B DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO - CSLL CONTROLE DE COMEPENSÃO - CSLL Exercício prático II Fonte: autoria própria Admita uma empresa que de acordo com suas condições está obrigada à tributação do Imposto de Renda pelo Lucro Real e que optou pelo recolhimento trimestral: Considere as seguintes informações: 1) Lucro antes de Impostos e Contribuições apurado no trimestre 400.000 2) Lucro Operacional 3) No total das despesas de depreciação existe a parcela da depreciação de um imóvel alugado a terceiros no valor de 10.000 4) Resultado positivo de Equivalência Patrimonial 120.000 5) Na rubrica de Despesas Administrativas constam multas de trânsito no valor de 2.000 6) Perda verificada na venda de certificados de investimentos no FINOR 3.000 7) Foi constituída uma Provisão para Contingências Fiscais, sobre ação ainda não julgada no valor de 5.000 8) Despesas com Brindes no valor de 1.000 9) Dividendos recebidos por Investimentos avaliados pelo Custo 4.000 10) Prejuízos Fiscais controlados no LALUR no valor de 150.000 e Base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro no valor de 50.000 Exercício prático II Fonte: autoria própria 11) Foram feitas as seguintes doações: Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa Doações a Entidades Civis que prestam Serviços Gratuitos 12) A Cia. goza do direito de deduzir o PAT a titulo de Incentivo Fiscal 13) No Ativo Circulante, na rubrica de RRF Antecipado constam os seguintes Vetores: RRF s/Aplicações Financeiras 1.500 RRF s/ valores recebidos de entidades da Adm. Pública 800 Calcular a Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro no trimestre. Resolução do exercício prático II Fonte: autoria própria PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO DATA H I S T O R I C O ADIÇÕES EXCLUSÕES ADIÇÕES EXCLUSÕES NATUREZA DOS AJUSTES ADIÇÕES 31/03/2011 Depreciação de Imovel 10.000,00 10.000,00 31/03/2011 Perda FINOR 3.000,00 31/03/2011 Provisão de Contigência 5.000,00 5.000,00 31/03/2011 Despesas com Brinde 1.000,00 1.000,00 31/03/2011 Multa de Transito 2.000,00 2.000,00 EXCLUSÕES 31/03/2011 Resultado Equivalência Patrimonial 120.000,00 120.000,00 31/03/2011 Dividendos Recebidos 4.000,00 4.000,00 T O T A L A D I Ç Õ E S E E X C L U S Õ E S 21.000,00 124.000,00 18.000,00 124.000,00 R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 400.000,00 T O T A L A D I Ç Õ E S 21.000,00 T O T A L E X C L U S Õ E S (124.000,00) IRPJ 15% 31.185,00 RESULTADO ANTES DAS COMPENSAÇÕES 297.000,00 AD. 10% 14.790,00 Limite Comp. (-) IRRF (2.300,00) PREJUIZO FISCAL 150.000 ( 30% ) 89.100,00 (89.100,00) IRPJ A PAGAR 43.675,00 LUCRO REAL - IRPJ 207.900,00 D C SALDO D/C 31/12/X1 PREJUÍZO FISCAL 150.000,00 D 31/03/X2 COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO 89.100,00 60.900,00 D R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 400.000,00 T O T A L A D I Ç Õ E S 18.000,00 T O T A L E X C L U S Õ E S (124.000,00) CSLL 9% 21.960,00 RESULTADO ANTES DAS COMPENSAÇÕES 294.000,00 Limite Comp. BASE NEGATIVA CSL 50.000 ( 30% ) 88.200,00 (50.000,00) LUCRO REAL - CSLL 244.000,00 D C SALDO D/C 31/12/X1 BASE NEGATIVA 50.000,00 50.000,00 D 31/03/X2 COMPENSAÇÃO DA BASE NEGATIVA 50.000,00 - - DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL - IRPJ DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO - CSLL LALUR PARTE B CONTROLE DE COMEPENSÃO - CSLL LALUR LAC Do Lalur da Cia. ELBA LTDA, foram extraídos os seguintes dados: Prejuízo contábil de 2011 R$ 85.000,00 Adições registradas na Parte A R$ 138.000,00 Exclusões registradas na Parte B R$ 29.000,00 Prejuízo fiscal registrado na Parte B R$ 58.000,00 A companhia decidiu compensar todo o valor do prejuízo fiscal a que tem direito de acordo com a legislação tributária do Imposto de Renda. Logo, é correto afirmar que a companhia apresentou nesse período de apuração: