Buscar

H.D.B Casos concreto resolvido 1,2,4,8 e 9

Prévia do material em texto

PLANO 01.
Flávio e Aline, dois alunos iniciantes do curso do nosso Direito, entusiasmados com os estudos jurídicos, discutiam sobre a forma como os diversos países organizavam suas justiças a fim de obterem solução os conflitos sociais que, inevitavelmente, surgem todos os dias. Flávio defende a tese de que um sistema de direito tem que se basear na vontade de quem faz a lei (legisladores) prevendo situações futuras, sendo que ao juiz caberia tão somente aplicar as regras produzidas por estes, Já Aline, por outro lado, entende que só diante do caso concreto é possível construir as regras, ou seja, a posteriori pois cada caso tem suas particularidades. Além do mais, Aline entende que os juízes são mais confiáveis, enquanto Flávio defende a tese de que o legislador democraticamente escolhido pelo povo é que deve produzir as normas. Common Law e sistema de Civil Law (também chamado de sistema romano germânico). 
a) Quem defendeu a tese usada pelos adeptos da Common Law e quem defendeu a tese usada pelos adeptos da Civil Law? Por quê? 
R: Aline de fendeu a tese do Common Law, pois ela entende que os juízes tem autoridade para atender sentenças baseadas em casos anteriores, cuja aplicação de normas e regras não estão escritas, mas sancionadas pelo costume.
Já Flávio defende o Civil Law, porque acha que o Direito deve ser sistematizado em leis escritas e impostas pelo Estado.
R: Ou: Flávio é a favor do Civil Law, onde a prevalência é a lei. Já Aline defende a tese Common Law, cuja fonte primária é o costume. 
b) Por que se usa a denominação "sistema romano-germânico"?
R: Porque havia a prevalência de dois sistemas (dominado e dominante): o Germânico (técnica pública de julgamento) e o Romano 
(técnica oral, processual).
c) Qual dos sistemas se vincula a tradição jurídica portuguesa e, por consequência, a tradição jurídica brasileira? 
R: CIVIL LAW. Os direitos de Portugal e Brasil integram a família romano-germânica, normas jurídicas que são aplicadas pelos juízes aos casos concretos.
PLANO 02
No Brasil, era o próprio estado português o fomentador, distribuidor e fiscalizador do processo colonizador. Portugal não possuía condições financeiras e humanas para empreender a posse de todas as terras que compunham a América portuguesa. O colono era o elo de ligação entre a terra e o Estado. O colonizador era um escolhido do próprio Estado que beneficiava a si próprio e, em troca, beneficiava a esse Estado. Portugal, para tal empreitada, tinha a necessidade de uma legislação que desse suporte a essa ocupação territorial. 
a) Cite quais os documentos jurídicos davam suporte ao processo colonizador promovido por Portugal na América Portuguesa? 
R:Cartas de Doação e Cartas Forais.
b) Descreva as características e conteúdo desses documentos jurídicos.
Cartas de Doação, pelas quais o rei concedia terras a nobres portugueses, com direito de juro e herdade, criando as Capitanias Hereditárias, confiando a divisão do território brasileiro.
As Cartas Forais fixavam os direitos e deveres dos Donatários, os quais não poderiam vender os territórios recebidos, mas, teriam que fundar vilas, cobrar impostos, distribuir terras para agricultura.
PLANO 04
Nos dias atuais, a separação de poderes é um dos traços fundamentais para caracterizar um Estado Democrático de Direito. Você leu no Capitulo 3 de seu livro didático, que a Independência do Brasil ocorreu em 1822, em conexão com alguns fatos revolucionários que aconteciam na Europa, onde os movimentos liberais -constitucionalistas exigiam a queda dos regimes absolutistas e a submissão do poder dos reis ao império da lei. A ideia de conceder ao Brasil uma constituição tinha por pretensão mostrar que 
o país já nascia dentro dos padrões modernos e iluministas das grandes nações europeias. Todavia, a intervenção de Pedro I no processo de elaboração da nossa primeira Carta (Constituição de 1824), jogou por terra as esperanças desta elite, que alimentava ambições de exercer maior influência nas decisões políticas do país. Porém, não se pode deixar de realçar que houve conquistas liberais, inseridas no art. 179. 
a) É possível se falar em independência dos poderes na Carta de 1824? Por quê? 
R: Não há independência porque o poder moderador está acima dos outros poderes. 
b) Como dispositivos constitucionais da Carta de 1824 acabaram por referendar aspectos de um continuísmo absolutista típico do período pré-constitucional? 
R: O poder era unitarista, o imperador é quem nomeava os presidentes das províncias, e o voto era indireto e censitário na época. 
c) No âmbito penal, é possível afirmar que os Códigos Penal de 1830 e Processual Penal de 1832 encontram bases na Constituição de 1824? Explique. 
R: Sim, no artigo 179, que proíbe penas cruéis, a pena passa a ser individualizada e mantem a pena de morte, porém sem tortura.
Plano 08 
Como já sabemos, o voto no Império brasileiro era do tipo censitário. Com a proclamação da República o panorama político/jurídico do Brasil se modifica. (Conforme você poderá perceber nos textos expostos nos capítulos 4 e 5 do livro didático). A Constituição de 1891 consagrou então o chamado Voto universal? que, em princípio, aumentaria a possibilidade de que os representantes do povo fossem legítimos representantes da vontade popular.
No entanto, na chamada República Oligárquica não foi assim que isso
ocorreu. Feitas estas considerações, responda as perguntas abaixo:
a) O que é o voto de cabresto e o que é curral eleitoral?
R. O voto de cabresto é um sistema de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou uso da máquina pública.
Curral Eleitoral é uma expressão que indica uma região, cidade, bairro ou local aonde um político possui grande influência, é bastante conhecido, aonde é muito bem votado. A origem da expressão vem do tempo em que o voto era aberto. Assim, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. Nesses locais o coronel possui todo poder em troca de proteção e trabalho.
b) Por que razão, a adoção do voto universal na Constituição de 1891 não possibilitou a eleição de autênticos representantes da vontade popular?
R. Porque o voto era aberto e não secreto, as pessoas votavam de acordo com a vontade da elite, transformando-se assim em voto de cabresto.
c) É possível afirmar que o chamado "voto de cabresto" a inda seja utilizado em 
pleno Século XXI? Justifique sua resposta.
R. Atualmente, as práticas de “voto de cabresto” continuam a vigorar, inclusive nos centros urbanos, onde a figura paramilitar a exercer a violência. Logo, a vontade do eleitor é violada por narcotraficantes, milícias, líderes religiosos e pela manipulação das massas e seus imaginários por meio do clientelismo gerado pelos programas assistenciais. (ou elas são compradas por dinheiro)
Plano 09 
Um ano depois, em 1934, a Constituição Federal consagra o chamado “voto de saias”. Esta Carta trouxe algumas importantes novidades que fizeram com que fosse considerada uma constituição moderna para a época, entre elas podemos apontar o voto feminino. Segundo a referida Constituição, responda:
a) A quem se assegurava o direito de voto?
R. O Código assegurava que a penas mulheres casadas autorizadas pelo marido e mulheres solteiras com renda pudessem votar. 
b) O voto feminino era obrigatório ou facultativo?
R. Facultativo
c) Havia igualdade de tratamento entre homens e mulheres neste tema?
R. Apesar dos direitos adquiridos pelas mulheres, elas continuavam à margem do processo político, pois não podiam se candidatar a cargos eletivos.

Continue navegando