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Aulas 07-08_Análise das Demonstrações Financeiras

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Aula 7 - Análise por Quocientes – Quocientes de Rentabilidade
Introdução
Os Indicadores de Rentabilidade avaliam o desempenho global da empresa, em termos de capacidade de remunerar o capital nela aplicado.
A Rentabilidade é o reflexo das políticas e das decisões adotadas pelos administradores da entidade, expressando a eficiência e o grau do êxito econômico-financeiro atingido.
Todos os índices de Rentabilidade devem ser considerados: quanto maior, melhor.
Objetivos
Identificar Giro do Ativo; Margem Líquida e Margem Operacional.
Reconhecer a Rentabilidade do Ativo e do Patrimônio Líquido.
Analisar a Alavancagem Financeira e EBITDA.
Reconhecer o Economic Value Added (EVA).
Quocientes de rentabilidade
São aplicados para evidenciar a capacidade econômica da empresa, ou seja, demonstram o grau de êxito obtido pelo capital investido na empresa.
A rentabilidade do capital investido é conhecida pelo confronto entre contas ou grupos de contas das Demonstrações do Resultado do Exercício ou correlacionando-as com grupos do Balanço Patrimonial.
A partir dos quadros 1 e 3 a seguir, pode-se extrair os índices de Rentabilidade:
QUADRO 1
Quadro 1. Balanço Patrimonial da Raia Drogasil S.A. — Ativo
Fonte: A autora, 2017.
QUADRO 2
Quadro 2. Balanço Patrimonial da Raia Drogasil S.A. — Passivo
Fonte: A autora, 2017.
QUADRO 3
Quadro 3. Demonstração do Resultado do Exercício da Raia Drogasil S.A.
Fonte: A autora, 2017.
Giro do Ativo
O quociente do Giro do Ativo identifica a proporção existente entre o volume das vendas e os Investimentos totais realizados na empresa, ou seja, o quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total.
Interpretação: Quanto Maior, Melhor.
Pela análise da Participação do Giro do Ativo, da Droga Raia, seguem os cálculos dos índices:
* Vendas Líquidas = Receitas Líquidas
Comentário
Interpretação: A empresa vendeu 1,99 para cada $1de investimento total em 31/12/2016. Deste modo, com o quociente superior a 1, há uma indicação que o volume das vendas superou o valor investido na empresa.
O quociente do giro de ativo deve ser direcionado a fim de verificar se o volume de vendas realizadas no período foi adequado em relação ao Capital Total investido na empresa.
Cabe ressaltar que o volume de vendas ideal considera a cobertura de todos os gastos e ainda deve oferecer uma boa margem de lucro. Ademais, o volume ideal de vendas dependerá do ramo de negócio e deve ser complementado com a análise da margem líquida.
Margem Líquida
O quociente demonstra a margem de lucratividade em função do seu faturamento, ou seja, o quanto a empresa obteve de Lucro Líquido para cada $1 vendido.
Interpretação: Quanto Maior, Melhor.
Uma vez analisada a Margem Líquida, em conjunto com o Giro do Ativo, pode-se perceber que, quando o Giro do Ativo for superior a 1 e a Margem Líquida estiver muito abaixo de 1, a aparente situação positiva da Margem Líquida pode não ser suficiente para cobrir os seus custos.
Outra observação da análise em conjunto dos quocientes de Giro de Ativo e Margem Líquida refere-se que, embora um Giro de Ativo revele que as vendas tenham sido baixas em relação ao Capital Total investido, essas foram suficientes para cobrir os custos necessários à sua obtenção e permitiram até uma margem de lucro.
Portanto, é importante analisar em conjunto, o Giro do Ativo e a Margem Líquida, de modo a diagnosticar se a venda foi suficiente para cobrir os investimentos, como também para cobrir os custos e contribuir para a margem de lucros.
Pela análise da Margem Líquida da Droga Raia, seguem os cálculos dos índices:
* Vendas Líquidas = Receitas Líquidas
Comentário
Interpretação: A empresa possui uma margem de lucro de 0,04 para cada $1 de vendas. De um modo geral, a empresa possui uma situação favorável em relação ao volume de vendas ser superior ao investimento, como também, o volume de vendas foi o suficiente para cobrir os custos necessários à sua obtenção e ainda conseguir uma margem de lucro.
Margem de Lucro Genuinamente Operacional (MGO)
Esse quociente indica o ganho da empresa que efetivamente decorre da atividade operacional em relação a seu faturamento.
A MGO representa a competência da atividade verdadeiramente operacional da empresa em gerar resultado com suas vendas.