a) Lucro real de $ 24.000,00. b) Lucro real de $ 7.600,00. c) Prejuízo fiscal nulo. d) Prejuízo fiscal de $ 34.000,00. e) Lucro real de $ 16.800,00. Interatividade Do Lalur da Cia. ELBA LTDA, foram extraídos os seguintes dados: Prejuízo contábil de 2011 R$ 85.000,00 Adições registradas na Parte A R$ 138.000,00 Exclusões registradas na Parte B R$ 29.000,00 Prejuízofiscal registrado na Parte B R$ 58.000,00 A companhia decidiu compensar todo o valor do prejuízo fiscal a que tem direito de acordo com a legislação tributária do Imposto de Renda. Logo, é correto afirmar que a companhia apresentou nesse período de apuração: a) Lucro real de $ 24.000,00. b) Lucro real de $ 7.600,00. c) Prejuízo fiscal nulo. d) Prejuízo fiscal de $ 34.000,00. e) Lucro real de $ 16.800,00. Resposta Consiste no fato de o Executivo, mediante lei, abrir mão de parte da arrecadação de determinado imposto para incentivar certas atividades ou regiões. Em contrapartida, a renúncia fiscal do Executivo constitui um benefício fiscal para o contribuinte, desde que este observe com rigor os requisitos que a lei exige para o direito de utilizá-lo. Os incentivos fiscais são uma das modalidades de renúncia fiscal. Consistem na permissão legal de deduzir do valor do imposto a pagar determinada importância apurada na forma prevista em lei. Portanto, sua base de cálculo é o valor do imposto. A alíquota do incentivo é determinado porcentual aplicável sobre o total do imposto, porcentual fixado em lei. Ex.: 4% do IR devido. Lucro real – incentivo fiscal Doação – adição na base de cálculo Fonte: autoria própria Doações Exceto: 1) Operações de caráter cultural e artístico aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) - art. 26, da Lei nº 8.313/1991 (Lei Rouanet), ou seja, projetos que dão direito a deduzir incentivo fiscal diretamente do IR devido. (Ver Incentivos Fiscais) (RIR/2018 – art. 385 e 533) IRPJ X CSLL X 2) Instituições de ensino e pesquisa sem fins lucrativos. Limite: 1.5% do lucro operacional antes de computada a sua dedução e a que trata o inciso seguinte. X X 3) Entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e respectivos dependentes ou em benefício da comunidade onde atuem. Limite: 2% do lucro operacional da pessoa jurídica, antes de computada a sua dedução. X X I. Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (Incentivo fiscal dedutível do IR devido). X X II. Doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso, devidamente comprovadas. (Incentivo fiscal dedutível do IR devido). X X III. Doações e Patrocínios a Projetos Culturais – Lei 8.313/91, art. 18 (Incentivo Fiscal dedutível do IR devido). X X Incentivos fiscais Fonte: autoria própria Espécie de incentivo Cálculo do incentivo Limite de dedução isolada Limite de dedução cumulativa Programa de Alimentação do Trabalhador 15% das despesas de custeio do PAT, liquidas da parcela cobrada dos empregados. 4% do IRPJ normal 4% do IRPJ normal Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial ou Agropecuário (PDT!/PDTA) 15% dos dispêndios com o PDT' incorridos no período- base 4% do IRPJ normal Operações de Caráter Cultural e artístico - Pronac Projetos aprovados com base nos arts. 18, 25 e 26, da Lei nº 8.313/91. 4% doIRPJ normal 4% do IRPJ normal, respeitado o limite especifico para as atividades audiovisuais Atividade audiovisual Valores efetivamente aplicados na aquisição primária de certificados de Investimentos em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura 3% do IRPJ normal Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente Doações efetivamente realizadas 1% do !RN normal Não há A empresa, optante pelo lucro real trimestral, apurou uma base de cálculo de IRPJ de R$ 180.000,00 após a compensação dos prejuízos e participa dos seguintes incentivos fiscais: PAT – R$ 15.000,00 PDTI – R$ 10.000,00 PRONAC – R$ 15.000,00 