Interpretação: Quanto Maior, Melhor.
Pela análise da Margem de Lucro Genuinamente Operacional, da Droga Raia, seguem os cálculos dos índices:
*MGO = Margem Genuinamente Operacional.
**LARFT = Lucro Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos corresponde ao Lucro Operacional antes do Resultado Financeiro.
Comentário
Interpretação: A Margem Genuinamente Operacional é de 0,06, ou seja, para cada R$1,00 de Receita, depois de se descontarem os Custos dos Produtos Vendidos e das Despesas verdadeiramente operacionais, sobraram para a empresa 0,06.
Rentabilidade do Ativo
Refere-se ao potencial de geração de lucros, ou seja, para cada $1 de investimentos totais o quanto a empresa obteve de lucro líquido.
A interpretação deste quociente deve estar direcionada para apurar o tempo necessário a fim de que haja retorno dos Capitais Totais (Próprios e de Terceiros) investidos na empesa.
Pela análise da Rentabilidade do Ativo da Droga Raia, seguem os cálculos dos índices:
Comentário
Interpretação: a empresa gerou 0.08 em 2016 de Lucro Líquido para cada $1 de Capitais Totais investido.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
O quociente trata-se da taxa de rentabilidade obtida pelo Capital Próprio investido na empresa, ou seja, o quanto a empresa gerou de Lucro Líquido para cada $1 de Capital Próprio investido.
Pela análise da Rentabilidade do Patrimônio Líquido da Droga Raia, seguem os cálculos dos índices:
Comentário
Interpretação: a empresa gerou 0.15 de Lucro Líquido em 2016 para cada $1 de Capital Próprio investido.
Para uma análise mais apurada pode-se considerar, para fins de cálculo, o valor médio do Patrimônio Líquido quando possível. A fórmula do Patrimônio Líquido Médio pode ser representada da seguinte maneira:
Não há critério certo nem errado, deverá ser adotado o critério que o analista se sentir mais “confortável”. Ressalta-se, entretanto, a necessidade de se atualizar o PL inicial pela taxa de inflação.
Alavancagem Financeira
Tem por finalidade medir a eficiência na aplicação dos recursos obtidos de terceiros e seus reflexos na melhoria do retorno dos capitais próprios.
Geralmente, o que determina vantagem ou desvantagem, na utilização dos capitais de terceiros, são os encargos financeiros. A utilização dos capitais alheios deve gerar ganho suficiente para cobrir os encargos por eles originados.
Saiba Mais
*Investimento é média dos ativos do período deduzidos dos passivos operacionais ou a média do patrimônio líquido do período somada à média dos passivos financeiros.
**LOL (ajustado) = LL + DF (líquido do IR)
Onde:
LOL = Lucro operacional líquido
LL = lucro líquido
DF = despesas financeiras
IR = Imposto de Renda
EBITDA ou LAJIDA
Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, como sendo um parâmetro informativo de aproximação do caixa gerado pela atividade operacional e calculado a partir das informações contábeis do demonstrativo de resultado. Pode ser apurado de duas maneiras: de cima para baixo e de baixo para cima.
Algumas rubricas da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) podem ser visualizadas conforme o quadro 4.
Quadro 4. Exemplo de DRE para evidenciação do EBITDA
Fonte: SZUSTER, 2013, p. 115.
Comentário
Interpretação: o Quadro 4 apresenta um exemplo da DRE, demonstrativo contábil essencial e de referência para o acréscimo de montantes aplicados na apuração do EBITDA. Este modelo encontra-se em conformidade com os dispositivos legais (CPC 26 — Apresentação das Demonstrações Contábeis), que prevê, essencialmente, o ponto de partida para o cálculo do EBITDA: a rubrica do Resultado Líquido do Exercício.
Nesse cenário, o LucroLíquido, que por sua natureza, encontra-se na última linha da DRE, contemplando todas as atividades das operações continuadas, como também, resultados das atividades não recorrentes, não operacionais e das operações descontinuadas.
O quadro 5 apresenta uma proposta de demonstrar o cálculo do EBITDA a partir da primeira linha da DRE (Receitas Líquidas):
Quadro 5. Cálculo do EBITDA: de cima para baixo
Fonte: SZUSTER, 2013, p. 116.
Comentário
Interpretação: no primeiro método de apuração (de cima para baixo) o EBITDA é calculado a partir das Receitas e diminuem-se as Despesas, no exemplo, com Salários. Não são consideradas as Despesas de Depreciação (ou Amortização/Exaustão), Despesas Financeiras e Impostos sobre Lucros (Imposto de Renda).
Já o montante do EBITDA que considera a última linha da DRE, o Resultado Líquido do Período, como ponto de partida em sua elaboração pode ser verificado de acordo com o Quadro 6.
Quadro 6 - Cálculo do EBITDA: de baixo para cima
Fonte: SZUSTER, 2013, p. 116.
Comentário
Interpretação: quanto ao segundo método de apuração (de baixo para cima) o EBITDA é obtido pela adição ao Resultado Líquido do período (Lucro Líquido), apenas o tributo sobre o Lucro (Imposto de Renda), Despesas Financeiras (líquidas das receitas financeiras) e Despesas de Depreciação (poderia ser com Amortização e Exaustão).
Blueguy / Shutterstock
Apesar do EBITDA ser amplamente utilizado por diversas empresas e analistas, este indicador não deve ser utilizado como a mais importante ou exclusiva escolha para analisar o desempenho e a precificação das empresas.
Algumas avaliações devem ser feitas, especialmente no mercado acionário, em relação ao lucro líquido e à capacidade de pagamento de dividendos, que só devem ser repassados aos acionistas após o pagamento de juros e impostos.
Economic Value Added (EVA)
EVA (economic value added): valor econômico agregado ou adicionado é o lucro operacional após o Imposto de Renda menos o custo tanto do capital próprio quanto de capital de terceiros.
Este índice revela a capacidade da empresa de arcar com todas as suas despesas, remunerar o capital próprio e gerar resultados positivos. O EVA apura o desempenho da empresa, medido pelo resultado obtido menos o custo do financiamento de capital (próprio) da empresa.
O cálculo do EVA pode ser obtido a partir da fórmula:
EVA = NOPAT – (C% x CT)
NOPAT Resultado operacional líquido depois dos impostos.
C% Custo percentual do capital total (próprio e de terceiros).
CT Capital total investido.
Resumo do Conteúdo:
Os Índices de Giro do Ativo; Margem Líquida e Margem Operacional;
Os Índices de Rentabilidade do Ativo e do Patrimônio Líquido;
A Alavancagem Financeira e EBITDA;
O Economic Value Added (EVA).
• Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
Referências desta aula 07:
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de custos e análise das demonstrações: teoria e questões comentadas conforme a lei das S/A e pronunciamentos do CPC. 8. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2013.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Análise de balanços. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
MARTINS, Eliseu; Diniz, Josedilton Alves; MIRANDA, Gilberto José. Análise didática das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2017.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura, análise de balanços fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SZUSTER, N. et al. Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade Societária. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Aula 8 - Análise por Quocientes – Quocientes de Atividade
Introdução
Os Quocientes de Rotação ou de Atividades evidenciam, por meio do confronto dos elementos da Demonstração do Resultado do Exercício com elementos do Balanço Patrimonial, o tempo necessário para que os elementos do Ativo se renovem. Estes indicadores de Prazos Médios apuram o ciclo operacional da entidade, isto é, indicam a capacidade de gerenciar seus estoques e de negociar com fornecedores e clientes.
Tais indicadores auxiliam a compreender a gestão do Capital de Giro da Entidade que, neste estudo, será considerado como o valor líquido investido pela entidade em sua atividade operacional de curto prazo.
Nesse sentido, o Capital de Giro é igual à diferença entre os itens do Ativo Circulante aplicados na atividade genuinamente operacional e os itens do Passivo Circulante que financiam a atividade genuinamente operacional.
Objetivos
Identificar o Ciclo Operacional.
Reconhecer os Prazos Médios de Estocagem, de Fabricação, de Vendas, de Cobrança de Pagamento a Fornecedores.
Analisar os Prazos Médios.
Ciclo Operacional
Corresponde ao tempo decorrido entre a compra de mercadorias e o recebimento do dinheiro da venda. Já para uma entidade fabril, o Ciclo Operacional é medido desde a data da compra da matéria-prima, portanto, inclui-se o tempo despendido na produção.
O Ciclo Operacional indica o tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria, ou seja, a soma do Prazo Médio de Rotação do Estoques (PMRE) e do Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV).
Prazo Médio de Estocagem e Prazo Médio de Fabricação
O Prazo Médio de Estocagem indica, em média, quanto tempo o Estoque permanece na prateleira, isto é, o tempo decorrido entre a compra e a venda da mercadoria.
Já em uma empresa industrial, o Prazo Médio de Fabricação indica, em média, quanto tempo decorre entre a aquisição da matéria-prima até a venda do produto acabado ao cliente, ou seja, inclui-se o tempo despendido na produção.