ATIV. AUDIOVISUAL – R$ 10.000,00 DFCA – R$ 8.000,00 Determinar o valor do IRPJ a recolher. Exemplo – cálculo de incentivo fiscal IRPJ CSLL BASE DE CÁLCULO 180.000,00 180.000,00 ALIQUOTA 15% 9% IMPOSTO 27.000,00 16.200,00 ADICIONAL 12.000,00 Valor Limite PAT 1.080,00 15.000,00 x 15% 2.250,00 1.080,00 4% de R$ 27.000,00 PTDI - 10.000,00 x 15% 1.500,00 1.080,00 4% de R$ 27.000,00 PRONAC 1.080,00 15.000,00 x 100% 15.000,00 1.080,00 4% de R$ 27.000,00 ATIV. AUDIOVISUAL - 10.000,00 x 100% 10.000,00 810,00 3% de R$ 27.000,00 DFCA 270,00 8.000,00 x 100% 8.000,00 270,00 1% de R$ 27.000,00 IRRF - DARF A RECOLHER 36.570,00 16.200,00 Fonte: autoria própria Qual dos incentivos fiscais abaixo não tem limite de dedução cumulativa com outro incentivo fiscal? a) Pronac. b) PAT. c) PDTI. d) DFCA. e) Atividade audiovisual. Interatividade Qual dos incentivos fiscais abaixo não tem limite de dedução cumulativa com outro incentivo fiscal? a) Pronac. b) PAT. c) PDTI. d) DFCA. e) Atividade audiovisual. Resposta As pessoas jurídicas poderão também optar pela apuração do lucro real anual. Nesse caso, terá que pagar mensalmente o Imposto de Renda calculado pela forma estimada ou mesmo com base em balancete. Caso a empresa não demonstre, por meio de balanço ou balancetes mensais, a apuração de prejuízo fiscal e a base negativa da CSLL, o não pagamento mensal do imposto sujeitará a aplicação de multa isolada lançada de ofício, ainda mesmo que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base negativa da CSLL no final do período anual. Essa determinação está contida no art. 44, § 1º, IV, da Lei n. 9.430/96. Os percentuais aplicados sobre a receita bruta na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda com base na apuração anual são os mesmos utilizados para o pagamento do imposto estimado mensalmente para as empresas que tenham a tributação pelo lucro presumido. Lucro real – anual Para apuração da base de cálculo do Imposto de Renda com base na tributação anual, a ser pago mensalmente, deverá ser aplicado um percentual sobre a receita bruta do mês, e nesse resultado deverão ser adicionados os ganhos de capital e demais receitas e resultados positivos, excluindo-se os rendimentos ou ganhos tributados como de aplicações financeiras. Esses percentuais aplicáveis sobre a receita bruta são variáveis de acordo com a atividade da pessoa jurídica e constam no art. 15, da Lei n. 9.249/95. Base de cálculo – lucro real por estimativa As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real anual poderão suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada mês desde que, por meio de balanços ou balancetes mensais, demonstrem que o valor dos impostos pagos excedeu o valor do imposto apurado, inclusive adicional, com base no lucro real do período em curso. Para a suspensão ou redução do pagamento também se considera o mês de janeiro, de forma que, se nesse mês a empresa apurar prejuízo, não há imposto a ser recolhido. Para que se possa efetuar a suspensão ou a redução do imposto, o balanço ou balancete terá que se referir sempre ao período entre 1º de janeiro até a data da demonstração para apuração do lucro. Desta forma, uma pessoa jurídica que pagou os impostos dos meses de janeiro a abril com base na receita bruta e no mês de maio suspendeu o recolhimento por meio de levantamento do balanço, deverá compreender o período de 1º de janeiro a 31 de maio. Suspensão ou redução do imposto Considere uma empresa que está obrigada à tributação pelo Lucro Real e que optou pelo regime por estimativa, tendo efetuado os seguintes pagamentos: IMP.RENDA CSLL jan/X6 9.250,70 5.223,40 fev/X6 6.936,00 4.320,00 mar/X6 3.813,30 2.456,60 abril/X6 4.000,00 3.000,00 24.000,00 15.000,00 No mês de maio/X6, levantou um balancete periódico para verificar se podia reduzir ou suspender o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro ou se continua sendo mais vantajoso pagar por estimativa. Considere as seguintes informações referentes ao mês de maio/X6: Receita de Vendas de Mercadorias 365.000 Receitas deServiços de Manutenção 25.000 IPI sobre as Vendas 30.000 Devolução de Vendas 15.000 Juros sobre Capital próprio 5.000 IRRF s/Juros sobre Capital Próprio 750 Rendimentos s/ aplicações financeiras de Renda Fixa 40.000 IRRF s/Aplicações Financeiras 4.000 Ganhos de Capital na Venda de Imobilizado 20.000 Variações Monetárias Ativas 2.000 Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 15.000 Receita de Aluguéis 3.000 Exercício prático III Fonte: autoria própria O lucro líquido apurado no período de janeiro a maio/X5 foi de 150.000, considerando-se a existência de adições no valor de 60.000 e exclusões no valor de 30.000, permitidas (considere os mesmos valores para fins de CSSL). A empresa tem a aprovação dos seguintes programas incentivados: PAT - Programa de Alimentação ao Trabalhador Total das despesas líquidas em maio/X6 2.500 de jan a maio/X6 10.000 PDTI - Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial Total das despesas em maio/X6 2.000 de jan a maio/X6 4.000 Operações de Caráter Cultural e Artístico Patrocínio de espetáculo cultural em maio/X6 2.000 de jan a maio/X6 3.000 Verificar qual o valor será mais vantajoso para a empresa pagar no mês de maio/X6 Exercício prático III Fonte: autoria própria Resolução do exercício prático III DADOS P/ B.C IRPJ CSLL Receita de Vendas de Mercadorias 320.000,00 25.600,00 38.400,00 Receitas de Serviços de Manutenção 25.000,00 8.000,00 8.000,00 Juros sobre Capital próprio 5.000,00 - - Rendimentos s/ aplicações financeiras de RF 40.000,00 - 40.000,00 Ganhos de Capital na Venda de Imobilizado 20.000,00 20.000,00 20.000,00 Variações Monetárias Ativas 2.000,00 2.000,00 2.000,00 Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 15.000,00 - - Receita de Aluguéis 3.000,00 3.000,00 3.000,00 BASE DE CÁLCULO 58.600,00 111.400,00 ALIQUOTA 15% 9% LIMITE INCENTIVO IMPOSTO 8.790,00 10.026,00 351,60 ADICIONAL 3.860,00 4% Imposto PTDI (300,00) PAT (51,60) PRONAC (351,60) DARF A REC. 11.946,80 10.026,00 JÁ PAGO ATÉ ABRIL 24.000,00 15.000,00 TOTAL ATÉ MAIO/X6 35.946,80 25.026,00 RECEITAS PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO DATA H I S T O R I C O ADIÇÕES EXCLUSÕES NATUREZA DOS AJUSTES 31/05/2012 ADIÇOES 60.000,00 31/05/2012 EXLUSÕES 30.000,00 T O T A L A D I Ç Õ E S E E X C L U S Õ E S 60.000,00 30.000,00 DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 150.000,00 T O T A L A D I Ç Õ E S 60.000,00 T O T A L E X C L U S Õ E S (30.000,00) LUCRO REAL 180.000,00 IRPJ CSLL IMPOSTO 27.000,00 LIMITE PAT/PRONAC ADICIONAL 8.000,00 1.080,00 IRRF (4.750,00) PTDI (600,00) PAT (480,00) PRONAC (1.080,00) DARF A RECOLHER ATÉ MAIO 28.090,00 16.200,00 DARF RECOLHIDO ATÉ ABRIL (24.000,00) (15.000,00) REDUZIR 4.090,00 1.200,00 APURAÇÃO JANEIRO A MAIO Fonte: autoria própria Uma empresa tributada pelo lucro real trimestral iniciou suas atividades em 01/05/2019. Nos meses de maio e junho de 2019, essa empresa apurou um lucro real de $ 500.000,00. Considerando-se a legislação tributária vigente no segundo trimestre de 2019, o Imposto de Renda devido, nesse trimestre, será: a) R$ 101.000,00. b) R$ 105.000,00. c) R$ 119.000,00. d) R$ 121.000,00. e) R$ 125.000,00. Interatividade Uma empresa tributada pelo lucro real trimestral iniciou suas atividades em 01/05/2019. Nos meses de maio e junho de 2019, essa empresa apurou um lucro real de $ 500.000,00. Considerando-se a legislação tributária vigente no segundo trimestre de 2019, o Imposto de Renda devido, nesse trimestre, será: a) R$ 101.000,00. b) R$ 105.000,00. c) R$ 119.000,00. d) R$ 121.000,00. e) R$ 125.000,00. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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