A partir dos quadros 1 a 3, pode-se extrair os Quocientes de Rotatividade:
QUADRO 1
Quadro 1. Balanço Patrimonial da Raia Drogasil S.A. — Ativo
Fonte: A autora, 2017.
QUADRO 2
Quadro 2. Balanço Patrimonial da Raia Drogasil S.A. – Passivo
Fonte: A autora, 2017.
QUADRO 3
Quadro 3. Demonstração do Resultado do Exercício da Raia Drogasil S.A.
Fonte: A autora, 2017.
Pela análise do Prazo Médio de Estocagem da Raia Drogasil S/A, seguem os cálculos dos índices:
Sabe-se que o Estoque médio corresponde à média aritmética do Estoque da entidade, calculado em duas datas consecutivas: no início e no final do período contábil ao qual se refere o Custo das Mercadorias Vendidas utilizado como denominador.
Estoque inicial de 2015 = 1.340.199 (Estoque Final em 2014)
O estoque da data mais remota deve ser corrigido monetariamente até a data do Estoque da data mais recente.
Comentário
Interpretação: em média, as mercadorias permaneceram 88 dias, quase 3 meses nas prateleiras das lojas no ano de 2016.
Prazo Médio de Recebimento de Vendas ou de Clientes
Tal prazo revela, em média, quanto tempo a empresa financia seus clientes, pelas vendas a prazo. Também refere-se a uma média ponderada, sendo o PMRC a média ponderada do tempo que cada $1,00 das vendas demora a ser recebida.
Normalmente, os prazos concedidos aos clientes são uma questão de mercado e não uma decisão unilateral da empresa.
Pela análise do Prazo Médio de Recebimento de Vendas da Raia Drogasil S/A, seguem os cálculos dos índices:
Sabe-se que Clientes médio corresponde à média aritmética de clientes da entidade, medida em duas datas consecutivas: no início e no final do período contábil ao qual se refere a Receitas Líquidas utilizadas como denominador.
Clientes inicial de 2015 = 465.990 (saldo final em 2014)
O saldo de clientes da data mais remota deve ser corrigido monetariamente até a data de Clientes da data mais recente.
Comentário
Interpretação: em média, a entidade financia seus clientes por 22 dias, quase 1 mês.
A partir do Prazo Médio de Estocagem e do Prazo Médio de Recebimento de Clientes pode-se apurar o Ciclo Operacional, ou seja, a soma PME + PMRV:
Nesse sentido, a empresa leva, em 2016, 110 dias entre a compra de mercadorias, vendas e recebimento dos clientes.
Prazo Médio de Pagamento a FornecedoresIndica, em média, quanto tempo a empresa é financiada por seus Fornecedores, por intermédio das compras a prazo. Geralmente, trata-se das maneiras de financiamento menos onerosa da entidade obter, pois, normalmente, não se cobra juros nessa transação, ou a taxa de juros é mais baixa que a praticada no mercado financeiro.
Refere-se, também, de uma média ponderada, sendo o PMPF a média ponderada do tempo que cada $1,00 das compras demora a ser pago ao fornecedor. Nesse cálculo, as compras a vista, por serem pagas imediatamente, têm PMPF igual a zero.
Como nos prazos de recebimentos, os prazos de pagamento de compras não dependem exclusivamente da empresa, utiliza-se a prática do mercado.
Pela análise do Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores, da Raia Drogasil S/A, seguem os cálculos dos índices:
Sabe-se que o Fornecedores médio corresponde à média aritmética de Fornecedores da entidade, medido em duas datas consecutivas: no início e no final do período contábil ao qual se refere a Compras como denominador.
Fornecedores inicial de 2015 = 871.477 (saldo final em 2014)
O saldo de Fornecedores da data mais remota deve ser corrigido monetariamente até a data de Fornecedores da data mais recente.
Comentário
Interpretação: em média, a entidade consegue que seus fornecedores lhe financiam por 61 dias, aproximadamente, 2 meses.
Ciclo Financeiro
O tempo decorrido entre o momento em que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe as vendas (recebimento de clientes) é o período em que a empresa precisa arrumar financiamento. É o Ciclo de Caixa, também chamado de Ciclo Financeiro.
Os gráficos a seguir ilustram duas situações possíveis:
GRÁFICO 1
a) Os fornecedores financiam totalmente os estoques e a uma parte das vendas:
GRÁFICO 2
b) Os fornecedores financiam apenas parte dos estoques: (PMPC = PMRE)
No caso em que os Fornecedores financiam apenas parte do Estoque, a empresa deve obter financiamentos para suas vendas e ainda para uma parte do tempo em que a mercadoria permanece em estoque.
Quanto maior for o ciclo financeiro, pior para a empresa, pois representa maior tempo de utilização de financiamento e, portanto, maior custo.
A partir do Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor e do Ciclo Operacional pode-se obter o Ciclo Financeiro, ou seja, o Ciclo Financeiro corresponde à diferença entre o Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores e o Ciclo Operacional:
Comentário
Interpretação: O Ciclo Financeiro é de 49 dias, 1 mês e 19 dias em 2016. A entidade paga aos seus fornecedores, em média, 49 dias antes de receber de seus clientes. Portanto, opera com uma Necessidade de Capital de Giro. Lembre-se que esses cálculos simplificados não consideram as atividades genuinamente operacionais.
Nesse caso, a entidade tem uma necessidade de Capital de Giro, ou seja, precisa obter recursos em fontes diferentes dos Fornecedores para financiar seu Ciclo Operacional, isto é, para financiar os Estoques e as Duplicatas a Receber de Clientes.
O problema é que, normalmente, essas outras fontes de recursos são onerosas, quer dizer, mais caras que as compras a prazo.
Atividades
Questão 1 - Quanto aos índices de Prazos Médios de Rotação de Estocagem ou de Fabricação marque a resposta correta:
Interpretação básica dos índices de Rotação ou de Atividade é: quanto MAIOR, MELHOR.
Indica o tempo médio que entidade leva entre a compra das mercadorias e o recebimento do dinheiro das vendas.
Consiste em apurar o tempo médio que as mercadorias permanecem nas prateleiras das lojas ou o tempo médio da aquisição da matéria-prima até a venda do produto acabado ao cliente.
Reflete o tempo médio que a entidade financia seus clientes.
Questão 2 - Na Análise do Ciclo Financeiro, percebe-se o quê?
Que quanto MAIOR for o ciclo financeiro, PIOR para a empresa, pois representa maior tempo de utilização de financiamento e, portanto, maior custo.
Que o ideal é quanto MAIOR, MELHOR.
Que corresponde ao tempo decorrido entre a compra de mercadorias e o recebimento do dinheiro da venda.
Que representa o tempo médio que a entidade consegue que seus fornecedores lhe financiem.
Questão 3 - O quociente que indica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe as vendas (recebimento de clientes) é o:
Ciclo Operacional.
Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa.
Quociente de Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor.
Quociente de Prazo Médio de Recebimento de Clientes.
As questões 4 e 5 referem-se ao mesmo Demonstrativo Financeiro da empresa “Cia Beta S/A” em 31.12.X2 e 31.12.X1
Questão 4 - Conforme a Análise dos Quocientes de Rotação, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
“Cia Beta S/A”
“Cia Beta S/A”
O índice de Prazo Médio de Recebimento de Vendas, no ano de 31.12.X2 é de 36 dias.
O índice de Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores, no ano de 31.12.X2 é de 65 dias.
O índice de Prazo Médio de Estoques, no ano de 31.12.X2 é de 99 dias.
O Ciclo Operacional, no ano de 31.12.X2 é de 134 dias.
Questão 5 - Sobre a Análise dos Quocientes de Rotação, marque a opção correta:
Em média, a entidade é financiada pelos fornecedores em 65 dias.
Em média, o tempo decorrido entre a compra e a venda da mercadoria, isto é, o período em que as mercadorias ficaram nas prateleiras é de 134 dias.
Em média, o tempo em que a entidade financia seus clientes é de 36 dias.
Em média, a entidade consegue que os fornecedores lhe financiem por 99 dias.
Resumo do conteúdo da Aula 08:
O Ciclo Operacional.
Os Prazos Médios de Estocagem, de Fabricação, de Vendas, de Cobrança de Pagamento a Fornecedores.
Os Prazos Médios.
• As Informações Periódicas e Eventuais de Companhias Abertas podem ser obtidas no site da CVM — Consulta de Documentos de Companhias Abertas.
Para mais informações acesse: http://sistemas.cvm.gov.br/?CiaDoc.
Referências desta aula 08:
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de custos e análise das demonstrações: teoria e questões comentadas conforme a lei das S/A e pronunciamentos do CPC. 8. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2013.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Análise de balanços. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
MARTINS, Eliseu; Diniz, Josedilton Alves; MIRANDA, Gilberto José. Análise didática das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2017.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura, análise de balanços fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SZUSTER, N. et al. Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade Societária. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

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